Ao Sul De Lugar Nenhum

Ao Sul De Lugar Nenhum Charles Bukowski




Resenhas - Ao Sul de Lugar Nenhum


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Lize 08/06/2022

Entrega tudo o que promete!
"Sob o signo da solidão, do isolamento, da alienação e da marginalização, o que se apresenta neste livro são reflexões sobre personagens que desistiram da sociedade e talvez até de si mesmos."
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jota 18/05/2022

BOM: bêbados, vagabundos e perdedores; gente sem rumo e sem futuro, perdidos no tempo e no espaço
Lido entre 07 e 17/05/2022. Avaliação da leitura: 3,7/5,0

Não tinha lido nada sobre esse livro, lançado em 1973, depois me informei melhor. O que me atraiu nele foi basicamente seu título, South of no North, algo como sul sem norte, sendo que norte aqui significa muito mais um ponto a alcançar, um rumo a tomar, do que um ponto geográfico real. Um lugar ao qual os personagens de Charles Bukowski (1920-1994) dificilmente chegarão ou se voltarão para ele tentando alcançá-lo. Também apreciei o título brasileiro, que dá a mesma ideia, de ausência de rumo, de norte, portanto, ir vivendo, não levando uma vida, mas deixando a vida os levar...

Bukowski, "velho safado", como ele mesmo se chamou num de seus livros, também tinha fama de bêbado e masturbador contumaz e foi um dos últimos representantes da geração beatnik. Ou ainda, como querem alguns críticos, o último escritor maldito da literatura norte-americana, numa lista em que se destacariam sobretudo Jack Kerouac, Allen Ginsberg, William S. Burroughs, representantes máximos dessa geração. Bukowski, no entanto, nunca se associou a eles, por isso é considerado um beat honorário, conforme destaca a editora L&PM nesta edição, que reúne vários contos publicados em revistas e jornais nas décadas de 1960, 1970.

São relatos recheados de humor (negro, muitas vezes) e ironia, mas também de palavrões cabeludos, cenas de sexo e de crime abjetas e outras, escatológicas mesmo, que podem provocar repulsa no leitor. Há quem chame a literatura de Bukowski de “realismo sujo”, nos moldes do que fez depois o cubano de geração mais recente, Pedro Juán Gutierrez, com seu Trilogia Suja de Havana, por exemplo. Porém, como Bukowski introduzia criaturas estranhas e ou situações irreais em suas narrativas -- como os homúnculos de Nenhum Caminho Para o Paraíso, que vivem numa gaiola, dois homens e duas mulheres com cerca de dez centímetros de altura – também se diz que ele praticava o “hiper-realismo sujo”.

Nas 27 histórias de Ao Sul de Lugar Nenhum, que tem como subtítulo Histórias da Vida Subterrânea, encontramos de tudo. Personagens sem rumo (repito: estar ao sul de lugar nenhum é estar sem um norte para alcançar), perdedores sem futuro, homens e mulheres bêbados de cair no chão, gente suja, maltrapilha, pervertida, até mesmo capaz de matar. As mulheres geralmente são tratadas como putas ou cadelas, são receptáculos para o esperma de machos brutos, e por aí vai. Quase tudo é obsceno, precário, barra pesada, as bebedeiras são homéricas, os atos sexuais são abundantes, nunca praticados com amor, apenas para saciar a luxúria dos corpos. As coisas se passam quase sempre em ambientes sórdidos, sujos, malcheirosos, podres...

Dentre os personagens destaca-se o alter ego de Bukowski, o escritor Henry Chinaski, que aparece em várias histórias, e numa delas até luta boxe e apanha de Ernest Hemingway, como ocorre em “Classe”. Mas em sua imensa maioria os protagonistas são seres marginalizados pela sociedade ou por si próprios, bêbados, alienados, solitários e vagabundos, invariavelmente viciados em bebida e ou sexo, perdedores enfim, daí a "vida subterrânea" do subtítulo. Mas alguns deles ainda têm esperanças, anseios e até mesmo sonhos, ainda que esses sonhos não se enquadrem nos padrões normalmente aceitos pela sociedade. Num dos textos, “Amor por $17,50”, um homem faz sexo com um desses manequins de loja. Não é uma história apenas sobre perversão, também é sobre solidão...

Outros títulos dão uma ideia do que o leitor vai encontrar nessas páginas, veja este: “Pare de Olhar para as Minhas Tetas, Senhor”, ou ainda este: “O Diabo Estava Cheio de Tesão”, e a coisa segue nessa toada. Bem diferente daquilo que Bukowski registrou em seu primeiro romance, o único livro dele que li antes deste: Cartas na Rua (1971). E isso foi há bastante tempo, na adolescência. Depois nunca mais li nada do que escreveu, talvez algum conto nalguma coletânea de vários autores, não me lembro, mas desconheço a razão disso.

Cartas na Rua, por ser uma narrativa não muito longa, também é tido como uma novela. Trazia até trechos bucólicos, e como dizia a sinopse da editora Brasiliense, tratava da rotina de um carteiro "(...) beberrão simpático, cheio de ceticismo, nostalgia e humor [que] passeia pela monotonia burocrática dos correios e nos mostra a América com a visão de um antiguru."

Nos correios Bukwoski trabalhou durante 14 anos, pois não conseguiria sobreviver apenas publicando contos em diversas revistas. Eu poderia reler Cartas na Rua agora porque não me lembro de quase nada da obra. Mas por ora vou ficar com as lembranças dos contos de Ao Sul de Lugar Nenhum. A maioria delas pouco agradável, assim como a vida que muitos levam, gente de verdade...
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alicia44 16/04/2022

Ao Sul de Lugar Nenhum
acho lindo como Bukowski consegue escrever algo deprimente de forma tãk engraçada... ai ai esse charles viu.

costumava ser meu livro de bolso, sempre que estava no metro tirava pra ler um pouco e quando via quase tinha perdido minha estação pq n conseguia desgrudar os olhos do livro.

meio confuso no começo, mas quando vc entende o que ta rolando começa a fazer sentido e da vontade de ler dnv so pra entender direito.
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Giovanna.Martins 10/03/2022

Bukowski sempre vai ser Bukowski
Eu nunca sei exatamente o que eu sinto enquanto leio Bukowski. É um misto de aperto no peito com fascinação. E esse livro não poderia ser diferente.
Bukowski nitidamente foi alguém com uma vida ímpar, e ler sobre ela em seus livros é uma honra.
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belly 15/02/2022

o bom e velho buk
ele contando as histórias sobre como é ser rico é uma graça, pq pra ele literalmente não tem graça nenhuma. eu acho esse cara sensacionalmente cômico se n fosse trágico. muito bom.
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spoiler visualizar
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Everton 16/12/2021

Não é meu livro preferido do bukowski, tem alguns contos, que não tem nenhuma ligação entre si, ou seja, são independentes, traz uma escrita um pouco mais crua, direta e algumas vezes beirando histórias absurdas
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hyocha 08/12/2021

Verdadeiro
Fico simplesmente pasma com todo livro do Bukowski que leio, em como o homem consegue escrever sobre tantas barbaries e ainda ser bom. O lado verdadeiro da vida e da miséria que muita gente não conhece?
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Júnior 15/10/2021

Mais um sensacional compilado das aventuras do inabalável homem banal no submundo do álcool, jogos e prostituição.
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Valesi 02/09/2021

Livre, mas a que custo
Mais crônicas do alter ego de Bukowski, Henry 'Hank' Chinaski. Uma vida livre, sem patrão, sem obrigações, sem amarras, mas sofrida. Doenças, falta crônica de grana, bastante sexo e nenhum amor. Narrativas cruas e duras o suficiente para você saber que não podem ter sido 100% inventadas.
Muito bom. Recomendo.
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Karinne 22/06/2021

Conta histórias de excluídos... pessoas que estão tentando viver. Foi o livro dele que menos gostei, achei repetitivo e senti asco em alguns momentos (e que provavelmente seja mesmo a intenção do autor, para quem gosta é um prato cheio).
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Marlonbsan 23/03/2021

Ao Sul de Lugar Nenhum
Contando histórias peculiares da vida, tendo como pano de fundo a massa silenciosa, que são comumente rotuladas como bêbados, vagabundos e perdedores, Bukowski relata, com seu humor cáustico e sem escrúpulos a miséria humana.

O livro é dividido em 27 contos, narrados em primeira pessoa, a linguagem é bem simples e, na maior parte, bem fluída, apenas os dois últimos contos que são mais longos acabam ficando mais densos.

Esse foi o segundo livro de Bukowski que leio e já estou me acostumando com a forma irônica e debochada que tudo é contado. A escrita do autor é muito boa e isso facilita bastante na condução dos fatos.

Bukowski tem uma peculiaridade muito grande na sua narrativa, consegue escrever livros simples e sem escrúpulos. Cada conto retrata um pouco sobre a sua vida e as situações são bem inusitadas que beiram ao absurdo e muitas delas chegam a ser hilárias, me vi dando boas risadas durante a leitura.

Porém, como disse na outra resenha de Misto-Quente, não é o tipo de livro ou autor que indico para todos, já que os temas abordados e, principalmente, a forma como ele escreve, pode ofender muitas pessoas, então, é necessário abrir algumas concessões para realizar e apreciar a leitura.


Foto e resenha no meu IG @marlonbsan
paulo henrique da silva 17/09/2021minha estante
Resenha muito boa, parabéns.


Marlonbsan 17/09/2021minha estante
Ah obrigado ?


Alaminutta 02/06/2022minha estante
Ótima resenha!


Marlonbsan 04/06/2022minha estante
Ahh, obrigado o/


Dayvs 29/11/2022minha estante
Eu acabei de ler o segundo conto desse livro, e tô morrendo de rir. Os contos do velho são muito engraçados, muitos deles. Me diverti com o Numa Fria e estou lendo o Ao sul de lugar nenhum. Esse segundo conto, dos garotos indo a um cabaré ver as prostitutas que eles gostam é engraçado, mas mostra também o pano de fundo da grande depressão americana, onde tudo foi quebrado, a economia, e eles se viravam como podiam. Você vê a decadência na vida dos garotos e de quem tá tentando sobreviver em meio ao caos cotidiano.




maria 04/01/2021

caraca
bukowski merece seu crédito, ele aborda os assuntos de uma maneira crua até, honesta e pinta uma imagem clara e é boa de se ler, criando contos que tem seus fortes. mas ao longo do livro enfraquece e se torna quase que repetitivo. foi uma experiência a leitura desse livro e cultivo uma relação de amor e ódio com as obras desse cara e talvez outro me conquiste mais. li umas resenhas dizendo que você tem que ser um ?certo tipo de pessoa? para entender esse livro e acho que afinal não sou esse certo tipo de pessoa e sinceramente, nao procuro ser
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Will 04/05/2020

Realidade
É incrível a maneira que o Bukowski nos coloca de cara com a realidade.
Mais uma vez digo: um dos melhores escritores.
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Luiz Carlos 21/03/2020

Companheiro de Quarentena
Talvez não seja o melhor livro sobre esperança, fé e empatia, mas é uma boa companhia e traz histórias de leitura fácil, uma realidade dura mas que traz reflexões - pelo menos eu me sinto assim - sobre a condição humana em seus defeitos e falhas! Lê-se num pulo, e sigo a lista para outros livros!
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