O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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michele-biblioteca 22/02/2024

Essencial!
A brilhante Rachel de Queiroz publicou este livro em 1930, aos 20 anos de idade. Baseou-se na austera seca de 1915 (daí remete o título do livro), uma das mais graves que aniquilou o nordeste brasileiro, e que não foi vivida pela autora, devido à tenra idade. Porém, Rachel elaborou esse lindo romance trabalhando com os acontecimentos firmados na memória social da região, bem como à experiência da narradora que alí cresceu.
A autora impressionou os grandes nomes da literatura, e foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, em 1977.
Há dois núcleos na obra: O primeiro deles é composto por Chico Bento (que me fez chorar muitas vezes durante a leitura) e sua família, que fogem da seca carregando tudo o que tinham na vida, o que infelizmentte é quase nada. O segundo é composto por Conceição e sua avó, que conseguem fugir da pequena cidade de Quixadá de trem. Conceição passa a trabalhar nos "campos de concentração" ajudando a tratar os retirantes que chegam. É importante ressaltar que apesar do nome utilizado, os "campos de concentração" eram campos de deslocados, lugares imundos que recebiam os retirantes que fugiam da seca extrema. Infelizmente a personagem, racista e arrogante, não me agradou, apesar de ter alguns bons momentos de solidariedade e ternura.
Já Chico Bento, o humilde pai de família, que deixa de ser trabalhador para se tornar um homem acostumado à esmolas, abrilhanta o livro com seu brio e esforço para salvar a família. A escrita de Rachel nos faz mergulhar na vida de pessoas trabalhadoras que, por causa dos movimentos da vida, naufragam na miséria e no sofrimento. Rachel consegue transmitir toda a sensibilidade em sua obra de estréia, em uma narrativa emocionante. Esse é um livro essencial! Leiam!
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Jessica Moraes 18/02/2024

Somos apresentados a historia de chico bento e sua família, que são levados a irem embora da fazenda onde estavam trabalhando devido a seca. o gado foi solto por ordem da proprietária e vários empregados, demitidos. como não tinham condições de transporte e nem trabalho por aquela região, seguiram até a próxima cidade no 'campo de concentração' de a pé para tentarem uma nova vida.
são ajudados por conceição, um professora que também tem laços com o interior do sertão e que tenta ajudar como voluntária nesse 'campo';
é narrado o encontro das histórias entre essas famílias.. sobre esse tema de seca nordestina, acredito que esse 'o quinze' tem um foco diferente de 'vidas secas' por exemplo, mas os dois são leituras obrigatórias.
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Cicero 18/02/2024

Esse, depois de Quarto de despejo, foi o livro que mais me trouxe uma amarga tristeza de realidade. A vivência natural dos personagens, a realidade 'nua e crua' detalhada da época.. você se imerge na história de uma forma que cada desenrolar te prende, te emociona, e quando você vê, já chegou ao fim. Rachel grandiosa! Feliz em saber e ter essa obra como nossa, é BR!
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Beatriz 18/02/2024

"O Quinze" de Rachel de Queiroz: Uma Jornada Pungente pelo Sertão Nordestino
Ao adentrar as páginas de "O Quinze", de Rachel de Queiroz, somos transportados para as áridas terras do sertão nordestino, onde a autora habilmente entrelaça os destinos de duas famílias, os De Angicos e os Correias, durante a devastadora seca de 1915.

A escrita de Queiroz revela uma sensibilidade profunda ao retratar as agruras enfrentadas pelos personagens diante da escassez de água e das condições adversas da seca. A protagonista, Conceição, uma jovem forte e determinada, personifica a luta pela sobrevivência em meio ao cenário desolador. A autora descreve com maestria a dor da perda, a desesperança que permeia cada pensamento e a resiliência necessária para enfrentar as adversidades.

A trama se desenrola de forma visceral, explorando não apenas as consequências físicas da seca, mas também os desafios emocionais e as transformações psicológicas dos personagens. O estilo de Queiroz, marcado por uma prosa reflexiva e detalhada, permite que o leitor mergulhe nas complexidades das relações humanas em meio à tragédia iminente.

A caracterização dos personagens é notável, proporcionando uma conexão palpável com suas dores e anseios. A autora também tece uma crítica social incisiva, expondo as desigualdades e injustiças que afligem as comunidades rurais do Nordeste brasileiro.

"O Quinze" transcende a mera narrativa sobre uma seca histórica; é um convite à reflexão sobre a resiliência do povo nordestino, a solidariedade em meio ao caos e a esperança que persiste mesmo nos momentos mais sombrios.

Ao finalizar a leitura, somos deixados com a sensação de ter vivenciado, ainda que de forma indireta, a dura realidade da seca, através dos olhos aguçados e da narrativa única de Rachel de Queiroz. "O Quinze" é uma obra-prima que perdura na memória, ecoando as lições sobre a força humana diante das adversidades implacáveis.
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Lavinea4 17/02/2024

O quinze
O quinze é um livro muito bom, que retrata a seca e suas consequências a sociedade, mostra também a desigualdade social, e o que as pessoas podem fazer por comida! Esse livro fala sobre uma seca no Brasil que eu nunca tinha ouvido falar. Vale a pena ler!!
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livinhax0 16/02/2024

Por eu ser de um lugar tão, tão distante, no interior do interior de Pernambuco, esse livro foi como um abraço. Retrata a seca de uma forma muito humana. É um bom livro.
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sinaroyals 14/02/2024

Não a toa um dos clássicos da literatura brasileira. um retrato real, humano e doloroso de uma das realidades mais tristes do Brasil, e ainda hoje tão presente.
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Liliane225 14/02/2024

A seca sendo mostrada da forma mais forte, sensível e crua!
Que livro maravilhoso, eu estou completamente impactada pela forma direta e profunda que a autora com só 19 anos escreveu essa obra. É verdadeira, mostra a seca de forma não romantizada, te deixa com raiva, te deixa triste, te faz sentir tantos sentimentos. Eu pretendo reler mil vezes, é maravilhoso!
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Guilherme.Vicensot 12/02/2024

?O Quinze? por Raquel de Queiroz, obra exemplar do regionalismo brasileiro, é a síntese de crua e dura realidade de uma nação assolada pela desigualdade.
Impressionante o trabalho dessa mulher, na época, com apenas 19 anos. Sua sensibilidade nota, além do tom suspeito autobiográfico, um talento indiscutível com as palavras. O livro não se prende a nenhuma amarra formal, junto com a história, orna para retratar a realidade como é (sem descrições kilometricas ou cenários hiperrealistas). Apenas a miséria, a desgraça e a morte de aproximadamente 800 mil almas desatendidas e exterminadas pela seca.
Não existem apelos ou exageros aqui. Apenas a visão curta e enxuta que temos dos acontecimentos trazem o horror suficiente para nos comovermos. E aí mora o sucesso dessa obra: usando da sua própria língua e visão de mundo, a autora cria uma ficção que mais parece um retrato de sua época.
Com isso, entendemos cada vez mais como a história sertaneja é uma história de lutas, não apenas contra a natureza, mas contra o abandono.
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May 10/02/2024

O Quinze
O livro trata sobre a grande seca que teve no nordeste em 1915 e suas consequências na vida dos serranejos, principalmente os mais pobres que não tinham condições de imigrar de forma descente para capital muito menos comprar o que comer... O livro é muito triste e tocante, sendo capaz de trazer ao leitor um pouco do que aconteceu na época...
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Nicoly 08/02/2024

Lágrimas secas no meu Nordeste
Vidas moribundas ao relento de uma esperança que finda como a água. Famílias desintegradas pelo destino.
Escassez, abandono e dura esperança.
Encerrar ?O Quinze?, após absorver-me em uma leitura tão penetrante e sincera, rendeu-me reflexões profundas sobre uma época e um contexto que eu apenas conhecia por meio de histórias contadas por minha bisavó. Por outro lado, a sensibilidade da obra e seu espírito de denúncia sobre um povo esquecido e castigado pela escassez hídrica me fizeram repensar outros vieses mais obscuros da temática.
Isto posto, assiná-lo o direcionamento categórico de Rachel de Queiroz sobre os sofrimentos psíquicos das personagens, as quais, mediante a mudança de pontos de vistas, possuíam diferentes situações financeiras e, com isso, demonstram-nos a relação implacável que uns poucos réis poderiam suscitar na vida de cada um.
Seja através da descrição precisa no que tange à fauna e flora do sertão cearense, seja através das conflitantes e resignados sentimentos do vaqueiro Vicente, da estudiosa e progressista Conceição, dos retirantes Chico Bento e Cordulina, a autora sabe retratar variadas visões acerca de uma mesma luta, conferindo ao leitor a postura de um observador tão vulnerável e desalentado como as personagens da trama.
Ademais, aludindo ao difícil papel da maternidade no transcorrer de uma seca histórica, o retrato de uma mulher retirante e de seus cinco filhos sobre um castigante sol e seca, os quais inevitavelmente transmutam-se em personagens em certos instantes da narrativa, agrega-se ao perpétuo sentimento de fome e sede que assolam dia e noite almas que vagueiam com nada além de irrisórias frações de rapadura e de farinha. Acompanha-se a sobrevivência de seres num amiúde marchar sobre uma vida já sentenciado. É sobre ajoelhar-se, por ausência de forças e por misericórdia, em um clamor sôfrego e anérgico em busca da esperança. Em busca de uma solução.
Uma lágrima de esperança e de uma de derrota, sobrevivência e vivência, partidas e despedidas, deixar morrer ou ser morto pela seca.
Verdadeiramente, rememora-se um povo que brande sua bandeira branca, essa tão cinza quanto a visão de uma gente que chora sobre sua cinzenta paisagem sertaneja despretensiosamente amada.

Nicoly Marinho,
08 de fevereiro de 2024
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Anaa.claraac 07/02/2024

Decepcionante
Esse livro carrega uma linguagem muito difícil de compreender, por ser um livro que usa uma linguagem "antiga".

A história dele não me prendeu e é ele conta com uma leitura longa e arrastada, apesar de ser um livro curto, por assim dizer, ele conta com poucas páginas, porém, apesar disso, pra mim essa leitura foi muito lenta e arrastada, ele não é aquele livro que te prende, achei uma leitura bem chatinha.

Achei que ia gostar da história pois é um romance, porém um romance antigo, com uma linguagem muito complicada, não é todo mundo que vai gostar desse livro, a história é bem "interessante", talvez se ele contasse com uma linguagem mais fluida e fácil, fosse um livro bem melhor e mais interessante.

Não gostei do livro e não recomendo, se vc não gostar desse tipo de leitura.
skuser02844 21/02/2024minha estante
Minha impressão foi totalmente oposta, é um livro pra se ler em um dia e eu adorei a leitura. Talvez seu estranhamento seja por ser escrito de uma forma mais regionalista, tem muitas palavras e expressões mais comuns do Ceará, que é a terra da autora e onde se passa a história. Eu digo que vale a pena tentar uma releitura em algum momento do futuro




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