Deixa Ela Entrar

Deixa Ela Entrar John Ajvide Lindqvist




Resenhas - Deixa ela entrar


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Higor 31/10/2016

Mínimos detalhes
Bom, não vou descrever a história do livro.

Vou direto ao assunto: é muito bom o livro. É a minha terceira experiência com autores Suecos.

O primeiro foi com o Stieg Larsson - Trilogia Millenium-, o segundo Jan Guillou - A Fábrica de Violência - e este foi o último "Deixe ela entrar". Bom, o que os outros têm haver com a história? A violência! O que mais me impressiona é que estes autores, oriundos de um país onde a violência é praticamente nula ou inexistente, retratam a forma mais baixa e vil do ser humano.

É um livro bom, bem escrito, dinâmico, pesado. O autor não poupa o personagem principal, a forma como ele sofre bullying é perverso, a descrição em determinados atos, lembrou-me a minha infância quando minha mãe matava a galinha degolada (um pouco de eufemismo para quem tiver curiosidade em ler o livro). Quando ela terminava, eu não conseguia comer o bicho.

Ao terminar o livro, você fica com vontade de continuar, pois o enredo é algo contínuo e muito instigante.
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Rosalba Moreira 29/10/2016

Ouvi falar muito bem sobre esse livro. Diziam que era tenso, que assustava e que tinha temas "pesados". Logo, me interessei.

A leitura fluiu bem. Mas fiquei esperando a parte em que eu iria ficar tensa, iria sentir medo ou qualquer outra sensação do tipo, mas não teve nada disso. É uma história de vampiro muito sem graça.

Pouquíssimas partes do livro foram, para mim, instigantes. A maior parte da história foi sem graça e quase tediosa, não fosse a escrita leve (pelo menos isso).

Os temas abordados no livro (pedofilia, bullying, vampiros) até poderiam fazer dele uma história muito boa, mas achei que deixou (e muito) a desejar.

Não é de todo uma história ruim. Porém, longe de tantos elogios como os que li e ouvi.
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suellem 09/10/2016

Deixa ela entrar
Oskar É um menino que sobre bulling na escola, constantemente É agredido por seus colegas. Com uma imaginação fértil ele coleciona artigos sobre psicopatas e sonha que está matando um dos mantandes do grupo que faz bulling. Quando uma família muito misteriosa se muda para a vizinhança coisas muitos estranhas começam a acontecer na cidade, mortes e sumiços. Oskar acabando conhecendo Eli uma menina bonita porém muito estranha e que só aparece a noite. No decorrer da história Oskar vai descobrir que Eli Guarda um segredo que vai mudar toda a sua vida.

Achei o livro bem interessante pois aborda temas como bulling, drogas e prostituição infantil. Em certos momentos o livro me causou um certo medinho. Apesar de grande a história é bem fluida. O que mais me incomodou foi as histórias de outros personagens que se misturavam nas histórias. E o autor detalha cada acontecimento passo a passo.
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Marina 13/09/2016

Esse livro foi uma ótima surpresa! Eu já tinha visto o filme sueco há alguns anos, e gostei bastante. O livro é ainda melhor porque nos dá muito mais detalhes sem censura dos personagens (o filme ameniza muitas coisas do enredo do livro)
Já li alguns livros sobre vampiros e esse foi bem diferente. A vampira é um ser aparentemente sem gênero (alguns personagens a enxergam como menina, outros como menino), mas que tem a forma de uma criança. E Oscar, o protagonista, também é um menino bem novo. Mas apesar disso, o livro aborda sem medo questões muito pesadas como pedofilia, prostituição infantil, bullying, homicídio e tem cenas muito gráficas e fortes. Ou seja, apesar da pouca idade dos personagens, o livro não tem nada de juvenil.

A narrativa, no entanto, é desnecessariamente longa, demorando-se em capítulos entediantes em muitos dos personagens secundários. Ele começa de maneira bem impactante, mas no meio o ritmo cai bastante, por isso dei 4 estrelas. Felizmente fecha de uma maneira bem legal, recomendo muito! Os filmes também são bons (tanto o sueco quanto o americano), mas para quem gostou da história, não deixe de ler o livro!
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Rafaela 04/09/2016

Assisti primeiro o filme sueco que apesar de ser ótimo e perturbador, o livro consegue ser muito mais.
Oskar é um garoto de doze anos, vive num subúrbio com a mãe e sobre um bullying violento na escola. A vida do garoto solitário muda quando conhece Eli no parquinho do seu prédio, Eli é uma criança franzina, que não sente frio, muito inteligente, mora com um senhor e é tao solitária quanto Oskar. Vários assassinatos estranhos começam acontecer e com um toque de sobrenatural, e Oskar começa a desconfiar que a estranha Eli pode estar envolvida.

A trama envolve vampiros mas de uma maneira bem diferente, menos fantasia e mais realista. O vampiro aqui não é sedutor, superpoderoso e sedutor. Ele é uma criança com uma aparência frágil, andrógina, precisa de ajuda para sobreviver e que vê sua condição como uma doença.


O mito do vampiro é usado por Lindqvist para mostrar como a infância pode ser assustadora. O bullying que Oskar sofre é perturbador, vai além de ser humilhado ou ignorado, seus agressores massacram qualquer atitude do garoto que dê a entender que ele existe, que não é invisível. Então responder uma pergunta do professor requer muita coragem e a certeza de que será castigado e com crueldade. O pior é que nenhum adulto percebe a angustia que ele vive, sua mãe trabalha fora e tenta ser presente mas Oskar consegue esconder tudo dela, é meio assustador pensar que seu filho pode passar por isso sozinho.

O livro é muito bem escrito, os personagens muito bem construídos ate os secundários receberam um cuidado especial, não estão ali como enfeites. Lindqvist fala sobre bullying, pedofilia, vicio, abandono de forma crua sem enfeites, então a leitura pode ser um pouco chocante mas vale muito a pena.
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Nessa 29/08/2016

Impressionante!
"Deixa ela entrar" é mais um livro fantástico escrito pelo autor John Ajvide Lindqvist. Posso dizer que pouquíssimas coisas são descritas no filme baseado na obra. Portanto, se você assistiu e acha que é o bastante, esqueça.

Como sempre, Ajvide nos impressiona em vários momentos, e a escrita é altamente rica em detalhes. A leitura flui conforme vamos nos envolvendo com os personagens, mesmo que em alguns momentos a leitura se arraste (nada alarmante). Mas tudo vale a pena diante da amizade de Eli & Oskar que é construída inesperadamente.

Sem dúvida alguma, uma leitura para os apaixonados do gênero suspense. Aqui, o sobrenatural é apresentado de forma singela e ao mesmo tempo perigosa.

Leiam, porquê o melhor de tudo está descrito nas linhas fantásticas de John Ajvide Lindqvist!
Carla Maria 29/08/2016minha estante
Vi o filme e me apaixonei... Com certeza irei ler... Adorei!!!




Helinton 12/08/2016

Quero saber mais...
Bom, eu sou daqueles que primeiro assistiram aos filmes antes de procurar o livro. Assisti as duas versões americana e sueca, afim de absorver o máximo de informação sobre a Eli e Oskar. Como era de se esperar o filme sueco mostrou mais coisas que o americano o que me deixou com mais vontade de saber mais sobre os personagens. Aí encontrei um site falando do livro, porém na época ele ainda não tinha sido publicado no Brasil, e o tempo passou e em uma das minhas pesquisas me deparei com o livro, comprei sem pensar. A edição da Globo editora esta ótima, muito bem feita. Falando do conteúdo, o livro é excelente, muita coisa que eu queria saber encontrei no livro, dúvidas foram tiradas e muita informação nova que eu tanto ansiava eu consegui. Eu era doido pra ler sobre a criação da Eli, e está lá no livro e também é bem mais explorado a relação do Oskar com seu pai. O autor tem uma ótima escrita, a leitura flui de uma forma tão boa, que quando vê já leu dezenas de páginas. Como sempre quero mais informações eu adoraria ler um livro específico da época da criação da Eli até um pouco antes do momento em que ela encontra o Oskar. Se gostam do assunto (vampiros) podem ler que vão adorar o livro.
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Ana 08/02/2016

Absurdamente bom!
O autor tem o domínio da escrita.
Tem violência e pedofilia. .descrita de uma forma seca, sem sutilezas.
O livro apresenta vários nucleos que se cruzam.
Personagens bem construidos e apesar de ter vampiro na história é tudo surpreendentemente verossímil.
De escrita fluida, o livro é sombrio e instigante.
Otimo livro..pra quem gosta do gênero: neste caso uma mescla de terror e suspense vale muitíssimo a pena.
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Ângelo Von Clemente 07/02/2016

Envolvente e deveras cativante
Admito que tive um receio abismal ao folhear este livro pela primeira vez, devido ao grande fascínio que sua readaptação cinematográfica sueca me proporcionou... Comprei-o no final de 2013, senão me falha a memória, e eu só tive a coragem de lê-lo em meados de novembro do ano passado. O ambiente retratado por Lindqvist é bem lúcido, te embala em uma letargia desde folheadas as primeiras paginas... A capacidade de descrição do autor causa um fascínio vivo, tanto das relações pessoais retratadas pelas personagens, quanto do meio em que eles vivem, somente lendo para ter uma visão mais clara do que digo. É um dos poucos livros da literatura contemporânea que me tocaram de verdade. O realismo crú e o contexto histórico são perfeitos para a ambientação do enredo... A conexão que existe entre os personagens transcende qualquer receio, vejo-a como legitima, e respeito profundamente qualquer um que demonstre apreço pelas demais obras deste autor. Ele consegue realizar com maestria a representação do absurdo, sem com isso recorrer a uma completa vulgaridade, é essa uma qualidade digna de consideração.
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Franco 05/02/2016

Vampiros sim, clichês não
Vampiros é tema batido. É tanto filme, e livro, e invencionices, e clichês, e paródias, que parece que andamos sempre em círculo. Como então sair da mesmice? Como escapar dos clichês hollywoodianos? Enfim, como recuperar aquele fascínio clássico que as histórias sobre gente que bebe sangue despertavam em nós? Bem, a leitura de Deixa Ela Entrar dá uma ideia bem consistente de como fazer tudo isso.

A obra traz elementos típicos do universo jovem e portanto poderia ser facilmente tida como obra pra público adolescente. É paixão, são as relações truncadas com os pais, é o bullying na escola, a turma chegada em drogas e práticas ilegais... E dando um toque fantasioso nisso tudo, vampiros. Entretanto, a obra aprofunda tudo isso através de personagens complexos e de um realismo surpreendente no modo como trata com a coisa dos vampiros.
Os personagens não são bons... e nem maus. Têm vícios, mas também virtudes. Acumulam fracassos e despertam a repulsa, mas do meio desse matagal repugnante brotam algumas belas flores. Assim é que o livro se choca com aquela nossa típica necessidade de vilões e mocinhos, o que torna a história bem mais densa do que uma simples narrativa que mira os hormônios em ebulição de seus leitores adolescentes. Isso se reflete no tratamento dado aos vampiros, que são descritos e aprofundados não como monstros, mas como uma doença, como gente que precisa lidar com a questão humana inescapável: como sobreviver? Ao invés dos clichês eternos e romantizados sobre vampiros, temos aqui o estopim para reflexões sobre empatia e ética.

O livro dá um tratamento particularmente interessante também ao bullying. Oskar, o protagonista, é, na verdade, alguém movido pelas consequências do bullying; e não fossem
as violências simbólicas e físicas que ele veio acumulando, toda a história simplesmente não aconteceria. Já o toque de paixão juvenil é suave e justamente por isso preciso.
Explora bem a beleza da inocência dos sentimentos, mas temperados por fatos brutais e violentos. Como ter uma primeira paixão quando essa primeira paixão é alguém que se alimenta de outras pessoas? Ao mesmo tempo em que a delicadeza dos sentimentos de Oskar nos rouba sorrisos de enternecimento, o futuro dessa incomum relação apaixonada
nos deixa apreensivos.

A forma com que o livro é escrito também facilita a imersão. Apesar de ter uma trama central bem definida, e um personagem principal muito claro, são vários os eixos secundários da história que, através de personagens auxiliares, vão construindo esse pequeno universo chamado Blackeberg (local onde a história se desenrola). E esses personagens secundários são bem construídos e encaixados. Não daquele jeito intimista e psicológico que abusa dos tendenciosamente entediantes monólogos; a construção dos personagens acontece por ações e atitudes, o que também contribui para dar a história um bom desenrolar - ora num jeitão de filme de ação, ora num estilo mais policial, mas sempre com uma pegada de suspense.

Enfim, para quem acha que já viu tudo sobre vampiros, tá aí uma boa e surpreendente pedida.
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Marcia Lopes 25/11/2015

O livro ? b?rbaro vale ler!
Literandos a sinopse já diz tudo, deixa bem claro que nem sempre a crueldade acontece por forças sobrenaturais, o ser monstruoso pode estar em cada um de nós.

Além de falar sobre vampiros, o livro nos desperta a uma realidade que até hoje é sempre comentada com indignação, porém quase nada foi feito a não ser dar nomes para se criarem projetos que só ficam no papel e/ou lembrados em épocas de eleição.

Por que estou dizendo isso; porque o livro relata o horror de ser sempre o alvo de brincadeiras maliciosas, perseguido, machucado tanto físico como emocionalmente... o chamado "bullyng" atualmente. Essa era a vida de Oskar, sem contar com um pai alcoólatra e uma mãe que precisa trabalhar o tempo todo para o sustento da casa.

Se Oskar tem um "amigo" é Tommy, que se enveredou pelo mundo das drogas e com problemas familiares também , uma mãe que faz a famosa "vista grossa" viuva se apega a um policial, um pouco temperamental... Mas a amizade de Tommy e Oskar se dá somente pela delinquência.

Eli é seu melhor amigo, uma criança e um vampiro ,as diferenças e afinidades os levaram ao amor, seja sobrenatural e homossexual, não importa existia algo concreto entre os dois, além de confiança.

E por fim ainda nos relata de uma forma que enoja, choca, horroriza cenas de pedofilia...

Contudo temos os personagens secundários, senhores de uma cidade pequena, com suas solidariedades e entendimentos.

O livro é bárbaro vale ler!

Uma coisa que achei interessante e irônico é que para um vampiro entrar na sua casa pra te fazer mal ele tem que ser convidado.
Aí fiquei pensando será que de alguma forma não fazemos isso, ao fechar os olhos a todos esses nomes dados a maldade?

site: http://www.mundoliterando.com.br/resenha-deixa-ela-entrar-john-ajvide/
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Vagner 16/11/2015

Mais um livro sueco de ótima qualidade que também gerou adaptações cinematográficas (DEIXA ELA ENTRAR filme sueco de 2008 e o remake americano DEIXE-ME ENTRAR de 2010). O que temos aqui é uma história de vampiros, mas nem um pouco convencional. Oskar é um garoto tímido que vive sendo atormentado pelos valentões da escola, mas nunca teve a coragem de enfrentá-los. Sua vida muda com a chegada de uma nova vizinha em seu prédio, Eli; uma garota estranha e diferentes das outras que conhece em todos os sentidos. Ao mesmo tempo um assassino em série aterroriza as redondezas e Oskar se vê cada vez mais fascinado com os crimes. Com o tempo é claro ele descobre que Eli é na verdade uma vampira (isso não é spoiler), mas o que ele sente é já é forte demais para se afastar da garota. O livro trás vários personagens coadjuvantes que não apareceram em nenhum dos outros filmes, e não são apenas meros coadjuvantes; eles complementam a história muito bem. Os flashbacks que Eli tem de sua infância e de quando foi transformada são inacreditáveis, pois revelam um segredo que os dois filmes resolveram deixar de lado, pois é algo bem polêmico (se não quer saber não procure sobre o livro na wikipédia!). Este livro é mais uma prova concreta de uma história de amor entre um humano e um vampiro, mas incrivelmente melhor do que aqueles vampiros que brilham no sol...
Mika 19/11/2015minha estante
Excelente resenha, me fez querer muito ler esta obra!


Vagner 20/11/2015minha estante
Esse livro é sensacional, totalmente fora dos padrões de histórias sobre vampiros. Ainda aborda a forma como eles são "criados" e com isso um grande twist do tipo blow mind




Perscrutador 08/11/2015

Excelente.
Um livro sobre vampiros cujos principais personagens não são vampiros. Pode ter um início meio lento mas, depois, a história fica interessante e você c3 vai querer terminar logo o livro. R3com3ndado para quem gosta de vampiros, e não fadas que brilham à luz do sol.
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Adriano 31/10/2015

Deixa Ela Entrar - John Ajvide Lindqvist
Sabe aquela sensação de término de relacionamento? quando você acha que nunca mais conseguirá ser feliz com outra pessoa?
Pois é... assim que me senti após terminar o livro "Deixa ela entrar", do escritor sueco John Ajvide Lindqvist.
Oskar é um menino de 12 anos que se aproxima de Eli, uma criança vampiro. Antes que lembrem do conceito vampiresco da saga "Crepúsculo", posso afirmar que em nada se assemelha.
Aqui teremos perspectiva mais real e assustadora destas criaturas.
Mas a estória não gira só em torno da natureza desses seres, é acima de tudo, um relato de sobrevivência numa sociedade opressora e hipócrita. Personagens instigantes, amor sem pieguismos, relações complexas e cenas memoráveis nos conduzem a um encontro face a face com o lado mais sombrio do ser humano.
Isso aqui não é nem um centésimo das abordagens existentes neste livro.
Com certeza um dos melhores títulos da minha estante. Recomendo fervorosamente!
Se você curte suspense, investigação policial, e não tem "nojinho", faça igual a mim: deixa ela entrar.
Em 2008 também foi lançado o filme sueco, extremamente fiel ao livro e bem melhor que a versão posterior americana. Vale muito a pena conferir!

site: http://adrianorb10.wix.com/gatodearmazem
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Aline 17/10/2015

Fascinantemente Grotesco
Janela Literária apresenta a resenha do brutal "Deixa ela entrar" do autor sueco John Ajvide Lindqvist:

Assustador, opressivo, manipulador. "Deixa ela entrar" é simplesmente uma obra épica do terror. E sim, aqui vampiros são realmente amantes de sangue humano e não deixam de sugar quando estão com vontade. Confesso que esse livro é tão denso, que me deixou absorta e enojada com alguns detalhes. Mas jamais culpo o autor pela sensação grotesca que senti, afinal, ele explora os pensamentos mais odiosos e inescrupulosos da alma humana, além de nos apresentar para um ser assustadoramente apático e tenebroso.

A narrativa é tão genial que consegue te puxar de uma forma extremamente intensa e sufocante. Eu confesso que me lembrou um pouco das obras de King. Primeiramente você é apresentado a um ambiente caótico e frio de Estocolmo e logo em seguida, você é apresentado por diversos pontos de vistas dos personagens que no final, se ligam de forma completamente fascinante e criativa. É um disparate dizer que esse tipo de narrativa não é algo extremamente interessante e me pergunto porque essas genialidades, a gente só consegue ver em livros de caráter de horror e suspense na maioria das vezes.

O livro tem uma linguagem crua, seca e pesada. Ele mostra com maestria as mazelas dos pensamentos dos personagens que aparentemente seriam adoráveis. Isso faz com que a obra engrandeça porque é intensamente realista. Uma realidade cruel e ambiciosa. Não há uma maneira de explicar de forma mais detalhada sobre o quanto o livro te joga na parede e te choca com a realidade podre dos seres humanos ali apresentados. A presença de um vampiro é o ponto menos chocante. O livro possui valores invertidos onde nos manipula, fazendo que a gente torça para que crianças sejam mortas ou que pessoas tenham seus glóbulos vermelhos sugados por um ser do submundo.

Oskar não é um personagem qualquer. O herói da história é uma criança que sofre de bullying cruel e pesado de crianças que se satisfazem em apenas fazer mal aos outros sem a menor justificativa. Mora com a mãe e o pai vive longe dele. Não sabemos se a distância do pai ou a opressão dos amigos transformou Oskar em uma criança frágil e vingativa. Sua vida muda quando encontra Eli, aparentemente uma "amiga" que no fim, descobre ser um vampiro. Em outros ambientes, temos personagens que com suas particularidades e demônios internos, nos apresentam lados diversos da perversidade humana. Todos vão se deparar com Eli, de forma totalmente natural, o que impressiona. Destacamos também, o amor que surge entre Eli e Oskar. Um amor estranho beirando ao fraternal e ao amor de amantes.

O lado de "horror" da história também é muito bem enfatizado e majestosamente desenvolvido. Somos levados por seres que se criam a partir de Eli e que aterrorizam de forma enigmática e brutal todos os personagens que conhecemos no enredo. A dissolução da história é outro fator impressionante e fascinante. Todos os pontos se conectam e se resolvem de forma completamente natural. O final da história é realmente espetacular! Vibrei em todos os momentos e me peguei assustada pelos meus sentimentos invertidos que o autor conseguiu destacar nesses trechos de conclusão. Uma história forte, brutal, cruel, um verdadeiro soco no estômago e uma obra inacreditavelmente excelente sobre vampiros. Que realmente dão medo.

site: https://www.facebook.com/janela.literaria.8
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