O Castelo

O Castelo Franz Kafka




Resenhas - O Castelo


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Bells 06/08/2014

Grande
Um livro fantástico... Kafka mostra a dificuldade burocrática e hierárquica em que K. se encontra para sua adaptação no vilarejo e efetuação de sua tarefa como agrimensor, sua busca para chegar ao castelo.
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Virginia Barros 05/09/2013

o castelo é o limite
Reflexões preciosas, de uma sabedoria quase desesperada diante da falta de sentido de certas regras, são o grande prêmio de quem se enche de paciência para ler esse livro com atenção. Por outro lado, a narrativa é cativante, embora lenta e cheia de pormenores.

Logo de início o conflito é apresentado: o protagonista K. chega a uma aldeia distante, no meio da noite, e além de não encontrar um lugar decente para dormir, tem que lidar com a indiferença das autoridades e a hostilidade de seus representantes. K. recebe ajudantes que o irritam e atrapalham; vive em uma hospedaria de onde querem expulsá-lo e arranja uma noiva que parece tão apaixonada quanto encrenqueira e ciumenta. A história se mostra familiar e atemporal, por isso merece ser lida apesar do esforço que exige.

O Castelo é um livro complicado de ler; parágrafos gigantes se seguem uns aos outros, misturando diálogos, descrições e narrativas. O autor deixa que os personagens contem suas próprias histórias, ou versões delas, o que acaba formando um nó na cabeça do leitor. Mas é assim que a história caminha, e quando o leitor se dá conta já está tão envolvido com os personagens que o final brusco é um choque e tanto, quebrando expectativas e esperanças.

O que podemos concluir é que os personagens não são necessariamente o que parecem: os travessos ajudantes apresentam uma face vingativa; a dedicada Frieda pode não passar de uma interesseira. Nem mesmo o protagonista escapa à regra. Afinal de contas, quem é K.? O que pretende ao insistir tanto em falar com Klamm, e mesmo em se casar com sua suposta amante?

Enfim, "O Castelo" é uma obra tão rica que, mesmo sem final, dá muito o que pensar a quem se propõe a acompanhar K. em sua luta insistente e perdida.

site: http://edicoes-filhadalua.blogspot.com.br/2013/09/o-castelo-de-kafka.html
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criscat 26/04/2013

Ué, acabou?
Resenha no blog Cafeína Literária: http://www.cafeinaliteraria.com.br/2013/04/21/o-castelo/
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CooltureNews 17/03/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Olá caro leitor, seja bem vindo à aldeia. Vejo que seu olhar é atraído ao longínquo castelo, envolto em sombras e mistério... O quê? Você gostaria de ir até O Castelo? Creio que isso não será possível. Mas não fique chateado. Ao menos, essa resenha que tenho comigo lhe permitirá conhecer um pouco a respeito do assunto, pois nela encontram-se algumas informações acerca do livro de Franz Kafka. Contente-se com isso (ou leia o livro e tente – sem sucesso – chegar ao castelo).

Eu sempre fico com um pouco de receio ao comentar a respeito de livros clássicos. Esses tão afamados e consagrados livros canônicos são comumente tratados por todos de forma superficial. Digo isso, pois é comum encontrar opiniões que se resumem a um “não li, mas é muito bom”. No caso de O Castelo, o livro é sim excepcional, mas possui alguns aspectos que podem não agradar a todos.

Em primeiro lugar, acho importante que vocês saibam que a leitura de O Castelo não é uma tarefa fácil. Isso não se dá pelo seu vocabulário, que não é assim tão complexo (no máximo, você tem que saber o que é um “agrimensor”). Contudo, uma marca da escrita de Kafka é o seu formato protocolar. O escritor formou-se em Direito e trabalhou como advogado, de modo que sua escrita se assemelha à utilizada nos autos e documentos jurídicos.

Além disso, esse aspecto também afeta os próprios personagens do romance. No caso, qualquer simples conversa entre K. (o protagonista de O Castelo) e um mero aldeão pode se tornar um debate de ideologias digno de dois filósofos dentro de um júri. A maioria dessas discussões são deveras interessantes, pois mostram como o universo criado por Kafka é complexo. Todavia, esses verdadeiros monólogos podem deixar a leitura cansativa em alguns momentos.

Outra ressalva acerca de O Castelo é o fato de que, infelizmente, o romance está inacabado. Eu li o livro sem conhecer essa informação, de forma que tive um pequeno choque ao deparar-me com o final brusco (o romance termina no meio de uma frase!). Kafka morreu sem terminar de escrevê-lo, e o livro foi publicado postumamente. Contudo, isso não tira em nada o seu valor, pois é a jornada de K. que importa, e em nenhum momento há esperanças de que ele alcance o castelo.

E aproveitando a menção da jornada de K., vocês devem estar se perguntando do que exatamente se trata a trama de O Castelo. O conflito da obra inicia-se com a chegada de K. à aldeia. Supostamente, ele fora chamado para trabalhar para o castelo como agrimensor. Contudo, pouco tempo depois de sua chegada ele começa a deparar-se com alguns problemas. Parece que ninguém no castelo tinha solicitado a contratação de um agrimensor. Mas K. está decidido a não voltar de onde veio, e por isso inicia uma verdadeira saga para tentar ao menos entrar em contato com alguém do castelo.

Aí é que entra uma das principais virtudes das obras de Kafka, que chegou a transformá-lo em adjetivo. Estou falando do conceito de “absurdo kafkiano”. Em poucas palavras, grande parte dos obstáculos que ficam entre K. e seus objetivos são representados por meio de situações e atitudes absurdas. Só para citar alguns exemplos, há desde ajudantes que agem como cachorros, até uma cena digna de um desenho animado, com personagens tentando fechar com o peso do próprio corpo um armário que estava disposto no chão.

Em suma, O Castelo é uma obra que vale pela soma de todas as suas incontáveis características positivas. Por meio do absurdo, Kafka tece uma história que pode ser entendida tanto como crítica à burocracia quanto como uma busca religiosa (dentre outras tantas interpretações). Com seu discurso rígido e personagens multifacetados, este livro mostra que as paredes do castelo, assim como as paredes entre a realidade e ilusão, são mais finas do que aparentam ser. E você, também vai encarar o longo e tortuoso caminho ao castelo?

Enfim, passo a palavra à vocês. Vocês já leram alguma obra de Kafka e se depararam com os absurdos de seus escritos? E quais outros clássicos você já leu? Comentem! Vamos fazer desta resenha um espaço para debates quilométricos, ao estilo dos personagens de Kafka.
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fabio 19/02/2013

!!!
Adoro a maneira como Kafka escreve e confesso que achei o final cômico !!!
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Ricardo Rocha 04/05/2011

a liberdade pelo medo
O castelo diz respeito ao significado da perambulação do protagonista pelos arredores do burgo, numa bipolaridade constante entre o mal-estar da inquietação e o conforto de não precisar de muito para se dar por satisfeito. “Quando às vezes só pensava nisso, K. não ficava longe de achar sua situação satisfatória, muito embora sempre dissesse rapidamente a si mesmo, depois desses acessos de bem-estar, que o perigo estava exatamente aí. A relação direta com as autoridades não era, na verdade, difícil demais, pois as autoridades, por mais bem organizadas que fossem, sempre tinham de defender coisas remotas e invisíveis em nome de senhores remotos e invisíveis, ao passo que K. lutava o mais vivamente possível por coisas próximas”. Diferente de O processo em muitos sentidos, como numa certa desenvoltura social de K., O castelo é em essência semelhante. O clima do medo em ambos se torna a atmosfera natural dos dois romances, e o medo de fato semelhante à doença psiquiátrica, pois não é um temor de algo que se possa explicar, como a depressão difere da melancolia pela mesma razão – sabemos porque estamos tristes, não o porquê de quando deprimidos.

Segundo Kafka, pouco antes de morrer, a chave tem a ver com a conquista de uma liberdade que precisa passar pelo medo, ou, eu diria, tem de não temer o próprio medo. K. não sabe o que, mas procura, as autoridades não sabem por que mas tentam frustrar essa busca. De resto, em nenhum momento Kafka dá qualquer pista que justifique essa ou aquela interpretação, pelo simples fato talvez que todas possam ser verdadeiras – a interpretação religiosa, a psicanalítica, a do absurdo da burocracia. Por outro lado, tudo também pode não ser – ninguém ali tem qualquer conhecimento do castelo ou de seu proprietário e não é certo dizer se K é ou não o que diz ser, de modo igual seus ajudantes. Um sonho talvez, ou um pesadelo. Um romance para ser lido, não compreendido. Que pode até confortar – por exemplo, quanto à vida atual, quando pensarmos que é um tempo absurdo, por exemplo, os atendimentos das empresas prestadoras de serviço, achando que é algo próprio de nossa época, e súbito vemos que sempre foi assim, e se assim é, é preciso dar um jeito de conviver da melhor forma com isso.

Embora não sendo um livro de filosofia, até o oposto de um, na verdade, é preciso o sentimento filosófico do espanto para que funcione. O sentimento infantil do ver as coisas como são e não tentar entende-las e, embora assombrando-se, encontrar um modo de as viver.

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Thiago 30/01/2011

Neste livro inacabado, Kafka eleva seu desespero metafísico às alturas. Com uma narrativa sem rebuscamentos, conduz-nos a um labirinto subjetivo e opaco de um mundo sombrio e irracional. Há um tensão que progride ao longo de todo o livro pela inespecificidade dos rumos que tomaremos enquanto leitores. Essa visão turva e sufocante da realidade é que torna Kafka tão cultuado, célebre e contemporâneo. Em meio à toda a sua descontrução existencialista, o livro se interrompe de maneira súbita e pouco solene, inacabado sem piedade.
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Aline 24/01/2011

"E viu então lá em cima o castelo; viu no ar claro seu nítido contorno, mais nitidamente perfilado ainda pela neve, que, estendida em fina capa por toda parte, reproduzia por todas as formas." (pág 31)

Eu realmente caminhei com K. em direção a seu alvo, e se não tivesse tanta vontade de desvendar o mistério do Castelo, teria ficado pelo caminho.
O livro do Franz Kafka é muito bom, embora tenha uma leitura difícil e densa. Não há de se ler O Castelo como quem lê um texto qualquer: necessita-se de paciência, e muita atenção para absorver todas as idéias por trás dos diálogos, muitas vezes extensos.
O livro se inicia com a chegada de K. a um povoado. Nevava muito, e ele abriga-se num albergue. Logo que se deita, é incomodado por um rapaz que avisa a K. que para permanecer na aldeia, é necessário uma permissão do Castelo.
Assustei-me. Porque seria necessário uma permissão para dormir numa tábua em uma pousada? K. explica que é o Agrimensor contratado pelo Castelo, mas este fato não mudará a forma como foi, e será tratado durante o livro.
No outro dia, decide ir em busca de seus superiores para poder começar seu trabalho. O castelo pareceu-me distante, mas a este ponto, não imaginei o quanto. E à medida que o livro avança, sentia-o inalcansável. Cada tentativa de K., frustrada, frustrava-me, e me enchia de curiosidade. Cada repressão a K., machucava-me, como se a mim mesma, o fosse dirigida; como se meu também fosse o objetivo de continuar.
"Fixo o olhar no castelo, continuou K. caminhando; nenhuma outra coisa o interessava. Mas ao ir-se aproximando, o castelo o frustrava (...)"
O Castelo, por assim dizer, parecia animado, e juro que por vezes, o senti como o olho de Sauron, atento a cada movimento de K., antagonizando suas ações.
"(...) contudo, dar-se conta perfeitamente de que, sim, o observavam sem que isso afetasse, porém, na mínima coisa a sua tranquilidade; e realmente- não se sabia se isso era causa ou efeito- os olhares do fixador não podiam permanecer fixos , não podiam ser sustentados: desviavam-se."
Pensando assim, O castelo era muito mais que um simples local, ele era e é uma alegoria com significados diversos. A instância máxima de organização, A autoridade limitadora, a entidade criadora de leis e padrões. O castelo era para aquela sociedade o guia de suas ações, o propósito de suas existências insignificantes.
E K., um invasor. Um forasteiro burro, incapaz de compreender as regras do povoado, e que muitas vezes, com suas atitudes impensadas, profanava as leis, os locais, incomodava os representantes do castelo.
K. não entendia porque aquelas pessoas agiam dessa forma, mas, o que me interessou foi a postura de K.
"(...)aqui impera uma ordem rigorosa em todas as coisas." :(pág. 110)
No início, a forma como K. agia, mostrou-se de uma coragem incrível. No entanto, ao decorrer do livro, pareceu-me uma teimosia infante, e no final, uma tolice.
Pode-se perceber uma mão invisível em todo o livro, impedindo que as ações de K. o levassem ao cerne sagrado do Castelo. K. acabou enveredando-se num labirinto de burocracias, processos, secretários, interrogatórios, escritórios, que o afastavam cada vez mais da verdade, e o confundiam.
"Mas são os escritórios na verdade o castelo?" (pág. 192)
Não sei se em algum momento, ele realmente esteve perto de conseguir seu objetivo, e talvez, ele o conseguisse, se pudéssemos continuar acompanhando sua história de perto.
Mas, inegável é a presença constante do Castelo ao longo do livro. a maneira como este habita até mesmo as pessoas, em seus temores.
Atualíssima é a história do visionário Kafka, construindo seus personagens "coletivos" para fins geniais. Quem não conhece uma Frieda, um K., uma estalajadeira da ponte? Quem nunca se deteve, entre a vontade de perseguir um objetivo, e a burocracia eterna que o atrapalhava?
Este Castelo existe, e podemos Vislumbrá-lo a cada momento que abrimos os olhos às entrelinhas, e visualizamos o "Poder" centrado em meio a um labirinto. A autoridade que nos decepa, que nos frustra, que nos machuca. Os indivíduos reduzidos a pequenas marionetes, as vontades solapadas pelo fogo da burocracia e da mecanização.
"Em nenhuma parte antes vira K. tão entrelaçadas a autoridade e a vida, tão trançadas que às vezes podia parecer que a autoridade e a vida tivessem permutado seus lugares." (pág 79)

Ao final, Kafka nos deixa perdidos. Se K. chega ao Castelo, ou se resta inferir que nunca chegará, não sei, realmente. Desejaria ter sabido, pelas palavras do próprio Kafka o final desta história, mas, terei de escolher se o K. se esconderá todo o inverno no quarto da Pepi e suas amigas camareiras, ou se voltará ao seu posto de bedel para ser humilhado pelo Professor, e depois ir conferir o novo vestido da estalajadeira senhorial.
Agora, resta a mim, continuar o embate do K., e encontrar o mistério do Castelo!

"(...) ao fim, não se sabia se tinha resistido, ou se havia cedido." (pág.137)
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Gláucia 23/04/2010

?
Devo confessar que não entendi, talvez o livro esteja além da minha capacidade. K. é contratado para um trabalho no Castelo e ao dizer às pessoas que está indo para lá encontra todo tipo de reação: espanto, medo, admiração. Então você não vê a hora de K. chegar ao Castelo e descobrir o que ele esconde. Então cheguei à última linha do livro e K. não chegou lá.

Sei que tudo isso deve ter um sentido, um significado que eu não captei. Desculpe a ignorância mas alguém pode me explicar?
Thiago 07/06/2015minha estante
O livro está inacabado, mas ele faz uma trama muito parecida com o que ele faz no "processo" que também está inacabado, ou seja ele tenta esboçar a dificuldades da burocracia estatal, e a total falta de compreensão do meio em que o personagem está inserido.




Daniel432 14/04/2010

Loucura pura!!!
Vai ser difícil fazer uma resenha para O Castelo!! Não é fácil ler Kafka!!! Ele faz o possível para tornar seus livros incompreensíveis!!
Eu achei a leitura de O Castelo bastante cansativa, os diálogos são muito extensos e às vezes um assunto pouco interessante arrasta-se por muitas páginas.
Outro detalhe é o vai e vem que o autor faz. Primeiramente, ele expõe o ponto de vista de um personagem sobre certa situação ocorrida, em seguida vem outro personagem e contesta a visão do primeiro, depois o primeiro contesta visão do segundo sobre sua visão (do primeiro) e assim vai, um dizendo que o outro não está entendendo nada do que ele quis dizer.
Em comparação com O Processo, O Castelo perde feio!!! A história (também louca) de O Processo mostra-se mais interessante talvez porque as situações pelas quais passa o personagem principal são mais inverossímeis que as vividas por K. em O Castelo.
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