A casa das sete mulheres

A casa das sete mulheres Letícia Wierzchowski




Resenhas - A Casa das Sete Mulheres


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Mari Doroteu 31/05/2022

Comecei esse livro bem animada, porque já conhecia um pouco a minissérie. Porém, achei o livro um pouco monótono e arrastado em várias partes.

A intenção da Autora é demonstrar a espera, angústia e a solidão que as mulheres sentiam em períodos de guerra, mais especificamente na Revolução Farroupilha.

Por acaso enquanto lia esse livro, vi um trecho de uma frase da Virgínia Woolf no livro Três Guinéus, que ela resumiu muito bem o que acontecia: ?Homens fazem a guerra. Homens (em sua maioria) gostam de guerra, pois para eles existe ?uma glória, uma necessidade, uma satisfação em lutar? que as mulheres (em sua maioria) não sentem ou não desfrutam.?

E é exatamente isso que se passa na história. Acompanhamos a rotina e os acontecimentos na vida das sete mulheres da família de Bento Gonçalves, que ficaram isoladas na estância enquanto os seus maridos, filhos, irmãos e sobrinhos iam lutar pela redução de impostos cobrados pelo governo imperial.

A escrita da autora é muito bonita e descritiva, mas senti que em várias partes ela detalhava demais o clima, a paisagem, etc, o que tornava a leitura muito lenta.

Ela retratou muito bem a decadência que a guerra traz. É muito visível como os personagens no início estão cheios de energia, vigor, entusiasmados pela luta por um ideal e por algo que eles entendem como justiça. E no final, após 10 anos de guerra, vemos todos exaustos, envelhecidos, desacreditados e melancólicos.

Essa é a sensação que acaba prevalecendo no final da leitura, pois parece que toda a luta foi em vão e só serviu para trazer mortes e afastar as famílias à toa, já que não conseguiram atingir seus objetivos.

Enfim, no geral gostei do livro, mas não senti uma conexão forte com nenhum personagem, e não sentia muita empolgação em continuar a leitura, pois muitas vezes nada acontecia ou o que acontecia era retratado de forma muito superficial, de modo que eu não sentia emoção ou choque.

Fiquei com muita raiva do final da Manuela e do Joaquim, por terem ambos se dedicado a amores platônicos eternamente, ao invés de seguir a vida. Já o final da Mariana, pra mim, foi o melhor e o que mais trouxe alguma animação.

Sobre Bento Gonçalves, apenas posso dizer que fiquei até com um pouco de pena dele, pois ele acabou sendo arrastado para o cerne da Revolução e no final só teve decepções, muitas pessoas queridas mortas, e muito tempo desperdiçado.

É uma leitura boa, mas cansativa. Acho que esse é um daqueles casos em que a minissérie é melhor que o livro. Não pretendo ler as continuações da história (são três livros no total). Mas ainda tenho curiosidade de ler um livro da autora chamado ?Sal?, que ficará pra outro momento.

Vou fechar essa resenha com duas frases dos diários da Manuela:
?Por que se lutava e por que se morria? Nunca hei de sabê-lo. E nenhum regime sob o céu me haverá de justificar esta guerra. Talvez por um sonho. Por liberdade.?

?(?) experimento, de leve, o gosto amargo que deve ter sentido meu tio, o gosto da desilusão de quem não conseguiu realizar sua tarefa, sua sina. O gosto de quem busca a morte como última oportunidade para ser feliz.?
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Yas 30/05/2022

Gostei bastante do livro pois apesar de falar de um tempo de guerra o foco é mais para a história das mulheres
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escrivadocaos 27/05/2022

O peso de fazer parta da História
A casa das sete mulheres é um livro que há muito tempo eu vinha desejando ler e agora, à conclusão da leitura posso dizer que foi uma grata experiencia.

A escrita de Letícia Wierzchowski é sugestiva, poética e te empurra mansamente pelo enredo, com uma áurea que ao mesmo tempo que narra através de sutilezas também de põe no meio da guerra, em passagens sangrentas e dolorosas de ler.

É a força das mulheres da estância, uma força diferente e paciente que mesmo que não degole os inimigos em uma guerra, vence a guerra, nem que seja na paciência. Eu gosto do ar de leveza que se derrama sobre o desespero, das muitas horas de espera, cuja D. Ana e D. Antônia não admitem que as mulheres se abatam, se entreguem à tristeza, declarem derrotas de vitórias ainda não alcançadas.

É sobre a insinuação de tudo que poderia ser e que se elas desistirem nunca serão. A guerra não permite que a vida seja como deve ser, a guerra não permite que elas encontrem suas melhores versões, que alcancem os seus sonhos e os seus potenciais... A guerra não permite nada

Quanto à narrativa, o livro é contado com a ajuda dos registros dos diários de Manuela e narrações em terceira pessoa. No início, por mais gostoso que seja a escrita da autora, a história demora um pouco a evoluir e pegar o ritmo. A partir da página 150, tudo ganha outra velocidade, a adrenalina toma conta das páginas. O fim também é declínio e senti que a narrativa desacelera, sendo tomada de lentidão. É bom, por um lado, nos despedimos de todos com calma.

Esse livro é quase uma vida, por assim dizer. Passamos 10 anos com os personagens e a despedida é difícil. Em vários momentos da leitura pensei "acho que preciso separar minha roupa pro velório" kkkkkk.

É uma leitura que vale muito a pena, principalmente para quem gosta de apreciar uma narrativa "derramada", na qual a autora obviamente se debruçou para tornar o texto "saboroso".



Possíveis spoliers somente abaixo:


Amei demais a Rosálio e seu defunto amor. Amei o fim dramático e os toques completamente macabros dessa relação.

Manuelita é uma joia preciosa que tenho muito carinho. Ela nos empresta a razão do seu viver e também as páginas do seu diário.
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Patty Amanajás 24/05/2022

Continente de São Pedro do Rio Grande, Brasil, entre 1835 - 1845.

Na região sul do Brasil está iniciando uma revolução. Um exército de revolucionários se forma. Eles querem uma nova política para os altos preços do charque e o imposto do sal. Eles são contra a tirania do Império e querem a deposição imediata do presidente da província.

O líder dos revolucionários, Bento Gonçalves da Silva, inicia uma guerra contra o Império.

Assim iniciou a Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos. Uma longa revolução que durou 10 anos.

Assim inicia também A Casa das Sete Mulheres.

O livro é um romance histórico e conta esse período que aconteceu no Brasil.

Bento Gonçalves, marchou para Porto Alegre e sua família ficou na Estância da Barra. Um local onde eles poderiam ficar seguros e distante de tudo que estava acontecendo.

E aqui conhecemos as sete mulheres. Dona Ana, Dona Antônia, Caetana, Manuela, Rosário, Mariana e Perpétua.

Durante esses longos 10 anos nós acompanhamos, de forma intercalada e em terceira pessoa, trechos da revolução e as tristezas, alegrias, solidão, desejos, paixões, anseios, medo e tédio dessas sete mulheres.

Mesclar esses dois pontos deu uma boa equilibrada na narrativa.

Não irei me estender em falar das personagens e de seus romances ou futuros romances ou imaginários e sonhadores romances. Mas deixo claro que foi tudo muito bem dosado.

Eu já conhecia a história por causa da minissérie da Globo. Gostei demais e ainda tinha muitas lembranças, então de uma certa forma as lembranças foram se conectando com a leitura.

A escrita da autora é bem detalhada e em alguns momentos um pouco cansativa, mas no geral eu gostei bastante.

Além de tudo isso, existe um detalhe que achei um ponto alto. No passar das páginas existem partes de um diário. Trechos do Caderno da Manuela e o ponto de vista dela sobre tudo que acontecia.

E finalizo com uma parte desse caderno:

"Passou-se muito tempo, depois daquilo tudo, e tanta gente morreu, quase todos morreram... Restei eu, como um fantasma, para narrar uma história de heróis, de morte e de amor, numa terra que sempre vivera de heróis, morte e amor. Numa terra de silêncios, onde o brilho das adagas cintilava nas noites de fogueiras. Onde as mulheres teciam seus panos como quem tecia a própria vida."
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Manda de Oliveira 21/05/2022

Amoo quando não conheço nada da história ( sim, eu não assisti o seriado )e ela me surpreende.
Como eu amei a escrita da Letícia e acompanhar essa família. Que personagens e Rosário e Estaban... não esperava encontrar toques de realismo mágico nesse livro.
Amei, amei e amei!
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@Matcholo 18/05/2022

Nunca havia tido contato com essa história (não assisti a famosa adaptação da rede Globo) e peguei o livro por curiosidade mesmo, vi algumas resenhas negativas sobre ele e as suas continuações (sim, ele faz parte de uma trilogia) e agora após ler a obra, não entendo as resenhas negativas que vi. Achei um livro incrível e me prendeu de maneira surreal, a forma como a autora mescla os acontecimentos da guerra com as histórias dos personagens é feita com maestria não deixando o clima da leitura monótono. Me lembrou bastante E O Vento Levou, em vários pontos, quem gostou desse livro recomendo fortemente a leitura. E com certeza vou pegar as continuações para ler, livro super agradável.
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Sandra452 09/05/2022

Os segredos da guerra
No começo fiquei um pouco perdida com tantas mulheres e seus nomes e também com a organização do livro, que alterna entre o narrador e os relatos de Manuela, mas, depois que peguei o jeito, desmanches na história.
.
Não assisti à Minissérie, mas a história do livro é muito envolvente. A linguagem não é tão clara, mas é rico em detalhes. Você aprende muito de História do Brasil, pois vai além da descrição dos livros didáticos sobre a Guerra da Farroupilha.
.
É um enredo marcado por amores, dores, tristezas, lutas, esperança e desesperança. Uma guerra que durou 10 anos e trouxe tantos prejuízos materiais e emocionais!
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isabela 29/04/2022

romance cativante e muito crítico!
o livro retrata de maneira brilhante a dura realidade da guerra. todos os amores relatados encheram meu coração, em especial o de caetana e giuseppe e o de rosário e steban. o livro é um ótimo retrato da expectativa posta em cima de mulheres da época e sua necessidade de esconder reais sentimentos. recomendo muito para quem gostaria de entender um pouco mais sobre a revolução farroupilha, contada sob a perspectiva de uma pessoa que sofreu cada dia dela.

?a casa das sete mulheres é um exercício totalizador sobre a violência da guerra - de qualquer guerra - e sua influência maléfica sobre o destino de homens e mulheres?. ????
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Ro Ximenes 28/04/2022

Revolução?
Sou gaúcha e gosto de saber da minha história e da história da minha terra.
Muitos criticam a revolução farroupilha e eu não concordo com uma guerra que se estendeu por 10 a custa de muito sangue inocente derramando, aliás como toda a guerra.
Gosto livro por ele trazer os relatos de uma moça que para muitos poderia ser só mais uma mulher frágil e indefesa, mas que se revelou um dos grandes pilares da família que estava a frente das batalhas.
Enquanto os homens iam pra guerra Manoela ficava escrevendo em seu diário e com isso deixou um relato histórico para o nosso Rio grande do que foi a guerra dos farrapos e a luta por melhores preços em nossa mercadoria que o império não queria pagar.
É um livro que conta uma parte importante da história do Rio Grande do Sul e do Brasil.
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Luciana 23/04/2022

Vidas, amores e guerra
Vidas, amores e guerra é uma bela canção escrita por Marcus Viana para minissérie de televisão A Casa das Sete Mulheres,  produzida pela TV Globo em 2003 e com certeza traduz muito bem todos os meus sentimentos por essa história simplesmente maravilhosa.

O livro escrito por Letícia Wierzchowski deu  origem a minissérie, que na minha opinião só melhorou o produto original, traduzindo perfeitamente toda a atmosfera sensível e quase poética criada pela autora para embalar  a trajetória de sete mulheres que durante a Guerra dos Farrapos (1835-1845), ficaram isoladas na remota estância do Brejo, em meio a vastidão do pampa gaúcho e o cortante vento do Minuano enquanto esperavam... esperavam por seus maridos, por seus filhos, por seus irmãos, por seus primos e que nestes dez anos de solidão,  aprenderam a amar e a experimentar  diferentes formas de amor.

É um livro de uma sensibilidade incrível, que nos arrastada pra dentro de um cotidiano e costumes dos pampas e onde quase conseguimos tocar ou cheirar a história que está sendo contada. Claro que tem um pouco de romantização sobre a guerra e assuntos mais delicados, pero nada muito alarmante ou que esteja fora da proposta principal do livro: ser um romance baseado num momento crucial da história do Brasil.

"Dentro da casa, a festa prosseguia, alegre. Eram quinze pessoas em torno da mesa posta, e nenhuma delas viu o que eu vi. Foi por isso que, desde essa primeira noite, eu já sabia de tudo. A estrela de sangue confidenciou-me este terrível segredo. 1835 abria suas asas, ai de nós, ai do Rio Grande. E eu, fadada a tanto amor e a tanto sofrimento. Mas a vida tinha lá seus mistérios e suas surpresas: nenhum de nós naquela casa voltaria a ser o mesmo de antes, nem os risos nunca mais soariam tão leves e límpidos, nunca mais aquelas vozes todas reunidas na mesma sala, nunca mais."
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Marquinhos 16/04/2022

Perfeito
Um livro que, por mais que seja grande, é de leitura rápida e muito boa, é uma história muito bonita que você se enxerga nos pampas gaúchos e sente a aflição que elas sentem, além de ser extremamente detalhada os detalhes da estância, dos locais, das batalhas e das personagens!!
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Rafa 12/04/2022

Doeu na alma ler esse livro
O que uma guerra faz.
Moças e rapazes perdendo a juventude, solidão, a espera, amores perdidos!
Muito triste
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jjablg 04/04/2022

Gauchos né
morte as guerras. lindo, delicado e sensível... mi coração doi, guardarei lindas lembranças, melancólico até de mais. doi. lindo!!!! Parabéns p autora mt linda ela tb!!!!
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