spoiler visualizarmardegan 14/08/2019
Inovador para época
Robinson Crusoé é um romance de Daniel Defoe que se passa no sec. 17
Nunca, até então, na história da literatura se viu um homem de tanta sorte e tanto azar ao mesmo tempo como Crusoé. É o humano mais suscetível a naufrágios que esse mundo já vira, ao mesmo tempo que é o humano mais sortudo em encontrar meios de não morrer de fome ou se afogar em alto mar. Como citado anteriormente, Crusoé presenciou por várias vezes seu navio ir a pique por conta dos imprevistos marítimos, para tanto, notamos a exagerada sorte que o protagonista possui em escapar aos percalços, seja salvo por outros marinheiros ou indo parar em uma ilha deserta (o qual é o único sobrevivente da tribulação).
Crusoé mostra-se pouco religioso no início de sua aventura pela ilha, porém, vários acontecimentos o fazem crer que Deus existe e que todas as situações são controladas e determinadas por ele. Já nós leitores, temos a impressão que se o divino realmente existe na história de Crusoé ele gosta muito do personagem, visto o grande número de situações que o personagem consegue superar.
Percebe-se facilmente a mudança de personalidade do protagonista no decorrer da história, a trama se desenvolve de forma que o personagem passa de sobrevivente de uma ilha inóspita para governador da ilha com poderes soberanos.
No demais, Robinson Crusoé, reúne todas as características históricas de seu tempo, ascensão do capitalismo, período das navegações e troca de especiarias, forte influência religiosa.
Contudo, o livro finaliza com a retomada das orientações do pai de Crusoé, que em momento algum apoiou as aventuras do filho, profetizando sua provável desgraça se trilhasse o caminho do mar. Orientações as quais diziam que a condição média era a melhor opção para uma vida boa, não sofrendo as angustias dos pobres nem as preocupações dos ricos.