As horas

As horas Michael Cunningham




Resenhas - As Horas


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Daniel 03/04/2013

Emocionante e reflexivo
Eu adoro este livro. Li antes do filme ser produzido, e gostei muito da fiel adaptação cinematográfica um caso raro em que pode-se dizer que o filme é tão bom quanto o livro.

Com certeza ele será mais apreciado depois da leitura de Mrs. Dalloway, por muitos considerado a obra prima de Virginia Woof.
O que mais me impressiona é a engenhosidade com que as três histórias são conduzidas, de um dia decisivo na vida de três mulheres em épocas diferentes:
- As três estão ocupadas com preparativos de uma recepção: Virginia vai receber a visita da irmã e sobrinhos para o chá; Laura vai preparar um bolo de aniversário para o marido; Clarissa vai homenagear Richard pelo prêmio literário recebido com um jantar.
- As três mulheres têm receito de falhar nessas tarefas, e soma-se a isso um sentimento de fuga e inadequação com a situação atual que vivem: Virginia questiona sua literatura; Laura sua vida familiar; Clarissa também questiona seu relacionamento com sua companheira e com sua filha.
- As três recebem visitas inesperadas, que de certa forma ajudam a deflagrar as crises, aparentemente por um motivo banal...
Além, é claro, da onipresença de Virginia Woolf nas três histórias.

Não concordo com outras resenhas que disseram ser este livro de difícil entendimento. Complexo sim, mas complicado não. Ainda mais que cada capítulo alternadamente corresponde a uma história, sempre nomeado pela protagonista em questão. Nesse ponto alias, o livro tem o entendimento mais fácil do que o filme, com suas idas e voltas no tempo.

Me admirou a quantidade de leitores aqui no skoob que abandonaram a leitura, ainda mais de um livro pequeno, no sentido de poucas páginas! Será o tom reflexivo e intimista da narrativa? Sua melancolia? Os questionamentos da vida, dos momentos perdidos, dos relacionamentos em geral? Ou ainda os temas, pesados sem dúvida suicídios, abandono do lar, perda? Pois foram exatamente essas reflexões e impressões que mais me comoveram.

Não sei não, mas acho que as pessoas estão mal acostumadas com o descartável, com o consumo fácil, que não leva a nenhuma reflexão, e tudo o que sai dessa linha é considerado difícil e deprimente. Uma pena. Sorte dos privilegiados que conseguem se comover e enxergar a beleza desse livro emocionante.
Arsenio Meira 03/04/2013minha estante
Excelente. A resenha e o romance. "As Horas", de fato, aborda temas angustiantes; todavia, a própria angústia ou aflição (que os temas evocam) são inerentes à existência humana. Por isso, muito bem observado em sua resenha(sem qualquer traço de boçalidade ou ofensa) o apego do pessoal ao que é efêmero e "leve", ou de "consumo fácil".

Cunningham, como você bem analisou, desfiou o tempo e a vida, por meio de uma narrativa espontânea. Me ocorre que grandes escritores fluem como os rios.

E, desbravando o rio caudaloso da perda e da dor, com um poder de sínteses admirável, o romance é grandioso como obra de Arte.

Ps - O livro é bem melhor que o filme, justamente pelas razões que você citou. (Alternância dos capítulos, atrelados à voz narrativa de personagens distintos e devidamente nomeados.)


@livreirofabio 05/04/2013minha estante
"Não sei não, mas acho que as pessoas estão mal acostumadas com o descartável, com o consumo fácil, que não leva a nenhuma reflexão, e tudo o que sai dessa linha é considerado difícil e deprimente. Uma pena. Sorte dos privilegiados que conseguem se comover e enxergar a beleza desse livro emocionante." ponto


Marita 20/05/2013minha estante
Bravo!! (principalmente quando mencionas a presença inspiradora de Woolf!)


Flávio 25/01/2014minha estante
Difícil é aturar vampiros, tons de cinza, vermelho e uma enxurrada de porcarias "literárias" que o "mercado" jorra de quinze em quinze segundos. O romance "AS HORAS" é, sobretudo, uma homenagem à Mrs Woof, e dentre outros atributos, devidamente descritos na resenha, é um sinal de que a literatura contemporânea resiste a tudo e a todos.


Magasoares 17/11/2020minha estante
Mas tenho que lê Mrs.Dalloway para entender esse? Comprei esse num sebo e dps que li sua resenha.


Daniel 18/11/2020minha estante
Não, Magali, vc não precisa ter lido Mrs. Dalloway antes para entender As Horas.
Mas com certeza quem já leu Mrs. Dalloway antes, vai achar a leitura mais interessante, devido às referências à obra de Virginia Woolf


Magasoares 18/11/2020minha estante
Ok ?obrigada ?


Hainoan.MendonAa 06/02/2024minha estante
Realmente o filme é muito bom! Cheguei a me emocionar com ele, quando crescer pretendo ler o livro. Achei sua resenha muito boa, moço! Obg!




Ogaiht 28/09/2021

Um Belo Tributo a Virgínia Woolf
As Horas foi o título que Virgínia Woolf pensou em dar à sua obra mais famosa, Mrs. Dalloway, que aqui serve como elo entre três narrativas de 3 mulheres que viveram em épocas diferentes. A primeira é justamente Virgínia Woolf, que começa a escrever o livro Mrs. Dalloway, ao mesmo tempo que se sente entediada por viver longe da agitação de Londres e ainda ter que lidar com seus problemas psicológicos. A segunda mulher é Laura Brown, uma dona de casa que mora no subúrbio de Los Angeles nos anos 50, mãe de um menino, na segunda gravidez e casada com um ex soldado que lutou na Segunda Guerra Mundial. Ela está no momento lendo o Mrs. Dalloway e, à medida que vai lendo o livro, vêm à tona sentimentos que ela por muito tempo tentou esconder dela mesma, como sua incapacidade de amar sua família e de se encaixar naquele mundo onde vive, levando-a tomar um decisão que afetará a vida de sua família para sempre. A última estória, que se passa na atualidade, é a de Clarice Vaughn, cujo nome é o mesmo da heroína do livro Mrs. Dalloway e cuja história é uma versão atualizada do que acontece no livro. O livro é muito bem escrito e reproduz muito bem a técnica do fluxo de consciência, muito comum nas obras de Virgínia Woolf. A maior parte dos acontecimentos e do que é narrado é através de monólogos interiores, fazendo com que o leitor conheça os segredos mais íntimos dos personagens e criando uma empatia com eles. Por mais que não concordemos com as atitudes de alguns personagens, entendemos o porquê de suas decisões. As Horas originou um filme com o mesmo nome e é uma adaptação à altura do livro, muito bonita, muito bem dirigida, interpretada e escrita. Sem dúvida, é uma ótima leitura que vale muito a pena ser conhecida.
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Diego Piu 19/11/2023

Tirei uma pendência antiga da minha lista de leituras, eu sou um grande fã do filme (assisti várias vezes nos primeiros anos de lançamento)

Várias anos sem assistir, deu vontade e pensei: "Sabe de uma coisa? Melhor momento pra conferir o livro" (pois já não lembrava tantas coisas da história).

O livro tem uma melancolia viciante, eu meio que senti a intensidade de cada palavra. Uma experiência incrível. Personagens longe da perfeição, quase reais (alguns foram, mas aqui estão dentro de uma ficção).

Enfim... Amei!

E advinhem só: vou rever o filme!
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Mariane 30/04/2021

Eu gostei do livro, mas senti que perdi muito durante a leitura por não ter lido Mrs Dalloway. Pretendo reler um dia depois que ler.
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Mariana Dal Chico 18/07/2023

“As Horas” de Michael Cunningham - ganhador do Pulitzer de ficção em 99 - estava na minha lista de leituras há alguns anos, mas a edição estava esgotada e era difícil encontrar uma com um preço justo. Então fiquei muito feliz quando a Companhia das Letras republicou em uma edição de bolso, eu aproveitei para pegar a versão digital e finalmente me jogar nessa leitura.

O livro se passa em três períodos de tempo, com três protagonistas diferentes que se conectam por um livro. 1923, temos Woolf no processo de escrita de “Mrs. Dalloway”. Em 1949, Laura Brown está passando por um período depressivo e resolveu reler “Mrs. Dalloway”. Em 2001, Clarissa Vaughn é uma editora que está preparando uma festa para seu amigo que gosta de chamá-la por Clarissa Dalloway.

O autor aborda temas como identidade, luto, amor, depressão, felicidade, de uma forma profunda com uma escrita quase poética. É um daqueles livros para se ler com calma, sem pressa, tentando absorver e refletir sobre cada aspecto dos temas que é trazido à tona.

A leitura prévia de “Mrs. Dalloway” não é necessária, mas acredito que, por já o ter lido, aproveitei mais as entrelinhas que conectam as duas obras.

Existe uma adaptação cinematográfica de 2002, que assisti na época de sua estreia e gostei muito, mas eu precisaria rever para fazer qualquer paralelo do livro x filme.

Gostei bastante da leitura, quero ler outras coisas do autor para ver um pouco mais do seu estilo de escrita, quero saber se o apresentado aqui foi como uma homenagem para Woolf ou se vai se manter nas outras obras.

site: https://www.instagram.com/p/Cu15R2ZLiPn/
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Leila de Carvalho e Gonçalves 03/11/2022

Sobre As Horas:
Em 1925, Virginia Woolf publicou sua obra-prima. Trata-se do romance Mrs. Dalloway que relata um dia na vida de Clarissa, uma "socialite" de meia-idade que está ultimando os preparativos para a festa que dará à noite em sua casa. Marcado pelas reflexões da protagonista e por temas difíceis, como homossexualidade e suicídio, ele também aponta para a complexa reestruturação da sociedade no entreguerras e uma literatura em evolução com a introdução novas técnicas, no caso, o fluxo de consciência.

Em 1998, Michael Cunningham publicou seu primeiro grande sucesso. Vencedor do Prêmio Pulitzer, As Horas é uma releitura de Mrs. Dalloway e uma clara homenagem à Woolf. Seguindo o estilo da escritora, a narrativa apresenta três histórias que estão interligadas ao romance. Na primeira, em 1923, surge Virginia escrevendo "Mrs. Dalloway", perturbada com questões que ela insere no enredo; na segunda, em 1951, é a vez de Laura Brown, uma dona de casa que ao ler o livro, identifica-se com os conflitos vividos pela protagonista; e por fim, surge Clarissa Vaughn, uma editora de livros, cuja vida parece ter saído das páginas do romance. Em síntese, ela é uma Mrs. Dalloway dos anos noventa, envolvida com problemas da época, por exemplo, ao invés de neuroses de guerra, a Aids é um dos temas.

As Horas foi o título escolhido por Woolf para Mrs. Dalloway e ele só foi descartado pouco antes da obra ir para o prelo. Ele também é o nome do livro de Cunningham e da sua adaptação para o cinema e, se você ainda não a conhece, é uma dessas preciosidades que vez ou outra, Hollywood presenteia quem gosta de bons filmes. Dirigida por Stephen Daldry, tem Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore nos papéis principais além de uma trilha sonora fascinante de Philip Glass.

Assim como o Papagaio de Flaubert, de Julian Barnes, As Horas aproxima o leitor comum de um clássico. Com vida própria, o romance estimula a ler ou reler "Mrs. Dalloway" e refletir sobre a ingerência da ficção na realidade.


Sobre A Edição:
O romance As Horas estava esgotado há anos e a Companhia das Letras, com o selo da Companhia de Bolso, acaba de lançar a segunda edição. Adquiri o e-book e nada tenho a reclamar, exceto o preço alto, comum a lançamentos, que tende a cair ao longo tempo. Entretanto, a qualidade do livro físico parece não ter agradado, já li alguns comentários de leitores desgostosos com a compra. Portanto, gostaria de esclarecer que minhas quatro estrelas correspondem exclusivamente a leitura do romance no e-book, aliás, essa é a primeira vez que a narrativa é oferecida em português nesse formato.
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Flávia Pasqualin 11/08/2020

A MELANCOLIA NAS SUTILEZAS COTIDIANAS
Extremamente bem escrito e perfeitamente conectado nos mínimos detalhes. O destino cruzado de três mulheres que vivem em épocas distintas. Um livro que consegue despertar reflexões através de detalhes triviais que passam despercebidos no nosso dia a dia. É uma leitura fácil, aparentemente inocente, que carrega uma carga dramática e melancólica que me atingiu em cheio. É quase como se o livro tivesse vida própria. Achei a experiência maravilhosa e certamente recomendo a todos
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Bia 23/11/2020

Inspirado na Virginia Woolf, esse livro fala sobre... Às horas. Que passam em vão. Dia após dia. As horas, esmagam-na. Como se morresse um pouco a cada dia que passa. Cada vez + consumida pelo pelo vazio das horas. A lenta espera dos dias sempre iguais.
Final surpreendente, leitura incrível! Se tornou um dos meus livros preferidos ;)
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Leila 03/11/2022

Acho que o autor Michael Cunningham era fã de Mrs. Dalloway viu?! porque As horas é uma puta homenagem! E eu sabendo disso já estava meio que definido que não amaria o livro né? haja visto que odiei a personagem Clarissa Dalloway, kkk. Mas vamos lá que não quero começar novembro com fel escorrendo de meus lábios e dei 3,5 estrelas para a obra, porque ela foi bem mais palatável de ler do que a sua homenageada. E até a Clarrisa Vaughan de As horas é mais agradável que a Dalloway. Curti também todas as mudanças "poéticas" que o autor se permitiu (adoroooo transgressores) e sempre que ele fazia isso, eu "ué" mas lá num aconteceu isso não..., bobinha, aí é que está a graça né?! ou seja, ler as horas ainda me exigiu um exercício de memória, até mesmo porque li Mrs. Dalloway lá pelos idos de 2017 e isso é tempo Brasilll! Enfim, essa releitura moderna de uma Clarrisa se passando em Nova York nos anos ?40/50? (se não entendi errado) cheia de similaridades com nossa velha Dalloway mais duas personagens que também roubam cenas tem o seu charme. Mas na minha humilde opinião só vale a leitura para quem já leu a obra de Virginia Woolf antes #ficaadica e bora correr atrás do prejuízo meu povo...
Marcia 04/11/2022minha estante
Preciso ler Virgínia Woof. E anotei esse livro, aguçou minha curiosidade kkk


Leila 04/11/2022minha estante
depois me conte o que achou!




Monique | @moniqueeoslivros 19/03/2022

The hours
{Leitura 12/2022 - ?? Estados Unidos}
As horas - Michael Cunningham

Qual o poder de um beijo na história da sua vida? O que ele fez você refletir e desejar?

Um dia. Três mulheres e três recortes no tempo. Um livro dentro de um livro. Em As horas, somos apresentados a três mulheres de épocas diferentes, mas que têm algo em comum: o livro Mrs. Dalloway.

Uma é a própria Virgínia Woolf, transformada em personagem escrevendo seu livro. Mais adiante no tempo, Laura Brown, leitora voraz do livro (nesse momento já publicado). E na virada do século, Clarissa Vaughan, apelidada de Mrs. Dalloway por seu amigo, como se tivesse ela própria saído das páginas de Virgínia.

É interessante perceber aqui, além da intertextualidade óbvia com o livro de Virgínia Woolf, que o autor consegue transitar muito bem entre três histórias de mulheres fortes, que se relacionam mas são independentes entre si, no recorte de tempo de apenas um dia.

E em meio às rosas amarelas, aos questionamentos sobre o que fazer da vida, até onde vale a pena seguir, e do objeto livro, que aparecem nas três narrativas, há um beijo, um único beijo, em cada história. Todos eles entre mulheres. E que despertam memórias e emoções.

É um livro sobre amor, sim, mas principalmente sobre a vida. Sobre desejos e o que fazer com eles. Sobre aquela "virada de chave". E é também uma história de escolhas e de responsabilidade sobre elas. Três histórias, um livro em comum, e tudo o que um beijo pode suscitar nelas.
JurúMontalvao 06/04/2022minha estante
interessante


Alê | @alexandrejjr 06/04/2022minha estante
Belíssimo texto, Monique. Parabéns!


Monique | @moniqueeoslivros 07/04/2022minha estante
Obrigadaaaaa!




Leila de Carvalho e Gonçalves 13/07/2018

As Três Faces De Mrs. Dalloway
No ano de 1925, Virginia Woolf publicou sua obra-prima. "Mrs. Dalloway" relata um dia na vida de Clarissa, uma "socialite" de meia-idade que está ultimando os preparativos para a festa que dará à noite. Marcado pelas reflexões da protagonista e por temas difíceis como homossexualidade e suicídio, esse romance também aponta para a complexa reestruturação da sociedade no entreguerras e uma literatura em revolução com a introdução novas técnicas, como o monólogo interior e o fluxo de consciência.

Em 1998, Michael Cunningham publicou seu primeiro grande sucesso. Vencedor do Prêmio Pulitzer, "As Horas" é uma releitura de "Mrs. Dalloway" e uma clara homenagem à Woolf. Seguindo o estilo da escritora, a narrativa apresenta três histórias que estão interligadas ao romance. Na primeira, em 1923, surge Virginia escrevendo "Mrs. Dalloway", perturbada com questões que ela insere no enredo; na segunda, em 1951, é a vez de Laura Brown, uma dona de casa que ao ler o livro, identifica-se com os conflitos vividos pela protagonista; e por fim, surge Clarissa Vaughn, uma editora de livros, cuja vida parece ter saído das páginas do romance. Em síntese, ela é uma Mrs. Dalloway dos anos noventa, envolvida com problemas mais atuais, por exemplo, ao invés de neuroses de guerra, é a Aids um dos temas.

"As Horas" foi o título escolhido por Woolf para "Mrs. Dalloway" e ele só foi descartado pouco antes da obra ir para o prelo. Ele também é o nome do livro de Cunningham e da sua adaptação para o cinema e, se você ainda não o conhece, é uma dessas preciosidades que vez ou outra, Hollywood presenteia quem gosta de bons filmes . Dirigido por Stephen Daldry, tem Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore nos papéis principais além de uma trilha sonora fascinante de Philip Glass.

Assim como o "Papagaio de Flaubert", de Julian Barnes, "As Horas" aproxima o simples leitor de um clássico. Com vida própria, esse romance estimula a ler ou reler "Mrs. Dalloway" e refletir sobre a ingerência da ficção na realidade.
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Andreia 22/10/2022

Em As Horas o leitor é apresentado a três histórias, que se passam em épocas e lugares diferentes. A primeira é da autora Virginia Woolf, em 1923, quando está escrevendo um dos seus livros mais famosos, Mrs. Dalloway. A segunda é da dona de casa Laura Brown, em 1949, que está enfrentando diversos dilemas relacionados à maternidade e ao seu casamento. O terceiro é de Clarissa Vaughan, em 1990, que está preparando uma festa para seu amigo, que ganhou um prêmio literário.

O livro aborda diversos assuntos importantes, relacionados ao universo feminino, como, por exemplo, sobre os papéis e expectativas impostos às mulheres e sobre como isso afeta a saúde mental delas. O livro possui diversas menções ao trabalho de Virginia Woolf, em especial, ao livro Mrs. Dalloway, além da própria ser uma personagem do livro.

O livro é narrado através de fluxo de consciência, que aliado a alternância entre pontos de vista, tornou a leitura um pouco confusa e difícil, em alguns momentos, para mim. Gostei muito do desfecho do livro. Me surpreendeu. Não imaginei que o livro terminaria da forma como terminou. O autor soube interligar as três histórias de uma forma incrível! Recomendo a leitura. Vale ressaltar que o livro aborda o tema do suicídio, que é um tema sensível para algumas pessoas.
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Felipe Lago 22/04/2013

As Horas, mas devia se chamar "A vida"
É mais que um bom livro, é um marco na vida de quem lê.
A construção dos personagem (e a reconstituição histórica da Virginia Wolf) é magnifica!
O ritmo e a sedução que o livro provoca te levam a lua, a vontade é de ler sem parar.
As horas, os anos, as décadas passam e o questionamento é o mesmo. Não sei nem se o questionamento, mas a provocação deles é a mesma.
Personas que vão além do senso comum, nada mais inspirador!
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Kamilla :) 26/11/2021

Que livro bonito!

Não que ocorra coisas bonitas -longe disso-, mas é delicado e mórbido ao mesmo tempo. Gostei bastante e consegui ver as semelhanças com mrs. Dalloway.
Um dia quero ler de novo.
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Dudu 01/10/2020

Achei uma obra pretensiosa. Daquelas em que o autor tenta, mediante uma escrita rebuscada e frases poéticas, trazer uma erudição forçada que poderia muito bem ter sido alcançada de forma simples.

Na minha opinião, o filme conseguiu ir além da obra, principalmente pelo foco no simbolismo.

Achei que o livro seria mais complexo do que filme, em termos de construção dos personagens, mas o filme conseguiu captar toda a ideia presente na obra.
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