Elogio da Loucura

Elogio da Loucura Erasmo de Roterdã




Resenhas - Elogio da Loucura


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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Há loucura em tudo e em todos
Não é loucura dizer que, para que a leitura desse texto seja mais prazerosa, você precisa ter algum conhecimento de Homero, Platão, Cícero, que não são nomes pomposos de vira-latas que adotamos!
Mas, um pouco de erudição faz bem à saúde literária e eu recomendo a leitura, que não é extensa.
Deixando de lado a erudição, é interessante acompanhar a narrativa da própria Loucura, muito boa em argumentações e críticas a instituições como Igreja e aos sábios e filósofos.
Todos levados muito a sério no século XV, quando a obra foi escrita.
Há loucura em tudo e em todos, desde aquela época? E agora? O que mudou? Faça uma reflexão.

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Rayan GQR 12/11/2019

"A ignorância é uma benção" ou seria a loucura?
Este é um ótimo livro para se ler após ter lido a República de Platão, não é estritamente necessário, porém, além das várias referências aos gregos, é também muito interessante observar a maneira como um é contrário ao outro.
Na obra de Platão vemos Sócrates criar uma ideia de certa forma utópica de que só através da sabedoria o homem será completo e feliz, enquanto Erasmo, através da personificação da Loucura, diz o contrário, utilizando uma técnica similar a Sócrates onde tudo que não é uma coisa (nesse caso a sabedoria) é a outra (loucura), tudo que não se encaixa como sabedoria ele denomina loucura, dessa forma mostrando uma dissertação interessante de como a busca pela sabedoria pode nos tornar menos felizes e satisfeitos do que se não a procurássemos, explica também ele que ambos os que procuram a verdade e os que acreditam em enganações e loucuras como verdade seriam igualmente felizes, não fosse o fato de que é muito mais fácil alcançar-se o segundo, só é necessário ser ludibriado ou ludibriar-se, coisa que o ser humano já faz constantemente, como a própria Loucura diz no livro. Esse pensamento é atual e ajuda inclusive a entender o fenômeno da pós-verdade, pois a verdade é mais difícil de se achar e sua busca pode nos deixar mais infelizes, porém uma mentira convincente é uma resposta mais fácil e que nos agrada mais, algo exposto nessa obra.
Além de toda essa dissertação inicial, Erasmo de Rotterdam não perde a oportunidade de criticar as mais diversas autoridades na segunda metade deste livro, padres, monges, príncipes, o próprio Papa, são todos alvos de suas críticas não tão bem disfarçadas de elogios, mostrando como é necessário que sejam loucos ou seriam sobrepujados com suas responsabilidades.
Além de tudo, apesar de ter precisado pesquisar incontáveis palavras desconhecidas, a linguagem é relativamente fácil, há sim muitas palavras antigas e já não usadas, porém a construção de frase é simples e fácil de entender, sendo mais compreensível que a República de Platão, por exemplo, algo que é inclusive citado durante o livro, a Loucura nos diz que vai falar não de maneira culta e difícil, mas com uma linguagem mais simples e acessível, tornando assim bem mais fácil compreender, sendo apenas necessário um Google ou dicionário aberto para procurar termos mais antigos.
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Eliseu 25/03/2019

Elogio da Loucura
Um livro divertido, que expõe a moralidade humana sob o crivo de um julgamento isento das tradicionais alegorias religiosas e formalidades que das quais a nossa espécie não se desapega e caminha na corda bamba. Erasmo de Rotterdam constrói sua narrativa tendo como base uma série de comportamentos que fingimos repudiar simplesmente porque é ético não aceita-los. Mas somos tão viciados nesses comportamentos que jamais conseguiríamos viver sem eles. São eles: a embriaguez, a ignorância, o amor próprio, a adulação, o esquecimento, a preguiça, a volúpia, a irreflexão, a languidez, a boa mesa e o sono profundo. Essa seria a corte da Loucura. Vale lembrar que a Europa do século XVI possui um forte teor culpabilizador construído pelo Cristianismo.

A espécie humana é detentora de grandes feitos e se julga superior em às outras espécies, haja vista, a violenta epopéia que protagonizou ao longo da história. Para se sentir bem e não padecer no choro e na solidão da falta de respostas sobre se e sobre o mundo, alguns animados exemplares da nossa espécie tiveram a "brilhante" idéia de inventar um mundo governado por uma força misteriosa e cheia de ciúmes. Logo, todos queriam ser puros e depuravam suas atitudes para torná-las higiênicas e nobres; mesmo que o caráter denunciasse o contrário, o mundo aceitava.

A verdade é que estamos mais próximos da Loucura, ou seja, daquilo que foi consagrado como obceno e imoral, do que das ações consagradas como puras, justas e sóbrias.
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Hilton Neves 22/02/2019

Engraçado! E fantástico!
Aprendi à beça com ele. Minha lição é que preciso ser mais flexível. E Erasmo percorre um bocado de mitologia mostrando-se um sujeito de muita lábia. Esse camarada vende um guarda-chuva na lua. Leitura de grande importância, podemos concluir.
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Lídia 02/12/2017

Muito mais que um elogio à Loucura!
Inspirado no nome do amigo, Tomás Morus (aquele mesmo autor de "Utopia"), que lembra o nome da deusa grega Moria, a própria Loucura, Erasmo escreveu um livro em que a própria se põe em julgamento diante dos Homens e justifica a sua importância em suas vidas. Cheio de referências à mitologia e à filósofos clássicos, "Elogio da Loucura" é uma bem humorada sátira dos intelectuais, gramáticos, matemáticos, filósofos e teólogos da época e à própria natureza humana. Mas não se deixem enganar: por trás da crítica há uma profunda reflexão sobre o que nos torna humanos e sobre a maior de todas as loucuras: a de abnegar os impulsos da nossa natureza mundana para elevar nossa alma a princípios que não pertencem a esse mundo, mas esperando a glória de um outro que está por vir.
Mais que recomendo a leitura desse clássico!
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Kalleb Olson 06/09/2017

A navalha afiada de Erasmo
Livro que une tudo que mais gosto numa escrita, objetividade sem deixar de transparecer detalhes, linguagem facilmente compreensível, raciocínio simples, humor afiado e muito contexto histórico. A navalha corta todos, sem exceção, inclusive o autor. Genial e de suma importância ao ideal humanista.
Eulina.Cavalcanti 29/10/2017minha estante
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Barboza 25/08/2017

Elogio da Loucura
Um livro muito bom. É preciso uma certa determinação para encontrar os símbolos e os significados e não cair - de fato - na loucura. Antes da leitura, aconselho ler um pouco sobre Erasmo e entender seu contexto e ideias: as últimas páginas são maçantes demais pois Erasmo tem ideias (contra)reformistas e deixe muito bem expresso no livro (bem até demais).
Porém não devemos esquecer que é a loucura quem vos fala e, como tal, fala como louca.
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Livia1405 21/08/2017

A Loucura se apresenta e nos conta como ela atua na vida dos homens, na sociedade e na religião. Tem muitas referências clássicas, mas uma breve busca na Wikipédia nos deixa a par de tudo. Excelente leitura.
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joaoaranha 08/08/2017

Leitura de cabeceira.
A loucura nossa de cada dia é o mote inicial desta obra do século XVI, mas que permanece atualíssima, especialmente diante das estruturas arcaicas e putrefatas de poder político e eclesiástico que permanecem nos dias atuais. "Elogio da Loucura", de Erasmo de Rotterdam, é obrigatório para quem quer refletir sobre estes fatos e transformar a sociedade em que habitamos de alguma forma.
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Anna Carolina 26/03/2017

"O homem não nasceu para gozar aqui na terra de uma felicidade perfeita."

Aqui, Roterdã associa Loucura a despudor, de modo que toda a alegria, todo o prazer que possamos obter nessa vida, vai na contramão da razão, já que a razão traz pudor.

Porém, o livro é uma sátira. Basicamente, ele está dizendo que se você acredita nisso, você é um idiota. Uma felicidade que se apoie exclusivamente nas paixões, no desejo, é uma felicidade ilusória e por isso parece tão mais fácil de ser obtida, e por isso é tão frágil.

Nessa crítica ele inclui o pensamento dogmático da Igreja Católica - uma vez que a fé cega seria movida pela paixão, e não pela razão, o que fez desse livro um importante contribuinte para a Reforma -, o materialismo e a sociedade que preza pela ignorância, tudo em meio a uma pá de referências à mitologia grega (haja nota de rodapé) e uma linguagem pedante e irônica, como convém a uma divindade do porte da Loucura.

Do que se pode concluir, dentre outras coisas, que: felicidade is a bitch, e no fim somos todos miseráveis, só que uns são mais iludidos que outros (porém miseráveis) [porém iludidos].

Ou, como disse minha mãe certa vez, com muito mais elegância: "felicidade demais é desespero".
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Hofschneider 11/03/2017

a boa loucura
os homens da razão, estão quase sempre trancados dentro de si mesmos. quando não, estão discursando sua eloquencia irritante. a loucura, a falta de lucidez, é que tira-os deles mesmos. a estupidez humana pode vir com a loucura extrema, mas também pode vir com a sabedoria extrema, ou a obcessão por verdades.

a unica coisa que me magoou no livro, foi o excesso de atenção dada à igreja.

mas a ironia me comoveu. a ironia do contexto em que o autor escreveu o livro e todas as de mais no texto.
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Jacques.Bourlegat 21/02/2017

L'éloge de la folie ...
Até a minha vida adulta só havia conhecido um Erasmo. E não era o autor do livro aqui apresentado. Era o cantor muito famoso no Brasil, principalmente nos anos 70: Erasmo Carlos. Nunca tinha ouvido falar em qualquer outro que se chamasse assim, conhecido ou desconhecido. Até que um dia, ao assistir o filme ?L?auberge Espagnole?, descubro que existe um programa europeu, Erasmus, que promove intercâmbio de estudantes nos países da Europa. No filme, o personagem principal é francês e faz o intercâmbio em Barcelona, na Espanha, e entre diferentes problemas e questionamentos, eis que o heroi começa a delirar e fala com o tal Erasmo. Fiquei curioso em saber quem era o cara e o porquê do programa ter sido chamado assim.

Fui até a bliblioteca municipal de Nice, onde eu morava, (eu não tinha internet na época) e encontrei uma biografia enorme com uma capa toda vermelha. Erasmo era descrito como filósofo, teólogo e intelectual ligado ao movimento humanista durante o Renascimento. Na verdade, chamava-se Desidérius Erasmus. Nascera em Roterdam e, por isso, era conhecido por Erasmo de Roterdam (assim como alguns do seu tempo, tal como Leonardo que nascera em Vinci). E então soube a razão pela qual deram o nome ao programa europeu. Erasmo viajou pela Europa inteira: Itália, Alemanha, Inglaterra, França, Holanda, Suíça, entre outros, para efetuar os seus estudos acadêmicos e principalmente teológicos.

Erasmo, ao que parece, estava em busca de ?algo? com essas viagens. Conhecimento? Compreensão do mundo em que vivia? Inspiração? ( inspiração na Antiguidade, pois, é claro, estamos falando do Renascimento.) E o movimento Humanista veio bem nesse momento em que se redescobriam as ?coisas? da Antiguidade sob um novo olhar. Saindo da ?era das trevas? que fora a Idade Média, os intelectuais em primeiro lugar, mas o mundo todo em seguida, estavam descobrindo (ou redescobrindo) noções que redefiniam a compreensão que tinham das coisas. Por exemplo, foi nesse período que fora exposta a teoria do heliocentrismo, na qual o sol é o centro do sistema em que o planeta Terra se encontra, logo após ficar definido que a Terra era redonda e não plana, assim como as descobertas de outras terras além mar, chamadas de mundo novo. A imprensa foi outro fator determinante na época de Erasmo, pois, cada vez mais, os intelectuais tinham uma força de presença que nunca antes tinha existido: a possibilidade de divulgar os seus pensamentos rapidamente e em grande escala. Podemos imaginar uma comparação nos dias atuais de como a internet abriu as fronteiras para o conhecimento. A imprensa de Gutenberg teve o mesmo efeito no Renascimento. Não acabei de ler toda a biografia dele, lembro que era muito doente e que escrevera um livro cujo título me intrigou e me prometi que o leria um dia desses: Elogio da Loucura.

Pois bem, anos depois acabei achando em um sebo o tal livro, com uma capa linda que reproduzia uma pintura de afresco entitulada Anjo aparecendo para Zacarias, realizada por Domenico Ghirlandaio, grande mestre renascentista. Comprei e, depois de um certo tempo, acabei de lê-lo. Trata-se de uma sátira na qual a Loucura ela mesma faz o seu elogio, ou seja, faz a argumentação em favor de algo, nesse caso, dela mesma: a Loucura.

Na sua argumentação, a Loucura descreve o quanto os seres humanos e a sociedade em geral são ingratos à sua pessoa, não reconhecem o quanto ela é benéfica ao seu desenvolvimento e à própria sobrevivência da espécie. Como alguém em sã consciência iria querer viver com todos os males que afligem o ser humano: guerras, doenças, tristeza, se não fosse esse lampejo que é causado pelo prazer, que ela, a loucura, proporciona a nós, reles mortais. Pois, segundo ela, os sentimentos prazerosos são concedidos por ela e ninguém mais. Tal uma deusa ela dota de élans de coragem os maiores herois: afinal, a coragem e a estupidez muitas vezes são indistintas. Mais um ato da loucura. Inclusive o casamento. Casar-se e ter filhos, principalmente no caso das mulheres que viviam (e muitas ainda vivem) num mundo machista e misógino. Que loucura! Vida escrava. Porém, ainda hoje, mesmo após a liberação das mulheres, o movimento feminista, elas ainda continuam querendo casar-se e ter filhos. E como ter esses desejos e superar tudo isso sem um grão de folia? Segundo a Loucura, não é possível. Pois, se todos fossem sensatos e sábios, não haveria prazeres e muito menos perpetuação da espécie.

Além do mais, faz críticas sobre o super ego dos mestres filósofos, assim como ao clero. Defende uma reforma nas práticas religiosas tal qual Lutero, embora menos drásticas quanto o movimento luterano. Mas podemos perceber ao lermos o elogio da loucura, o quanto acredita que os sacerdotes enclausuram-se em dogmas e preceitos religiosos que, se forem estudados, divergem do que teria ensinado Jesus Cristo. Os eclesiásticos de sua época tinham passado dos limites tanto quanto os fariseus na época de Jesus. E será que isso também não continua sendo praticado em alguns templos religiosos nos dias de hoje?

Enfim, considerado um dos clássicos da literatura mundial, com referências diversas à Bíblia, à mitologia greco-romana entre outros e escrito há mais de 500 anos, a leitura desta obra pode não ser tão simples. Ao mesmo tempo não é tão hermética e propõe um estudo filosófico sobre o seu tempo a respeito das coisas que os homens fazem. Estas linhas estão muito longe de abranger todas as temáticas do livro, mas, em minha opinião, as principais são as que descrevi acima. A obra ilustra perfeitamente o que foi esse período da Renascença: a reflexão sobre o homem (humanidade) na sociedade e no mundo em relação às suas crenças, posicionando a problemática numa perspectiva humana, levando ao movimento humanista (ao qual pertenceu Erasmo), onde as preocupações voltavam-se pouco a pouco para as necessidades de cada um.
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May 25/01/2017

Obra-prima
Incrível que naquela época Erasmo tenha tido a coragem de apresentar uma crítica desse nível. Certeza que esse livro é uma obra-prima. Tenho um pouco de dificuldade em ler livros sem capítulos, sinto quebra de continuidade de leitura sempre que dou uma pausa na leitura. No entanto, ainda sem capítulos, esse livro foi uma leitura formidável.
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Fernando.Gomes 09/01/2017

Se não tivesse "fugido do tema" este livro certamente seria 5 estrelas
O livro começa de forma brilhante com uma análise severa e atemporal da sociedade. No entanto as vezes ele se perde da ideia do livro ao falar sobre o cristianismo, por ser teólogo, e acaba fazendo um culto ao cristianismo do que de fato o "Elogio da Loucura". Se não fosse o fim do livro que ele dedica a pregar a palavra de Deus, a nota teria sido 5 estrelas, mas foi quase 3, só não foi um 3 estrelas porque a parte que não faz sentido é beeem menor do que a que faz sentido.
Joao.Marcelo 19/08/2018minha estante
Exato, não edição que lê havia 120pg, e da 80 pro fim é só cristianismo


Joao.Marcelo 19/08/2018minha estante
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Joao.Marcelo 19/08/2018minha estante
Exato, na edição que li havia 120 páginas, e da 80 pra frente é só cristianismo




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