O exército de um homem só

O exército de um homem só Moacyr Scliar




Resenhas - O Exército De Um Homem Só


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Clio0 09/06/2014

"Em paredes de banheiro, nas folhas que o outono leva ao chão, em livros de História, seremos a memória dos dias que virão, se é que eles virão..."

Certo, vamos admitir uma coisa, quem tem mais de trinta anos, provavelmente pegou esse livro já (e talvez só) cantarolando a música.

Se Humberto Gessinger escreveu um dos clássicos do rock nacional inspirado nesse livro, verdadeiramente não importa. Pois, a obra não precisa disso para matar a pau um dos mitos da história nacional.

Se você não sabe do que estou falando, é melhor correr atrás de um livro de história e tentar procurar alguma coisa sobre colônias anarquistas no sul do Brasil. Ou não. Você pode simplesmente ler o livro e se deliciar com a típica cultura brazuca que (com o perdão da expressão) fode com tudo pretensamente sério - não por ser debochada, mas justamente por ser pé-no-chão.

O Exército de um Homem Só conta a história de um pseudo-ativista do anarco-comunismo no Brasil. Tudo na verdade começa sério e pesado, como talvez Germinal de Zola, ou qualquer outro clássico do mesmo tema. E assim, sem nunca divulgar o que realmente pretende, o autor vai impiedosamente dilacerando cada um dos passos do nosso "herói".

Não há lirismo aqui, não há pampa pobre ou continentes e arquipélagos, temos apenas a exposição nua e crua que tem mais a ver com a realidade e certas figuras atuais do que se pode imaginar.
Alessander.Oliveira 05/11/2021minha estante
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(lidos só 2021 em diante) 21/11/2022

Primo de O GRANDE MENTECAPTO
Quem gostou de O grande Mentecapto provavelmente gostará desse. A escrita no livro de Sabino, com suas cenas sensíveis e tocantes, me agradou mais, porém.

Eu só ri uma vez nesse livro do Moacyr, na cena da cagada. Mas nem sei se a intenção da obra é realmente causar risos ou só ser uma leitura prazerosa. A escrita é boa, pra mim é isso que conta. Se fizer rir, é brinde. Gostei da construção do personagem principal e de suas loucuras de militante. No final chega a ser tocante o mundo doentio e insensato que ele criou em sua cabeça, do qual nunca conseguiu se libertar. Se for analisar de um modo mais poético, chega a ser triste. O cidadão quer ser revolucionário e prega uma ideia que não funciona na vida real. Tenta, não dá certo. Tenta de novo. E de novo. E com isso vai se destruindo, afastando todos. Se o personagem existisse hoje, seria um militante do Twitter.

Por falar em maluco e mentecapto, fica aqui a indicação de um humor ácido que meu alter-ego escreveu: "Sociedade Apocalíptica, crônicas, humor e tragédia". Se não der boas gargalhadas, devolvo o valor do e-book. Ele tem avaliações maravilhosas na Amazon (fico mó feliz), dá uma lidinha. Acompanhe no Instagram @ariel.yoshida
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Labes 19/06/2009

Instigante. O capitão, afinal, representa uma classe de inúteis sonhadores ou pretende mostrar que, afinal, vale a pena viver em busca de seus ideais?
Parece-me um sussuro da esquerda em 1970, mas mais do que isso: o exército de um homem só pode muito bem ser a crítica do regime soviético ou, quem sabe - e eu acho que até mais - a valorização dos homens que não se encaixam direito no mundo - as passagens em que o capitão descreve sua filha mostram bem isso - porque simplesmente sonham, sem ter vergonha alguma disso.
Manu 11/02/2016minha estante
como faz para escrever uma resenha? Eu não encontro o lugar, neste site, para isso




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Martony.Demes 11/03/2022

Eis um bem interessante livro lido recentemente: O Exército de um Homem Só, de Moacyr Scliar.

O livro apresenta a história de um imigrante judeu Mayer Guinzburg que chegou ainda criança em Porto Alegre fugido da ex-URSS. O livro não segue uma linearidade temporal e eu gosto bastante disso!

E na juventude, Mayer, junto com os amigos e a namorada (com a qual se casou) tem o ímpeto de formar em suas terras uma nova sociedade em Porto Alegre. Ela se chamaria Nova Birobidjan ( em referência à cidade homônima na Rússia). Era uma região destinada para os judeus na antiga Rússia.

No lugar onde vivia, ele adotava os mesmos princípios da terra que se referenciava. Também ele cultivava a terra e tinha uma relação afetiva com os animais, os quais chamava de companheiros. Inclusive ele tinha uma aversão a galinha. Considerava-a improdutiva!!!(vai entender). Dá para perceber o quanto ele era excêntrico!

A despeito do sonho de fundar essa nova sociedade, nem tudo saiu como ele imaginou. Na terra, ele encontrou inimigos e por uma série de motivos, não deu mais para viver la. Depois de certo tempo, ele acabou se casando, constituindo família e já na meia idade. Nesse cenário, ainda insistindo nesse antigo sonho Mayer, apesar da idade, ele retoma o que deseja. Porém, a situação é completamente diferente e...[sem spoiler].

O exército de um homem só apresenta a luta por um grande ideal e por um mundo melhor. No entanto, diante dos grandes desafios dessa batalha, algo bem utópico, ele fracassa. Isso nos remete a um pouco Dom Quixote (tom quixotesco, como se denomina).

No geral, o livro é uma emocionante, irônico, com vários traços de humor e nos faz refletir sobre diversas temáticas!

Sim, vale a pena a leitura! É um livro bem curtinho!
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Brenda | Literatura Difusa 13/07/2020

Uma nova sociedade
Foi uma leitura obrigatória e muito educativa. Não considero esse um livro do meu gosto, por isso não me sinto capaz de julgar a obra. A história é de superação, com altos e baixos, de muita reflexão e aprendizagem, e mostra como as pessoas podem ser sabotadas por seus próprios ideais.
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Aécio de Paula 14/03/2020

O exército de um homem só - Moacyr Scliar
Este é quarto livro publicado pelo escritor. É sobre um descendente de judeus, um bufão meio abestalhado, que pretende criar uma comuna, se valendo da utopia, para uma nova sociedade justa. É uma ironia do Moacyr para criticar os govenos autoritários que perseguiram os Judeus. Achei interessante, mas não gostei do personagem principal.
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Nazrat 12/11/2022

Homenzinhos
O mais interessante na obra é como o Capitão Birobidjan tem o mesmo modus operandi revolucionário nós variados contextos que aparecem no decorrer da obra. A parte de Freud é um caso a parte! E sem contar a questão do protagonista com a alimentação e os animais. Tudo permeado com humor, até mesmo nas notas de rodapé!
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Doug 09/02/2012

Um sonho utópico
O que se pode aprender com a utopia política do Capitão Birobidjan? Afinal, é saudável sonhar? Quando uma sonho vira utopia? E isso o que o grande escritor gaúcho Moacyr Scliar tenta nos passar com essa impressionante e viciante saga de um sonhador. Não existem palavras que descrevam essa incrível obra do Scliar.
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Sandro 01/06/2020

Vi algumas comparações com a Revolução dos Bichos pelo fato do protagonista descompensado atribuir a um porco, uma galinha e uma cabra da propriedade em que ocupa o posto de colegas ideológicos na empreitada em prol da utopia marxista; mas no momento em que ele se aventura em uma empreitada capitalista e seu casamento cai por terra, o que me veio à cabeça no mesmo momento foi o filme Scarface do De Palma, embora o livro seja anterior ao filme e não tenha tido um final tão trágico, porém dando a entender assim como no filme, que os dois extremos não são garantia alguma de êxito.
As questões judaicas recorrentes em histórias do autor, como a mãe superalimentadora, estão presentes nessa obra também.
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Biblioteca Álvaro Guerra 14/06/2022

O exército de um homem só arrebata o leitor através da narrativa ágil, precisa, estruturada sobre cortes no tempo, onde a ficção é envolvida constantemente por uma atmosfera fantástica. O humor amargo de Moacyr Scliar ronda este belo livro. A saga de Birobidjan, o solitário pregador de um mundo melhor, seu louco humanismo, quixotesco, seus sonhos mágicos, fazem deste livro uma leitura emocionante e inesquecível.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788525431646
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Ana 18/11/2016

"Quando a aurora chegar, plantem o trigo por mim. Quando o futuro chegar, quando os homens forem irmãos e se derem as mãos, plantem o trigo por mim. Quando as crianças puderem correr felizes pelos campos, sem medo da fome e da guerra, plantem o trigo por mim. Eu viverei nas espigas maduras..."
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Lindsey.Pohlmann 18/05/2021

Tinha zero espectativas pra esse livro, mas até que é legal, a leitura fluiu muito bem mas não leria de novo.
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KathiMello 14/05/2022

Quando comecei a ler o livro estava achando meio confuso pelo fato de nao seguir uma linearidade, mas acabei gostando da forma que estava sendo contada, até mesmo um pouco cômico. No entanto, da metade do livro pro fim, achei que foi ficando repetitivo demais e deixando a leitura cansativa e arrastada, e por esse motivo acabei não gostando muito do livro no geral.
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