Marcus.Santana 16/10/2022
Esperava mais...
O escritor Philip K. Dick, já teve adaptações de seus livros para o cinema. Quem não assistiu ou ao menos ouviu falar de Blade Runner, O Vingador do Futuro ou Minority Report? A distopia O Homem do Castelo Alto, adaptado recentemente pela Amazon em formato de seriado.
Se você espera ver um mundo dominado pelo nazismo, citações sobre como esta a vida dos judeus, negros e homossexuais, cenas de desfiles com o novo Fuhrer, suásticas em todo o canto e coisas típicas de uma distopia nazista? Bem, sinto lhe informar que quase não tem isso no livro, pois há uma citação de poucas palavras sobre negros serem escravos e judeus viverem escondidos.
O livro Vencedor do Prêmio Hugo foi publicado e também é ambientado em 1962, no caso, dezessete anos após as Potências do Eixo terem hipoteticamente derrotado os Aliados na Segunda Guerra Mundial. Uma conjuntura assustadora diante da realidade que vivemos, por exemplo, os Estados Unidos surgem divididos entre duas potências emergentes: o Japão e a Alemanha. Curiosamente, em assíduo conflito, ambas vivem um simulacro da Guerra Fria que foi travada no mundo real entre o próprio Estados Unidos e a União Soviética.
O rumo dos acontecimentos expõe uma Alemanha cuja economia está à beira da bancarrota por conta da escassez de recursos causada por investimentos mal planejados, a exploração espacial é um bom exemplo, enquanto a elite política disputa a chancelaria do Reich após Martin Bormann, que ocupava o posto, falecer.
Basicamente a sensação que fica é a de que o livro não entrega totalmente o que promete.