Jonathan Strange & Mr. Norrell

Jonathan Strange & Mr. Norrell Susanna Clarke




Resenhas - Jonathan Strange & Mr. Norrell


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Lineker 30/07/2009

Incrível
Lí pouca coisa do gênero fantasia na vida e esse é de longe o que mais me marcou, encaro esse livro como um Harry Potter para adultos, é uma narrativa sensacional e muito bem trabalhada (não é a toa que levou 10 anos pra ser escrito).
Suas mais de 800 páginas e quase 30 personagens centrais constituem um dos mais fantásticos enredos que já tive a oportunidade de conhecer.
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Caroline J. 18/10/2017

Sutilezas da magia
O livro de Suzanna Clarke é repleto de magia e não só no tema da história. Sua escrita é cheia de sutilezas e uma habilidade para descrever o diáfano, sugerindo muito com palavras comedidas. A escrita dá a impressão de ser sempre muito sóbria, sem arroubos de grandiosidade, exageros ou excessos de descrição, o que combina muito com o fato de ser um romance inglês; ainda assim consegue empolgar, emocionar e tocar fundo o coração, especialmente daqueles que estão familiarizados com o significado de magia.
Facilmente se tornou um de meus livros preferidos.
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Rafael 11/06/2009

Quando foi lançado, este livro sobre uma grande injustiça. Foi comparado com Harry Potter e cia. É absolutamente diferente! Trata-se de um livro para adultos, com uma história impressionantemente bem escrita e "amarrada" em todos os pontos. As mais de 800 páginas são poucas para contar tudo. Pena que nunca mais se ouviu falar em Susanna Clarke. Será que ela não voltou a escrever?
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The Old Man 26/03/2010minha estante
Rafael, Susanna escreveu um pequeno livro de contos após "JS&Mr.N" entitulado "The Ladies of Grace Adieu". Uma série de contos retratando um pouco sobre Fadas, Magos que Norrell não tinha conhecimento e eventos aparentemente desconexos com a grande obra, mas que, depois de uma análise mais cuidadosa, mostra sua relação. Creio que ainda não foi traduzido.




Veronica @gatonolivro 04/09/2016

Esse livro não é para qualquer um é bem lento e descritivo, se você espera por alguma ação não vai achar aqui. O livro começa bem lento e achei que melhora pela página 200 quando finalmente conhecemos Jonathan Strange, pq Norrell é bem chatinho sozinho.Teve alguns momentos de comédia não tantos quanto que achei que teria, mas todo o drama sobre magia é ótimo.
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Raquel 14/07/2016

Fazia tempo que eu não lia um livro tão magnífico. Só reforçou que Fantasia é meu genero literário favorito. Um livro grande em todos os aspectos, um pouco demorado pra ler mas é justamente isso que torna a leitura prazerosa. Depois desse livro, ler livros grossos ou histórias de época ficou mais fácil também. Há quem compare a obras de alta-fantasia. Não diria que chega a tanto mas faltou pouco. Resumiria dessa forma: imagine Harry Potter vivendo há dois séculos atrás. Seria mais ou menos por aí. Sem falar nas notas de rodapé da autora que deixam a gente com aquela pulguinha atrás da orelha: será que aconteceu mesmo ou não?
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Blog MDL 02/07/2016

Na Inglaterra do começo do século XIX, a magia torna-se um estudo teórico de extremo respeito e requinte. Magos teóricos são cavaleiros respeitados e sua profissão é algo visto como elitista e nobre. Dentro do Condado de York, onde um dos grupos de magos cavaleiros se reunia em determinados períodos mensais, surgi o jovem John Segundus. Esse proeminente jovem, ávido pelo aprendizado da magia, acaba de ingressar nesta respeitável sociedade e, em sua primeira reunião, lança a questão mais importante da magia atual: Por que a magia não é mais praticada?

Sim, embora isso soe estranho para nós, conhecedores das mais infinitas sagas, livros e trilogias que desbravam o campo da magia de um forma totalmente prática, no mundo em que se passa a história deste livro, a magia não é mais vista de forma prática a vários séculos, tornando-se um campo apenas para o estudo teórico.

Obviamente, essa impertinente, porém necessária, pergunta incomoda a muitos do grupo, que consideram uma afronta tal inquisição. Mesmo após bater de frente com os mais antigos do grupo, John Segundus não se abala e continua sua busca pela resposta do porquê do desaparecimento da magia. Sua incansável procura o leva a um senhor que atende pelo nome de Gilbert Norrell, que afirma não entender o propósito desse questionamento, pois ele mesmo é um mago prático a consideráveis anos.

Após uma demonstração de suas habilidades, Mr. Norrell abandona o conforto de seu lar no Condado de York e se dirige a Londres com uma missão: Trazer de volta a magia à Inglaterra, tornando-a uma respeitável e nobre ocupação inglesa. Atualmente, ele considera que o conhecimento da magia está, no ponto de vista de Mr. Norrell, totalmente equivocado, pois se baseia plenamente nos conhecimentos do Rei Corvo, um antigo Rei do Norte da Inglaterra, responsável pela disseminação da magia no continente há séculos atrás, e que, sem qualquer explicação, desapareceu, ainda sendo aguardado seu retorno por muitos.

Mas Mr. Norrell não estará sozinho nessa empreitada de trazer de volta a magia para a Inglaterra, pois eis que surge o talentoso Jonathan Strange, e, apesar de gênios e opiniões contrárias, ambos os magos se veem numa trama envolvendo criaturas do folclore irlandês, críticas sociais, guerras napoleônicas e profecias, onde tudo parece ser palco para o retorno desse antigo e poderoso Rei.

Inicialmente, precisamos falar da edição. Não entendi o que levou a Companhia das Letras a lançar esse livro pelo seu selo infato-juvenil, pois, apesar de ser um livro mais parado e que, apesar de diversas cenas de caráter mais gore¹ e momentos tensos, o livro traz algumas críticas que podem não ser muito acessíveis à jovens leitores. Porém, apesar desse estranhamento, a edição é um primor, seja na capa bem bolada, seja na sua tradução extremamente bem feita (tive a oportunidade de intercalar a leitura da edição brasileira com a original da autora, e devo dizer que não tive qualquer problema com tradução e revisão). Meus parabéns à editora.

Vamos falar então da história. Resumindo em poucas palavras: Esse livro é um primor!

Suzanna Clarke é uma admiradora da literatura inglesa do século XIX, e nunca escondeu que essa obra era uma homenagem à uma de suas autoras favoritas, Jane Austen. Logo você tem uma narração maravilhosa, com uma exposição de sociedade e críticas sociais que os admiradores dessa autora do período regencial logo vão se identificar. Mas ela não para em Jane Austen, mesclando à sua história diversos elementos de Ann Radcliffe, Shakespeare, Charles Dickens e até mesmo a Tolkien.

Esse é um livro de história alternativa. Ele terá personalidades reais ao longo da narrativa, seja no caráter político, seja no caráter literário (à propósito, Lorde Byron é um personagem ótimo nesse livro, e a relação dele com Jonathan Strange é quase cômica), assim como diversos eventos reais, porém agora misturados com os elementos fantásticos da história.Isso se mostra de maneira mais evidente nas diversas notas de rodapé do texto, que não são referências de outros autores e estudiosos à obra, como é o caso das que temos nas obras publicadas pela Zahar, mas são notas da própria autora, que faz menção à todas as referências da história. Essas notas são essenciais para o total entendimento da obra, para dar um panorama geral e específico e até para dar uma veracidade incrível a toda a narrativa.

Outro ponto incrível na história são seus personagens. Falando de seus protagonistas, tanto Jonathan Strange quanto Gilbert Norrell são personagens únicos e com personalidades bem distintas. Mr Norrell é aquela pessoa totalmente literal e teórica (O que considero irônico, pois ele abomina os mágicos teóricos). Sendo mago prático há anos, ele tem uma gama bem ampla de experiência e conhecimento, mas se atém aos livros totalmente. Jonathan Strange é tido como gênio, pois aprendeu magia de uma forma mais autodidata e experimental, acabando por criar seus próprios feitiços, quando lhe falta o apoio teórico.

Com suas cargas de qualidades e defeitos, ambos são personagens um tanto difíceis de lidar, mas, diferente de muitos, eu não consigo ser imparcial entre eles. Mr Norrell, a meu ver é uma pessoa totalmente egoísta, mesquinha, presunçosa, arrogante e hipócrita. Após tomar seu lugar como Primeiro Mago da Inglaterra, ele monopoliza todo o conhecimento da magia para sim, restringindo o uso até para o Jonathan, na época seu pupilo, que anseia pelo conhecimento. Reclama sobre magias que ele considera “não respeitáveis”, mas que ele mesmo as utilizou para atingir seu cargo. Sua vaidade também vai a níveis exorbitante e, na companhia de duas das piores pessoas da história, Drawlight e Lascelles, seu comportamento é medonho e abominável.

Jonathan Strange, é claro, não é nenhum personagem baseado em um herói de ideais arthunianos. Sua dinâmica com Lorde Byron é tão singular que o próprio toma notas do comportamento do Strange para futuros personagens. Ele é aventureiro e, por vezes inconsequente, o que o leva a caminhos um tanto ruins na vida, mas mesmo suas falhas são aceitas quando, pelo menos para mum, elas podem ser explicadas como consequências de atos do Mr Norrell ao longo da narrativa.

Mas não é apenas de seus protagonistas que esse livro respira. A dona Clarke dá um show quando se utiliza de uma criatura mitológica irlandesa, conhecida como sidhe. Esse tipo de fada não é nenhuma das que estamos acostumados. Em uma das notas de rodapé da história, é dito que, enquanto os humanos são muito mais razão, as fadas são totalmente magia, não tendo muita noção da lógica e comportamentos humanos. É aí que entra o Cavaleiro, que seria o maior antagonista dessa história. Ele não vê problema algum em matar e amaldiçoar qualquer personagem que o desagrade, enquanto os que ama, ele também consideram bem normal raptá-los para seu Reino, onde os força todas as noites a dançarem em seu baile macabro. O próprio Rei Corvo foi vítima de uma dessas fadas, tendo sido raptado quando bebê para os domínios do Reino Encantado.

O Rei Corvo em si é um personagem totalmente fora do que esperamos como um Rei. O primeiro capítulo em que o vemos agir é escrito com uma maestria tão sublime, que chega a merecer releituras!

Ainda falando de seus personagens marcantes, Childermass, Lady Pole, Stephen Black e Vinculus são os que nos brindam com as melhores críticas sociais ao longo dos livros. Através desses personagens vamos ver como eram tratadas as pessoa quando elas não detinham a cor de pele, posição, status e o gênero necessários para serem considerados “certos” diante da sociedade. Me arrisco a dizer que, se os protagonistas são o prato principal da trama, esses personagens são o tempero extremamente necessário para apetecer o paladar.

Definitivamente, "Jonathan Strange & Mr. Norrell" tornou-se uma de minhas leituras favoritas desse ano. É um livro onde a ação em si não acontece com frequência, mas que tem elementos únicos que formaram uma história única e fantástica!

site: http://www.mundodoslivros.com/2016/05/resenha-jonathan-strange-mr-norrell-por.html
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@APassional 28/04/2016

* Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
A intertextualidade e metalinguagem de Susanna Clarke é no mínimo estonteante e nos conduz a uma jornada inesquecível que entrelaça crítica social, romance gótico, história, folclore, e sobretudo magia de forma magistral. Não é por menos que Jonathan Strange & Mr. Norrell inspirou a série de mesmo título na BBC, afinal trata-se de uma obra-prima!

Confira a resenha completa no blog Arquivo Passional, no link abaixo.

site: http://www.arquivopassional.com/2016/04/resenha-jonathan-strange-mr-norrell.html
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PorEssasPáginas 23/12/2015

Quando eu solicitei esse livro para a Cia das Letras, eu não fazia ideia do que me esperava. Só sei que o fato de a história ser adaptada para uma série da BBC e a introdução por Neil Gaiman chamaram minha atenção, então achei que era um livro que merecia ser lido. Alegro dizer que estava certa.

O livro é narrado em terceira pessoa e dividido em três partes: Mr. Norrel, onde destaca os feitos de Mr. Norrel, e como ele se consolida como o único mago da Inglaterra, até ele conhecer Jonathan Strange e torná-lo seu discípulo; Jonathan Strange, onde conhecemos a personalidade carismática e enérgica e quando a história toma mais consistência mostrando a guerra napoleônica e o contraste entre a personalidade de Strange com a de Mr. Norrel; e John Uskglass, que não tem o nome no título do livro, mas tem um papel importante durante toda a leitura, uma vez que ele é praticamente o precursor da magia na Inglaterra, também conhecido como o Rei Corvo.

Dito isso, não quero me aprofundar na história. Como eu disse, é um livro que merece ser lido, saboreado e devorado. Não tenham medo das mais de 800 páginas dele, porque por mais assunto e notas de rodapé que tenha, ele é fascinante. Pode não parecer, porque o livro tem várias partes explicativas – além das notas de rodapé, mas ele consegue ser curto, quase carente de uma continuação, com um final aberto, mas apropriado para a história – que provavelmente não terá sequência.

Acontece que, de tão fascinados pelo universo criado por Susanna Clarke, ficamos curiosos por saber mais, por desvendar os mistérios da magia com os dois magos e por mais aventuras que eles possam se meter. A mistura que a autora faz entre a ficção e os fatos históricos da época são tão próximos e tão reais que você fica se perguntando se isso realmente aconteceu de acordo com o livro e não como a História nos conta. As notas de rodapé só ajudam a dar essa credibilidade ao livro e, por mais que algumas pessoas não gostem delas (eu mesma não curto livros com tantas notas assim), você não consegue deixar de lê-las e ficar fascinada com elas e como Susanna Clarke consegue fazer conexão entre elas e a história principal e com os fatos históricos.

Os personagens muito bem construídos. Mister Norrel é um homem já de meia idade que dedicou sua vida ao estudo da magia. É muito conservador, acha que nem todos (ou praticamente ninguém além dele) são dignos de aprender magia e coloca muitas restrições na prática também. Já Jonathan Strange, que descobriu ao acaso que tem aptidão à arte, é mais dinâmico e até prático. Ele é curioso e questionador e acha que a magia deve ser disseminada àqueles que se interessam por ela. O contraste entre os dois fica mais evidente quando o assunto é John Uskglass, uma vez que Norrel despreza o Rei Corvo e Strange o considera muito importante para a história e prática da magia.

Sobre os personagens secundários e suas histórias paralelas eu vou deixar que vocês leiam e descubram sobre eles. Eles são igualmente interessantes e importantes para o desenvolvimento dos fatos do livro, mas se eu mencionar todos, a resenha ficará enorme e é provável que eu não faça jus a todos eles. Eu destaco aqui o mago de rua Vínculus e o Cavalheiro de Cabelos de Algodão.

Não é para menos que Susanna Clarke tenha demorado dez anos para escrever esse livro. Ela não escreveu nada que fosse irrelevante para a história, mesmo as histórias dentro da história, seja nos rodapés, seja no texto. E soube fazer as ligações de forma primorosa, sem furos.

Eu recomendo muito a leitura, mesmo! Mas quero avisar que esse livro é denso, portanto, alguns leitores terão dificuldade em lê-lo de uma vez – principalmente a primeira parte que é de Mr. Norrel. É um livro que pode se tornar cansativo, mas não ao ponto de você abandoná-lo por completo, uma vez que ele é bem escrito. É algo que você pode ler aos poucos, mesmo para assimilar certos fatos que ocorrem. Em determinados momentos você também pode se ver compelido a lê-lo com mais rapidez, tendo em vista a curiosidade sobre o desenrolar da trama. Então, depende muito do seu estado de espírito ao começar essa leitura. Só posso afirmar que, uma vez que você comece, não vai se arrepender.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-jonathan-strange-mr-norrell
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AleixoItalo 25/11/2015

Uma mistura de Jane Austen, Charles Dickens e Tolkien, vencedor do Hugo Award, com milhares de obras vendidas e elogiado pela cr?tica, o livro Jonathan Strange & Mr. Norrell de Susanna Clarke, ? uma obra de fantasia que brinca com os conceitos da literatura cl?ssica e dos romances ingleses que marcaram ?poca, e nos leva em uma aventura por Londres e outros reinos encantados.

A magia desapareceu da Inglaterra a muito tempo, e os ?nicos magos operantes s?o os magos te?ricos, que apenas estudam a hist?ria da magia. Eis que surge Mr. Norrell, mago pr?tico com planos ambiciosos de trazer a magia de volta e coloc?-la no papel de relev?ncia que teve outrora. Arcaico, metodista e ego?sta ao extremo, Mr. Norrell tem planos de ser o ?nico mago do pa?s, mas n?o contava com o surgimento de outro mago: o impetuoso Jonathan Strange, que trata a magia com muito mais flexibilidade e praticidade, e tem planos muito divergentes dos de Mr. Norrell. Ambos est?o envolvidos em uma profecia que remete aos tempos do Rei Corvo ? ser ancestral que trouxe a magia para a Inglaterra ? que pode trazer a ru?na de ambos e liberar for?as terr?veis no mundo.

A trama de Jonathan Strange & Mr. Norrell se passa por volta de 1800 e somos apresentados a toda a comunidade inglesa t?pica da ?poca. N?o se trata de uma trama cheia de reviravoltas e personagens misteriosos, se trata do dia a dia dos dois magos em meio a sociedade em que vivem. O humor brit?nico t?pico, as normas de etiqueta da ?poca e rela?es sociais est?o todas presentes no livro, todos detalhes abordados com primor.

Ao inv?s de apelar para uma narrativa r?pida e direta, a escritora Susanna Clarke nos leva a conviver com os personagens, passando por todas as situa?es t?picas da ?poca, uma verdadeira viagem no tempo. Acompanhamos Strange e Norrel por aproximadamente uma d?cada, e nesse ?tempo? assistimos eventos marcantes como a guerra contra a Fran?a e a famosa Batalha de Waterloo, e conhecemos personagens hist?ricos importantes, como o Duque de Wellington e o famigerado poeta Lord Byron.

Os personagens s?o marcantes e bem desenvolvidos. Mr. Norrell ? um t?pico velho chato e rabugento e s?o cansativas e irritantes suas apari?es na obra (propositalmente, afinal ? um personagem de grande import?ncia) por outro lado ? Jonathan Strange que esperamos ver, para fazer sua magia e salvar o mundo ? embora a magia seja mais perigosa que aparenta.

Al?m dos dois cavalheiros, somos apresentados a toda a sociedade inglesa que comp?e seu c?rculo social, al?m de personagens hist?ricos e c?lebres. As mulheres t?m destaque especial, Lady Pole e Arabela Strange s?o duas personagens carism?ticas, fortes e de papel fundamental dentro da hist?ria. Destaque a parte para o ?vil?o? da trama, oriundo do mundo das fadas: O Cavalheiro dos Cabelos de Algod?o. Tal personagem foi muito bem abordado, apresenta o mal em ess?ncia, diferente da maldade humana, uma maldade m?gica, que muito mais se assemelha a loucura e a falta de limites, um personagem marcante.

Ao contr?rio das obras de fantasia atuais, em Jonathan Strange & Mr. Norrell n?o existe um sistema de magia, ela simplesmente est? l? para ser feita por quem ? capaz, da mesma forma que n?o existem limites aparentes do que ? poss?vel ser feito: florestas, montanhas e rios podem ser mudados de local, estradas podem ser moldadas do nada, e seres inanimados (defuntos, est?tuas, etc?) podem ganhar vida e terem opini?es pr?prias. A magia em Jonathan Strange & Mr. Norrell ? pass?vel de fazer coisas imposs?veis e absurdas, t?pico das magias dos contos de fada. O mundo m?gico abordado mostrado por Susanna Clarke ? misterioso e intrigante, meio louco, tr?gico, espectral e m?stico, o mundo das fadas faz jus ? paisagem alheia ao nosso mundo, que tem toda sua atmosfera moldada pela magia.

Outro fator interessante em Jonathan Strange & Mr. Norrell, s?o as notas de rodap?, ?escritas? por personagens do livro numa esp?cie de metalinguagem, apresentam contextos e passagens do passado? algumas tiradas dos livros m?gicos ? da ?poca em que a magia ainda reinava absoluta no mundo.

De todo, s? acho que faltou um desfecho mais objetivo, todo o enredo gira em torno da profecia, e no final das contas n?o se sabe ao certo como ficou a rela??o da magia na ?nova? Inglaterra. O livro se apega no dia a dia dos personagens e segue essa vertente at? o final, atingindo o cl?max s? nas ?ltimas p?ginas.

? disso que se trata Jonathan Strange & Mr. Norrell, uma boa obra de fantasia que presa em trazer um bom enredo t?pico de um conto de fadas moderno e se sobressai como uma obra bastante original em meio ao oceano de obras de fantasias existentes. Se voc? ? f? do humor brit?nico, e gosta de aventura e magia, ent?o n?o pode deixar de conferir.

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And 22/11/2015

Trilogia ao inverso
A maioria dos que leram, estão lendo ou vão ler sabem que era dividido em 3 livros.
Digo aqui que ao contrário de muitas trilogias de filmes onde o primeiro é bom, o segundo mais ou menos e o terceiro é aceitável, o livro de Susanna Clarke de início é um tanto enfadonho, melhora muito com o segundo livro e o terceiro é sensacional. Ela realmente criou algo foda e que não deve ser de maneira alguma desprezado por aqueles que adoram um bom livro rico e detalhes, cheio de mistérios e imaginativo de ponta a ponta.
Por isso, para aqueles que estão iniciando sua leitura, termine o primeiro livro (Mr. Norrell), que vale a pena cada capítulo.
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Matheus 11/09/2015

Super recomendado
Personagens bem escritos, notas de rodapés gigantes e (quase todas) muito interessantes, uma história incrível, narrador acidamente irônico e algumas boas reviravoltas envolvendo profecias. Isso tudo compõe a beleza desse livro e o torna pequeno mesmo tendo suas 800 páginas
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Renata (@renatac.arruda) 03/07/2015

Trazendo a magia de volta à Inglaterra!
Um pouco fantasia, um pouco comédia de costumes e um pouco romance histórico, com um estilo que funciona como um pastiche de Jane Austen e ainda presta homenagem a cânones da fantasia como O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia, e tem vários pontos se interseção com Harry Potter e até as aventuras de Alice. Porém, é para adultos: Susanna Clarke mostra um retrato da sociedade inglesa, tocando em assuntos como racismo, xenofobia, doença mental, pobreza e exclusão social sempre de maneira irônica e sarcástica. Tudo isso contando a história dos maiores magos da Inglaterra. Pra incrementar, ela ainda recheia as páginas com notas de rodapé fictícias e divertidas, no melhor estilo David Foster Wallace.

Susanna Clarke cria um universo com bastante veracidade e você chega a acreditar que de fato tudo aquilo existiu. O livro é dividido em 3 partes e vai ficando cada vez mais sombrio, chegando ao sinistro na última parte, que considero a melhor. São mais de 800 páginas que se começam de maneira lenta, terminam deixando a sensação de que poderia continuar por mais umas 300 - e só dá pra torcer que ganhe uma continuação algum dia!
Pra quem gosta de Harry Potter, dá pra brincar dizendo que este é um livro "pré-Harry Potter" (e muito mais adulto, aliás), e se imaginar como um estudante de Hogwarts (a la Hermione) lendo sobre como o reservado Gilbert Norrell e o carismático Jonathan Strange trouxeram a magia de volta à Inglaterra - e como isso lhes custou caro!

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Carla Maria 07/05/2015

Simplesmente... Mágico!
Nossa! Nem sei por onde começar, porque durante 2 semanas e meia (eu levava 20 minutos para ler apenas 1%, de tão grande que é o livro) eu estive envolvida em um universo mágico de Susanna Clarke, e que universo!... Esse livro pra mim, foi de uma extrema sensibilidade de detalhes e enredo. Nunca li nada igual e seria um disparate total dar menos do que 5 estrelas para esta obra literária... Um livro que não agradará a todos, pois não se trata de historinhas bobas, mas de toda uma riqueza que somente quem o lê, sabe do que estou me referindo... Histórias incríveis irão se entrelaçar e toda a magia da Inglaterra irá te enfeitiçar, pois Jonathan Strange & Mr. Norrell chegaram para abalar todas as estruturas de um país em guerra e já desprovido de magia (que foi perdida a 300 anos).
Trecho do Livro:
"...ela sentiu calor por causa da dança e fez uma pausa para tirar o manto. Então suas companheiras viram que gotas de sangue, como pingos de suor, formavam-se nos braços, no rosto e nas pernas da jovem, indo cair no chão coberto de neve. Ante o horror dessa visão, elas fugiram.
O exército desconhecido não entrou em Allendale. Prosseguiu durante a noite rumo a Carlisle. No dia seguinte, com muita cautela, os habitantes da cidade foram até o lugar onde o exército estivera acampado. Lá encontraram a jovem com o corpo totalmente branco e exaurido de sangue e a neve em volta manchada de um sangue vívido.
Por esses sinais, reconheceram os daoine sidhe — as hostes dos seres sobrenaturais das colinas. ..."
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Gabii 05/05/2015

Livro que traz como temática principal o retorno da magia á Inglaterra no século 18/19, Jonathan Strange & Mr. Norrell é um livro divertido, com uma estória bem construída e inteligente.

Mr. Norrell é um mago pratico que tem como primeiro grande ato de sua saída do anonimato a dissolução da Sociedade de Magos de York, um bom começo, considerando que no livro todo ele passa a ideia de querer ser o único mago da Inglaterra, até encontrar Jonathan Strange, um rapaz com um talento natural para a pratica de magia. Até ai tudo, bem tudo lindo, só que o contato de Norrell com um ser mágico acaba desencadeando uma série de eventos que levam a tentativa de trazer John Uskglass de volta a Inglaterra, não é nem preciso dizer que durante o processo outro tanto de acidentes ocorrem. Eu pessoalmente achei muito interessante o modo como Susanna descreve o mundo dos seres mágicos, sempre presente, sempre coexistindo com o nosso mundo, a atmosfera de brilho e decadência também é muito envolvente fora o modo como a magia parece estar diretamente ligada a loucura – acabei me sentindo lendo uma mistura de Robert W. Chambers com Henry James e com algo um pouco mais histórico – ambos personagens são bem diferentes, e talvez eles reflitam muito a oposição entre o antigo – o tradicional Norrell – e o novo – o método empírico, alias totalmente experimental de Strange – esse antagonismo inclusive pode ser observado sempre nas ciências, o que reforça a ideia do tratamento dado a magia no livro: como um verdadeira ciência.

Como já dito é um livro muito divertido, eu demorei um pouco para ler, mas, foi devido ao seu peso – ele é muito pesado para levar pra faculdade >.< – é possível observar que Susanna fez uma pesquisa considerável para escrever esse livro, o que o torna bem mais interessante do que a maioria dos livros de magia – superficiais e pouco fundamentados.

site: http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com.br/2015/05/jonathan-strange-mr-norrell-susanna.html
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