spoiler visualizarDesirre2 14/05/2020
Salve para Ratonhnhaké:ton. Marquei com spoiler porque já não sei mais o que é um spoiler
Vamos às considerações. Em meu ponto de vista, a obra em boa parte é sangrenta e esquisita. O uso da primeira pessoa é até ok, é boa, por ressaltar a visão do Haytham. Mas seria melhor seguir em terceira, talvez, porque aí ficou meio que uma tentativa de seguir o volume 3 (A Cruzada Secreta) com a visão de Altaïr. Se Haytham tiver mesmo um diário (não sei ao certo sobre isso, não joguei o AC III completo) até que seria ok mais uma vez, mas sei lá. Não colou muito.
Agora, os momentos "cringes": para descrever as ações dos vilões, as falas e atitudes eram tão malignas que me provocou risos constrangidos. O Cutter, por exemplo, foi o apse, era tão cruel que nossa, morri de medo (olhos revirando de ironia aqui). Isso tornava tudo cringy porque era tão, mas tão maldoso que nem precisava imaginar que em seguida viria o herói para ensaguentar todos os inimigos guela abaixo, e todas as descrições, andadas e gestos dos inimigos eram varridos. Toda aquela fala de tortura e blá blá blá não causou efeito algum senão sensação de vergonha alheia.
E quando a Ziio, aborígene, solta um "terminamos"? Hahahaha ela é uma índia, baralho. Isso aqui é incoerente, ao meu ver, ao tipo de personagem que estamos falando sobre, especialmente imaginando a época que a história passa. Achei moderno demais... e incabível a ela. Tá, pode ser o "término" que provavelmente não rola no jogo, mas mesmo que role, é incoerente igual.
Ratonhnhaké:ton. Ou simplesmente, Connor. Aparece em menos de 80 páginas, saudades de mais espaço pra ele, né minha filha? Ademais, na obra é dita que Connor é o nome que Ziio dá pra ele, mas na verdade verdadeira, seu nome é esse monte de "Rato-nhe-nhe-nhê-ki-tón", e quem apelida ele de Connor pra simplificar isso tido é o Achilles. Ah, mas esqueci: o Achilles nem aparece no livro mesmo. Quando surge é absolutamente DO NADA, na execução previsível do Coninho, e do nada ele some também.
Momentos engraçados: tudo parece novamente tão forçado que até os momentos mais corriqueiros não soam naturais, e os momentos de maldade e etc que tomam esse espaço. Paece até uma comédia que li e que não tinha graça nenhuma, apenas tragédias.
Por fim, nem preciso citar que senti uma pressa lascada pra acabar a história. Acho que tinham cenas tão legais para serem descritas (como quando o Coninho "vira" uma águia e sai voando por aí), e essas cenas sim poderiam ter tons poéticos. Mas não. Poetizaram as batalhas, o sangue, etc.
Enfim, pararei com a série de AC por um tempo devido a isso. De 5 obras lidas até agora, apenas 2 foram aceitáveis e que valeram a pena: Renascença e A Cruzada Secreta. Até a próxima, pessoal.