Mastigando Humanos

Mastigando Humanos Santiago Nazarian




Resenhas - Mastigando Humanos


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Jusce1 07/03/2024

Acabei por ler a segunda edição revisada dessa obra sem ter consciência, e durante as folheadas no ebook tive tais suspeitas do mesmo. Consumi a edição de 2006 no ano de 2019 e digo com absoluta tranquilidade: essa revisão conseguiu apenas dilacerar uma ótima história. Leitura tediosa e confusa. Leiam a versão original que está bem distante dessa sujeira

Fica o elogio a 1a e excelente edição
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PorEssasPáginas 30/10/2014

NHAC! Com fome de loucura? Pronto para fazer uma boquinha? Então Mastigando Humanos é o livro certo para você. Pegue seu chá de cogumelo, toque Lucy in The Sky with Diamonds e se prepare para a viagem que é este livro. Torça para não ser uma bad trip...

Importante: Esta resenha contém spoilers, porém a trama é tão insana que não estes não tiram a graça da leitura. Sem contar que é impossível spoilar piadas e divagações de um crocodilo.

Acompanhamos a história de um crocodilo que, chateado com a vida bucólica de seus semelhantes, resolve se aventurar por águas mais sujas e com sabor diferenciado os esgotos de uma cidade qualquer. O livro é narrado por nosso amigo repitiliano, que afirma ter desenvolvido a capacidade de raciociínio devido aos tóxicos ingeridos no esgoto.

Podemos dividr o livro em três partes Esgoto, Universidade e Motel. Bizarro? Sim, mas afinal em um livro narrado por um crocodilo, esse é o menor dos males. O livro peca mesmo, por ter somente um capítulo. Isso mesmo, um capítulo de 174 páginas, sem quebras ou divisões.

Na primeira parte, Esgoto, conhecemos os amigos do crocodilo: Brás, um cachorro cujo alguns de seus amigos foram devorados Santana, um velho tonel de óleo sua primeira paixão Vergueiro, o sapo fumante (entre outros vícios). Após instalar-se nos esgotos e se alimentar dos dejetos e detritos humanos, instaura-se uma ditadura dos ratos, que passam a controlar todos os objetos e alimentos que saem pelo esgoto, para desespero do narrador. Junte a fome com a oportunidade uma moça que perde o sapato no esgoto e solicita a ajuda do narrador para recuperar o mesmo e temos a primeira refeição humana do livro Anhangabaú, o travesti.

Com certeza você deve ter pego a impressão que este é um livro sarrista, impossível de ser levado a sério. Afinal com uma história tão absurda, como não rir, não é mesmo? Porém o autor surpreende nesse quesito, tornando o crocodilo extremamente filosófico e analítico. Divagamos sobre sapos , cachorros, literatura, digestão, docência, cadeia alimentar, a humanidade entre outros. É bastante assunto pra digerir e por vezes pode causar indigestão (ok parei com os trocadilhos), ou seja, um leitor não preparado para tantos monólogos e teorias pode se cansar facilmente.

Essa ditadura dos esgotos é rompida, com a introdução de Vergueiro o lagostim, o qual incitará idéias revolucionárias na mente de nosso amigo de sangue frio. É aqui que o bicho pega, literalmente. Nosso narrador finalmente se solta e devora tudo que vê pela frente, ratos, esquilos e um verdadeiro buffet de humanos. Infelizmente a festa não dura muito tempo devido à uma construção que chega até o lar do crocodilo e seu subsequente envio à universidade para estudos.

Começamos então à espiral descendente do livro. A universidade revela-se um centro de estudos para outros animais tão ou mais inteligentes como o nosso narrador, todos estudando e lecionando outros animais, sem necessariamente um motivo específico à não ser controlar seus instintos básicos. É um lanche rápido e sem graça comparado com o verdadeiro banquete filosófico e cômico que foi o Esgoto. Temos uma nova fauna divertida para acompanhar nosso réptil-autor, com destaque para a sucuri Jasmin, altamente cínica do status do qual os animais inteligentes conquistaram.

Fechamos o livro com o crocodilo se mudando para um hotel para focar na escrita de suas memórias e suas teorias o livro que você possui em mãos. Aqui o autor já mostrou que não tem mais cartas na manga e continua repetindo a fórmula ao inserir personagens bizarros e filosofias crocodilianas (um notebook com personalidade e uma aranha escritora). A essa altura o material está gasto e o leitor ansioso por um desfecho, algo novo, um sentido para essa loucura toda, e o autor não entrega. O leitor ficará na mão se espera uma lição de moral, uma reviravolta ou conclusão. É melhor apreciar o livro pelo que ele é, um buffet de idéias sem sentido com direito a loucura como sobremesa.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-mastigando-humanos
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Ohanna Núria 06/09/2014

A obra trata da vida de um jacaré que reside em um esgoto de uma cidade. Ao longo da história, alguns animais desse "habitat" ganham autoridade sobre outros, com regulamentos parecidos com os dos seres humanos. Ganham também profissões importantes numa universidade e a liberdade para trafegar na cidade sem nenhuma detenção.
Santiago Nazarian, autor do livro, trata a vida de maneira diferente da realidade, onde os animais conseguem a racionalidade, substitui os humanos nos trabalhos... Enfim, então a um passo para ficarem superiores aos humanos e controlarem a vida na Terra.
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ana. 25/09/2009

É uma visão de mundo interessante. Inesperado e divertido.
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Gabrielle 03/02/2014

ABCD dos Livros
Quando eu comecei a ler, não sabia muito bem o que esperar. E a sinopse não ajudou muito a entender o livro, só lendo mesmo kkk
Apesar de ser meio doido, ele reflete a realidade e a podridão do mundo!

O livro é narrado por um Jacaré, cujo nome não fala. Morava em seu habitat natural, mas com o problema de puberdade, decidiu viver na cidade. Vivia em um esgoto. E ele até começou a gostar, só que tinha um problema, a fome. Uma hora ela iria chegar. Tinha que se alimentar. E é disso do que se trata o livro: comida, fome!
O Jacaré, morando no esgoto conheceu muitas coisas, pessoas e animais. Todos perdidos na vida. Conheceu Vergueiro, um sapo que nasceu na cidade, não conhecia seus pais e fumava bitucas de cigarro que as pessoas jogavam e cheirava cocaína. Conheceu Arthur Alvim (a quem ele queria devorar inteiro) um menino largado, sem pais, que fumava, bebia e cheirava cocaína. Conheceu Ana Rosa (ele não sabia seu nome verdadeiro e nunca tinha visto seu rosto, mas a chamava assim), ficou encantado com seu par de sapatos feito de crocodilo. Ela o alimentava todos os dias, mesmo ela não sabendo. E conheceu mais um monte de personagens, mendigos, crianças, latas de lixo e de óleo (que ele conversava sozinho)! Existia tudo o que se podia imaginar lá no esgoto, era uma bagunça só.
Depois de acontecer um monte de coisa, que eu não vou contar por que são as melhores partes do livro, fica como uma surpresa!
O Jacaré é retirado do esgoto e é levado para uma Universidade. No começo ele não aceita, ele quer voltar para seu antigo lar, o esgoto. Mas uma coisa realmente estranha acontece, ao invés de ter humanos perambulando pelos corredores da Universidade, são animais, pra cima e pra baixo. Cobras, Jabutis, Garças, Crocodilos, Lêndias e etc. Estranho não? São animais tentando ser humano, perdendo toda sua natureza.
E é lá que ele começa a escrever toda sua história, que seria esse livro!

É bem diferente, no começo eu pensei que ia me lembrar um pouco os livros da Lygia Bojunga, mas não. Parece ser infantil, mas não é.
Fala muito da urbanização da cidade, da dificuldade das pessoas, como os mendigos e as crianças de rua, em baixo no esgoto!
Claro que não termina na Universidade, acontece mais umas coisas, mas não é muito diferente.
Não que o livro seja chato, pois não é. Só é um pouco enrolado. Enquanto ele está no esgoto é a melhor parte do livro, depois na Universidade começa a ficar um pouco mais lento o ritmo da narração.
Mas eu gostei, as vezes é bom mudar o estilo de leitura.


site: http://abcddolivro.blogspot.com.br/2014/01/resenha-mastigando-humanos-nacional.html
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Evelyn 24/07/2013

Abra a sua mente!
Vi várias críticas negativas com relação a este livro. Talvez ele tenha alguns defeitos (não existe livro perfeito, é o que eu penso) e te leve a devaneios tolos mas se você focar na mensagem que o livro traz ao longo destes "devaneios tolos" talvez ele até se torne um dos seus livros preferidos, ou não.

Observe os fatos e analise o que o livro pode trazer de diferente para você, ou seja, abra a sua mente ao ler, não só este livro, mas qualquer livro. Como o esgoto, pare pra pensar que se não fosse por ele, as sua fezes provavelmente iriam para os rios e lagos ou até mares e não existiriam as famosas "férias na praia"; o cachorro sarnento e esguio que se iguala perfeitamente a uma criança abandonada que vive nas ruas e precisa da sua ajuda; o jacaré que pode representar, talvez, o ser humano, vivendo a sua filosofia de vida que hora pende para o lado ruim e hora pende para o lado bom; o sapo fumante denunciando as várias diferenças socias existentes, afinal sapo não fuma mas esse é "diferente".

Analisando esses pontos você fará uma boa leitura e mesmo que não goste do livro algo ele trará a você porque até livros "ruins" possuem motivos para serem "ruins" e estes motivos, pelo menos pra mim, devem ser coerentes.
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Marcos Faria 04/02/2012

Bastam dez páginas, talvez menos, para se perceber que o jacaré de “Mastigando humanos” (Nova Fronteira, 2006) não é jacaré coisa nenhuma. É ser humano, paulista, tem nome e sobrenome: Santiago Nazarian. Não sei o quanto há de realmente autobiografico no romance que se anuncia “psicodélico” no subtítulo. Mas todos os personagens – o rato, o esquilo, a lata de gasolina, as cobras do Butantã – soam tão verdadeiros quanto seriam se o narrador os descrevesse como homens e mulheres. Ponto para o autor, que facilita a identificação (especialmente, acho, na segunda parte, quando começa a carreira acadêmica do protagonista) e assim cria a empatia necesssária para avançar nessa mistura de romance de formação, roman à clef e sátira.

(http://almanaque.wordpress.com/2012/02/03/meninos-eu-li-19/)
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ladyamnesia 18/12/2011

É um livro sobre fome.
E é uma delícia!
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Guida 29/05/2011

Literatura marginal
Literatura marginal no sentido irrestrito das palavras. Só alguma mente macabra pôde conceber e editar um livro tão infantil e sem qualquer resquício de obra literária. De péssimo e duvidoso gosto. Lamento!
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JuRs 15/05/2011

Impossível
Tentei ler. Impossível. Mas uma dessas porcarias alucinógenas que crítico maluco tenta impingir para brasileiros. Achei que eu era implicante. Tentei ler outro livro desse mesmo autor, mas não dá!Desisti dele.
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Léu Ávila 26/02/2010

Mastigando YOUmanos
Voltaire.Godzilla.Alligator.Pânico no Lago.Tudo isso num livro só.
Não, não é um livro de curiosidades ou algo do tipo.É só um livro de Santiago Nazarian.

Narrado em primeira pessoa, Mastigando Humanos é um livro pra ser mastigado com prazer, deliciando todas as metáforas e indagações presentes, ao mesmo tempo que foi feito pra ser lido de uma vez só(o livro começa com o dizer:’Capítulo Único’).

Um jacaré que vai parar no esgoto de uma cidade grande parece coisa já usada(demais até, eu diria).Isso até o momento que esse nosso personagem principal sabe ler, escrever e falar .No desenrolar da história inicia divagações existencialistas tão próprias de crocodilianos como de humanos.

As metáforas são o ponto forte da narrativa.Quase onipresentes, nos parecem tão pessoais e impessoais ao mesmo tempo, muitas vezes nos deixam confusos com tanta similaridade entre o tal mundo vivido pelo jacaré e o nosso próprio.

Esse é mesmo um romance psicodélico, como a capa diz.E não é um livro pra qualquer um.Não que a linguagem seja difícil, mas é algo ‘alternativo’(diria até que ‘indie’).Bem que as livrarias poderiam a ter uma estante de livros assim, como as lojas de CDs tinham uma estante reservada pra bandas como Sonic Youth antes do Nirvana.

A mistura de elementos POPArt é algo inovador na literatura brasileira, e Santiago é seu vanguardista.

O jovem autor acabou de lançar seu quinto livro, 'O Prédio, o tédio e o menino cego'.
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Vanessa 04/02/2010

Este é realmente um romance psicodélico, diria até fora do comum. Mas o que é comum?
Aqui, um jacaré narra sua história nada fácil, saindo do seu tranquiloe saudavel habitat natural para viver (sobreviver) no esgoto da cidade grande, entre ratos mercenários, sapos boêmios e latas apaixonantes ele se torna um jacaré urbano, frustrado e existencialista.
Há mesmo tanta superioridade e diferenças entre nós animais "racionais" e os animais "irracionais"?
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Jeffer 03/10/2009

Trecho selecionado
"Ao jovem que deseja escrever eu indicaria não olhar para os lados, nem mesmo para trás, a não ser para vislumbrar a própria sombra que possa ter sido produzida por um sol intenso que se coloca diante de seus olhos de forma a cegar seus passos futuros, queimar seu semblante, que pode ser tomado como um de preocupação, mas que estará revelado em todas as suas imprefeições e alegrias por um astro maior que, na realidade, não é nada além da mais absoluta vontade de viver, vencer e secar sobre uma terra onde faltam apenas suas lágrimas para germinar." - Sebastian Salto (pg. 181)
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