Carcereiros

Carcereiros Drauzio Varella




Resenhas - Carcereiros


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annacsfraccaro 15/09/2023

Violência é doença contagiosa
Drauzio Varella é um profissional e escritor incrível. Ele consegue abordar temas pesados e polêmicos com uma visão sensível e sem preconceitos.
No início pensei que a visão dos carcereiros seria bem diferente dos prisioneiros, mas no fim não o é, o que muda é o lado da grade.
Os carcereiros, muitas vezes, não trabalham na prisão porque querem, mas sim por necessidade. Trabalham em um ambiente totalmente hostil, convivem com violência, sofrem violência e ameaça e ganham super pouco.
Foi incrível mais essa experiência, abrir os olhos para uma realidade que quase não é conhecida. Ninguém se preocupa em olhar dentro da prisão, nem para os funcionários e nem para os prisioneiros. A prisão é um mundo esquecido e ignorado por todos.
Joao 16/09/2023minha estante
Terminei de ler 'Correr do Drauzio', e fiquei encantado com a maneira como ele conta as histórias. Com certeza, vou pegar os outros livros dele também. Parabéns pela resenha!


Fabio 18/09/2023minha estante
Adorei a resenha, Anna!!


Paloma 23/09/2023minha estante
Em breve lerei. Gostei da resenha.


annacsfraccaro 06/10/2023minha estante
Joao, já li dois livros dele e gostei bastante, o Drauzio escreve numa linguagem para todos, mesmo um tema específico


annacsfraccaro 06/10/2023minha estante
Fabio, que bom que gostou


annacsfraccaro 06/10/2023minha estante
Paloma, pode ler sem medo porque realmente é espetacular




Alê | @alexandrejjr 20/07/2021

Os cadeados invisíveis

A privação da liberdade é uma punição infernal e exclusivamente humana. Negar a alguém um direito que nasce conosco é a forma mais desumana que os homens encontraram para criar seu próprio purgatório.

Em "Carcereiros", segundo livro da trilogia do cárcere de Drauzio Varella, os leitores conhecem outro tipo de prisão. Conhecem uma prisão simbólica, trancada por cadeados invisíveis.

Os carcereiros das prisões brasileiras são funcionários públicos do baixíssimo escalão. Diferentemente dos engravatados do sistema judiciário, esses homens carregam a difícil missão de vigiar e controlar assaltantes, assassinos, traficantes e estupradores por salários módicos, alimentados pela necessidade, atormentados pelo medo. São eles que precisam ter, todos os dias, a temperança necessária para lidar com os párias sociais que todos nós preferimos esquecer. E depois desse desafio, tentar voltar à mundana rotina de suas casas.

O que Drauzio tenta fazer aqui é mostrar um pouco da coragem desses homens através das histórias coletadas ao longo dos encontros com esses profissionais, que ele tem orgulho em chamar de amigos. Homens simples, imperfeitos e demasiadamente humanos, mesmo convivendo tanto tempo com as piores cenas que a violência pode proporcionar. Homens que precisam de mais de um trabalho para não cair na desgraça da corrupção que infesta desde sempre as cadeias, sendo esse apenas um reflexo da própria sociedade. Homens que não negam os atos moralmente questionáveis que cometeram, afinal, não eram exatamente escolhas. São histórias que precisavam ser compartilhadas. E sorte nossa que foram pelas mãos de Drauzio, um humanista brasileiro como poucos que merecem tal reconhecimento.

A leitura de "Carcereiros", além de obviamente ser um contraponto à "Estação Carandiru", traz mais do homem e um pouco menos do médico no texto. Aqui temos um Drauzio Varella questionador e muito mais reflexivo e pessoal que no primeiro livro, um ponto interessantíssimo para os leitores.

Leia Drauzio. Leia sobre a desumanidade de estar e conviver com o cárcere. Mas não espere respostas, nem as simples e muito menos as complexas. Como todo bom livro, ele vai entregar perguntas. E isso basta.
Alana 20/07/2021minha estante
Importante reflexão, mas é de fato, sem respostas!
Acrescentarei "Carcereiros" na minha lista.


Brenda.Podanosqui 20/07/2021minha estante
Que legal. Pretendo ler esse tbm. Eu gostei de todos os livros que li de Dráuzio.


Juliana JRS 21/07/2021minha estante
Essa trilogia é excelente.


Ercilia 22/07/2021minha estante
Muito boa sua resenha. Depoimento sensível de um leitor atento. Quer ler.


Alice @leituras_da_alice 22/07/2021minha estante
Que resenha incrível! Não sabia que o Drauzio tinha escrito sob esse ponto de vista também. Eu conhecia o primeiro muito por alto, mas agora me deu muita vontade de ler eles.


Alê | @alexandrejjr 22/07/2021minha estante
Com certeza, Alana, ainda mais que estamos falando do Brasil;

Brenda, eu li dois dele e posso dizer com tranquilidade que são ótimos;

Juliana, estou no último livro da trilogia. É o que pessoal mais gosta, pelo que pude apurar;

Ercilia e Alice: agradeço pelos comentários carinhosos e pelo tempo dedicado à resenha. E pra reforçar: a trilogia do cárcere é um marco da não ficção nacional, vale a pena.




Erika 12/12/2012

Caranduru é superior...
Li o livro Carandiru há alguns anos atrás e achei Carcereiros uma leitura inferior. É um livro bom, rápido, bem escrito, mas nao teve o mesmo impacto que seu livro anterior. Esperava um aprofundamento maior das mazelas do sistema carcerário no país.
Douglasfc 04/09/2016minha estante
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Douglasfc 04/09/2016minha estante
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Rayane.Carvalho 13/04/2023

Realidade
Tanto em Estação Carandiru, quanto em Carcereiros, Drauzio tenta nos trazer mais pra perto desse sistema e tenta tirar a venda dos nossos olhos quanto aquilo que acreditamos que sabemos, mas não temos nem ideia.
Encontrei em Carcereiros um livro muito didático, necessário e completo para enxergamos a realidade que está distante (ou nem tanto assim) dos nossos olhos...
Bruna.Portoghese 13/04/2023minha estante
Estou lendo atualmente estação Carandiru, carcereiro e prisioneiras que também é deles , todos são incríveis!


Rayane.Carvalho 14/04/2023minha estante
Comecei o último da trilogia agora - prisioneiras - espero que seja tão bom quanto os outros dois!!!




cl4ndestina 13/01/2022

para além dos muros sociais?
a escrita do dr. Draúzio Varella é delicada, realçada com requintes de emoções vividas e introduz o leitor nesse ambiente tão marginalizado e esquecido socialmente.
não é uma leitura calma pois não se trata de um assunto que requer a perspectiva social comumente utilizada,
é crua, sucinta.

trata-se do cotidiano invisível, em diversas passagens, há menção do esquecimento, da marginalização e suas consequentes intempéries. Há uma visão do encarcerado em contraposição ao carcereiro que é indisposta pela literatura, pelo senso social, pela vida para além dos muros carcerários.

o Draúzio pontua de forma expressa todos os problemas e soluções mas tacitamente está todas as emoções vividas em quase 30 anos de atendimento voluntário no cárcere. Mediante sua escrita, é passível inferir um profissional recluso por sua profissão, refém de circunstâncias sociais e das péssimas condições trabalhistas que lhes é imposta.

parafraseando o [ilustre] autor: ?o homem é o conjunto dos acontecimentos armazenados em sua memória e
daqueles que relegou ao esquecimento.?
e é honrável conhecer pela sua ótica essa escória, expoente de descaso e consequente esquecimento, da sociedade.
Daniel.Miranda 13/01/2022minha estante
Vou por na lista.




Letícia 20/06/2022

Maravilhoso, como os outros
?Carcereiros? encerrou com chave de ouro a trilogia do Drauzio Varella. Uma coisa é você encarar o dia a dia no presídio como um detento. A outra é você ser um carcereiro.

São pessoas que vivem com medo e que precisam aprender a se adequar às leis do crime para se sentirem seguras.

São ?agentes da lei e da ordem? aclamados pela população, que mal sabe que muitos deles dariam tudo para não estar mais ali.

Drauzio conta histórias muito emocionantes. Parece que ele já viu de tudo.
Marcelo217 20/06/2022minha estante
Tenho muita vontade de ler esse




Ricardo 18/11/2012

Endurecendo a carcaça
De fato este livro é daqueles que você começa a ler e não para mais, a narrativa de Drauzio é precisa sem exageros e com uma ironia fina. Ele não tem a pretensão de um Paulo Coelho em se sentir Hesse, o ídolo dele é na verdade Tchekov, também médico e escritor, mas a realidade nua e crua é as histórias espetaculares são impressionantes. Vale a leitura não só pela narrativa mas também para uma reflexão sobre a desumanidade dos presídios, a ineficácia das leis penais brasileiras bem como o salário indigno e as péssimas condições de trabalho que os carcereiros, no caso agente penitenciários, atuam os tornando verdadeiros heróis.
Elizabeth 17/12/2013minha estante
O que eu achei mais "legal", é que ele conseguiu dissecar o ambiente carcerário, as expressões, o cotidiano. Quem trabalha em cadeia se identifica imediatamente! E o interessante é que ele conta tudo, como se estivesse declamando uma poesia...




Gizele 23/07/2021

Carcereiros traz a visão do agente penitenciário.
Mais uma vez Drauzio me ensinando coisas através de suas obras. Eu gostei tanto quanto Estação Carandiru. Te faz refletir bastante. E entender como as mudanças no mundo do crime e do cárcere ocorreram ao longo dos eventos.

Eu acredito que é impossível um mundo igualitário e as mesmas oportunidades para todos. Nesse caso, eu só queria que fosse menos desigual, só pra algumas histórias serem diferentes devido essa diferença abismal.
Rinaldo.Sousa 23/07/2021minha estante
Adorei!




Marcianeysa 12/10/2023

Maravilhoso
Além de um ser humano incrível e médico respeitado, Dr. Drauzio escreve muito bem. Gostei bastante do livro, tem histórias maravilhosas e reflexões sobre a falência do sistema carcerário brasileiro.
Daniela 19/10/2023minha estante
Escreve mesmo. A leitura flui com facilidade!




PorEssasPáginas 11/03/2020

Drauzio Varella merece o título de “melhor pessoa” e isso não é um meme. Em um mar de insanidade, ele é o homem mais sensato desse Brasil, tão insano ultimamente. Vê-lo falar em seu canal do Youtube me traz paz (além de informação, é claro). Já ler seus livros me traz reflexão – sobre a sociedade brasileira tão doente, sobre a nossa triste desigualdade social, sobre a vida nas periferias e sobre a vida dentro das cadeiras, principalmente. É curioso, mas estou lendo sua série sobre as prisões brasileiras de trás pra frente – comecei com o indispensável Prisioneiras (resenha) e agora li Carcereiros, tão bom quanto, mas essa ordem maluca não compromete a leitura, fiquem tranquilos (para quem é rebelde como eu ~risos~). Esse último, uma obra com histórias de agentes penitenciários, é mais uma obra rica em histórias de homens anônimos que arriscam suas vidas diariamente e conhecem o que há de mais terrível na humanidade.

Fascinado desde criança por histórias de bandidos, Drauzio cresceu para se tornar um médico dedicado, que há muitos anos atende dentro de cadeias de São Paulo em um trabalho humanitário importante e dificílimo. Ali, ele vê muita tristeza e violência, o pior da humanidade, mas também vê o melhor dela; a solidariedade, a amizade e o desprendimento – tanto de agentes penitenciários quanto até mesmo de presos. Mas seus livros nunca são sobre ele mesmo: o autor fica à vontade sendo apenas o contador das histórias dos verdadeiros protagonistas, esses personagens anônimos, que se arriscam, ganham pouco, fazem bico, mas todos os dias são encarcerados mesmo sem terem cometido nenhum crime.
(...)
Ler esse tipo de crítica social, nas palavras embasadas e pacientes do autor, nos faz refletir sobre como nossa sociedade está doente, em como estamos fechando os olhos para as questões mais cruciais da situação do nosso país. Construir um Brasil menos desigual, preocupar-se com as camadas mais humildes e também com os presidiários, além de ser uma questão de direitos humanos também afeta o modo como todos vivemos. Já passou da hora de acordarmos para o fato de que é exatamente a desigualdade social que gera tamanha violência e infelicidade. Não há progresso em um país onde todos não tenham as mesmas condições de terem uma vida digna.

Resenha completa no blog!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-carcereiros
Cristian 11/03/2020minha estante
Nossa! Impressionante. Bela resenha, a propósito. =)




Janice 26/01/2014

"Uma cadeia obedece a leis e códigos de conduta próprios, e um tênue equilíbrio de forças mantém a ordem entre os dois lados das grades. De um lado, os presos, frequentemente apinhados em condições subumanas, esquecidos pelo poder público. De outro, os agentes responsáveis por vigiá-los.”
Como não se emocionar lendo Carcereiros? Ao mesmo tempo em que me deixava tensa ao acompanhar relatos de briga, impossível não dar gargalhadas (“Calma, meninos, calma, meninos.” – página 47).
O livro impressionou-me várias vezes através das demonstrações de solidariedade, companheirismo, crueldade, corrupção, ódio. Assim como me deu cutucadas ao tratar de assuntos como tortura (bandido bom é bandido morto) e trabalho prisional (que empresa tem interesse em empregar presos?).
Drauzio Varella nos leva novamente ao submundo do sistema prisional brasileiro e nos coloca no lugar daqueles que sem usar arma de fogo conseguiam manter a ordem e controlar mais de mil prisioneiros sob sua responsabilidade.
Cinco estrelas. :)
LUA 01/02/2014minha estante
Nossa, Janice deve ser muito interessante.
Gosto de relatos verdadeiros.
Ótima resenha,
bjs,




Albert 26/11/2012

Recebi o livro pelo sistema de cortesia e depois disso praticamente li em 1 dia. Livro de 4 estrelas apesar de nao ter nenhuma critica negativa. Livro que mostra uma visao social diferente das penitenciarias, mas que em certos momentos parava de ler para rir das situaçoes mostradas(ainda mais no capitulo do Sombra), nao tinha expectativa nenhuma e acabei adorando a leitura.
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Maria Laura 24/04/2024

Carcereiros
O poder que o Drauzio tem de colocar em palavras uma realidade tão complexa e fazer com que ela seja sentida no fundo do peito é impressionante. Cada história desse livro te toca de um jeito e o fato que um único homem consegue reunir tantas histórias de tantas pessoas mostra a empatia que ele tem e a coragem de defender aquilo em que acredita. Drauzio é um homem fenomenal.
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João Ferro 07/02/2013

Carcereiros, escrito pelo médico Drauzio Varella, trata-se de uma narrativa não linear que retrata o dia-a-dia nos presídios paulistas. Nesse livro, com a mesma linha de Estação Carandiru, o qual ainda não li, Varella reproduz histórias contadas por agentes penitenciários e outros episódios pelo autor presenciados. Mostra-se uma compilação de acontecimentos relativamente isolados, mas que possuem vários pontos de semelhança: a rotina dos presídios marcada pela violência, falta de condições, superlotação, “lei da selva”, mentira, regras paralelas do submundo. Expõe a maneira pela qual os servidores que trabalham na carceragem ingressam no Serviço Público sem o menor preparo, a insuficiência do contingente de carcereiros diante de uma massa carcerária multitudinária e os baixos salários. Testemunhos os quais demonstram o ser humano cheio de medo e de defeitos por trás de um carcereiro. Desmascara a hipocrisia do “lugar de preso é na cadeia” diante da celeuma que se tornou a questão da violência no Brasil. Ótimo livro, muito bem escrito, que nos tira da zona de conforto literária e fantasiosa, demonstrando uma realidade que, se não vemos, não queremos enxergar, simplesmente porque incomoda, mas que dói e repercute quando estoura. Recomendo.
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