Contato

Contato Carl Sagan




Resenhas - Contato


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Gabriel 15/12/2013

Dramaticamente distante mas cientificamente magistral
À medida em que fui lendo o livro Contato, de Carl Sagan, minhas reações foram as mais diversas possíveis. Agora, terminada a leitura, não sei dizer se gostei ou não do que li. Explico, resumidamente, o que desenvolverei ao longo da resenha: Contato é um livro cheio de aspectos científicos que só os grandes escritores de aventura e ficção científica sabem traduzir para a literatura ficcional com devida verossimilhança, e nisso o livro é fantástico; no entanto, não consegui me aproximar de nenhum personagem em especial, justamente devido à excessiva linguagem científica, que acabou por ofuscar os dramas pessoais de cada personagem.
O início é a parte mais doce e poética de todo o livro, em que acompanhamos o desenvolvimento intelectual da pequena Ellie Arroway, que através de suas travessuras infantis, acaba descobrindo o universo fascinante dos números transcendentais, e com isso se apaixonando pela matemática, que acabará por leva-la ao estudo da astronomia e ao desenvolvimento de uma personalidade extremamente cética e pragmática. A cena em que ela está deitada ao chão segurando a terra com força por causa de sua sensação de conseguir captar o movimento da terra é muito bonita e singela. Em sua infância também ela lê a bíblia de cabo a rabo e cria uma opinião própria, captando as contradições do “livro sagrado”.
E este é o tema que permeará todo o livro: o embate entre a ciência e a religião, que chega ao estopim a partir da polêmica de uma mensagem captada por radiotelescópios do mundo inteiro, trazendo uma mensagem científica que revela o contato entre espécies inteligentes extraterrestres. Ou será que é o contato do Criador para com suas criaturas? Ainda assim, achei que esse aspecto foi mal explorado. Os personagens nunca chegam a uma ideia concreta. Claro, eu compreendo o autor: para esse tipo de questão, não existem fórmulas nem precisão, então não se pode chegar a uma ideia concreta. O problema é que muitos diálogos ficam em aberto, como o diálogo de Ellie com Palmer Joss em um museu, interrompido por um guarda. Achei que o autor forçou a barra nesse sentido, como se não soubesse que fim dar a uma cena e a um diálogo, simplesmente o interrompa.
O que me agradou bastante no livro, como já disse, foi o aspecto científico. Eu gosto de aprender coisas novas. Aprendi sobre os radiotelescópios, como eles funcionam e pesquisas relacionadas à melhoria de seus receptores; alguns aspectos de física em geral, além da história da ciência e de história geral, como a vida de um guerreiro ambicioso chamado Qin que deu seu nome ao país China (Qin). O livro também trás alguns conceitos filosóficos, como o Numinoso, termo cunhado por Rudolf Otto para designar o estado de espírito espiritualizado, mas não necessariamente por uma crença num ser divino. Um ator num palco de teatro quando totalmente entregue a seu personagem, de certa maneira sente o numinoso, pois se acha transubstanciado, por exemplo. Reflexões sobre a vida e a morte é um dos temas do capítulo Gilgamesh, e é algo que merece ser relido.
O problema do livro, como disse, são os personagens, que apesar de serem interessantes, são distantes. O relacionamento de Ellie com sua mãe e o drama que Carl Sagan tenta desenvolver pelo distanciamento das duas não importa muito, melhor teria sido se sua mãe tivesse morrido no início do romance. Ainda assim, não tem como não se encantar pela personalidade forte de Ellie. O problema é que só vez por outra consegui ter alguma intimidade com ela. E isso me incomodou. Os integrantes de uma certa tripulação que não vou comentar para não dar spoilers são muito inteligentes, cheios de histórias para contar, mas... não sabia quem de fato eles eram e o que pensavam, apenas vagamente. O personagem que eu mais gostei no romance, pela sua ousadia em enriquecer subvertendo as leis do capitalismo, foi Sol Hadden, e sua história de vida pode ser lida como um conto separado do livro no capítulo Babilônia. Lido dessa forma trata-se de um conto irônico e reflexivo sobre a máquina do capitalismo e seus mecanismos. Vale a leitura.
Carl Sagan era um gênio, um grande divulgador científico, e um dos grandes astrônomos de sua geração. Este livro tem muita coisa de autobiográfico, sabemos disso. E o que tive em mãos a maior parte do tempo foi um livro de divulgação científica, e não um romance, como era sua proposta. Assim, o livro tendo igualmente aspectos que me são muito caros e outros que não me agradam nem um pouco, estou indeciso sobre minha própria opinião a respeito. Mas é um livro melhor que muita coisa sendo publicada nos dias de hoje. Leiam e tirem suas conclusões.

Outras críticas e resenhas: http://oquadropintadodecinzas.blogspot.com.br/
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Ezequias 10/12/2013

A medição da condição humana
A medição da condição humana

A ficção científica é uma coisa incrível, como bem fala Ursula L. Guin ela é metáfora, mostrando os sonhos e devaneios humanos, somos despidos do "real" e colocados na frente dos nossos verdadeiros medos e desejos e nisto exercitamos ver a nossa condição de maneira honesta.

O saudoso Carl Sagan nos trás aqui uma história na verdade bem simples: os "alienígenas" finalmente conseguiram nos contactar, mas não é exatamente como se imaginava, com discos voadores e uma invasão no estilo Guerra dos Mundos ou, para ser mais "contemporâneo", Independence Day, mas um (aparentemente) simples sinal: recebemos de volta a repetição de uma das primeiras transmissões em larga escala de TV que emitimos ao espaço, ironicamente, não é bem o retrato do melhor momento da nossa história: as aberturas do jogos de Berlin de 1936.

A mensagem guarda muitos segredos e, enquanto os cientistas tentam decifrar-la, o mundo reage, afinal, não estamos sós no universo e o que significa isso?

Esse simples questionamento é, na minha opinião a coisa mais importante em todo o livro. Vez que antes de responder quem seria o outro, a misteriosa civilização alienígena, é muito importante que o ser humano se conheça.

A escala é o que dá esta oportunidade, o simples entender que terra é um pequeno ponto no universo deixa qualquer coisa humana, qualquer orgulho, qualquer feito, bem pequeno.

Afinal, diante de um tamanho vazio e desolação o que é que mais interessa, que tipo de civilização foi enxergada pelos alienígenas, quem somos, afinal, nós como humanidade? É hora de arrumar a casa.

O livro é brilhante também nas discussões filosóficas e sobre o embate entre ciência e religião.

Eu imaginaria que o Carl Sagan puxaria a sardinha para um ou outro lado, obviamente o da ciência, mas no livros somos expostos a vários pontos de vista, e somos ensinados que a humanidade merece ouvir todos eles.

Sim, temos o embate da protagonista, a Dra. Arroway, em face dos religiosos mais extremistas, que temem o significado oculto da mensagem. E somos impiedosamente colocados diante do que há de mais confuso e falho nas religiões, princialmente quando elas são a única fonte de conhecimento permitido.

O radicalismo de ambos os pontos de vista (ciência x religião) é duramente criticado. O cientista precisa sonhar, precisa ter fé em algo, nem que seja o simples futuro, ou a esperança, mas o religioso não pode ser insensível as verdades tangíveis e cair num discurso ridículo onde o sim é o sim porque sim. Na verdade, somos tocados no livro o tempo todo para sair desta infância (do por que sim, afinal) no amadurecimento da nossa civilização, precisamos questionar, sempre.

Muito embora a discussão do livro seja bastante ampla, sua história em si não o é tão complexa, mas bem fácil de entender.

Acompanhamos a protagonista, que possuiu uma fé quase que cega na procura dos "sinais nas estrelas" de ondas de determinadas frequências de rádio. A sua descoberta do sinal vindo da estrela de Vega muda o mundo, mas também muda a ela. Além dela ter de lutar contra todo o preconceito de ser uma mulher num campo tão masculino.

O interessante é que o livro fora escrito na guerra fria, havendo uma preocupação importante em mostrar as consequências da existência alienígena num mundo que estava o tempo todo pronto a se explodir numa guerra nuclear.

O discurso é sempre pela paz, e Sagan quase que entrega uma utopia, ou algo próximo dela. É bem consequência do fato de que se nos dedicássemos a um objetivo comum, conseguiríamos maravilhas.

Enfim, recomendo fortemente a leitura do livro, ele envelheceu bem, apesar de ser extremamente datado tecnologicamente (maquinas portáteis de fax) e provavelmente ter um ou outro erro científico com sua devida atualização hoje em dia, mas isso é bobagem, o importante aqui é a medida que o ser humano faz de si mesmo nesta situação sui generis.

Recomendo também o filme, que é bem mais simples do que o livro, contudo trata dos mesmos elementos, com um ou outro personagem compilado mas com os mesmos questionamentos e conteúdo.
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Dudu 24/09/2013

O livro é excelente
O livro é excelente, a história é intrigante com muitas questões cientificas e Teológicas.O livro é bem denso na parte cientifica, quem não gosta muito ou não entende quase nada de Astronomia, vai achar a leitura um pouco pesada. Tirando isso é um grande livro que nos faz refletir um pouco e com uma grande surpresa no Final.
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Pedro 03/08/2013

O mergulho
Ler "Contato" é mergulhar em uma estória completamente envolvente. Com personagens muito bem construídos (quase palpáveis), o livro nos leva a uma narrativa que, por definição (e só por definição), é fictícia.
Muito além do que o título sugere, "Contato" nos faz refletir em questões como a religião/religiosidade, geopolítica, relações públicas e, claro, a ciência propriamente dita.
Para melhorar, trás ainda uma personagem principal e sua sua história, sendo ela do mesmo nível do livro como um todo.
Toda 5, por não haver como dar maior.
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Arthur Azure 15/07/2013

Interessante mas cansativo em algumas partes
Sagan escreve MUITO bem e Contato é a prova definitiva disso. Comecei o livro MUITO empolgado mas em alguns momentos me bateu um cansaço fortíssimo porque a história simplesmente fica parada.
Enfim... Gostei o suficiente para dar 3 estrelas, mas não recomendo para pessoas que não estejam habituadas ao estilo de ficcção de Carl Sagan.
Ahh... Continuo achando "Pálido Ponto Azul" infinitamente melhor.
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Rita Zerbinatti 23/06/2013

Contato
Vivemos no planeta Terra já faz um tempinho, e desde então tentamos descobrir nossas origens e entender o ambiente em que vivemos. Tentamos entender coisas que estão além de nossas inteligências, artificiais ou não. O que buscamos desde o inicio de tudo ainda nos é totalmente incompreensível. Formamos uma sociedade que depende de um capital, escolhemos religiões para nos guiar perante a grandeza do Universo, e com isso, muitas pessoas se dão por satisfeitas. Felizes. Simplesmente aceitam tudo como verdade e não se questionam sobre nada.
Esse livro não é apenas sobre extraterrestres. Não se enganem,se forem ler achando que é pura diversão e terão uma boa dose de aventura extraterrestre é melhor então buscar outro livro. Aqui vocês encontrarão diante de si uma variedade de opiniões e debates sobre política, religião, ciências e sentimento. Cada personagem carrega consigo uma opinião sobre o que está acontecendo no mundo. Recebemos uma mensagem alienígena que nos instruí a construir uma máquina. Não se sabe pra que, nem por que.
A história é extremamente envolvente. Você se vê ali no meio daquela trama, e é uma coisa tão bem formulada e tão explicada que te deixa aquela sensação de isso pode acontecer agora mesmo, que podemos de fato, receber uma mensagem extraterrestre.
O que eu apontaria como negativo, já que não sou matemática, física, astrônoma nem nada, apenas uma amante de ficção, foi o fato de ter alguns detalhes- teorias- dessas áreas científicas e eu me senti um pouco perdida em alguns momentos. O lado bom é que aprendi bastante coisa. Mas não é algo que atrapalhe a leitura a ponto de largar o livro, se você, assim como eu, é fã do tema. Caso contrário, você pode achar tudo isso um "saco".
A história vai nos mostrando um pouco sobre nós mesmo, seres humanos, como agimos e aceitamos determinadas coisas impostas pelo governo. Mas não só isso, nos mostra que damos tanta importância para determinadas coisas que esquecemos o que realmente importa na nossa vida: o amor. É sim, uma mensagem clichê, de cunho religioso, mas é uma verdade. Eu aceito isso como verdade. Independente de religião, o ser humano é capaz de amar e isso deveria ser colocado em primeiro lugar. Entretanto, dinheiro e poder é muito mais valorizado.
Percebi que, de fato, estamos um pouco atrasados mesmo, não só com relação á tecnologias. Carl Sagan me deixou uma questão: será que somos inteligentes o suficiente para aceitarmos de bom grado que de fato, existem civilizações inteligentes espalhadas por ai? E se essa história se tornasse realidade? E se recebêssemos uma mensagem vinda de outro planeta, como será que a humanidade responderia? Aceitaríamos? De fato os seres humanos são adaptáveis, sabemos nos adaptar facilmente ás circunstâncias, mas perante tantas verdades morais e religiosas, como agiríamos diante uma mensagem extraterrestre? Acredito que o Carl Sagan imaginou perfeitamente como seria.
Leitura altamente recomendada, para quem quer se tornar um ser humano melhor.
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Eli 17/05/2013

FAVORITADO
Um dos melhores livros de fícção científica que ja li, além de retratar, a situação política e econômica do mundo do périodo da guerra fria, a tênue mudança de foco dos cientistas da época para estudo bélicos, o ceticismo na crença em Deus, o pricipal objetivo do livro é mostrar a que fins o planeta Terra e seus habitantes podem chegar continuando no rumo que estao. Certamente, representa total personalidade do autor! Ótimo.

site: http://www.vestigiodelivros.com.br/2016/09/resenha-contato-carl-sagan_6.html
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Danilo 16/03/2013

Contato - Carl Sagan
Sempre tive a tendência para o nerdismo. Quando criança acordava cedo no sábado para assistir documentários da National Geographic que passavam na Globo. Tinha interesse principalmente naqueles sobre inseto e os sobre Egito antigo. E de domingo adorava ver o Globo Ciência. Mesmo o Globo Rural eu não perdia, sempre tinha algo interessante em meio as notícias sobre a cotação da arroba do boi zebu. Mas nenhum desses exerceu tamanho fascínio sobre mim quanto a série Cosmos, produzida e apresentada pelo astrônomo Carl Sagan. Desde então posso dizer que Carl Edward Sagan é uma das minhas pessoas preferidas em toda a existência humana.

Olha o currículo do sujeito: Doutor em astronomia e astrofísica pela Universidade de Chicago, ele trabalhou nos projetos da NASA Apollo, Mariner, Viking, Voyager e Galilleu. Além disso ele foi professor de astronomia e ciências espaciais, publicou inúmeros livros e artigos e é tido como um dos grandes divulgadores da ciência em todos os tempos. Além de tudo isso, Sagan era um poeta. Quem já assistiu Cosmos, leu alguma coisa ou viu alguma entrevista dele já sabe. Seu amor pela ciência, pela cultura e pela busca do conhecimento eram impressionantes e foram destiladas em cada palavra dele.

Dito tudo isso, não sei por que demorei tanto para ler Contato.

O livro, lançado em 1985, conta a história da astrônoma Eleanor Arroway e sua participação no projeto SETI. Pra quem não sabe este é um projeto real, que busca evidências de vida inteligente fora da Terra através do monitoramento de radiofreqüência. A ideia básica do projeto é apontar um radiotelescópio para uma estrela e, através da análise da radiação eletro-magnética captada, determinar se esta é natural (emissões da própria estrela) ou se possui alguma lógica, como sinais com repetições ou sequencias bem estabelecidas, o que a configuraria como uma transmissão de alguma civilização inteligente.


Na história acompanhamos a Dra Arroway desde sua infância e formação (tanto de caráter quanto científica) até o momento em que ela finalmente consegue captar sinais que possivelmente são provenientes de seres extra-terrestres habitando algum planeta em órbita da estrela Vega, assim como as consequências desse contato. Esse deve ter sido um dos livros mais bem escritos que já li em toda minha vida. A história engloba todos os aspectos de um possível contato com seres extra-terrestres e mostra como isso se refletiria na sociedade, na ciência, nas religiões e na política. Além disso, Sagan dá vida a personagens complexos, multidimensionais e plausíveis. A construção da personagem principal se dá de uma forma completa e esta poderia ser a biografia de uma pessoa real. A obra foi pensada em cada um de seus pormenores, sendo profunda, completa e sem falhas.

O livro é bem mais do que uma ficção científica. É um debate sobre ciência e fé, sobre política, sobre relações humanas, sobre astronomia. Tudo isso sem nunca deixar de prender a atenção dos leitores sobre seus personagens ou sua história. Para quem já leu ou viu qualquer outra coisa de Sagan, dá pra perceber que Eleanor é o próprio autor dentro da história. Sua paixão pela ciência e seus argumentos fortes e inteligentes sempre me soavam com a própria voz de Carl. E este passeio pelo cosmos dessa mente privilegiada é um dos maiores prazeres que já tive desde que fui alfabetizado.
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Sérgio 04/03/2013

Contato - resenha no link
http://ocaldeiraodehermione.blogspot.com.br/2012/08/contato-por-marvin.html
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Matheus 10/01/2013

Valeu totalmente a pena todo o esforço que eu tive para conseguir este livro, pois fui recompensado com uma das obras mais reveladoras e geniais que já tive contato. Carl Sagan é realmente um gênio, mas acima de tudo eu vejo uma humildade nessa obra, pois esperava que ela tomasse somente o lado da ciência, mas é incrível como a leitura desse livro me fez rever meus conceitos sobre aquilo que eu tinha como “verdade” do universo. A dimensão que os seres humanos tomam nesse livro é uma questão interessante, pois descobrimos que não estamos sozinhos, nem estamos no topo, mas percebemos que fazemos parte de um todo, que temos que nos unir para buscar a resposta, assim como os Zeladores trabalham unidos para o bem da galáxia. Ciência e religião são duas coisas muito importantes na vida do ser humano para viverem separadas, e acredito que esse é um dos pontos do livro, pois é preciso ter fé para aceitar Deus, mas a mesma fé é necessária para se aceitar a versão de Ellie sobre a viagem ao centro da galáxia. Incrível, muito bem escrito, esse livro nos faz pensar, refletir sobre o porque de estarmos aqui, ele nos mostra a “assinatura do artista”, que como ele próprio diz, se sobrepõe a tudo, a deuses, demônios, crenças, ciências. Não importa o que você segue, em que você acredita, tudo está errado, ao mesmo tempo em que tudo está certo, pois como o próprio livro diz, o universo é perfeito, tendo sido ele criado por alguma Força Superior ou não!
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Leandro 14/12/2012

Como todos os outros livros de Carl Sagan que li esse é fantástico. Com seu estilo humilde e romântico de escrever, Carl Sagan expressa em suas obras sua esperança em um mundo melhor, com uma maior união da espécie humana ao invés da guerra. A possibilidade de existência de vida extra-terrestre não só nos ensina o quão insignificante somos diante da imensidão do universo, mas a necessidade de nos unirmos, toda a espécie humana, nos libertando de excessos nacionalistas que só tendem a afastar as diversas culturas.
Esse livro, assim como seu outro excelente livro Pálido Ponto Azul, nos dá uma outra perspectiva do universo. Não somos o centro do mundo e muito provavelmente não estamos sós. Temos muito o que aprender se quisermos realmente que nossa espécie evolua e conquiste o universo um dia.
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pedregulhoo 14/08/2012

O livro conta a história de Eleanor Arroway, uma cientista que trabalha no SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) e sua busca por contato com alguma civilização extraterrestre. Depois de anos de dedicação ela descobre um sinal extraterrestre transmitido a partir da estrela Vega. Trata-se de uma mensagem que contém um conjunto de informações entre as quais se destacam a primeira grande transmissão televisiva realizada na Terra, Jogos Olímpicos de Berlim, na qual Hitler aparece, e instruções para construção de uma máquina de transporte espacial.

Não se trata de um livro de ficção científica barato; Carl Sagan, um dos maiores divulgadores científicos nos dá uma excelente aula de ciência, astronomia e ceticismo. O autor tenta mostrar que a ciência e a razão também podem ser meios através dos quais uma pessoa pode experimentar um fascínio sobre o Universo que geralmente é associada exclusivamente à religião e à fé.

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triwaca 26/07/2012

Se você gostou do filme, da forma que ele aborda o movimento da psique humana diante da confirmação de uma mensagem alienigena, leia o livro! É muito mais profundo, detalhado e fascinante. Os personagens são mais desenvolvidos, a trama da mensagem é mais bem explicada, e a viagem que a Dra. Arroway faz é bem mais crível, visto que ela não vai só. E o final tem detalhes muito mais interessantes, que eu senti muita falta no filme. Com certeza um dos meus livros preferidos.
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William 18/07/2012

Análise do Livro Contato de Carl Sagan.
Publicado em meu blog www.paginadowill.com
Por: William Cirilo Teixeira Rodrigues
Escrito por Carl Sagan e Ann Druyan entre 1980 e 1981, publicado em 1985 e adaptado para o cinema em 1997, o livro Contato narra a história de Eleanor (Ellie) Arroway, desde sua infância até a maturidade quando se torna radio astrônoma...
Resumo da obra.
Em sua atividade de radio astrônoma, Ellie se empenha na busca de sinais de vida inteligente em outros planetas, o que é visto por outros astrônomos como um suicídio profissional, pois não existem garantias de êxito nessas buscas. Entretanto, enquanto trabalhava no Novo México, conseguiu captar ondas de rádio vindas de perto da estrela Vega, a mais brilhante da constelação de Lira e que fica a cerca de 26 anos luz da Terra.
Esta mensagem aos poucos é decodificada, revelando o seu conteúdo. Uma espécie de manual de instruções para a construção de uma máquina que até ser construída ninguém tinha idéia do que fazia. Muitos acreditavam que ela destruiria o mundo, ou servisse como uma espécie de cavalo de tróia alienígena, mas a hipótese mais aceita era de que ela seria uma nave espacial, pois continham cinco lugares[1].
Após diversos debates os acentos foram distribuídos entre algumas nações e a máquina posta para funcionar. Seus tripulantes, entre eles Ellie, são transportados para o centro do universo e entram em contato direto com os alienígenas que tomam a forma da pessoa que eles mais amam ou amarram na Terra. Para Ellie o alienígena se apresenta na forma de seu pai, Teodorre Arroway, falecido quando ela tinha nove anos.
Após esta magnífica experiência de cerca de 24 horas, eles regressam a Terra e são surpreendidos pela notícia de que eles ficaram dentro da nave por apenas 20 minutos e que ela, a máquina, não foi a lugar algum. Sem provas de sua viagem interestelar, eles são interrogados e acusados de ter ludibriado todo o planeta somente para manter seu projeto de pesquisa científico. É a partir desse momento que há uma inversão nos papeis e a cética Ellie se vê cercada de uma espécie de experiência espiritual idêntica a religiosa. Ela acredita fielmente ter passado por isso e não consegue provar.

Análise.
O grande trunfo desta obra é o de não ser uma ficção cientifica “barata”, cheia de homenzinhos verdes desembarcando de um disco voador, ou destruindo o mundo na véspera do dia de independência dos Estados Unidos. Sagan repleto com seu conhecimento cientifico nos dá uma aula de ciências e astronomia, fazenda de sua obra uma ficção sim, mas repleta de sobriedade.
O grande debate do livro ocorre no campo religião versus ciência. E como nosso mundo, tão atrasado em alguns aspectos, reagiria se realmente se descobrisse vida em outros planetas. Essa proposta fica clara através dos dois principais personagens do livro a cientista ateia Ellie e o Padre Palmer Joss, que vivem em constante atrito ideológico.
A obra apresenta a importância política que a religião tem em praticamente todo o mundo. Diversas decisões políticas somente são tomadas após a avaliação dela por religiosos influentes, para desespero de Ellie que vê na religião algo totalmente sem fundamento, inconsistente, sem provas, apenas uma histeria coletiva compartilhada por 95% da população do planeta.
Diversos embates filosóficos sobre a existência ou não de Deus, extremismo religioso e cientifico, se a religião merece todo esse poder, são travados durante o decorrer de todas as mais de quatrocentas páginas do livro.
Ao final do livro, quando Ellie e os outros tripulantes retornam de sua experiência intergaláctica sem nenhuma prova consistente de que realmente foram a algum lugar, o romance da uma reviravolta e a ciência que Ellie tanto acredita, não serve para explicar esse contato com seres de outro planeta. O ceticismo que a ciência tanto usa para analisar a religião e as suas chamadas experiências espirituais não pode ser usada por Ellie para explicar sua viagem rumo a Vega.
Sem as devidas provas, a única coisa que resta a Ellie é a fé de que ela realmente esteve 24 horas em outro planeta, enquanto na terra não se passaram vinte minutos. É a mesma convicção de um religioso, ele acredita fielmente em algo, acredita ser aquilo real e a sua única maneira de explicar é através da fé.
A meu ver, o final do livro sela um acordo de paz entre a ciência e a religião, representado pelos sentimentos de Ellie por Joss[2].

Bibliografia:
SAGAN; Carl: “Contato” São Paulo. Companhia das Letras. 2008. 434 páginas
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