Deixa Ela Entrar

Deixa Ela Entrar John Ajvide Lindqvist




Resenhas - Deixa ela entrar


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Cassia 08/10/2015

O título desse livro é uma sacada sensacional: afinal, entre os muitos mitos envolvendo os vampiros, está aquele que diz que estas criaturas somente podem entrar em um ambiente caso sejam convidadas pelo dono da casa. E um dos personagens principais do livro - Eli - seria um vampiro que, por uma total casualidade da vida, acaba indo parar em um conjunto residencial onde interage com o jovem Oskar. Outras histórias acontecem paralelamente, onde personagens aparentemente sem nexo acabam se ligando e interagindo, entre um momento e outro.

De uma forma geral, é um livro muito bem escrito. Porém, se você está procurando uma história de vampiros nos moldes tradicionais, esta, positivamente, não se encaixa nessa categoria.

Claro, há sim momentos mais vampirescos, porém, poucos e mais concentrados e dinâmicos na parte final do livro. Mas a narrativa é repleta de outros "vieses vampíricos": pessoas desiludidas que se unem em suas solidões; crianças (uma aparente face da pureza) que se comprazem em fazer os mais fracos sofrerem; gente carente que abre mão de sua individualidade em nome de sentimentos confusos; pais perdidos na criação de seus filhos, e na busca de sua felicidade individual, entre outros. Seres humanos ligados por fios confusos, com uma forte carga melancólica.

Para mim, o único ponto fraco está no ritmo narrativo. Exageradamente lento, a história demora muito tempo pra engrenar, e há uma ênfase meio grande demais em alguns personagens mais secundários, enquanto o vampiro em si é apresentado de forma meio difusa. Vencido esse obstáculo, a leitura se torna mais empolgante.

Uma boa história, pra quem está interessado em ver uma abordagem diferenciada de um personagem clássico.
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Makan 22/08/2015

Uma obra sobre vampiros "reais"
Oskar, adolescente tímido e desajustado, enfrenta a difícil situação de ser uma vítima constante de bullying, as humilhações arrasam sua autoestima, porém sua vida sofre uma guinada quando Eli, uma vampira de visual andrógino e acompanhada de um homem de meia idade, chamado Hakan, passam a morar em sua vizinhança.
Oskar passa a desenvolver uma relação quase simbiótica com Eli, a qual é benéfica a ambos, para ele reforça sua confiança a ponto de se opor a seus colegas de escola, a criatura lhe devolve a vivacidade da idade que aparenta, enquanto isso Hakan comete crimes, já atribuídos a um assassino serial, para prover a necessidade de sangue dela, enquanto tenta evitar que sejam descobertos.
Esse é um livro sobre vampiros tradicionais, pelo menos quanto a características como não brilharem como cristais no sol, nesse livro eles queimam e precisam de permissão para entrar em um recinto, mas incomuns no ponto de Eli ter a fisionomia pré adolescente, e uma ambiguidade quanto ao seu gênero, pois para Oskar a criatura é uma menina e para Hakan é um menino.
Os personagens são reais e não idealizados, apresentam defeitos e motivações egoístas como qualquer pessoa, o fato de eles serem críveis facilita o envolvimento do leitor, a ponto de ser quase impossível não torcer pelos destinos de Oskar e Ely.
A narrativa é crua e não poupa o leitor, apresentando fatos marcantes como ocorrências de bullying, personagem pedófilo e perda da inocência, por desenvolver a contento os protagonistas nos possibilita sentirmos suas angustias, como os textos que descrevem as experiências iniciais de um vampiro, descobrindo sua condição e suas necessidades e, ainda, acompanhar as frustrações e dramas da existência de um vampiro pela visão de Eli. A descrição dos fatos, lugares e pensamentos, nesta obra, ocorre na medida ideal, concedendo um ritmo envolvente aos capítulos.
Deixe ela Entrar trata-se de um livro impossível de ser indiferente, com personagens verossímeis, surpreendentes e intensos, submerge o leitor num universo que se apresenta cruel, mas ao mesmo tempo terno e pueril, quando mostra a relação entre Oskar e Eli, sua escrita coesa e direta nos presenteia com um drama sombrio, que inicia com a promessa de um grande enredo e encontra seu termo com um desfecho que não decepciona o leitor, em suma uma obra completa.
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Andrea 07/08/2015

Bestialidade humana e o fantástico na figura do vampiro
Deixa ela entrar é um livro que fala sobre vampirismo e bullying de maneira crua, objetiva e, ouso dizer, bruta, sim, esse não é um livro para crianças, apesar de ser protagonizado por uma, e não é um livro para quem está acostumado com YA dentro das temáticas citadas acima. Nesse livro veremos a natureza humana desmascarada em toda a sua crueldade e bestialidade, não ficando claro para nós quem são os verdadeiros monstros, porque na verdade "de médico e louco, cada um tem um pouco"...
Oscar é um garoto de 12 anos que sofre de problemas urinários sérios e muito, muito nojentos, desculpem - me a digressão, mas as cenas em que ele mexe na "esponja" me causaram imenso nojo e pena também, eu só conseguia pensar: - Credo, tadinho! Ele vive sozinho com a mãe, pois seus pais são divorciados, e tem uma vida de merda, de MERDA mesmo, pois além de ter o referido problema urinário, Oscar é gordinho, quieto, bom aluno, introspectivo, com pais ausentes, logo, uma vítima excelente para o bullying, e aqui, minha gente, o terror físico e psicológico é extremo, as coisas que os "colegas" de classe fazem com Oscar, são horríveis, por falta de outro adjetivo, eles torturam o menino simplesmente pelas características que eu já citei! É rídiculo, revoltante e ainda assim, real.
No entanto, a vida do menino muda quando ele conhece "Eli" em uma pracinha próxima a seu condomínio, ele fica muito curioso porque a Suécia está sofrendo com o inverno mais rigoroso de sua história e a menina está descalça, com uma camiseta e só, sem falar na sujeira e no cheiro de podre que emana dela.... Sim, Eli é uma vampira-criança, possivelmente com a mesma idade de Oscar, ela existe em toda a essência do vampiro clássico: alimenta-se apenas de sangue, não pode expôr-se ao sol, não entende a humanidade e procura não ter contato com ela, não cuida de sua higiene, enfim, vampira. As duas crianças iniciam uma amizade estranha, porque em alguns momentos Oscar faz com Eli um pouco do que ele sofre na escola, o que nos mostra que ele não é uma criança legal, se você pensou - Coitado do menino! - bem, ele não é um menino "bonzinho", muito pelo contrário, a única diferença entre Oscar e seus algozes é que eles tem coragem de fazer suas maldades e nosso protagonista não. Sem falar que Eli diz não ser nem menino, nem menina, ela diz ser "nada", deixando o garoto muito confuso.
Além disso, nós temos a figura de Hakan, pedófilo que vive com Eli e a "serve" coletando sangue - matando pessoas e animais, não roubando bolsas de sangue em hospitais - que é de longe a criatura mais repulsiva que há nesse livro! Sério, acho q a única coisa que o salva é sua lealdade à Eli, a quem ele chama de "meu senhor"...
Outra coisa que é preciso dizer sobre Oscar, é que ele é humano, não é 100% bom ou mal, e em alguns momentos demonstra ingenuidade infantil, como no capítulo em que pergunta a Eli se ela quer "ficar" com ele, essa é uma das cenas "bonitinhas" entre os dois, que ajudam a quebrar a atmosfera lúgubre que permeia toda a narrativa.
Além dessas, há outras personagens nesse livro, outros focos narrativos, a história de Oscar e Eli é importante, mas não é a única. Vemos a cada capítulo o comportamento de determinada personagem e o que está acontecendo com ela, até que no fim, tudo é concluído em um final que nos deixa com a seguinte indagação: - O que acontecerá com Oscar?
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Leca 07/08/2015

Incrivelmente perturbador
Não é o tipo de livro que estou acostumada a ler. Mas se você pensa que é mais um livro sobre vampiros, se engana.
Este livro não é sobre vampiros. É sobre o ser humano. Sobre suas fraquezas e defeitos. Sobre o lado negro que todo mundo tem, mesmo que profundamente escondido.
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Adriano 30/06/2015

Considerações sobre "Deixa Ela Entrar" (John Ajvide Lindqvist)

Sabe aquela sensação de término de relacionamento? quando você acha que nunca mais conseguirá ser feliz com outra pessoa?
Pois é... assim que me senti após terminar o livro "Deixa ela entrar", do escritor sueco John Ajvide Lindqvist.
Oskar é um menino de 12 anos que se aproxima de Eli, uma criança vampiro. Antes que lembrem do conceito vampiresco da saga "Crepúsculo", posso afirmar que em nada se assemelha.
Aqui teremos perspectiva mais real e assustadora destas criaturas.
Mas a estória não gira só em torno da natureza desses seres, é acima de tudo, um relato de sobrevivência numa sociedade opressora e hipócrita. Personagens instigantes, amor sem pieguismos, relações complexas e cenas memoráveis nos conduzem a um encontro face a face com o lado mais sombrio do ser humano.
Isso aqui não é nem um centésimo das abordagens existentes neste livro.
Com certeza um dos melhores títulos da minha estante. Recomendo fervorosamente!
Se você curte suspense, investigação policial, e não tem "nojinho", faça igual a mim: deixa ela entrar.


Em 2008 também foi lançado o filme sueco, extremamente fiel ao livro e bem melhor que a versão posterior americana. Vale muito a pena conferir!

site: http://adrianorb10.wix.com/gatodearmazem
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Diego 28/05/2015

Comparações lindas... não é bem uma resenha, só uma dica
Uma vez um colega meu me perguntou: "cara, pra ti que curte, qual a diferença entre death e black metal?" Eu respondi: "primordialmente, a letra". Expliquei que: Black metal= "eu odeio Jesus Cristo", Death metal= "eu passo a minha vida estuprando crianças mortas".O tempo passou e não curto nenhuma das vertentes mais, enfim...uso essa analogia para a resenha (que não costumo fazer muito) de Deixa Ela Entrar.

E é por isso que o livro Exorcista choca, O Exorcista está para o Black Metal, assim como o Death Metal está para o Deixa Ela Entrar. É um livro pesado, forte, cru, bizarro...porém excelente. Se você não tem estômago forte, não aguentaria nem até a página 100 de Deixa Ela Entrar, e se você é mente fechada, talvez ler esse livro seja ótimo, pra ter um ataque cardíaco.

É sério, existem temas ali... que são abordados de forma...diferente, você entra na pele de vários personagens, e um deles, é um pedófilo. Bullying, pedofilia, relacionamento gay, frustrações pessoais, dramas da vida adulta, escolhas de vida - isso é mais grave do que aparenta para os jovens, trust me-, delinquência juvenil, separação, ACEITAÇÃO de si/do outro, uso de drogas, juventude desviante, em nome de Cristo, TEM ATÉ A PARTE "NEGRA" DA EUROPA no livro (coisas que acontecem, mas preferimos... bom, não temos conhecimento disso, mas toda hora acontece, deep web é um exemplo).

Se você viu o filme, provavelmente, adorará o livro (e passará a odiar o filme, que não retratou nem 60% da história, mudando personagens e a sensibilidade do livro).

Não há heróis na história, o personagem principal não é BEM um herói, bem pelo contrário, tá mais pra vilão (moralmente falando) da sociedade "de bem". Enfim, eu recomendo esse livro, se você leu Stephen King (o estupro da menina em Sob A Redoma, a criança morrendo em O Cemitério - pior cena até então que já tinha lido), você lerá esse livro e dirá: PUTA QUE PARIU, SÓ TEM DOIDO NESSA PORRA!

Enfim, boa leitura para os que quiserem se arriscar, eu me arrisquei, não me arrependo, um dos melhores livros que já li.
Carol 26/05/2016minha estante
Puxa, olha o spoiler de Stephen King...




TAIS.COUTINHO 24/04/2015

bom e apavorante
Essa história se passa na Suécia dos anos 80 e fala sobre Oskar, um garoto sem amigos que sofre bullying diariamente na escola. Um dia uma menina se muda para o apartamento ao lado do seu e aos poucos uma amizade vai se formando entre os dois. O nome dela é Eli e ambos tem a mesma idade Porém, o que Oskar não sabe é que ela esconde um segredo assustador.
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Marselle Urman 09/04/2015

So so
Uma fábula mediana. Com um estilo de escrita pueril (até aí sem maiores problemas), a primeira parte do livro é conduzida de uma forma que consegue ser só mesmo tempo juvenil e monótona.

A segunda parte melhora...um pouco. Só tem duas cenas interessantes (Virginia X gatos e Tommy X Hakan) e aquele final romântico, chato e tão "conto de fadas" quanto a saga Crepúsculo.

Enfim, deu pra ler até o final.
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T. 17/02/2015

Adorável e... Pesado.
É um livro maravilhoso, mas a pessoa deve ter uma mente aberta e um estômago forte, pois algumas passagens do livro são eticamente erradas. Mas devo dizer que a relação entre o Oskar e a Eli é de uma forma tão encantadora e adorável, que nem percebemos quantas páginas já se passaram. Eu recomendo!
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erosgmmj 26/01/2015

Impactante, aterrador e ao mesmo tempo...
Mágico e delicioso!

Uma história digna do legado dos vampiros!

Confesso que pela 1º vez, depois de assistir a uma obra cinematográfica, me senti imensamente tentado a ler o livro que deu origem a obra.

E valeu muito a pena! Recomendadíssimo!
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Fabi 16/09/2014

até que enfim um livro de vampiros em sua essência
Desculpa quem gostou da saga Crepúsculo, mas vampiro que é vampiro não entra em lugar nenhum sem ser convidado, bebe sangue humano, não é fofo e não brilha na luz do sol e sim QUEIMA.

É um livro denso que trata de assunto pesado como pedofilia, e ninguém é santo, pode-se dizer que alguns são tão iguais ou piores que os seres da noite descritos nele. Podemos até refletir sobre o comportamento humano. Enfim, vale muito a leitura. Super recomendado. Apesar dos personagens principais serem crianças nada é fofo ou lindinho.
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meiriellen 08/09/2014

Excelente.
Gostei da edição, do material, da capa, da impressão, tudo. Nota 10.
A história conheci o filme, mas o livro é excepcional. Nota 10.
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Vitor850 24/08/2014

Deixa ela entrar
Não irei fazer um pequeno resumo do livro aqui por que tudo o que acontece no começo do mesmo está na sinopse acima, então se eu falar serei repetitivo. Só alguns personagens não estão na sinopse, e que no começo não possuem muita importância, mas que no decorrer da história ganham um "papel principal", se posso dizer assim, e são muito importante no final do livro. Para saber mais, leia o livro. Lacke é um desempregado que vive de bicos e das coisas que vende, como por exemplo uma coleção de selos que vende aos poucos, e possui três amigos que bebem igual a ele quase todos os dias. Também há Virginia, a única mulher do grupo, e Lacke é apaixonado por ela e ela por ele. Eles já tentaram morar juntos, mas não deu muito certo e ambos se encontram casualmente. Não quero falar muito porque senão eu conto Spoilers que acontecem logo nas primeiras aparições de Lacke e sua turma.
O livro possui vários pontos de vista, POV, o que eu acho bom, assim a gente sabe tudo o que está acontecendo ao redor de todos esses personagens, Oskar, Eli, Håkan, Lacke, Virginia e alguns outros que possuem um ou dois POV somente, e também temos trechos de jornais, tanto físicos quanto eletrônicos ou televisivos. Mas o que mais me impressionou no livro foi o autor dizer coisas sobre bullying sendo praticado com o Oskar, o que me deixou um pouco incomodado e pensando como isso deva ser horrível para uma pessoa que sofre isso, e sobre a pedofilia, que em uma cena é mostrada como isso ocorre, uma cena realmente chocante e que tem que ter um estômago forte para isso, por que alguns seres humanos tem a capacidade de fazer isso e como essas crianças conseguem isso, realmente uma cena pesada e perturbadora; tudo isso sem pudor, a intenção de Lindqvist é chocar o leitor para dois maus que assolam a humanidade nos dias de hoje, o bullying e a pedofilia. Também temos que levar em conta as drogas que o autor coloca no livro, mas isso é nada comparada aos dos item citados anteriormente.
O livro como um todo é incrível, com seus altos e baixos. Algumas cenas são intermináveis e maçantes, mas sempre vem seguidas de cenas incríveis com poucos detalhes mas que prende o leitor. Vale lembrar também que tudo ocorre no imensidão gélida de Blackeberg e seu entorno, o que dá um toque mais sombrio. Deixa ela entrar é um livro arrepiante, divertido, perturbador e sensível ao mesmo tempo, o que me fez gostar ainda mais. E se você tiver estômago forte, vale a pena a leitura.

site: http://guardiaodamuralha.blogspot.com.br/2014/08/deixa-ela-entrar-de-john-ajvide.html
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Bela Landim 01/08/2014

Deixa ela Entrar por Simplesmente Isy
Imagine um garoto, têm 12 anos, é perseguido por um grupo de valentões da sua escola, sofre bullying o tempo todo, é solitário, tem os pais separados.Seus passa-tempos: ler livros de terror e ficção, e colecionar noticias sobre serial killers.

Não parece tão distante assim da nossa realidade, e isso é provavelmente o que torna o livro tão assustador. Me faltam palavras para descrever tal obra prima do século XXI que desmaterializa a imagem do vampiro pop e volta a representa-lo como monstro, mas de uma forma curiosa.

" Diga que eu posso entrar ."

A possibilidade de seu novo vizinho ser um vampiro, ou quem sabe o melhor amigo do seu filho, talvez a namorada? Ou algo que assuste mais, quem sabe você não está andando a caminho de casa depois do trabalho, já escureceu e então você morre, atacada por um Serial Killer que quer o seu sangue para um vampiro ou até mesmo ser atacado pelo próprio vampiro?

Continua em:

site: http://vintagefluorescente.blogspot.com.br/2015/06/deixa-ela-entrar-john-ajvide-lindovist.html
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