Resenhas - O Quinze

Julianne.Santiago 12/06/2023

Diário da minha família
Meu Deussss... Que livro é esse?!?!?!

Chorei desde o primeiro capítulo e já lhes digo o porquê.
Minha família também é do interior do Ceará, lá pertinho de Quixadá, uma cidade chamada Icó (citada uma vez no livro).
Quando pequena, lembro com muita clareza meu avô falando da grande seca que teve no Ceará antes mesmo dele nascer. Histórias contadas pelo meu bisavô e passadas para mim pelo meu avô. E sim, vi meus avós, meus tios e meus pais retratados neste livro. Toda minha ancestralidade.
Meu pai quando criança vivenciou secas parecidas, e a caminhada que meu pai fez com meus avós e alguns irmãos foi parecida com a de Chico. Saíram do Ceará a pé em busca de melhores condições de vida no Maranhão. Deixaram para trás uma vaquinha magra e levaram alguns burrinhos. Meu pai era criança, mas o sofrimento foi grande suficiente para fazê-lo lembrar com detalhes daquela longa viagem.

Fome, miséria, quentura, dor, agonia, partida, esperança, morte.

Quanta dor há nesse livro. 

Ana Vitória 11/06/2023

O quinze
Nunca tinha pensado antes em ler esse livro mas foi uma boa decisão. O livro conta sobre a grande seca no Ceará de 1915 que matou muitos de fome e levou outros muitos a tentarem uma nova vida em outros locais, caindo nos mais diversos lugares como os campos de concentração ou no Norte do país. Foi uma viagem interessantíssima e muito rica ao interior, os personagens são humildes e sofridos, batalhando com unhas e dentes pela sobrevivência. É um choque de realidade muito forte e você consegue se colocar no lugar da família de Chico Bento e perceber como seria difícil estar na mesma época e local que eles. O polo narrativo de Vicente e Conceição não me chamou muito a atenção e particularmente gostei mas de saber sobre a família do que deles, mas são importantes também. Esperei saber um pouco mais sobre os campos de concentração mas acredito que outras obras sobre a época podem aprofundar mais. Mas é uma jornada árdua e mais rica de detalhes e sofrimento do que esperei. Recomendado.

Fernanda Bitencourt 11/06/2023

Triste e angustiante
Este não é um livro fácil de ler. E digo nos dois sentidos. No sentido literal, trata-se de um livro com uma linguagem marcada pelo regionalismo em quase todas as frases. Sendo assim, caso você não esteja habituado, pode demorar um pouquinho até ?pegar o jeito?. Além disso, é difícil de ler por ser muito triste. É duro, é desolador? De toda forma, gostei muito da experiência de leitura e me fez refletir em vários momentos e passagens.

Gabi 06/06/2023

Chato
Não me conectei à história, nem os personagens, tampouco o estilo de escrita. Sabe quando você começa um filme, percebe que cometeu um erro mas é orgulhosa demais para interrompê-lo? Foi o que senti do começo ao final.
E que final ruim.

Vitória 04/06/2023

Escrita tipicamente cearense
Com a linguagem típica do interior cearense, Raquel de Queiroz nos traz em O Quinze um romance da seca. Com forte presença dos aspectos culturais e históricos do cearense, o livro se divide em três narrativas principais, sendo a central a de Conceição, depois a de Vicente e em seguida a de Chico Bento.
Caracterizado pelo seu toque emocional e dramático, Raquel versa pelas narrativas desde os mais privilegiados da época, como a Conceição, aos trabalhadores vaqueiros e sua labuta com Vicente e o sofrimento e imigração do sertanejo com a narrativa de Chico Bento.
Profundo, aterrador, sofrido e emocionante, a escrita nos traz uma obra completa.

Ricardo256 28/05/2023

Livro sobre a seca
Há muito tempo queria ler este livro e a oportunidade chegou. Muito bom! amei a leitura, foi meu primeiro contato com um livro que retratou a seca nordestina. Gostei muito do texto, de como a Rachel conta a história. Amei!

Pam 26/05/2023

Foi difícil entender a linguagem no início da leitura, mas depois quando me acostumei fluiu bem.


Nesta obra a autora retrata várias camadas da seca do nordeste e quanto isso impacta cada família.

Primeira experiência com a autora e gostei bastante.

Did's 25/05/2023

Um livro bom, que aponta os problemas de seca do Nordeste, porém como difícil de compreender certas palavras e dialetos e a história as vezes parecer sem nexo nenhum com assuntos corridos um atrás do outro o que dificulta o entendimento da história em questão. Porém é um bom livro, msm que tenha ficado triste com Conceição e Vicente não terem ficado juntos no final, e não compreender o final, continua sendo um bom livro

Aurelio.menezes 24/05/2023

Emocionante!
Meus amigos tenho a falar a vocês a mias pura obra nordestina, o sufoco, a seca, a fome, a imigração, regionalismo, as crenças, um livro altamente recheado e objetivo na sua crítica primorosa. Rachel busca ilustrar os mais limpos e puros detalhes do sertão brasileiros, por meio de contos reais que até hoje infelizmente é uma realidade a ser derrubada. Essa obra torna-se primordia a todos lerem, isso é uma tradução do que o sertanejo sofre no nordeste, e o quanto ele aguenta para ser quem ele é!

Lerica 24/05/2023

Raquel de Queiroz nos apresenta uma obra prima, através de suas páginas descreve os aperreios, as tristezas, as misérias e mazelas do sertão semi-árido do Nordeste.

A seca do quinze foi uma das maiores no Ceará, milhares de pessoas morreram de fome e sede, desassistidas pelas autoridades, sem assistência digna e ajuda competente, muitos padeceram pelos caminhos ou tiveram que deixar suas terras para serem explorados em outros estados.

Eu sempre penso que a seca é um fenômeno natural, mas as desgraças que ela causa, não. As autoridades devem fornecer toda e qualquer ajuda para as populações que padecem com esse mal, seja construção de açudes, barragens e demais meios de acumular água.

Enfim, esse livro acompanha a vida de pessoas humildes, que tiveram que abandonar filhos, abandonar suas casas e animais, abandonar tudo o que tinham para sobreviverem, seja nos campos de concentração, seja viajando para outro estado. Acompanhar a família que viu o filho morrer envenenado, a mãe que deixou seu filho quase morrendo para viajar a outro estado, os homens que não arredaram pé de perto de seus animas e muitas outras histórias que dão tristeza e agonia só de imaginar.

Através de sua escrita, em momento algum a autora romantiza a luta e sofrimento dos nordestinos e é isso que deve ser sempre lembrado!

skuser02844 23/05/2023

é incrível como a Rachel de Queiroz tão nova conseguiu transmitir tamanha sensibilidade na sua obra DE ESTREIA

denianmartini 23/05/2023

Triste retrato da realidade
A história é emocionante e muito triste, mas confesso que imaginava ela mais triste ainda. Como é de costume das histórias brasileiras, o casal não termina junto, o que é ponto negativo. Outro ponto negativo é o pedágio pago a militância de esquerda, o que explica a autora ter ganho uma cadeira na ABL. Do resto, é um registro de uma parte triste da nossa história, que muitas vezes nos é negligenciada.

Izabela Bahiense 19/05/2023

Forte
Um livro curto e extremamente forte. Poderia ler em poucos dias, mas a intensidade do sofrimento exige uma leitura com pausas.

Importante leitura, fala de forma bem clara sobre um período tão difícil de seca.

Thuane.Larissa 17/05/2023

Vestibular?
Confesso que não me interessei muito pela leitura, mas é um ótimo livro quando se quer saber mais sobre a seca que teve no nordeste.
Meu professor recomendou essa leitura dizendo que cai em vestibular então resolvi ler

Luzia67 17/05/2023

A seca do sertão
Preparem -se para a leitura deste livro.
'É um livro sofrido, cheio de verdades, tristeza, desencontros, lástima.
A seca deixa marcas, a fome ferramenta a alma, mas ainda existe esperança na chuva, que chega para lavar a alma e alimentar os animais.
Raquel descreve nos mínimos detalhes a vida durante a seca, um dos piores anos que o nordeste já enfrentou.