Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 05/06/2018Só de abrir o livro já dei um sorriso e me encanteiO livro possui três prefácios: no primeiro o autor fala sobre uma banda de rock da qual participou. Pode parecer aleatório, mas ele faz isso para mencionar um frase interessante que ouviu. No segundo prefácio, mais curto que o primeiro, o autor nos fala sobre o tamanho do livro. Por fim, no terceiro prefácio, Stephen King fala, em apenas um parágrafo, sobre a importância do editor. De certa forma, cada um desses prefácio é um agradecimento a uma pessoa diferente.
O livro está dividido em algumas partes, cada uma delas com uma estrutura única. E todas são bem interessantes!
Primeiro temos Currículo, que é onde Stephen King nos conta um pouco sobre sua infância, adolescência, vida adulta, os primeiros contos que escreveu, as dificuldades. É uma parte em que a leitura flui. Eu ri, senti compaixão pelo escritor e até aflição! (Pois é, tem uma parte sobre os problemas de ouvido que ele tinha que são de arrepiar. Se as histórias de terror dele são assim, não sei te terei coragem de ler não…). Também podemos ter uma ideia de como eram as relações de King com sua família, principalmente a mãe e o irmão. A mãe, aliás, foi sua primeira grande incentivadora neste empreitada de se tornar escritor.
Depois desta “introdução”, temos O que é a escrita, que é uma espécie de conto sobre o tema. Trata-se de algumas reflexões do autor e é uma parte que quase chega a ser poética.
A terceira parte, Caixa de ferramentas, começa com uma espécie de crônica sobre este objeto e Stephen King, a partir dessa narrativa, inicia uma metáfora muito interessante sobre os elementos essenciais para uma boa escrita. Aqui o autor fala sobre vocabulário, gramática, elementos de estilo e ritmo.
Em seguida vem Sobre a escrita, uma parte homônima ao título do livro, em que o autor traz mais alguns princípios importantes da escrita. Ele considera este o coração da obra. Uma coisa que Stephen King faz questão de destacar ao longo deste livro e principalmente nesta parte, é a necessidade de ler e escrever muito. Apesar de muito interessante também, confesso que essa foi a parte que mais enrolei para ler. No entanto, ao chegar ao final e passar para a última parte, uma surpresa…
Em Sobre a vida: um postscriptum, o autor nos conta sobre um sério acidente que sofreu. Era algo que eu realmente não esperava encontrar neste livro, mas que achei muito interessante. Primeiro porque, novamente, Stephen King nos dá uma aula (prática) de narrativa. E também porque ele parece cada vez mais se aproximar do leitor para mostrar a ele que somos todos igualmente seres humanos. Outro ponto que achei muito interessante ao longo do livro, mas que fica ainda mais claro nessa última parte, é o amor de King por sua esposa, Tabby. Ele reconhece a felicidade de ambos, os esforços dela com relação a ele e sua imensurável ajuda. Tabby não só apóia e incentiva Stephen King, como também é sua primeira e mais fiél leitora.
Por fim, o autor ainda colocou duas listas de livros que ele leu nos últimos anos. Pode ser um bom lugar para encontrar sua próxima leitura!
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