Middlemarch

Middlemarch George Eliot




Resenhas - Middlemarch


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Nado 31/03/2022

Inicialmente projetado para ser dois livros distintos, Middlemarch tem como história central as vidas de Dorothea Brooke e Tertius Lydgate.
Na cidade que dá nome ao livro, se passa diversos acontecimentos com os dois protagonistas e uma série de outros personagens.
Um calhamaço que tem um ou outro momento monótono, mas que de um modo geral prende o leitor do início ao fim.
Mary Ann Evans, sob o pseudônimo de George Eliot, deixou para humanidade um dos maiores clássicos da literatura.
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Michele Boroh 30/07/2022

Ah! Mary Ann!
'Sex Education' não entraria na minha lista de séries por assistir se não fosse pelo Matheus, um amigo com gostos completamente diferentes dos meus. Ele insistiu e eu arrisquei. Devorei os episódios sem perceber.

O Matheus deu o start e a Maeve me prendeu de vez. Cativante de muitas maneiras, ela é também uma leitora apaixonada, mas julgada e podada por suas atitude e imagem.

Um dos seus livros de cabeceira, recorrente de cena, é Middlemarch. Foi pela Maeve que eu cheguei até ele e, agora, até aqui. Uma das melhores leituras do ano.

Embora quase duzentos anos separem as duas obras com um abismo tecnológico - um livro escrito à pena e uma série distribuída por streaming - ambas se repetem no terreno da moral. Com um pouco de avanço de um lado e algum retrocesso de outro, a balança da natureza humana segue quase inabalada: maledicência, preconceito, tribunal social, inveja, manipulação, corrupção, manutenção da aparência...

George Eliot, que era Mary Ann Evans, precisou do pseudônimo masculino para ser publicada e escapar da devassa de sua vida privada. Mas ainda hoje - mesmo 'com um pouco de avanço de um lado' - ela segue quase inacessada. Precisou de um financiamento coletivo para ter uma nova edição em português lançada - e cara, ainda limitada.

Pois que seja, então, uma tradução que faça justiça ao original, com suas frases breves que encerram com tanta precisão os universos psicológicos mais variados, entregando a genialidade de quem não foi e ainda não é observada como merece, mas que observou esse mundo com a lucidez e a delicadeza de poucos. Pouquíssimos.
Thamiris.Treigher 31/07/2022minha estante
Uau!! Amei. Já vai entrar pra lista!


Michele Boroh 31/07/2022minha estante
Vale muito, Thamis! Essa minha edição em inglês em paguei muito barato na Amazon.


Paloma 31/07/2022minha estante
Nossa, foi exatamente por causa da Maeve que me interessei em ler este livro um dia. Obrigada pela opinião, reforçou ainda mais minha vontade ??


Michele Boroh 01/08/2022minha estante
Ahhhh! Ela é maravilhosa, né? Espero que goste do livro também. Abraço, Paloma!


GiSB 17/02/2023minha estante
Vou ler também. Tenho a versão em português, mediante patrocínio coletivo.




Rafaelle 10/05/2022

Middlemarch
Um clássico é assim chamado por continuar dialogando com as pessoas 10, 50, 100 anos após ter sido escrito. São livros que não perdem o significado, que os problemas e questionamentos apresentados seguem sendo atuais geração após geração. Middlemarch sem dúvidas é um clássico. E um clássico que não apenas continua conversando com os leitores mais de 150 anos após sua publicação como também tem a capacidade de conversar de forma diferente com cada um que lê suas páginas.

Ler esse livro em leitura coletiva evidenciou a força que ele tem. Os debates mostram como cada um sente essa história de forma diferente, como cada núcleo toca cada leitor de forma única. Afinal, Middlemarch não é uma história só sobre este ou aquele personagem e sim uma teia de relações em que a vida dos vários moradores de Middlemarch são afetados um pelos outros.

A história que mais me tocou foi a de Dorothea Brooke. A personagem que deseja aprender mais, ser alguém útil e está limitada por sua condição de mulher na sociedade. A solução que ela vê é se casar com Mr. Casaubon, um homem cerca de 30 anos mais velho e que ela acredita ser culto e capaz de guiá-la na jornada do conhecimento. Família e amigos consideram o casamento uma péssima escolha, mas Dorothea se guia pelo que acredita ser o melhor. Casaubon, infelizmente, se mostra aquém do esperado por Dorothea e ela tem que lidar com a frustração. Ao mesmo tempo, vai se aproximando de Will Ladislaw, parente de Casaubon, um rapaz de alma artística e que começa a desenvolver sentimentos profundos por Dorothea.

Paralelo à isso acompanhamos Tertius Lydgate, jovem médico cheio de novas ideias e ansioso por implantá-las na pequena cidade. Seus métodos são vistos com receio pela sociedade local, mesmo com seus casos de sucesso. Ele pretende se dedicar à carreira médica e não se casar tão cedo até que conhece Rosamond Vincy, a bela filha do prefeito local, que parece ser a concretização de todos os seus ideais de mulher.

Ainda temos a história do irmão de Rosamond, Fred Vincy, um rapaz de bom coração mas indolente, que não se adequa à carreira escolhida por sua família mas também não encontrou nenhuma vocação ainda. Ele é apaixonado por Mary Garth, jovem sensata que tenta lhe incutir algum juízo e responsabilidade.

Middlemarch de fato é uma história sobre as pessoas que formam uma cidade. Além dos personagens mencionados, que são os que mais se destacaram para mim, temos muitas outras pequenas tramas se cruzando. Vizinhos, parentes e amigos, cada um afetando a vida do outro assim como acontece na vida real, cada decisão trazendo um peso muitas vezes maior do que se poderia imaginar.

Eu li esse livro com a certeza de que é um livro para ser relido. A riqueza de temas e nuances talvez não possam ser absorvidas com uma leitura apenas. E acredito que quando reler, talvez a mensagem que mais me marcou nessa leitura não seja a mesma da próxima. Eu concluí o livro fascinada por Dorothea e com uma lição aprendida: ser fiel a si mesmo. Não importa que Dorothea tenha feito escolhas questionáveis ou até mesmo erradas, ela agiu conforme acreditava e sentia. Sua fidelidade às próprias crenças e ideais mostram a força de uma mulher convicta que não abaixa a cabeça e nem cede àqueles que não entendem o seu coração. Embora precise aprender que nem sempre está certa em suas convicções, ela não perde a própria essência no processo. É uma personagem digna de admiração e que só a história dela já valeria o livro inteiro para mim. Todas as tramas me encantaram mas a jornada de Dorothea Brooke me extasiou.

Sempre vi Middlemarch sendo citado como uma obra prima e após a leitura só posso dizer que concordo com isso. Que livro!
Bruna Gomes 12/05/2022minha estante
Tô louca pra ler




Carlos Nunes 13/10/2022

Um livro vitoriano que não retrata o período vitoriano
MIDDLEMARCH é um novelão no qual a gente vai acompanhando o cotidiano de algumas famílias numa cidadezinha do interior da Inglaterra, mas sem perder de vista o momento histórico pelo qual o país estava passando, na verdade um período anterior ao vitoriano. São situações e diálogos que nos dão conta do momento turbulento pelo qual passava o país e os novos ares que já sopravam em todos os níveis: mudanças políticas e sociais, novos métodos de tratamento médicos, questionamentos religiosos, inovações científicas e tecnológicas, como a construção de uma linha férrea que irá atravessar a cidade, numa época em que os trens ainda eram uma grande novidade e vistos com apreensão. Além disso, o Reino Unido passava também por mudanças políticas, principalmente a Lei da Reforma, de 1832, que alterou substancialmente a composição do Parlamento, e esses eventos também são discutidos no livro, como pano de fundo. A situação da mulher em sociedade e no casamento também é bem presente no romance.
Mas o livro também é rico em cenas cômicas, e o narrador da história, que é aquele tipo de narrador onisciente, também é muito irônico e tem tiradas bem divertidas, e muitas vezes interrompe a narrativa para dar a sua opinião sobre as atitudes ou pensamentos de algum personagem.
MIDDLEMARCH é um livro que traz um retrato realmente rico da sociedade provinciana da época e seus complexos relacionamentos sociais, em seus mínimos detalhes. É um livro longo, com muitos personagens - inclusive às vezes até dá para se confundir um pouco com os nomes. As descrições também são bem detalhadas e a autora não tem pressa em avançar na trama, então talvez não seja um livro que agrade ao leitor mais dinâmico, que gosta de muita coisa acontecendo e tem o objetivo de terminar logo a leitura. É um livro um pouco trabalhoso de ler, para ser saboreado aos pouquinhos. Mas, para quem gosta de um novelão muitíssimo bem escrito e que tem muito mais a oferecer nas entrelinhas do que apenas as fofocas da sociedade, é um prato cheio.
Wivy.Lima 14/10/2022minha estante
Depois de ver que estava lendo, fui atrás pra tentar achar em alguma loja online, mas mal encontrei algo

Espero que saia uma nova edição logo, pois adoro um calhamaço ??


Débora 16/03/2023minha estante
Wivy no site da editora Pedra Azul está disponível e a editora Martin Claret está pra lançar tbm.




Adriana Scarpin 31/10/2022

O Lula tá fazendo tanto milagre que consegui terminar Middlemarch durante a apuração, depois de um mês enrolando a leitura coletiva da @literaturainglesa.
Quanto ao livro, nenhum elogio feito a ele é superestimado, ele faz jus à reputação que o precede, não só pelo estilo de escrita de Eliot/Evans, mas sobretudo na sua capacidade de construção de personagens tão críveis.
O o último livro, particularmente me emocionou bastante, acho que pelo encontro bastante sentimental entre Dorothea e Rosemund, aquilo foi um lindíssimo libelo contra a rivalidade feminina, coisa que Eliot/Evans deixa claro não acreditar.
Belíssimo tour de force vitoriano e certamente se tornou um dos meus livros da vida.
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@marcosmelhado 04/09/2022

Texto que reflete o coletivo...
Nesse calhamaço aqui acompanhamos dois protagonistas (Dorothea e Lydgate) com histórias paralelas que se cruzarão no decorrer do livro. Demorei bem mais para me importar com o plot do Lydgate do que com a Dorothea, que até então, se tornou minha heroína favorita. O livro é bem longo, o ritmo oscila um pouco com reviravoltas e um pouco de divagação filosófica. Mas para minha experiência ficou tudo na medida. A Autora conseguiu criar uma heroína de aura, que impressiona toda vez que aparece. O texto tem muita critica: situação da mulher, administração de propriedades, política, religião, casamento, erudição, tudo de forma leve, as vezes irônica. Até os personagens que aparecem em duas ou três cenas tem muito contorno e complexidade. A autora criou um microcosmo muito poderoso. No final da leitura você consegue abrir discussão sobre praticamente todos os personagens apresentados. Suas escolhas, seus pensamentos e sentimentos. É como se Middlemarch nos trouxesse um senso crítico do coletivo. Um novelão dos mais bem escritos que eu já li. Já virei fã da autora.
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jota 23/12/2014

Mary Ann, mas pode chamar de George...
Tudo é grandioso no livro de George Eliot – ou Mary Ann Evans (1819-1880): são 877 páginas, 86 capítulos, mais de 30 personagens, cerca de uma dezena de tramas e muita coisa mais. Middlemarch é tida por críticos e estudiosos de literatura como uma obra fundamental para quem deseja obter um panorama geral da sociedade inglesa no século XIX.

Ou então para acompanhar o que acontece com pelo menos sete personagens singulares do livro: Dorothea Brooke, Edward Casaubon, Will Ladislaw, Rosamond Vincy, Tertius Lydgate, Fred Vincy e Mary Garth. São eles os protagonistas dos encontros e desencontros amorosos da saga de Eliot. Pois no fundo é isso mesmo o que mais interessa a muitas leitoras e leitores, não?

Middlemarch tem de tudo um pouco, tanto que sobre a obra escreveu o notável Henry James: “é uma pintura ampla, profundamente colorida, cheia de episódios, com imagens vívidas, com golpes de mestre ocultos, com brilhantes duelos verbais...” Sim, mas certamente, como alguém já apontou, todo livro muito extenso acaba apresentando trechos ou capítulos inteiros que aborrecem um pouco o leitor ou pouco lhe dizem. Aqui também acontece isso, mas em pequena escala.

Para quem aprecia outros autores ingleses da época, como Charles Dickens ou Jane Austen, pouco da literatura deles vai ser encontrado neste livro. George Eliot surpreende o leitor com sua sagacidade e inteligência, com sua história adulta onde, se também há gente pobre e explorada e amores impossíveis, igualmente são oferecidas ao leitor possibilidades de leitura muito mais amplas do que essas.

A ponto de outra notável escritora, Virginia Woolf, ter dito que “Middlemarch fazia com que a maior parte dos outros romances ingleses de seu tempo parecesse destinar-se a um público juvenil.” Certamente Woolf não se referia a Dickens ou Austen, mas com essa sua advertência jogava luz sobre uma autora importante, nem tanto assim conhecida ou reverenciada pelos leitores como deveria ser.

Lido entre 24/11 e 23/12/2014.
Daniel 14/01/2015minha estante
Muito bom... Sempre quis ler, aguçou minha vontade!




Souza.Barbosa 09/09/2023

Sempre um segredo
Meu primeiro contato com a autora.

O livro é bom, porém bem lento a muitos personagens mas não há como se perder entre seus respectivos papéis pois sempre se relembra da suas funções.
Sim eu sei que eram edições lançadas por capítulo ( antigamente).
Mas diferente de Charles Dickens que a uma dinâmica em suas histórias este é de uma leitura mais lenta e muito descritivo e também repetição de diálogos...
Mas não é ruim, o desenrolar da história mostra uma heroína decepcionada com sua primeira escolha, pois via em uma pessoa o que faria por outra pessoa.
Esse é o erro do ser humano né, achar que todos tem as mesmas intenções que nós. Mas a sempre uma segunda chance para aqueles que são bons aos outros não por obrigação mas por pura prazer da felicidade alheia.
Os outros personagens as histórias são boas tbm
Pena que o médico infelizmente foi envolvido de maneira degradante em uma rede de mentiras, a esposa dele apesar da criação dela ser elevada se mostrou não fraca mediante a situação,mais leviana com os sentimentos dos outros.
Chega kkkkk
Leiam
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JanaAna90 08/08/2022

Uma vida provinciana ainda presente no presente
Sempre que me despeço de um livro, ao final de sua história, fica um saudosismo; daquilo que vivi, que sonhei, que me transportou para um outro lugar; fica a saudade daqueles que conheci, daqueles que amei, daqueles que tive raiva, repugnância, daqueles que me fizeram rir, chorar, pensar. Assim está sendo com Middlemarch, onde o estudo de George Eliot da vida provinciana, se confundiu com minha vida e a de tantos outros que tiveram a oportunidade de ler.
Um livro marcante pela forma de abordagem da autora, com personagens parecidos e que se confundem com a nossa própria vida; talvez por isso, nos deixa impressões tão profundas.
Diferente de outros livros, aqui o que me frustrou foi a objetividade na narração dos fatos, como por exemplo, ela fala sobre o amor de duas pessoas em seu início e daqui a pouco já fala que os dois se casaram, e eu como assim? Cadê os preparativos? Cadê tudo mais (Hahaha). E foi assim por toda a história, mas nem por isso perde sua importância e beleza.
Conhecer personagens como Dorothea, Will, Lydgate, Rosamund, Mary, Fred, e tantos outros, com seus disabores e felicidades nos transporta ao mundo criado pela autora.
Confesso que, no começo, até quase a metade do livro, imaginei que jamais iria lê-lo novamente, mas de forma prazerosa Eliot me surpreendeu a ponto de concluir a leitura e ter a certeza que irei ler novamente e ter mais cuidado com o início da leitura.
De fato, o livro foi bastante cativante, no final das contas. Só tenho a dizer que todos deveriam ler Middlemarch, pelo menos uma vez na vida.
Não falarei aqui das raivas que passei com o povo fofoqueiro, mesquinho, preconceituoso e que gosta de difamar e falar da vida alheia que é o povo de Middlemarch. Não falarei por fim, dos amores surgido da dor, dos amores nascidos da futilidade do ser, dos amores egoistas; digo somente que vi, ouvi, senti, chorei, tive raiva e sofri com cada história que por mim passou, de forma tão rápida, esse mês.
Que essa leitura nos inspire a uma vida mais simples, com mais amor, menos mexericos, mais felicidades.
E só para não concluir, leiam Middlemarch.
13marcioricardo 08/08/2022minha estante
Esse é um clássico, lendo a sua resenha se percebe o por quê ??


Guilherme.Augusto 09/08/2022minha estante
????????




Dri 27/09/2022

Inesquecível
Admito que no início da leitura as constantes considerações filosóficas e intelectuais da autora me incomodaram um pouco e tornaram a leitura monótona. Quando os personagens começaram a ser definidos e comecei a entender os desdobramentos da trama a leitura foi ficando cada vez mais prazerosa e era difícil parar de ler. A contextualização é impecável e me senti uma moradora de Middlemarch. Tive dúvidas sobre os principais casais da história e cheguei a cogitar que não terminariam a história juntos. A profundidade com que cada personagem foi caracterizado é impressionante e justifica a grandiosidade de George Eliot. Os preconceitos de classe, o papel da mulher e suas limitações na sociedade da época, e as regras sociais que muitas vezes condenam pessoas à uma vida infeliz foram expostas de maneira genial. Nunca me esquecerei dessa história. Levarei os fracassos e as vitórias dos personagens de Middlemarch comigo para sempre.
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@livrosdelei 08/09/2022

Que tal uma viagem por Middlemarch?
Meu primeiro conselho para essa viagem é se preparar para imprevistos. Middlemarch é um local em que não se deve criar expectativas, pois seu planos possivelmente darão errado. Essa sensação de ?dar tudo errado? permite com que os personagens se desenvolvam brilhantemente e desafia o leitor. Isso não é fácil, mas estamos em boas mãos com Eliot, que faz esse desafio ser uma experiência enriquecedora.

Parte desse mérito se dá pelo fato dos personagens serem humanos: ninguém é 100% bom e nem 100% mau. As heroínas e os heróis falham em algum momento, ainda que depois tudo ocorra bem (ou não rs). Penso que a sensação de decepção ocorre por conta da grande ambição de alguns moradores de Middlemarch.

O clima de Middlemarch é de mudança e pressão social. A origem das famílias conta muito para a reputação na sociedade. Então, se a sua origem não é conhecida, não recomendo a viagem para lá.

Além disso, Middlemarch se passa durante um período tumultuado na história inglesa, quando mudanças políticas, científicas e a própria industrialização causaram um grande impacto no país.

Os moradores de Middlemarch se opõem inflexivelmente à reforma política e científica, tanto pelo medo da mudança quanto pelo apego a modos de vida antigos e disfuncionais. Essa oposição intensifica a impressão de que eles são uma comunidade retrógrada, desconfiada de mudança e progresso ? mesmo que isso possa beneficiá-los.

Senti que Middlemarch foi uma ancorada. Um livro que coloca os nossos pés no chão e faz a gente sentir que nem sempre a vida é linda e que nem sempre tudo é aquilo que sonhamos. Foi um livro divertido e, ao mesmo tempo, melancólico.
Carolina.Gomes 11/09/2022minha estante
???????? quero ler!!




Gabi 15/06/2022

Middlemarch, da Mary Ann Evans (George Elliot), traz uma história grandiosa - desde a trama ao seu tamanho. São diversos personagens que no decorrer de quase 90 capítulos representam a sociedade inglesa da época. Tive um pouco de dificuldade de entender a história em alguns momentos, como são vários personagens, várias coisas acontecem ao mesmo tempo. Mas gostei bastante da leitura e quero ler mais da autora. O livro exige um pouco de paciência, mas recomendo com certeza.
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Matheus Nunes 30/08/2023

Entre o romance e o estudo da província a vida acontece.
Bem, o que eu posso dizer da experiência em ler Middlemarch?
É um romance e ao mesmo tempo um estudo, uma tarefa complexa e nada comum, principalmente na época da sua publicação. Por vezes a autora valoriza mais os encargos e as necessidades da construção desse estudo do que da construção de um romance. E este livro é tudo menos um simples romance. Seus personagens são como que extraídos da própria vida cotidiana daquela época, eles são contraditórios e tempestuosos, serenos e românticos, e outros são qualquer coisa menos tudo isso. Não há como engessa-los e definirmos, tamanha foi a complexidade na construção de cada um deles.

Quando eu afirmo que Middlemarch é tudo menos um simples romance, e que há um favorecimento ao estudo da vida provinciana é justamente porque grande parte do livro é marcado pela ausência de algo como motor nas historias dos personagens que puxem o leitor e o deixem como que presos na narrativa. Não é também como se o livro fosse como uma obra de não-ficção, mas é que há momentos em que há apenas a vida na província e seus personagens, e a vontade inegável do leitor de terminar a obra. Um estudo de fato, e também uma obra prima.

É mais que notável o progresso da autora em sua escrita por entre os seus oito livros que formam o Middlemarch, se no começo da obra arrastei a historia como o estudo que ele é, ao final como acontece em um belo romance, já foi difícil dizer adeus a personagens tão queridos como Dorothea e Lydgate, construções inesquecíveis de uma obra irretocável.
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Vivi.Montarde 13/09/2022

Após 2 meses, enfim leitura concluída. A história que tem quase mil páginas e um monte de personagens, no início até confunde. Em muitos momentos, a leitura é arrastada e muitas páginas poderiam ser até retiradas. Mas apesar disso, a história em si, em sua essência, é muito boa. Então tenha paciência e continue.

A autora tem uma habilidade enorme em captar o comportamento e sentimentos humanos, fiquei muito impressionada com o desenvolvimento dos personagens e a história nos envolve de um modo que ficamos torcendo pelos nossos personagens preferidos. Até parecem reais, nenhum deles é 100% bom ou 100% mal. E até quando erram, o que ocorre com frequência, é porque estavam buscando acertar.
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Queridolivro0 17/08/2022

Romance de extremo valor literário?
Ler middlemarch foi uma maravilhosa experiência, nunca tinha lido nada da autora até então e posso dizer que sua escrita é impressionante.

George Eliote é pseudônimo de
Mary Ann Evans, romancista da era vitoriana que teve muito sucesso e influência em sua época tanto que teve muitos amigos no meio literário entre eles Charles Dickens,já da para ver que Mary foi uma celebridade em seu tempo.

Midlemarch foi um sucesso imediato, o livro foi lido no mundo todo e não é de se admirar pois nesse romance tem de tudo um pouco, romance impossível, intrigas, preconceito social entre outras coisas mais, é considerado uma pesquisa da época provinciana, na história acompanhamos os costumes da época, como era a vida em uma cidade pequena e acredito que devido à isso o livro não tenha um protagonista, para mim todos nesse livro é de extrema importância para o desfecho da trama.

Recomendo à você que leuia esta obra prima, é um verdadeiro tesouro.
AnaBa 17/08/2022minha estante
Muito bom




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