Resenhas - O Psicopata Americano

Ted Goldberg 08/11/2022

"Minha dor é constante e aguda e não quero um mundo melhor para ninguém. Na verdade, quero infligir minha dor aos outros. Não quero que ninguém escape."
-Patrick Bateman

Sonic Judeu 02/11/2022

Morrer ou Se Adaptar
No início se mostrar como um simples livro demonstrando as rotina diárias de Patrick Bateman, mas ao longo do livro vemos sua psicopatia, com cenarios que não há pra saber se é real ou se é imaginação, é uma ótima leitura e sempre da vontande de saber oque há em seguida
Eu simplesmente não existo.

suleiat 31/10/2022

não é uma leitura fácil
teve momentos que evitei voltar a ler por causa de algumas partes bem maçantes (como as descrições de peças de roupas e músicas, por exemplo), mas com o tempo você entende o porquê disso, e que isso acaba fazendo parte da construção do personagem.

as cenas mais pesadas são brutais e detalhadas. como na mente de um psicopata, bret easton elis mostra como bateman é totalmente indiferente nessas situações. pra mim isso acabou pesando bastante.

vi o filme antes de ler o livro e posso dizer que o roteiro foi super bem adaptado e logo não liguei muito entre as divergências entre obra x filme, porque realmente há coisas que não poderia ir pro cinema.

bom, não foi uma leitura fácil. foi razoável. pesada as vezes e bem mais brutal lá pelo final. 2 estrelas é até ok.

Rayssa 15/10/2022

Melhor que o filme
Durante a narrativa, o autor mescla uma crítica social pesada com toques de ironia. A dicotomia entre riqueza e pobreza é jogada na nossa cara sem dó. O egoísmo do ser humano e a falta de empatia, ou seja, não colocar-se no lugar do outro, é demonstrada no poder que o rico tem sobre o pobre . As cenas de zombaria e violência com os mendigos são simplesmente revoltantes.

Ademais, Bateman é um personagem brilhantemente criado. Ele é a própria personificação da masculinidade tóxica. A obrigação do homem demonstrar uma suposta força masculina, psicológica, de status social e até mesmo física, culmina no desprezo do feminino, além da homofobia. É impressionante como é muito semelhante com as ideias de um certo "movimento político" conservador que estamos vivendo hoje.

O autor critica, ainda, o lado descontrolado do capitalismo. São compras de marcas de luxo sem fim, a aparência é tudo que importa. Dessa forma, as consequências desse materialismo exacerbado da sociedade culminam em uma futilidade pura e na desvalorização da própria existência, o que, de certa forma, justifica a origem das explosões de violência de Bateman. Para ele, a vida humana não tem valor algum. A vida em si carece de significado, tornando-o um ser vazio.

Em termos de descrição de violência, é o livro mais pesado que já li. Algumas cenas são de embrulhar o estômago, de tão vívidas e detalhadas. Precisei até fazer algumas pausas na leitura e sou acostumada a assistir filmes de terror gore. No entanto, é verdade que o absurdo de determinadas situações propostas no livro chegam até a ser cômicas.

Em suma, é uma leitura ágil, em alguns momentos repetitivo e pesaroso, de fato, mas ainda extremamente intensa, super necessária, repleta de profundidade e questionamentos atuais.

stella87 14/10/2022

uma leitura boa, mas difícil?
1°) todo mundo que assiste o filme e sai um ?sigma male e blábláblá? tem que ler o livro pra ver se eles falam a mesma coisa?2°) um livro que é um retrato do que é mais feio no que a sociedade vê como mais belo e desejável, um livro violento ao ponto de virar o estômago em certas cenas e com o comentário político tão sutil que fica na sua cara?

Vinicius.Yuji 27/09/2022

Dá ate um nó no estômago mas foi uma leitura interessante, um personagem grotesco, que, conforme vai o conhecendo, você cria um certo nojo e asco por ele e suas ações.

Elaine.Magalhaes 22/09/2022

Cruel e tão presente em nossa sociedade atual
Me lembro a primeira vez que assisti ao filme de mesmo nome. Fiquei um pouco chocada mas isso era só o começo pra rever por mais oito vezes. O livro é rico em detalhes e vale a pena. O que atrai na estória é que todos nós podemos ser psicopatas senão controlarmos os desejos. Pois a inveja e ciúmes é a porta de entrada para que atos cruéis e profanos sejam cometidos. O ser humano pode ser anjo mas pode ser o mais sanguinário dos demônios.

Leitura recomendadíssima!!!!!

ClAcio 29/08/2022

Jamais li algo tão brutal e existencialmente perturbador!
Como com certeza você já leu por aí, trata-se de um livro que é uma crítica ao consumismo, individualismo, materialismo e ao chamado "sonho americano". Mas isso é só a superfície.
Todas aquelas descrições detalhadas de objetos, referências às pessoas ? e principalmente às mulheres ? como se fossem coisas, atrocidades nas sequências de assassinatos, torturas e afins, narrações de assassinatos com a mesma naturalidade de narrações de jantares que o personagem faz é Bret Easton Ellis, pouco a pouco, desumanizando Patrick Bateman.

?Não havia uma emoção clara e identificável em mim, exceto a ganância e, possivelmente, o desgosto completo. Eu tinha todas as características de um ser humano se? carne, sangue, pele, cabelo ??, como se um ser humano fosse composto apenas disso, ?mas minha despersonalização era tão intensa, havia se aprofundado tanto, que a habilidade normal de sentir compaixão fora erradicada, vítima de um apagamento lento e cheio de propósito. Eu simplesmente estava imitando a realidade, uma semelhança tosca com um ser humano, com apenas um recanto mal iluminado da minha mente funcionando.?

Na mente de Bateman, tudo se resume ao que ele tem e não há diferença entre sofrimento, prazer, satisfação e horror.
Outro ponto interessante é que várias de suas narrativas parecem sonhos. Por vezes, o personagem divaga, e há dois específicos acontecimentos bem absurdos, e não sabemos se o que ele está narrando é real ou apenas fruto de uma imaginação perturbada.
E uma coisa que não há como deixar de citar é a atemporalidade do livro. Basta dizer que o ídolo do personagem absurdamente cruel é Donald Trump, o infame milionário que, nos anos 1980, praticamente definiu a figura do yuppie.
Infelizmente, há alguns erros de digitação, hein, Darkside?!

?... há uma ideia de Patrick Bateman, uma espécie de abstração, mas não há um eu real, apenas uma entidade, algo ilusório, e embora eu possa esconder meu olhar frio e você possa apertar a minha mão e sentir carne segurando a sua, e talvez até mesmo sentir que nossos estilos de vida provavelmente são comparáveis: simplesmente não estou lá. É difícil para mim fazer sentido em qualquer nível possível. Meu eu é fabricado, uma aberração. Sou um ser humano incontingente. Minha personalidade é esboçada e inacabada, minha falta de compaixão é profunda e persistente. Minha consciência, minha piedade, minhas esperanças desapareceram há muito tempo (provavelmente em Harvard), se é que já existiram.?
?O mal é algo que está no ser? Ou é algo que está nas ações? Minha dor é constante e aguda, e não espero um mundo melhor para ninguém. Na verdade, desejo que minha dor seja infligida aos outros. Não quero que ninguém escape.?

Orochi Fábio 28/08/2022

Escuridão Total
Tanto o livro quanto o filme (este se concentrando nos assassinatos e na estupenda atuação de Christian Bale) não nos oferecem resposta clara sobre o caminho percorrido pelo perturbado Patrick Bateman: o que temos é apenas SUA versão dos fatos...o que é descrito e pensado pelo personagem é porém TÃO chocante (às vezes verdadeiro como ideia também) e creio serem essas duas coisas de maior impacto do que saber SE ocorreram ou não. Sem dúvida, em todo o caso, foi o livro mais violento graficamente que JÁ LI! Impressiona de verdade, com cenas SEM qualquer concessão: por mais predicados que tenha (e tem), a adaptação para o cinema segue sendo um vislumbre da superfície do que o livro escancara: a escuridão total da mente de um assassino...virtual ou real.

Nicolas 23/08/2022

Eu simplesmente não estou aqui.
Olha o que voce fez bret easton ellis, agora seu personagem usado pra representar toda sua vida de merd@ que levou no meio onde foi criado virou uma PIADA!!!!!!!!!!

João Marcos Back 22/08/2022

Bret Easton Ellis, uma das mentes mais doentias do século.
Esse livro, apesar de ser uma sátira (e deve ser lido como uma comédia, assim como o filme), me causou sequelas irrecuperáveis e uma ressaca literária enorme. Eu nunca mais na minha vida irei abrir esse livro, 5 estrelas.

Carla.Maciel 18/07/2022

Muito, sangue e fluidos corporais no geral
A edição é belissíma, tem 428 paginas e um pequeno prefácio (duas paginas). O texto não é nem um pouco facil de ler, entre suas muitas dificuldades estão: Pargrafos enormes, descrição muito detalhada, repetição dos mesmos pontos ao longo da narrativa, cenas de violencia essacerbada, personagens despresiveis
Esses pontos apesar de dificultar a leitura tem um proposito, nos colocar realmente na mente do protagonista
A história está escrita em fluxo de consciencia, por isso os paragrafos longos, apesar disso o Patrick Batermam não devaneia muito, ele não tem pensamentos profundos e filosoficos.
Ele é descritivo porque descreve cada pessoa que encontra em seu caminho com relação ao vestuario delas, nada de rostos somente no caso de mulheres se tem bunda ou peito grande ou se é gostosa ou não. E com homens abemos o que eles vestem.
O autor reforça sempre os mesmos pontos, as referencias ao musical os miseraveis, as conversas vazias (por exemplo: uma conversa sobre as diferentes marcas de agua engarrafada)
A violencia é sem comentarios, uma leve mistura de jogos mortais, e qualquer filme gor, as vitimas são mendigos, mulheres , criança animais, qualquer um para saciar a sede do protagosnista por emoção por sangue por qualquer coisa que minimamente preencha seu vazio faça Patrick sentir algo, por mais ironico que pareça talvez ele busque um contato humano.
Os personagens são na grande maioria a elite Estanudense, milionários e as pessaoas que rodeiam esses milionarios.
Alguns autores falam do potencial facista que o americano possui esse livro é um retrato desse potencial elevado ao maximo, ou o que suponho ser mais prausivel só a realidade de quem tem dinheiro quase que infinito e ´eum grande admirador do donald trump e do ted buddy.
O texto em um aspecto detorcido subverte o conceito de banalidade do mal de Hanna Arend, a violencia as chacinas são tão comuns que não passam de algo coditiano uma noticia no joral que não afeta mais ninguém. No começa das mortes elas são estilizadas, depois vão perdendo a criatividade a medida que o protagonista fica entediado até com o ato de matar. Estamos todos anestesiados , se como acorre no livro alguém num jantar dissesse que tem vontade de matar, estuprar ou torturar alguém poucas pesoas dariam importancia, o jantar seguiria como se fosse uma brincadeira!
Recomento fortemente o psicopata americano por ser uma crítica a violência, ao capitalismo, as pessaos quererem mostrar mais do que são (padrão cada vez maior), por críticar o fato de que nos importamos mais com beleza e status do que com sentimentos, ou mesmo inteligencia, por meter o dedo na ferida e demostrar que as relações humanas estão cada vez piores.
Mas não recomendo para todo mundo, somente para quem gosta de ler sobre gente despressivel , e tem prazer em vencer livros dificeis taltez sendo bem honesta chatos.

David.Goncalves 17/07/2022

Corra!
Esse livro não é para qualquer um, e de fato, não é para mim. Chato do começo ao fim. As descrições sobre músicas são em desinteressantes em demasiado. Não recomento nem para o meu pior inimigo. Cansado, arrastado e chato! Parece que o autor só quer chocar, mas a ambientação não convence

Cristina.Amaral 14/07/2022

Esse livro possui uma forma de narrativa que pode não agradar a todos. Sendo bem sincera, mesmo gostando bastante do filme, eu não gostei tanto quanto pensei que gostaria. As descrições de Bateman sobre música, inclusive, foi uma das coisas que mais me desagradou. Acredito que seja uma forma de tirar a tensão quando ela está muito alta. Realmente o realismo com que são narradas as cenas é de dar arrepios (e olhe que sou até bem acostumada à descrição de terror, ou crimes em livros). As diversas e longas descrições sobre roupas e acessórios da moda também são terrivelmente chatas, claro que é a ideia do livro de ser assim mesmo, já que a personagen é uma pessoa completamente fútil. Enfim, Bateman é um sujeito desprezível, mas, achei interessante a ideia do autor. Há uma grande crítica a toda sociedade do consumo e como construímos relações superficiais.