Bom Crioulo

Bom Crioulo Adolfo Caminha




Resenhas - Bom Crioulo


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Bianca 13/01/2021

Dei 0
Não gostei. Mesmo sabendo que a característica do período é criticar e, de certa forma, satirizar arquétipos sociais, não consegui me envolver com as descrições animalescas ao longo do enredo, e, honestamente, se eu me encaixasse em algum dos grupos retratados, me sentiria profundamente ofendida. Li para o vestibular e espero nunca ler de novo. Só não dei 0 estrelas porque não tinha como.
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fev 13/01/2021

Bom Crioulo, de Adolfo Caminha, é revolucionário por abordar uma relação entre homens em 1895, mas imprudente ao colocar um homem se relacionando com um adolescente. O que configura pedofilia. Isso é um vacilo.

Sinceramente, não sei vale destacar as partes em que o personagem principal, Amaro (Bom Crioulo), sofre racismo. O livro foi escrito pouco depois da "abolição" da escravidão no Brasil. Mas isso fica bastante explícito em várias passagens quando diminuem Bom Crioulo por causa da sua cor e tratando-o como selvagem.

A história narra a relação homoafetiva entre o ex-escravo Amaro, que depois de fugir entrar para o mundo da marinha fica conhecido como Bom Crioulo, e o jovem sulista Aleixo (muitas vezes citado como criança). Amaro se apaixona logo que vê o jovem de olhos azuis. Essa relação é bastante problemática. Não só por Aleixo ser menor de idade, mas também por ser abusiva. Eles alugam um quarto na pensão de uma portuguesa (D. Carolina) onde vivem sua história de amor que ao longo do tempo acaba sofrendo vários abalos.

Apesar do autor relatar a paixão do Amaro por Aleixo, a homossexualidade foi mostrada como anormal e quase que estritamente carnal.

Amaro, com certeza, é o melhor personagem da história. É bastante complexo.

A leitura é bem agradável e envolvente. No entanto, não nego que estava esperando outra coisa. Talvez uma relação mais bonita? Mas tenho que levar em conta a época em que o livro foi escrito. Mesmo acreditando que a obra tenha alguns problemas, acredito que a leitura seja interessante por abordar, mesmo que de forma torta, a relação homoafetiva e a homossexualidade em 1895.
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Luciano 02/01/2021

Obra precursora... mas até que ponto?
Considerada por alguns como a primeira obra da literatura brasileira (e uma das primeiras da literatura ocidental) sobre homossexualidade, Bom Crioulo é uma obra inovadora ao mesmo tempo em que é um fruto do seu tempo (o que não significa dizer que se deva passar a mão na cabeça de Adolfo Caminha, que declaradamente condenava relações homoafetivas). Meus sentimentos em relação à obra são mistos, mas vou tentar ser o mais sucinto possível. A premissa é empolgante, as personagens e o enredo são interessantes e a escrita tem aquela urgência das obras naturalistas. Mas, em determinados momentos, a linha que divide o Naturalismo da pura homofobia e do racismo é extremamente tênue. Uma obra revolucionária, mas vítima de um moralismo vazio (como quase todos o são). Apesar de tudo, é um marco importante na nossa literatura e vale a leitura.
Marlon 02/01/2021minha estante
Infelizmente a obra foi contaminada pela seu tempo...


Luciano 02/01/2021minha estante
pois é, Marlon...




Manu 30/12/2020

Revolucionária
Esta obra de Caminha é revolucionária por tratar de dois assuntos que eram verdadeiros tabus - ou melhor eram considerados "pecaminosos". Primeiro, a relação interracial e a fuga da escravidão e, segundo, uma relação homoafetiva entre dois homens.
Falar muito é dar spoilers, já que o livro é bem curto; mas basicamente, vemos a narrativa demostrar a impossibilidade de uma perspectiva feliz para uma relação homoafetiva e interracial.

Personagens muito bem trabalhados e a história é bem cativante (principalmente por ser bem direta).
Um dos meus livros preferidos.
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Jackson 29/12/2020

Naturalismo atemporal
Primeiro romance com temática gay da literatura ocidental. Lançado em 1895, esse romance é extremamente ambíguo, pesado e fofinho, esperançoso e triste, há um caldeirão que transborda sentimentos dúbios, leva o leitor a desconfiar da índole de todos os personagens, tomar partido, irritar-se... Enfim, com essa leitura estou me sentindo feliz e puto... Ambiguidade
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gabtxra 15/11/2020

Homossexualidade, Talaricagem e confusão
A um tempo eu estava com vontade de ler algo com temática lgbtqia+, então assistindo a Rita Von Hunty , do Tempero Drag, conheci esse clássico pouco conhecido. O Bom Crioulo foi o meu primeiro livro sobre um relacionamento sexual entre dois homens, e, coincidentemente, foi o primeiro na história da literatura ocidental.
Publicado em 1895, se passa na época do segundo reinado e conta a história de Amaro, mais conhecido por Bom-crioulo. Um negro que trabalha na marinha e quando um jovem rapaz branco e de olhos azuis entra para trabalhar ao seu lado o negro se apaixona totalmente pelo rapaz. Achei interessante ler e saber como o autor, um homem do sec. XIX, lidaria com a homossexualidade, e saber como seria uma história ambientada naquela época.
A leitura do livro foi rápida e deliciosa, tudo por causa da escrita linda e poética de Adolfo Caminha, é algo lindo mesmo quando ele está falando de um homem se masturbando, ou quando Bom-crioulo está no hospital quase tendo um colapso mental. E falando do autor, ele foi um cearense que se mudou para o rio na adolescência e se formou na escola naval, além disso ele era abolicionista e acredito que esse sentimento, esse amor a liberdade é visto em Amaro, no bom-crioulo, pois tantas vezes o negro exalta a liberdade.
Sobre os personagens: Gostei de ver o Bom-crioulo descobrindo que somente com homens que ele pode experimentar a felicidade sexual, odiei o jeito que ele tratou a rejeição de Aleixo. O grumete não é inocente e não vou o defender, eu entendo que ele era uma criança quando conheceu o Bom-crioulo (15 anos ?) e o Amaro já tinha 40, então houve uma manipulação. O Bom-crioulo usou da experiência e dá bondade para conquistar a confiança de Aleixo, e então Aleixo por gratidão se deixou ser usado por Amaro, isso é claramente pedofilia. No final Aleixo trata bom-crioulo como um pedaço de merda e não tem a menor responsabilidade afetiva e assim se fez a tragédia. Por fim, é uma leitura excelente, adorei a história, a escrita do autor e é uma ótima opção de literatura lgbtqia+ pra quem estiver interessado.
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arqueofarias 27/10/2020

Fiquei com receio por ser um clássico. Mas a leitura fluida nos ajuda a adentrar a vida de Bom-Crioulo.
Este romance é considerado o primeiro romance homosexual na história da literatura ocidental e além disso, há diversos aspectos racistas que valem ser analisados e discutidos. Vale a pena a leitura.
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hugaoo 11/10/2020

Lolita Homoerótico?
Como numa versão homoerótica de Lolita, porém com um maniqueísmo do animalesco negro versus o angelical branco, um dos engasgos que o romance proporciona é justamente a comoção pelo sofrimento de um protagonista anti-herói que abusa sexualmente de um garoto no alvorecer de sua puberdade. Isso acontece porque a narrativa é romanceada de modo a fazer com que o leitor sinta todos os infortúnios de uma "traição" e do desalento do primeiro (des)amor de Amaro.

É difícil problematizar sobre a branquitude de Aleixo, elevada ao extremo pedestal de idolatria, porque embora essa seja uma evidente fonte de privilégios, é também, indubitavelmente a causa de toda a sua danação. Desde as explorações sexuais ao trágico assassinato.

Como homossexual negro, tive dificuldades na leitura dessa obra. A todo momento me senti aviltado pelos constantes ataques à homoafetividade e ao nascer negro. Parece-me, contudo, uma obra que reflete ricamente o pensamento eugenista e embranquecedor de um Brasil autodeclaradamente racista.
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Locimar 05/09/2020

Me vi representado. Por mais que houvessem e houveram interdições, o amor gay sempre foi corajosamente manifestado ora explícita, ora veladamente, mas era. Que bom.
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Ruru 26/08/2020

O bom crioulo
Um amor difícil, uma traição óbvia e uma vingança bem atual.
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Babs 19/08/2020

Leitura rápida e muito boa. Representa o naturalismo brasileiro de forma muito coerente, gosto da objetividade, do olhar animalesco perante ao ser humano e a abordagem de diversos ?tabus? da sociedade.
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Iziteshi 03/08/2020

Leitura interessante numa perspectiva de análise histórica e sociológica. No entanto, quanto a história em si, foi-me de pouquíssimo agrado. Por razões muito bem desenvolvidas em resenhas aqui postadas deixarei de comentá-las. Creio ser desnecessário desenvolver um texto dizendo as mesmas coisas, com apenas palavras mais ou menos diferentes.
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