Eu sei por que o pássaro canta na gaiola

Eu sei por que o pássaro canta na gaiola Maya Angelou




Resenhas - Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola


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fernandascovino 04/04/2021

Glória, glória, aleluia, quando me livro do peso que carrego
É um bom livro para distrair a mente dos seus próprios problemas e mergulhar nos pormenores dos primeiros passos na vida de uma mulher negra do Sul dos EUA na década de 40 - mas não é uma leitura tranquila, você vai se envolver na história e sentir o peso dela. Um livro em que cada página transborda o sofrimento de uma criança que se viu amadurecer cedo e que carrega consigo as dúvidas do que isso significa sobre ela mesma e sobre a sociedade que se fecha sobre ela. É um livro tocante e muito bem escrito pela Maya, que conta sobre seus primeiros anos conscientes da infância até a adolescência e todos os fios e pessoas que marcam esses momentos e traçam sua história. A leitura é um exercício de compaixão e reconhecimento pela sua vida, e ao mesmo tempo uma lição sobre a realidade de quem ela representa que infelizmente está longe de ser somente memória.
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Luisa Jordana 11/03/2021

Eu sei por que o pássaro canta na gaiola
Marguerite Ann Johnson, mais conhecida como Maya, passou a maior de sua infância com sua avó paterna no Arkansas, no sul dos Estados Unidos, vivenciando dias difíceis para uma menina preta, que não entendia o porque de tanta segregação e tanto ódio.
O relacionamento próximo de Maya com o seu irmão, Bailey, marca o enredo e começamos a narrativa tendo um panorama da infância dos dois e da separação da comunidade negra da comunidade branca no Arkansas. A avó de Maya foi dona de um mercado e possui mais condições do que a maioria dos seus vizinhos e até mesmo que os demais cidadãos da pequena cidade em que viviam, mas nem isso os salvou das terríveis humilhações e do racismo. As vidas da menina e de seu irmão se dividiram entre morar com a avó paterna no sul e com a família da mãe na Califórnia e foi neste último lugar que a autora, aos oito anos, sofreu um trauma estarrecedor, que me causou náuseas e me tirou o sono por muitos dias.
A escrita de Maya é linda, com diversas reflexões colocadas de forma oportuna em cada parte do enredo e nos introduzindo em sua vida, em seus dias. O amor de Maya e de Bailey pela literatura dá um toque especial à leitura e vemos que desde crianças, ambos alimentavam este hábito de forma voraz.
Maya foi uma menina muito inteligente, sagaz, de personalidade forte e pensamentos que deixam claro para o leitor que o seu futuro não poderia ser menos do que brilhante. Maya Angelou ganhou minha eterna admiração e procurarei sedenta por mais obras de sua autoria.
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Katryne 02/04/2020

Que autobiografia perfeita de se ler. É possível sentir todos os tipos de emoções nesse livro. Amei.
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Larissa2690 27/11/2022

história que vale a pena ser lida
acho que a história da maya angelou é uma daquelas que cada partezinha tem algo pra ensinar. a superação, sabedoria e maturidade que ela mostra ao longo do livro são sensacionais! vale muita a pena ler essa biografia
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Aline Casellato 10/12/2022

Fundamental
É chocante ver o desconforto de ser quem é, principalmente nos tempos iniciais de uma vida.

Comprei esse livro sem saber que era uma autobiografia e fiquei totalmente desconfortável lendo esse livro. Uma das coisas mais abomináveis da humanidade foi a segregação, aliás tudo o que os negros passaram ao longo da história é terrível.

Maya nos leva pelos caminhos tortuosos de sua vida, e como passou por tantas coisas desde a infância. Simplesmente por ser quem é.

E além disso temos a questão do abuso, do ser mulher.

O final é um tanto abrupto, mas entendi como um marco: a finalização da vida infantil/ juvenil para a vida adulta.

Livro primordial para não cometermos os erros de nossos antepassados, quem não conhece a história está eternamente fadado a repetí-la.
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Mari 15/03/2021

Maya
Racismo. Abuso. Libertação.

A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por estas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras.

Dessa forma, Maya, como era chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida.
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Denise.Salla 24/02/2022

Acabei criando expectativas devido aos vários elogios ao livro.
Achei a escrita bem poética, principalmente porque falar de uma forma quase bonita dos tristes fatos que aconteceram na vida de Maya Angelou não é para qualquer um. Abuso na infância, abandono, racismo e a necessidade (obrigatória) de amadurecimento para lidar com tudo isso e levar a vida, não do jeito que foi oferecida, mas tentando tirar o melhor de alguma forma.
Por ter muitos detalhes, o meio da leitura acaba se arrastando um pouco, não me prendeu totalmente. Mas mostrou o papel, principalmente da mulher, diante das adversidades enfrentadas, inclusive, até os dias atuais.
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Pablo Paz 15/10/2021

Uma Poeta que narra.
Ia fazer resenha mas, até o momento em que escrevo, esse livro já tem quase 600! - e muitas delas superinteligentes, logo teria nada a acrescentar. Para mim, Maya Angelou é daquela linhagem estilo García Marquez, Quintana e Saramago, autores onde há pouca explicação e muita sugestão para o leitor, mas sem os 'rebuscos' de vanguarda. Ela não se define e, além de tudo, trata das violências do passado não como ferida, mas como cicatriz (escreveu sobre essa época de infância e adolescência aos 40 anos). Com leveza e lirismo só possíveis a quem soube viver com sabedoria, como ela viveu, na companhia dos grandes livros e autores, incluso os 'ignorantes' do campo que ela aprendeu a admirar... É mais poeta que narradora; poeta que sabe narrar.
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Gres 16/02/2022

A dureza da realidade...
Difícil expor em palavras todos os sentimentos despertados por essa leitura, porque não é uma ficção, é a dura realidade de uma mulher negra que viveu infernos pelo racismo, e o pior é saber que parte dessa realidade ainda perdura ?

Não é uma leitura fácil, mas necessária!
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Patricia 09/07/2021

Maravilhoso
Belíssimo o tom poético com o qual Maya conta sua própria história. A autora tem muita sensibilidade e respeito por tudo que viveu. Ela consegue contar, com muita delicadeza, até mesmo os momentos mais densos, mais "espinhosos" de sua vivência enquanto criança. Excelente livro.
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Flavinha 20/04/2020

A autora nos faz sentir pela sua narração a trajetória de uma menina negra. Uma realidade triste e de força.
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Marcia Leão 28/08/2020

Forte
Se hoje a gente vê questões tão absurdas de racismo nos EUA, imaginem nos anos 30, onde era comum existir uma segregação tão forte entre os negros e brancos. É uma história triste, contada sobre a perpectiva de uma criança que vai crescendo e se dando conta dessa realidade. Fala muito sobre o fanatismo da vó com sua religião, achei essa parte um pouco cansativa, fui gostando mais a medida que ela vai virando adolescente.
Algumas passagens desse livro são tristes demais, fiquei destruída por dentro, talvez por isso não tenha amado esse livro, mas não que seja ruim e sim porque gera um desconforto dentro da gente, como Damila Ribeiro falou no prefácio é um livro pra ler devagar. Recomendo.
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Laris 02/05/2021

O pássaro continua a cantar...
Li esse livro em pequenas doses, pois cada parte dele causa impacto. Maya Angelou escreve sua auto biografia de forma dilacerada, com as imperfeições da vida, os erros, as complexidades dos personagens.
A cada linha vemos a construção de uma menina em uma mulher negra, com seus questionamentos e suas libertações.
O pássaro continua a cantar e que lindo é saber o motivo do seu canto.
lio 02/05/2021minha estante
aaa quero tanto ler!




marcelabrazao 25/06/2020

Inesquecível
O livro conta a história da infância de Marguerite Ann Johnson, carinhosamente chamada de Maya, dos seus três anos até bem perto do fim da adolescência. O livro inicia com chegada de Maya e seu irmão Bailey, que era um ano mais velho, a Stamps no Arkansas no Sul dos EUA. Os dois seguem sozinhos de trem rumo a casa da avó paterna após a separação dos pais. A própria autora menciona no livro que na época milhares de crianças negras viajavam sozinhas e assustadas rumo a novos destinos. 


Maya e Bailey foram recebidos pela avó, a quem chamavam de Momma, que era dona do Mercado e extremamente respeitada na região. Com esta mulher, os dois foram criados até os sete anos de idade. Nessa fase, Maya relata a segregação racial presente, a perseguição da Ku Klux Klan, como a vida dos negros entregue a pobreza, trabalhando nas plantações de algodão por pagamentos ínfimos e o apego à religião. No trecho abaixo, a autora descreve a situação:


?Em Stamps, a segregação era tão completa que a maioria das crianças Negras não tinha ideia de como os brancos eram. Fora isso, eles eram diferentes, deviam ser temidos, e nesse medo estavam incluídas a hostilidade do impotente contra o poderoso, do pobre contra o rico, do trabalhador contra o patrão e do mal-trapilho contra o bem-vestido?


Aos oito anos, o pai que Maya nunca conheceu, reaparece e leva os filhos. Nessa fase do livro, Maya passa por abusos do padrasto, é estuprada e para de falar.  O refúgio da garota passa a ser a literatura. De volta a Stamps no Sul, Maya tem apoio e volta a falar justamente para declamar poemas. 


Conforme Maya vai crescendo e voltando a morar com a mãe, com quem acaba criando laços fortes, o racismo e a violência seguem presentes em cada detalhes descrito no livro. 


Eu faria uma resenha enorme desse livro! Fiz várias marcações e tudo que posso dizer é: leiam! É um livro extremamente tocante, forte, com cenas difíceis de serem lidas pela questão da violência e do racismo mas muito necessárias para reflexão. As dores expostas por Maya fazem de Eu sei que o pássaro canta na gaiola uma leitura obrigatória. Com certeza, um dos melhores do ano.


Levantei vários trechos do livro mas deixo os mais impactantes abaixo:

"As pessoas de Stamps diziam que os brancos da nossa cidade tinham tanto preconceito que um Negro não podia comprar sorvete de baunilha."

"Os alunos brancos teriam a chance de se tornar Galileus e Madames Curie e Edisons e Gauguins, e nossos garotos (as meninas nem estavam na conta) tentariam ser Jesses Owens e Joes Louis...Nós éramos empregadas e fazendeiros, quebra-galhos e lavadeiras, e qualquer coisa maior que aspirássemos ser era uma farsa e presunção."


"Henry Reed começou a ler seu discurso, ?Ser ou não ser?. Ele não tinha ouvido os brancos? Nós não podíamos ser, então a pergunta era perda de tempo."

"?Annie, minha diretriz é que prefiro enfiar a mão na boca de um cachorro do que na de um preto?.

"A mulher Negra é agredida nos anos jovens por todas essas forças comuns da natureza ao mesmo tempo em que

fica presa no fogo cruzado triplo do preconceito masculino, do ódio branco ilógico e da falta de poder Negro".
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