Pagando por Sexo

Pagando por Sexo Robert Crumb
Chester Brown




Resenhas - Pagando por sexo


36 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


General ELL 13/09/2013

Por que às vezes tem que pagar né? hehehehe...
Se consomes o produto descrito na capa do livro vai se interessar de cara e até de ajudar em ser um consumidor mais eficiente com o teu dinheiro e tempo. Se não é não sabe o que está... digo, vai se interessar também porque o carequinha vai fundo nos anais da questão, metendo a cabeça mesmo, relatando o seu uso indiscriminado e sem pudores deste tipo de serviço. Por trás de tudo isso, ele ainda expõe e tenta argumentar a questão da legalização da prostituição e suas consequências, tendo até um apêndice bem elaborado. É um livro gostoso, pode cair de boca sem medo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Cassia 04/02/2013

Este livro conta a história real de Chester Brown, que, após um episódio amoroso não tão feliz, decidiu pagar para ter sexo.

Ao longo das páginas, somos apresentados a vários desses encontros, às mais diferentes garotas e situações de encontro, e às reações tanto dele quanto dos amigos a essa opção de vida tão diferente do usual.

É realmente um livro muito bacana. Como pontos fortes pode-se chamar atenção para a franqueza do autor, que não esconde suas dificuldades no início do processo de começar a escolher as prostitutas; as opiniões de seus amigos - nem sempre favoráveis (e, muitas vezes, condescendentes, por acharem que ele não tinha nada de moderno, e sim, de carência emocional pura e coração partido); suas opiniões sobre a prostituição e o amor romãntico que batem de frente com a maioria do que é ditado pelo senso comum.

Outra coisa muito legal foi a maneira como ele escolhe retratar a si mesmo. O tempo todo ele desenhou o próprio rosto como uma espécie de máscara impassível, e é provocador ver alguém fazendo e falando tantas coisas impactantes com aquela cara de jardim oriental. Jogada de mestre.

Só não dei nota máxima pela parte pós-história, conde há um adendo com várias notas onde ele explica seus pontos de vista, e outras cositas, e que achei desnecessário. Pouca coisa há nessa parte que realmente seja interessante e, além disso, são opiniões: cada um tem a sua, e temos que respeitá-las, independente de aceitá-las ou não.

Em minha modesta opinião, uma leitura imperdível. Recomendo!
comentários(0)comente



Lucas Ed. 24/01/2013

Uma vez a cada três semanas!
--esta resenha foi originalmente publicada no site Melhores do Mundo.net (http://interney.net/blogs/melhoresdomundo/2013/01/24/a-gente-lemos-pagando-por-sexo-de-chester-brown/)--

É possível que sequer você tenha ouvido falar deste álbum – um material de um quadrinista underground, sem muita tradição de publicação no Brasil (é seu segundo trabalho a sair por aqui), e versando sobre um tema pra lá de polêmico (ainda) que é a prostituição. Poxa, era um prato cheio para cair no limbo do esquecimento da nossa moralzinha judaico-cristã (que pode não ser a sua moral, mas predomina neste país e, sim senhor, te afeta). Sorte nossa que o material é tão bom, mas tão bom, que a crítica se viu obrigada a falar sobre, a chamar atenção. Claro, há de se considerar também que vivemos um momento em que, a despeito da qualidade técnico-literária, mulheres tem se sentido à vontade para ler 50 tons de cinza no ônibus sem ser um escândalo. Um tanto menos discreto, foi o que fiz com Pagando por Sexo.



No álbum, Chester Brown relata sua própria experiência de, ao longo de quatorze anos, mais ou menos (de 1996 até 2010) abandonar todos (ou quase) os devaneios do amor romântico e da monogamia e se entregar ao mundo do sexo pago. Não, por “se entregar ao mundo” não entenda como devassidão,/b>, muito pelo contrário: Chester adota a prostituição como uma saída racional e economicamente viável de se satisfazer sexualmente – tão racional e econômica que compreende mesmo intervalos de tempo fixos para os encontros.

Assim, Pagando por Sexo traz uma coletânea dos encontros que Chester teve com as mais diferentes prostitutas (são 23, salvo engano), suas histórias por detrás do trabalho na prostituição, em paralelo com as reflexões e discussões do próprio Brown com seus amigos e parentes acerca da discriminalização da profissão e da falácia do amor romântico, cheio de possessividade e neurose.



É impressionante como, a despeito de seu traço simples – até meio seco – Chester consegue passar tantas coisas, bem como descrever tão bem as prostitutas. De todas as profissionais que passam pelo álbum, todas elas são fisicamente diferentes, de alguma forma, umas das outras. O mais interessante é que essa diferença é retratada única e exclusivamente através do desenho dos corpos, já que Chester nunca desenha os rostos das acompanhantes. Veja você: num único álbum, Chester diferenciou mais as mulheres do que um Jim Lee(xo) ou Ed Benes conseguiram fazer na carreira inteira!

Mas, como tudo na vida, Pagando por Sexo não é um material perfeito. Como publicação, o álbum contém dois momentos bastante distintos: os quadrinhos (227 páginas) e algumas reflexões “teóricas” de Chester, transcritas em prosa com algumas ilustrações (da página 231 até o fim do livro, na 280). É justamente essa porção “teórica” que enfraquece o álbum. Veja bem, a experiência de alguém é a experiência de alguém. A reflexão que este alguém faz sobre a sua experiência, também é válida como a análise de alguém sobre a própria experiência. O problema é quando, baseado exclusivamente no que viveu, esse alguém decida universalizar as conclusões às quais chegou. E é aí que Chester pisa na jaca: os apêndices de seu álbum são tentativas, um tanto constrangedoras até, de universalizar a própria experiência – daí como muitos modelos de pequena escala que são ampliados para abarcar grandes escalas, dá zica.



Tão crítico ao “amor romântico”, Chester não percebe, por exemplo, que é isso que ele espera obter das prostitutas: só isso justifica, por exemplo, que ele defenda uma descriminalização da prostituição, mas não sua regulamentação. Fica claro quando ele chama o sexo pago de “namoro pago”, quando deveria chamar de prestação de serviço. Sim, a prostituição, enquanto trabalho, é uma atividade de prestação de serviço, e pouco se diferencia (veja bem, como PRESTAÇÃO DE SERVIÇO) de outra atividade laboral qualquer, como a de um psicólogo, por exemplo, ou de um médico, um encanador, um dentista, um padre, um lavrador. Todos estes oferecem, à partir de um conhecimento próprio (ora prático, ora técnico) um serviço a outra pessoa, e cobram por isso. O Estado legisla e tributa todas essas atividades, exceto a prostituição, e Chester defende que continue assim. E eu não poderia discordar mais dele, e de achar constrangedora sua “previsão futurística” sobre o utópico mundo de 2080 – quase um devaneio infantil. Quando ele defende a descriminalização da prostituição mas não a sua regulamentação, a meu ver ele parte do ponto de que as prostitutas negociam uma das poucas coisas que o Estado não legisla, ou pelo menos não deveria legislar, que é o amor. Daí toda a construção que ele fizera sobre o caráter cultural (e recente) do amor romântico, bem como a sua nocividade, acaba caindo por terra.



Veja bem, sou um cara e me considero feminista. Concordo e defendo um número grande de bandeiras e causas do movimento feminista, e me situo na ala que defende a discriminalização (que no Brasil já existe) da profissão de prostituta mas também sua regulamentação, inclusive com a ressignificação do crime de lenocínio (o famoso “favorecimento à prostituição”), aproximando-o, enquanto tipificação penal, dos crimes de escravidão, por exemplo, e distanciando-o do favorecimento. Também discordo (e aí concordo com Chester) é que essa regulamentação não deve vir de cima para baixo, de um grupo de burocratas sem envolvimento/conhecimento da realidade objetiva, e não vejo motivo para ver a prostituição como particularmente degradante se a prostituta não a vê assim (e me ofendo com o “ela é prostituta porque não teve escolha”, que acaba objetificando a mulher-prostituta). O problema é Chester construir castelos à partir de uma situação muito particular: certeza absoluta que o panorama da prostituição no Canadá (o autor é de Montreal) está a quilômetros do panorama da prostituição no Brasil, por exemplo, que está há quilômetros da prostituição nas Filipinas, e por aí vai. Claro, isso não invalida toda as “construções teóricas” que ele apresenta, só algumas. Talvez nem invalide, apenas demonstra que é um processo, que ainda está construindo o que pensa sobre o assunto.

Assim como ele fez na parte em quadrinhos – e ficou sensacional.
comentários(0)comente



WilsonSacramento 27/08/2017

Tabu
Um tema espinhoso, e que tem no cerne de tudo, bases da formação social moderna, como dote de casamento - transação financeira; relações por aportes financeiros de parte d@s consortes; casamentos arranjados que eram as bases até meados do século XX, e não tinham como foco o "amor romântico" tal como foi criado a partir dos anos 1800.

Por outro lado, a questão da prostituição em termos monetários, enquanto venda de produto: prazer e/ou sexo, é também fruto de nosso tempo, em suas nuances quanto a liberdade, a livre exposição do corpo como ferramenta de trabalho, venda do tempo e serviços em livre mercado, sob a égide do deus dinheiro, tanto quanto qualquer outro serviço ou trabalho, famoso vender e viver do próprio suor laboral.

Obviamente há outras tantas discussões quanto a sacralidade e santidade do corpo, mas somos participes do altar se por ele e nele trabalhamos; questões da legalidade tão justa quanta a posse de outro ser humano, regularizada enquanto escravidão por séculos; a descriminalização ou tributação sob regulamentação e a exploração de poucos abastados de sempre, a usarem o serviço para lucrarem ainda mais;

Venda e Exploração de mulheres no mundo como "objeto sexual" tanto quanto explorados em carvoarias, Minas, fábricas e fazendas de drogas dos ricos senhores e com o aval da lei de sempre, enfim o tema é longo e de ampla discussão. ..infelizmente, pessoas rasas só verão a questão simplório se há 'pornografia' ou não, pois só lhe interessam os instintos básicos da carne!
comentários(0)comente



Denize.Dias 08/01/2018

Hummmm....
Tema delicado (a prostituição) mas foi abordado com coragem pelo autor e debatido de uma forma bem ampla.
comentários(0)comente



Vinny Britto 24/06/2018

Um Relato Pessoal
No geral é uma hq legal.
É um tema complicado de debater e até por isso não falarei especificamente sobre ele. Sobre a obra em si, vale o tempinho de leitura.
A impressão que ficou é que esse cara não é muito certo da cabeça não kkkkk
A forma como ele aceitou o término do namoro foi meio surreal.
Tem alguns momentos engraçados mas também tem alguns bons momentos de reflexão.
Quem deve curtir bem as questões levantadas pelo Chester são os adeptos do poliamor.
comentários(0)comente



Gu 14/06/2024

Refiz minha resenha depois de refletir mais sobre o assunto
A prostituição nada mais é do que as sequelas de um estado deficiente.

A maioria dos casos de pessoas se prostituindo são casos de pessoas pobres, ou que foram vítimas sexuais quando mais novas ou que não viram outra forma de se sustentarem que não fosse a prostituição. Nos dois casos, o estado é totalmente responsável.

A maioria das mulheres descritas por Chester não pertenciam aquele país, ou seja, como imigrantes precisavam sobreviver. A prostituição anda de mãos dadas com a pobreza e a falta de cuidado pelas autoridades. Chester estava errado ao dizer que as mulheres gostam de ter essa profissão, tenho certeza de que se fosse dada a elas oportunidades de saírem dessa, elas sairiam.

Chester decide fechar os olhos para essas questões pq ele tinha suas próprias questões a serem resolvidas e pra ele isso era o mais importante. Talvez, como diria Mutatelli, Chester provavelmente precisou negociar com os seus demônios.

O debate precisa ser feito e Chester contribui de certa forma com ele.
comentários(0)comente



janíssima 16/09/2018

Um homem branco como porta-voz da descriminalização da prostituição
O autor se coloca descrente do amor romântico e condena a monogamia possessiva. Ele aceita tranquilamente a transição do seu namoro de longa data para amizade enquanto ainda mora na mesma casa que a ex e não se mostra ciumento quanto ao novo namorado dela, que passa a frequentar a casa.

Na dificuldade de se relacionar com outras mulheres, na inabilidade social que ele mesmo declara possuir, ele recorre à prostituição para suprir seu desejo sexual. Em seguida, ele se torna um ferrenho apoiador da descriminalização da prostituição, e faz um quadrinho autobiográfico sobre isso que inclui também um apêndice textual de quase 100 páginas para convencer o leitor, refutando diversos argumentos, um a um.

Essa defesa da descriminalização da prostituição feita por um homem que usufrui da profissão como um cliente... não me desce. Para ele, a prostituição é uma via de escape à sua incapacidade de se relacionar com pessoas do sexo oposto: pagar por sexo é muito mais simples do que se debruçar nas preliminares dele. Afinal, o sexo começa no "oi", e ele é desengonçado demais para dizer esse "oi". Naturalmente que ele vai defender seu direito de usufruir de algo que ele quer. Fosse o livro escrito por Denise, por Anne, por Jenna, as profissionais do sexo que ele frequenta, quem realmente atua na profissão, era outra história.

Ele decide omitir questões pessoas da prostitutas para não entregar suas identidades, e essa é uma grande perda do quadrinho. Quem são essas mulheres? O que elas fazem fora dali? Elas têm família? Filhos? Namoram? Quais são seus sonhos? Senti muito desejo de saber mais sobre elas, e tenho certeza de que mais poderia ter sido oferecido pelo autor sem entregar suas identidades. Mas ele só quer apresentar provas pro seu argumento. (Prostitutas são bem tratadas / Trabalham porque querem / Não estão sujeitas a riscos inerentes à profissão...)

A preferência exclusiva desse homem branco e heterossexual por mulheres jovens e magras também é difícil de engolir. Ele não quis apresentar a raça das mulheres, e desenhou todas como brancas, mas eu gostaria de saber se alguma era negra. Ele questiona amplamente a ilegalização da prostituição e o ideal de amor romântico, assuntos que lhe interessam diretamente, mas repensar o padrão de beleza, repensar seu interesse exclusivo pelo estereótipo da mulher ideal, não lhe convém. Afinal, ele está pagando, ele tem o direito de pensar só no que lhe dá vantagem. Então, se a mulher é gorda, feia, ou parece ter trinta anos (sendo que ele beira os quarenta), ele inventa uma desculpa e se retira educadamente.

Chester Brown se coloca como porta-voz na defesa da descriminalização da prostituição, mas deveria ficar bem calado porque não é o lugar de fala dele. Que as profissionais do sexo contem suas próprias versões!
comentários(0)comente



Cilmara Lopes 09/07/2018

A honestidade de Chester
A prostituição deve ser legalizada ou descriminalizada?
Você já se perguntou sobre isso?
Elas estão ali porque querem ou precisam? Mas, um trabalho não é isso?
Seria o relacionamento monogâmico algo apenas possessivo? E para pessoas inseguras?

Chester trabalha em em cima desses questionamentos que viraram um tabu, relata seus casos com prostitutas e sobre o quê muitas conversavam com ele.
Os diálogos com os amigos são especialmente bem interessantes, pois trás a visão das pessoas que o cercam e julgam o que ele faz como algo perveso, mas tudo tece no "porquê" desses julgamentos.
Como já é bem conhecido por sua característica notória, Chet não poupa detalhes pertinentes ao enredo e também não fica floreando nada, é honesto! Não é a toa que foi um dos pioneiros que trouxe maioridade aos quadrinhos.
Gostei desse material, na vertente "curiosidade" sana bem, sem contar que promove diversas reflexões.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Renan Motta 03/04/2017

Verdadeiro e sincero
Chester se mostra um autor sem medo de expressar suas verdades e realidades. Ele nos mostra sua vida íntima, introduzida ao máximo no mundo da prostituição. E o mais incrível é vermos que sua obra é um grande manifesto aos direitos e liberdades da mulher. Nunca foi expresso com tanta força e sinceridade o que Chester se propõe a defender. Não é uma mulher e muito menos feminista, mas Chester se mostra como um grande admirador e respeitador das mulheres. Sua vida e trabalho serviram para abrir os olhos das pessoas, principalmente quanto às mulheres que se prostituem.
comentários(0)comente



Ludmila 01/12/2015

Péssimo
comentários(0)comente



Julião 18/07/2014

Irreverente, ousado e sincero.
- Você? Tem namorada?
- Não. E nem quero ter. - Chester responde à linda prostituta deitada em sua cama.


Parece banal. Pouco promissor: um quadrinhista frustrado em seus relacionamentos decide não ter mais namoradas e consumir exclusivamente sexo pago. Quem poderia adivinhar que essa história autobiográfica renderia um EXCELENTE quadrinho?

O autor-quadrinhista Chester Brown parece um pobre coitado merecedor de mais pena do que todos os outros personagens de sua própria história. Mas essa ideia se dissolve, rapidamente. À medida que avançamos as páginas, Chester Brown vai virando a mesa: tímido e introspectivo, os seus pensamentos e reflexões são o ponto alto do livro, revelam e põem em cheque a hipocrisia social, os preconceitos, as expectativas de amor monogâmico e vitalício, a mesquinhez do amor romântico (Aqui a parte do livro que mais gostei).

"O amor é doação, partilha e carinho. O amor ROMÂNTICO é possessividade, mesquinhez e ciúmes. Acho que é a natureza excludente do amor romântico que o torna diferente dos outros tipos de amor. As mães que têm vários filhos amam todos eles. Quem tem vários amigos pode amar todos eles. Mas não se acha correto que se sinta amor romântico por mais de uma pessoa por vez. Acho que isso estimula certa mentalidade: o desejo de possuir outra pessoa. É o impulso do qual a escravidão nasceu." (p. 198)

Em algumas poucas páginas, reputei-o um pouco machista. Mas não digo que isso compromete a obra. Ao contrário, acho que sua visão faz muito mais justiça às profissionais do sexo do que a daqueles que condenam a profissão. E se há algo que torna a HQ do Chester Brown especial, fora do padrão, é que ele não escorrega na areia da moralidade. Sua reflexão é profunda ou, como disse o Neil Gaiman, é "dolorosamente sincera".

Se você quer um choque de realidade; se tem curiosidade em torno de quem ganha a vida ou vendendo ou comprando sexo; se você também acha que o amor romântico não existe; ou simplesmente se você tem um pé atrás com o modelo "convencional" de relacionamento amoroso e acha que ele não o satisfaz, esse livro é para você!


Favorito.
comentários(0)comente



Tauana Mariana 06/06/2014

Resenhas
Com um título desses, óbvio que o livro trata sobre prostituição. Mas também fala sobre relacionamentos, sobre o que é certo ou errado, sobre seguir seus princípios e sobre o amor romântico, principalmente sobre o amor romântico.

Como a história é autobiográfica, o personagem principal se chama Chester e é cartunista (nossa, capaz? hehehe). Assim, as experiências que ele retrata são, digamos, verídicas.

Ele mora com a namorada mas ela diz interessar-se por outro cara e termina com Chester, no entanto, os dois continuam sendo amigos e continuam morando juntos (o namorado também passa a morar com eles). Chester então passa a desacreditar no amor romântico, na monogamia e na possibilidade de ser feliz novamente com uma namorada. Diz aos amigos que não quer mais namorar porque não quer entrar em um relacionamento "aprisionando outra pessoa". Mas então surge um problema técnico: sem namorada, sem sexo. Sua amiga até tenta convencê-lo de que é possível conseguir sexo casual sem um compromisso afetivo, o cartunista afirma não ter jeito para essas coisas. Ele acaba ficando um bom tempo sem sexo.

Até que um dia ele decide procurar uma prostituta (depois de ver ao vivo e a cores uma atriz pornô em um evento). E daí em diante, foi uma coleção de nomes. E o final da história, é quase óbvio.

A HQ é recheada de conversas críticas e reflexivas sobre o tema, mas o que mais me incomodou foi o fato de ele avaliar e transar com as garotas como se estivesse checando uma "qualidade de serviço". Essa é linda, essa é gostosa, essa sabe chupar, aquela me deixa com mais tesão ....". Pra completar essa impressão "serviço", ele escreve resenhas sobre as garotas (quando alguma o decepciona, ele deixa um recado negativo para ela) e também checa as resenhas de outros clientes para escolher as garotas (Tipo a Bruna Surfistinha, só que ao contrário). Enfim, ele relacionava-se com elas como um mero serviço, atuando como um cliente exigente. Pelo menos foi o que eu percebi.

site: http://tauanaecoisasafins.blogspot.com.br/2014/06/pagando-por-sexo.html
comentários(0)comente



36 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR