Resenhas - Contato

Regis 12/11/2022

Será que há vida inteligente na terra???
Aqui é travado um grande debate entre fé e ciência, uma discussão sobre a cooperação das nações e sobre o que há lá fora. Estamos realmente sozinhos?
Carl Sagan demonstra em Contado toda a mobilização que os seres humanos fariam contra e a favor de responder a mensagem vinda de uma estrela distante.

O livro mostra tudo isso, faz valer a prerrogativa científica e nos coloca em debate com nossas próprias noções atuais da existência, ou não, de vida alienígena e de como reagiríamos diante de tal descoberta.

O autor consegue nos fazer adorar acompanhar a vida de Ellie, a protagonista, e toda sua jornada da infância até a vida adulta onde trabalha em um radiotelescópio buscando por vestígios de vida inteligente além do nosso planeta.

A leitura se desenvolve em três partes: a primeira mostrando a vida de Ellie desde a infância até a descoberta do sinal de Vega, a Segunda mostrando a construção da máquina e a terceira a viagem pela galáxia.

Junto com tudo isso vem a opinião da população mundial onde temos: fanatismo religioso, medo, incredulidade, terrorismo, nazismo, arroubos sobre o fim do mundo e tudo mais que sabemos que a humanidade é capaz de produzir.

A leitura é cheia de interferências filosóficas e didatismo que torna o livro um pouco lento, mas que julgo necessário para que a imersão na proposta.

Outros personagens que foram introduzidos são bons coadjuvantes, antagonistas e amigos. Gosto especialmente de Vaygay, o cientista russo amigo de Ellie e da Devi, uma cientista indiana. E tem ainda Hadden o engenheiro que despertava curiosidade (adoraria saber mais sobre seu destino final) e Drumlin, um ex-professor da Ellie, personagem odiavelmente narcisista que na segunda parte do livro tem um desfecho com o qual eu concordei muito.

Senti ânsias de vômito com o interrogatório e as mentiras no final do livro ministrados pelo novo secretário de defesa dos Estados Unidos, Michael Kitz.
Esse desfecho teve um gosto agridoce, mas entendi o propósito do autor. Apesar de achar que uma ou duas coisas poderiam ser diferentes, a proposta foi maravilhosamente concisa.

Após tudo, infelizmente a única questão que continua em aberto é a existência de vida inteligente na terra.

?Este planeta é dirigido por loucos. Lembre-se do que eles tiveram de fazer para chegar aonde estão. As perspectivas deles são tão estreitas, tão... breves. Alguns poucos anos. Nos melhores casos, algumas décadas. Eles só se importam com o tempo em que se acham no poder.?

Verdade incontestável, tanto no livro quanto na nossa realidade.

Uma ótima e aliciante leitura que ajuda a revelar o que há de melhor e pior na humanidade. Recomendo.

SandmanBR 02/05/2009

Leia o livro e NÃO veja o filme. ;)

Allan 22/07/2022

Um dos melhores livros de ficção científica!
Eu sou um leitor principalmente de fantasia, não costumo sair muito do gênero. Porém resolvi dar uma chance para Contato e que ideia maravilhosa!

Estava com a adaptação cinematográfica na minha lista para assistir há muito tempo, mas eu queria ler primeiro.

A narrativa é muito bem construída, te puxa muito para dentro da história, a protagonista é maravilhosamente sensata mesmo quando se depara com conceitos e situações nunca antes vividas. Achei tudo muito incrível!

hemersonbrandao 04/05/2010

O contato de Carl Sagan
Há 12 anos o mundo da divulgação científica perdia uma de suas estrelas de maior magnitude. Carl Edward Sagan, formado em Astronomia Planetária pela “University of Chicago” e doutor em Biologia pela “Harvard University”, dedicou sua vida à pesquisa e a divulgação da Astronomia, principalmente na área da exobiologia, que estuda a possibilidade de existência de formas de vida, fora da Terra.

É considerado por muitos como o maior divulgador de ciência da história, graças à visibilidade que recebeu através de sua série de televisão “Cosmos”, veiculada em 1980. Gravado em parceria com sua esposa Ann Druyan, durante 3 anos visitou 12 países, produzindo 13 episódios abordando assuntos como história da ciência e da Astronomia, Exobiologia, além dos feitos alcançados pela Astronáutica. Tendo mais de 500 milhões de espectadores em todo mundo, seu carisma garantiu um prêmio Emmy e o título de maior série científica da história da TV. Sua versão em livro alcançou o best seller da divulgação científica.

Foi consultor e conselheiro da agência espacial NASA, chefiando as missões Mariner, Viking, Voyager e Galileo, que explorou todos os planetas do Sistema Solar, sendo condecorado pelos resultados obtidos. Também foi co-fundador da “The Planetary Society”, congregando membros do mundo inteiro em prol da exploração pacífica do espaço e a pesquisa da vida extraterrestre.

Carl Sagan foi autor de 20 livros e dezenas de artigos científicos. O seu livro “Os Dragões do Éden”, sobre biologia evolucionária e antropologia, recebeu o prêmio Pulitzer de literatura.

Sua última obra, “O mundo assombrado pelos demônios”, expressa sua forte preocupação com a divulgação de pseudociências em nossa sociedade atual e estimulando o pensamento crítico e racional, além de abordar temas polêmicos como o aborto e o aumento preocupante da militarização da humanidade.
Morreu aos 62 anos, em 20 de dezembro de 1996, vítima de complicações da mielodisplasia, uma rara doença da medula óssea.

Durante sua vida, Carl Sagan escreveu apenas um único romance de ficção-científica, o "Contato" (Companhia das Estrelas: Tradução de Donaldson M. Garschagen, 1997, 416 páginas), que narra de uma forma envolvente o que poderia ser o primeiro contato da humanidade com uma inteligência extraterrestre.
A narração inicia com a infância de Ellie Arroway e os seus primeiros passos em direção à ciência, graças sua curiosidade por aparelhos de rádio e pelas belezas do céu noturno. Ambiciosa e sonhadora, sempre com apoio e incentivo de seus pais, suas paixões de infância e a facilidade com matemática, física e engenharia, acabaram levando a protagonista para a faculdade, e uma formação em Radioastronomia, especializada em estudos das emissões e reflexões de radiações eletromagnéticas por corpos celestes.

Durante sua vida acadêmica, na “California Institute of Technology”, Ellie tem o contato com o pesquisador Peter Valerian, um radioastronomo respeitado na instituição, mas que tinha um fascínio ligeiramente desabonador, pela possibilidade de existir inteligências extraterrestres. Peter se tornaria seu amigo, e quanto mais Ellie o conhecia, mais ela era envolvida com o seu fascínio, a ponto de Ellie começar a divagar se com radiotelescópios não seria possível contatar civilizações extraterrestres avançadas pelo Universo.
Após conquistar seu doutorado, Ellie é nomeada auxiliar de pesquisa no Radiobservatório de Arecibo, em Porto Rico, o maior radiotelescópio do planeta, sendo, portanto, o mais disputado por radioastronomos. Durante seus curtos períodos disponíveis para utilizar o radiotelescópio, Ellie dedicava-se às primeiras pesquisas buscando emissões de rádio de estrelas que poderiam abrigar sistemas planetários com formas de vida, na esperança de encontrar uma civilização avançada que tivesse a intenção de comunicar-se conosco.
Sua pesquisa ganha reconhecimento e recebe o convite para direção do Projeto Argus, contando com 131 radiotelescópios móveis e controlados por computador, que dentre outras pesquisas recebia financiamento para a pesquisa de busca por vida extraterrestre inteligente.

Desacreditada por muitos, depois de anos sem alcançar algum resultado mensurável, ela acaba sendo estimulada a deixar a pesquisa por estar gastando dinheiro e tempo precioso em radiotelescópios, numa busca cega por extraterrestres. Até que numa determinada madrugada, Ellie é surpreendida pelo alarme de monitoramento automático de freqüências, ao receber uma série de pulsos eletromagnéticos e repetitivos, que codificados apresentaram-se como uma seqüência de números primos. Entrelaçado com esse sinal, estão desenhos esquemáticos de uma cápsula no formato de dodecaedro, envolta por um grande aparelho, capaz de abrigar 5 pessoas.

Desconfiados mas seduzidos a construir o artefato, governos do mundo inteiro se unem, e após anos e trilhões de dólares gastos, a máquina está pronta para ser utilizada. A máquina consegue gerar uma espécie de portal bidimensional que os leva a uma série de complexos “buracos de minhoca” que possibilita vencerem em segundos as longas distâncias no espaço. A viagem acaba levando os seus cinco ocupantes a uma viagem ao centro da nossa galáxia e o contato com os seres extraterrestres responsáveis pela mensagem.
O livro virou um filme homônimo com a personagem principal sendo representada pela atriz Judie Foster. Adaptado pelo diretor Robert Zemeckis em 1997, Carl Sagan não viveu o suficiente para ver sua obra nos cinemas.

Tanto no livro quanto no filme, apesar de não declarado, é apresentado uma estreita relação do projeto Argus com o projeto na vida real idealizado pelo Instituto SETI, que busca sinais de radio emitido por civilizações inteligentes em nossa galáxia. O seu fundador, o astrônomo Frank Drake, conhecido pela sua “fórmula Drake”, calculou através das leis da probabilidade que atualmente somente em nossa galáxia poderia existir, na melhor das hipóteses, 10.000 civilizações alienígenas num ponto tecnológico similar ou mais avançado que o nosso, e que os mesmos poderiam estar tentando se comunicar entre si através de emissões radiotelescópicas. É nessa cifra que o projeto se apóia e tem as mesmas dificuldades apresentada no livro, tanto na busca por financiamento assim como hora disponível em radiotelescópios, para pesquisa.
O projeto já existe há 40 anos e computadores já analisaram dezenas de milhões de emissões de rádio em diferentes partes do céu, e apesar de alguns sinais intrigantes, até o momento nenhum sinal foi identificado como de proveniência extraterrestre. O grande problema tem sido qual freqüência especifica devemos buscar, em qual momento e em para qual porção do céu deve apontar nossas antenas.

Um outro ponto desanimador nessa busca são as longas distâncias no espaço e as dificuldades num contato interativo inter-civilizações. No livro, o sinal extraterrestre é proveniente da estrela Vega, que apesar de ser uma estrela bastante próxima da Terra, existe um atraso de 26 anos para que uma mensagem seja emitida no nosso planeta percorra todo o espaço, até alcançar a estrela.

Carl Sagan foi feliz em utilizar a teoria dos “buracos de minhoca” para permitir que os 5 astronautas pudessem viajar até o centro da galáxia. Apesar de ainda estar na linha da física teórica, talvez seja uma alternativa para futuras e longas viagens através do Universo.

Outro ponto abordado no decorrer da obra são os embates entre ciência e a religião que uma mensagem dessas provocaria, numa sociedade que 95% das pessoas acreditam em alguma divindade. Marca de Carl Sagan, que expunha publicamente seu ceticismo e agnosticismo, a protagonista Ellie era avessa às religiões, seguindo uma inclinação de seu pai, que opinava que a Bíblia seria uma coleção de "histórias bárbaras misturadas com contos de fadas".

Entre longos debates por todo o livro, perguntada sobre a proveniência da mensagem não seria de origem divina, Ellie respondeu num dos pontos altos da trama: “Naturalmente, não é um símbolo cristão, ou um símbolo de qualquer uma das grandes religiões atuais. Não imagino que o senhor quisesse argumentar que os deuses só falassem com os gregos antigos. O que estou dizendo é que, se Deus desejasse enviar-nos uma mensagem, e se os textos antigos fossem a única maneira que ele imaginasse para fazer isso, poderia ter realizado um trabalho mais bem-feito. E de maneira alguma ele teria de se limitar aos textos escritos. Por que não existe um imenso crucifixo em órbita ao redor da Terra? Por que na superfície da Lua não estão gravados os Dez Mandamentos? Por que Deus haveria de ser tão claro na Bíblia e tão obscuro no mundo?"
Se Deus existe ou é apenas uma parte de um mito coletivo de nossa sociedade, o romance de Carl Sagan responde com um alto e sonoro “não” a inquietante pergunta que aflige a humanidade desde suas primeiras divagações: Estaríamos sós no Universo?

Italo 08/08/2020

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Imaginar que não estamos sozinhos no universo e especular a existência de outros seres extraordinariamente inferiores ou superiores, racionalmente falando, é um questionamento que a humanidade o faz desde muito, no entanto, até o presente momento, não passa disso, um questionamento. Nessa narrativa do magnífico divulgador científico Carl S. é demonstrada uma espécie de contato entre a terra e outra civilização que demandou grande esforço por parte dos humanos, em especial uma mulher maravilhosa, vulgo Eliie que contra tudo e praticamente todos se mostrou capaz de ir ao encontro do que acreditava, mesmo que ao o fazer não podesse provar empiricamente sua experiência.
A narrativa tem uma certa carga científica que, entretanto não prejudica majoritariamente a compreensão da história, apenas da um "Q" de realidade ao que estamos lendo. Em fim, maravilhoso. Recomendo, principalmente para os amantes do universo e do mistério que o cerca.

Daniel 19/11/2023

O equilíbrio perfeito entre fé e ciência
Eu sempre fui um cético, desde criança. Muito curioso, fã de ficção científica e dinossauros, eu sempre amei a ideia de que somos uma pequena minúscula fração de vida no nosso universo infinito. Muita gente tem medo desse pensamento pois acham que somos especiais aos olhos de alguma divindade. E como ateu, costumava ter um comportamento de superioridade em relação aos fiéis, pois nunca entendi como alguém pode crer em algo sem evidência. Isso mudou quando conheci Carl Sagan na série Cosmos. A sensibilidade dele ao tratar da ciência e elucidar as duvidas sobre a origem da vida sem jamais desmerecer a fé de quem crê na criação me ensinaram que, de um certo ponto de vista, todos precisam ter um pouco de fé, até os cientistas, e isso nos põe em uma zona emocional muito semelhante. Finalmente, o livro Contato aborda esse sentimento elevado a enésima potência, descrevendo como a ciência pode ser cética contra ela mesma, e como um mundo super religioso pode abraçar uma nova idéia de Deus. Ellie Arroway me representa, de uma forma ainda mais fantástica, na questão de perceber através da ciência e da sua experiência com uma forma de vida superior, que, seja um Deus, sejam Aliens, ou apenas uma ilusão, nós precisamos de algo maior pra nos dar sentido à existência. Sendo assim, recomendo muito esta leitura, principalmente para aqueles que tem essa visão preconceituosa da fé, como eu já tive. Carl Sagan irá, de forma suave, sutil e muito sensível te apresentar o equilíbrio perfeito entre fé e ciência.

Albert 13/10/2017

Enredo original porém a desenvoltura não é das melhores
Sou fã de assunto que envolve o espaço, possibilidade de vida fora da terra e afins. Eu esperava no romance de Carl Sagan saciar minha sede numa história envolvente. Entretanto, não foi o que aconteceu. Infelizmente tive que abandonar, embora eu não quisesse. Tentei de todas as formas continuar a leitura. Não concluí pelo principal motivo da fluidez. Sagan pode ter sido um grande cientista, mas não me agradou como escritor.

É a primeira vez que leio seu livro, e na minha visão, ele não possui a desenvoltura na escrita, pelo menos em Contato. Hawking por exemplo, tem uma escrita prazerosa e fluida. Fiquei desconfortável com o excesso de linguagem técnicas e isso impactou quanto a compreensão do contexto da história. Não que seja difícil a assimilação, mas impediu uma leitura fluida contribuindo para uma leitura densa e muita arrastada. Muitas vezes, há momentos monótonos sem grande impacto junto ao leitor. A história em si é criativa, isso eu reconheço, e até inovadora, porém não gostei da forma como foi desenvolvida. Seu estilo de escrita não me agradou. No meu caso, o filme é superior ao livro. Mesmo assim ainda me arriscarei em outras de suas obras.

Mônica 11/10/2009

Muito bom!
Contato foi um dos primeiros livros que li quando pequena, é uma história envolvente e apesar de tratar de assuntos un tantotécnicos tem momentos que emocionam demais!

O começo pode ser meio chato, mas vale a pena prosseguir a leitura!

Gabrielle 25/09/2020

Sem palavras
"Se os nazistas tivessem conquistado o mundo, nosso mundo, depois adquirido capacidade de fazer viagens interestelares, vocês não interviriam?"
"Você ficaria surpresa se soubesse como é raro acontecer uma coisa dessas. A longo prazo, as civilizações agressivas destroem a si próprias, quase sempre. Faz parte da sua natureza."

"Vocês, humanos, têm certo talento para a adaptabilidade... Pelo menos a curto prazo."
"É esse o problema, não é?"
"Um dos problemas. Pode-se ver que, depois de certo tempo, as civilizações que só têm perspectivas a curto prazo simplesmente deixam de existir."

"Este planeta é dirigido por loucos. Lembre-se do que eles tiveram de fazer para chegar aonde estão. As perspectivas deles são tão estreitas, tão... Breves. Alguns poucos anos. Nos melhores casos, algumas décadas. Eles só se importam com o tempo em que se acham no poder."

Magnífico é pouco.

Marques 24/05/2016

Nesse livro Carl Sagan conseguiu criar um mundo onde a ficção-científica e a Ciência andam de mãos dadas, talvez esse seja o espirito necessário a todos os cientistas: o caráter imaginativo para extrapolar a realidade e inspirar a concretização da ideia.
Nesse mundo facilmente crível e com regras bem estabelecidas (afinal é o nosso próprio), Carl Sagan traz a tona repercussões e questionamentos profundos dignos de autores conceituadíssimos da categoria, como Philip K. Dick e Isaac Asimov.

Recomendo a todos que se interessam pelo assunto de ufologia e astronomia, pois há uma simbiose perfeita nessa obra, mesmo esse não sendo o cerne do livro.

Isabella 30/12/2020

Primeira vez que leio um livro com uma protagonista feminina, científica, e que sua história não está focado exclusivamente em romance com outro personagem. E o mais doido: foi escrito por um homem. Eu amei a forma como Sagan conseguiu colocar todas as dificuldades femininas em meio a áreas científicas de uma forma tão significativa e sublime. Além disso, também nos deu ótimos ensinamentos sobre os mistérios da vida humana, as dúvidas que cercam nossas vidas sobre o cosmo, as dúvidas que temos em relação a religião, a vida após a morte. O livro é um show de ensinamentos. É um livro que vem de um autor extremamente ciente das maiores perguntas que cercam nossa existência.

Thiago Valença 10/08/2014

Deus é matemático
Que sorte eu tive ao visitar a casa de um amigo e encontrar esse livro me esperando. Assisti o filme Contato (1997) quando criança repetidas vezes, cresci sem saber que era baseado nesse livro homônimo, nem mesmo sabia quem era seu autor.

Não sou capaz de dizer o quanto esse livro é maravilhoso. Carl Sagan é um excelente professor, sua capacidade de nos cativar, ensinar é fora do comum. Sou apaixonado por ele, não há uma folha que se leia e deixe de notar que simples e profundo é a leitura.

A escrita é inovadora, muito original, e nunca apelativa, sempre afetuosa e direta. As discussões filosóficas são extraordinárias, muito inteligentes. De todos os livros que li na vida, a protagonista Ellie Arroway é minha personagem favorita. Há tantas coisas incríveis nesse livro que o diferenciam do filme, revelações que sequer foram mencionadas. Que surpresa ao final do livro descobrir o sentido, que não é o óbvio, do título Contato.

Minha vontade é que todos possam lê-lo, que embarquem nessa jornada tão bem construída. É um presente que Carl Sagan dá a humanidade, não há ouro que pague a experiência vivida.

Laís 12/01/2017

Literalmente uma viagem!
O romance de Carl Sagan, Contato, irá contar pra gente a história de Ellie e sua busca pelo conhecimento extraterrestre.

Ela é diretora do Projeto Argus, o qual visa buscar sinais de rádio vindos do espaço com o auxílio de poderosíssimos radiotelescópios. Certo dia, sua equipe detecta um sinal fortíssimo, vindo de uma estrela muito distante de nome Vega. O sinal mostra uma sequência enorme de números primos que, em suas camadas, esconde uma mensagem. Para a surpresa de todos, quando essa tal mensagem é descoberta, encontram nada mais nada menos do que uma imagem de Hitler e instruções para a construção de uma máquina - o que ela irá fazer, ninguém se nem se atreve a confirmar.

Muitos questionamentos surgem!

Será que essa mensagem foi enviada por seres de vida inteligente?

Será que querem a destruição da Terra?

A mensagem foi enviada por Deus?

Ou será que quem mandou foi o Diabo?

E aí que chegamos a melhor parte do livro, na minha opinião: as calorosas discussões entre políticos, cientistas e religiosos, aonde cada um busca, radicalmente, defender seu ponto de vista e suas crenças. Achei muito cativante essa mistura de conhecimentos e novas informações que o livro trouxe pra minha vida, além de também ter achado interessantíssimo o relacionamento político entre os países diante de uma possível ameaça extraterrestre. Vale ressaltar que o livro foi escrito durante a Guerra Fria, o que torna o aspecto político mais significativo ainda.

Resumindo: Contato foi uma verdadeira viagem pra mim! Eu achei denso, porque possui bastante informação científica, então em determinamos momentos a leitura ficou um pouco cansativa. Mas esse texto se faz necessário, porque o tema exige mesmo muita base teórica, né?

Quanto as reflexões.. Gente, que incrível. Fiz várias marcações e fiquei me questionando sobre como reagiríamos se algo parecido acontecesse hoje em dia.

Eu acredito que muito embora o livro se trate de vida extraterrestre, a maior lição dele é sobre nossa passagem na Terra. Achei incrível, intenso e verdadeiramente inspirador tudo que Sagan pensou. O texto dele é surpreendente de tão envolvente! Eu realmente me senti presa e curiosa com a trama.

Favoritei!

lekikia 25/10/2020

O livro é de leitura fácil mesmo para leigos no assunto como eu!

Embora se trate de um Romance, o autor sempre busca contextualizar todos os aspectos relativos ao contato com extraterrestes, então não nos sentimos perdidos quanto à isso.

No mais, é uma história empolgante e envolvente. A todo momento queremos saber o que está por vir e quais são as implicações do que está acontecendo no momento. Dito isso, o livro me prendeu do início ao fim e o final foi um tanto quanto surpreendente. Valeu a pena a leitura. ?

Li 14/06/2012

DESAFIO LITERÁRIO 2012 - JUNHO - VIAGEM NO TEMPO *OFICIAL*
Sinopse: Contato com extraterrestres não é sinônimo de homenzinhos verdes desembarcando de um disco voador. É muito mais: sinais captados num radiotelescópio podem conter mensagens capazes de nos fazer repensar toda a nossa concepção da vida e do universo.
Esse é o ponto de partida de Carl Sagan, que, aliando as tensões da melhor literatura ao conhecimento científico mais avançado, compõe um romance que pode provocar em nós todas as reações - menos a indiferença. Em Contato, o que está em jogo é o mundo tal como o conhecemos. Como quem faz uma aposta, Sagan nos convida a uma viagem assustadoramente fascinante pelo buraco negro que é a inteligência humana.

Mais um livro que vou ler porque vi o filme e gostei. Na verdade, quando era mais nova tinha vontade de ser astrônoma, lidar com o Espaço, até hoje tenho ainda esta fascinação, principalmente pela questão de vida extraterrestre inteligente, coisa em que acredito piamente, acho muita pretensão humana achar que no universo gigantesco em que vivemos só existir a nossa racinha... Enfim.

O livro é bom. Sagan conseguiu, através do tema da existência de vida alienígena inteligente, abordar de questões religiosas a políticas... E umas bem humanas, como o “são Tometismo”. E o livro é bem diferente do filme, muito mesmo.
O contexto é bem interessante. O fato do que deveríamos esperar se seres nos contatassem e simplesmente preferissem não sair de casa nos instruindo através de uma mensagem à construção de uma máquina que nos permitisse visitá-los, e não aquela besteirada hollywoodiana de invasão e genocídio, para nos dar uma lição sobre o fim de civilizações muito belicosas, como a nossa (ou pelo menos assim entendi eu), ou como eles se referem, "civilizações de planetas emergentes" ou seja, vocês são um monte de vândalos, mas nós ainda temos esperança de que vão se ajeitar! O mais interessante é ver que esses seres são realmente muito superiores, mas que além deles existem outros ainda mais:
“Ela pensou no pai... no simulacro do pai... e nos Zeladores, com sua rede de túneis através da galáxia. Haviam testemunhado e talvez influenciado a origem e o desenvolvimento da vida em milhões de mundos. (...) Podiam realizar ao menos uma forma limitada de viagem no tempo. Eram deuses, além da piedosa imaginação de quase todas as religiões – pelo menos de todas as religiões ocidentais. No entanto, mesmo eles tinham suas limitações.”

O livro é meio complicadinho de ler em determinados momentos pela linguagem meio técnica. Mesmo que Sagan tenha simplificado certas coisas, ele era cientista e astrônomo, e eu ainda lendo correndo e em doses homeopáticas dificultou ainda mais meu entendimento...
Como sempre, não gostei do final! O penúltimo capítulo eu não gostei mesmo e o último eu simplesmente não entendi! Então, vai ser mais um livro que precisarei ler novamente mais tarde.


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