As Aventuras de Pi

As Aventuras de Pi Yann Martel




Resenhas - As Aventuras de Pi


340 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Filipekb 24/02/2012

Uma viagem emocionante
O livro é realmete fascinante. Todos os momentos e histórias dentro da história são incriveis. Das descrições maravilhosa da India até ao desespero de estar em um bote com uma Hiena, uma Zebra, um macaco e Um tigre. tudo é fascinante nessa obra. recondadíssimo.
comentários(0)comente



Marina 24/11/2012

Já faz um bom tempo que tenho este livro, e me lembro até hoje de como descobri a obra de Yann Martel: eu tinha lido Cabeça Tubarão, do Steven Hall (recomendadíssimo, aliás), e depois fui fuçar em uns fóruns de discussão sobre o livro, que é cheio de interpretações, mensagens sutis, referências, etc. Bem, neste fórum várias pessoas citaram "A vida de Pi", numa comparação da obra do Steven Hall (elas em nada se parecem, apenas no final, que obviamente não vou dizer o que é). Tantas pessoas comentaram que fiquei curiosa, e fui atrás do livro.


A premissa não decepciona: Pi Patel, um garoto indiano, está de mudança para o Canadá com a família em um navio, que leva também animais do zoológico de seu pai que foram vendidos. O navio naufraga, e Pi consegue escapar num bote salva-vidas. O problema é que há outros sobreviventes no bote: uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre de bengala. Já no início os animais matam uns aos outros, sobrando apenas Pi e o tigre, o que faz com que o garoto tenha a tarefa não só de tentar sobreviver ao naufrágio no meio do oceano pacífico, como também sobreviver ao seu companheiro de bote, um animal selvagem.

O desenrolar do livro é simplesmente sensacional. Yann Martel constroi tão bem o personagem de Pi (que é o narrador do livro), que ele se torna quase palpável. Você sente a tensão, a solidão, e todos os sentimentos que ele parece transmitir. Em momento algum do livro a parte do naufrágio se torna tediosa, pelo contrário: a angústia só vai crescendo, e você sempre quer saber o que acontecerá no dia seguinte.
O livro só não é perfeito pela sua introdução extremamente longa (razão pela qual dei 4 estrelas e não 5). O enredo, dividido em três partes, só alcança o naufrágio na segunda parte, sendo a primeira destinada a contar a vida de Pi no zoológico do pai e de suas crenças religiosas. O assunto é interessante, e há um porquê disso ser descrito. As explicações sobre o comportamento e o instinto dos bichos casa com os acontecimentos de animais confinados num bote e a convivência de Pi com eles, assim como as crenças de Pi se tornam um fator crucial na sua luta pela sobrevivência. Religião, aliás, é um tema muito presente na estória, e gostei bastante da abordagem de Martel, mas ainda assim, a parte inicial se arrasta e se alonga sem necessidade.
O final é para arrematar com chave de ouro. Eu sou bem chata em relação aos finais dos livros, raramente algum me impressiona, seja porque já é o caminho esperado, por ser previsível ou anti-climático. Mas a terceira parte e desfecho de A Vida de Pi me deixou mais que satisfeita.

Estou ansiosa para ver o filme de Ang Lee baseado nesta obra, mas tenho certeza de que nada será tão bom e tão rico em detalhes quanto o livro. A Vida de Pi é, sem dúvida alguma, um must read e Yann Martel já entrou para a minha lista de escritores para se acompanhar. Uma excelente referência saída de outra excelente leitura. Win-win.
comentários(0)comente



Amanda Ulaf 25/12/2012

Acredite no extraordinário!
A vida de Pi relata a história fictícia de Piscine Molitor Patel ou simplesmente Pi, um garoto indiano, em que o pai é dono de um zoológico o qual esta de mudança para o Canadá.

Alguns animais foram comprados pelo o zoológico do país em que se mudariam, por esse motivo a viagem iria ser feita através de um navio cargueiro de origem japonesa, levando alguns animais e toda a família Patel (pai, mãe, irmão e o Pi).

Após alguns dias de viagem, houve um forte barulho e uma forte tempestade na qual o navio naufragou no oceano Pacífico, deixando Pi a bordo de um bote salva-vidas na companhia de alguns animais.

Após esse episódio fatídico, as aventuras de Pi no Pacífico começa a ser contada!

Vale ressaltar que o livro é dividido em três partes: A primeira parte fala sobre Toronto e Pondicherry (cidade de Pi); a segunda parte trata-se da situação vivida por ele no Oceano Pacífico e a terceira e última parte sobre o Centro Médico em Tomatlán no México.


O livro é realmente extraordinário, muitas vezes fui pega pensando se realmente essa história não seria real. A maneira como o autor narrou a história é de fato fascinante.

Em geral nos livros bons, nós rimos e nos emocionamos, mas neste livro eu tive uma sensação que nunca havia experimentado antes, que foi a de sentir vontade de vomitar...rs

Isso mesmo, vomitar. Em um determinado momento da história, tive que parar, tomar um pouco de água e ar fresco, porque a sensação de enjôo não passava. E foi incrível sentir isso ao ler um livro, porque para mim a história realmente foi real.

Espero poder indicar este livro para mais pessoas e que elas possam sentir a mesma felicidade, alegria, desespero, enjôos e acima de tudo FÉ que Pi sentiu e na qual ele me fez sentir também!



comentários(0)comente



Natalia 27/12/2012

Fascinante
Como é possível que um autor possa despertar tanta angustia com uma simples narrativa?
Sim, uma simples narrativa. De tão simples custei a acreditar que a história era uma ficção. Cada página mostra uma riqueza de detalhes tão impressionante que é difícil acreditar que saiu do imaginário de alguém. Diferente de uma fantasia onde você sabe que aquilo não é real, A Vida de Pi é uma aventura que pode sim acontecer com qualquer indiano azarado.
E por isso me envolvi emocionalmente com aquele menino.

Se você quer se emocionar e aprender a sobreviver a um naufrágio em um bote com um tigre de bengala é imperativo que leia esse livro.

Só isso.
comentários(0)comente



Fernanda 28/12/2012

“A vida de Pi” é um livro surpreendente. É um daqueles livros que nos deixam inquietos durante a leitura e, perto das ultimas páginas, nos faz entrar num torpor. Fiquei muito tempo olhando para a parede pensando: “eu realmente li isso?!” e depois voltei para o livro e depois entrei em torpor e o ciclo se repetiu por toda a manhã.
Pode parecer exagero, ou de fato pode ser, mas o livro é incrível mesmo.
A narrativa é inteligente e direta e o autor foi muito honesto com relação à realidade.

Piscine Patel, ou Pi ( isso mesmo: 3,14...) é um garoto cujos pais são donos de um zoológico na Índia. Ao mudarem para o Canadá tudo na vida de Pi muda. O barco naufraga no Pacífico, juntamente com sua família e sua perspectiva de vida, e ele é o único sobrevivemente.
Pelo menos, o único sobrevivente humano. A bordo do bote em que ele é lançado, está uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre-de-bengala adulto.
Animais ferozes e... letais.
Pi vai precisar se adaptar a sua nova realidade. Não pensem vocês que os bichos vão começar a falar e cantar. O livro não foge da pegada realista.

Yann Martel nos impõem uma perspectiva branda, até, mas nada bonita. Fome, dor, frio, desespero são expostos, porém a racionalidade de Pi consegue falar mais alto.
A luta pela sobrevivência é clara. Pi precisa se manter vivo com todos os sentimentos desesperadores o cercando, sem falar nos bichos em sua companhia, principalmente Richard Parker, o tigre, e o animal mais perigoso.
Os conflitos são externos e internos.

Trecho:
"O desespero era uma escuridão pesada que não deixava a luz entrar ou sair. Era um inferno absolutamente indescritível. Graças a Deus, acabava passando. Era um cardume que surgia perto da rede ou um nó que precisava ser refeito. Ou, então, eu lembrava de minha família que havia sido poupada dessa agonia tão terrível. A escuridão ia se abrindo e acabava desaparecendo, e Deus ficava ali, um pontinho de luz brilhando no meu coração. E eu continuava amando."

“A vida de Pi” é um livro instigante e fantástico, assim como seu protagonista.
Pi é um garoto singular. Já mencionei que ele tem três religiões? Pi é Hindu, cristão e muçulmano; religiões diferentes que ele adaptou para um único fim: amar a Deus.
Assim como ele vai adaptar sua situação difícil e seus companheiros de tripulação ao único fim aceitável: se manter vivo.

As aventuras de Pi (como diz a adaptação cinematográfica) são difíceis e dolorosas. A narrativa é fácil, mas os fatos são difíceis. O livro nos dá muito que pensar. Não dá pra evitar.
Principalmente com o final. (Lá vem o torpor...)

O livro tem um quê de filosófico muito interessante e cativante. O autor foi realmente genial com as analogias feitas. A narrativa é limpa e sem eufemismo e, como já mencionei, muito inteligente.
“A vida de Pi” é um livro doloroso, mas necessário. E, sem dúvida, uma obra grandiosa.

Recomendo!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



gleicepcouto 26/01/2013

Vídeo Resenha: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=r52JClSH2Co
comentários(0)comente



dansardinha 01/04/2013

Apesar de ter alguns trechos repetitivos, eu recomendo a leitura.
Têm alguns momentos angustiantes, tristes e o final é bem coerente.
comentários(0)comente



Luiz Rodrigo de 12/02/2013

Sobre Meninos, botes e gatos - Max e os Felinos e a Vida de Pi
Eu nem sabia de nenhum dos dois livros até que no ano passado eu vi a resenha da "Vida de Pi" da Marina Gastal e foi uma ótima resenha, e ela disse que iria ter o filme no começo do ano de 2013, fui direto para o treiler do filme. E achei maravilhoso. Chegou o Natal e ganhei um Vele Presente da Livraria Curitiba de minha irmã e eu fui lá pegar a edição da "Vida de Pi" e minha primeira decepção, só tinha o livro com a capa do filme e se transformou em a "Aventura de Pi". Eu estava com outro dilema e u estava no meio da "Herança" e a possibilidade de ver o filme em 3D me levou a ver o filme primeiro.
Aquela noite quando cheguei do cinema eu extasiado com tudo o que vi na tela, entrei na web para ter detalhes maiores do livro que estava em minha lista recente que aguardava para eu ler. Vi uma polémica que tinha voltado a tona por causa do filme. A polémica era a respeito de um plágio que a Yann Martel tinha feito com um livro brasileiro do Moacyr Scliar e eu vi o vídeo promovido da LePM Editores, do próprio Moacyr contando o que aconteceu em 2002 quando o livro do Yann ganhou um prémio literário da língua inglesa. E no vídeo como na nota da edição que li , Moacyr não acho nada de plagio , as histórias são totalmente diferentes. E ele só lamentava, e eu também da declarações do Yann a respeito deste assunto. E vi nos comentários do vídeo um monte de gente inflamada por um nacionalismo tolo. Eu falei para mim mesmo, não farei como estes e li os dois livros neste feriado de Carnaval. Me lembrei da decepção do povo brasileiro quando a "Vida é bela" ganhou da "Central do Brasil" eu vi os dois filmes e gostei dos dois, porém a "Vida é bela" foi melhor. E depois eu achei o canal literário "O Batom de Clarice" que fez este exercício e eu gostei muito, e o que me incentivou ainda mais a fazer este exercício.
Diferenças entre os livros.
No livro do Max a parte dele com a felino no bote é apenas um cena do livro, já o naufrágio de Pi é praticamente o livro inteiro, Max tem 121 páginas já Pi tem 371, o que torna um livro mais reflexivo , Max é mais direto. Os dois livros tem histórias boas , mas acho que o Yann fez um trabalho mais lapidado, com mais pesquisas, tinhas horas que eu lia como se eu estivesse vendo um documentário da vida animal no National Geografic. Eu gostei das duas histórias. É lógico que eu tive que desligar das bobagens que o Yann disse do Moacyr. E pela minha consciência devo disser novamente que o livro do Espanhol radicado no Canadá é melhor que o brasileiro. Há já ia me esquecendo o filme a Aventura de Pi é mais glamorosa que no livro, apesar disto , os detalhes que estão só no livro da ao relato cores mais intensas que o 3D não capta, leia e verá.

Acho que o melhor mesmo seria se fizessem um a peça de teatro com um confronto fictício entre os escritores , não faço nenhuma sugestão de quem ganharia este debate, mas seria um grande encontro.
comentários(0)comente



Targino 13/02/2013

Verdade ou Ficção Real?!
Uma história bastante interessante do ponto de vista que coisas maravilhosas podem acontecer a qualquer hora, e em qualquer lugar, basta apenas ter fé.
Mas em contrapartida existe o fato de que essa mesma história é muito fantasiosa. Como conviver com um animal - tido como assassino - durante 227 dias "A minha história começou numa data marcada - 2 de Julho de 1977 - e terminou noutra data - 14 de Fevereiro de 1978" e este mesmo animal - um tigre-de-bengala de alcunha Richard Parker - não lhe atacar.
Acho que o autor teve bastante criatividade para que o Pi tivesse bastante história quando encontrasse terra novamente.
No mais a história das Aventuras de Pi (Life Of Pi) tem de tudo um pouco, desde a história que ele nos mostra como verdadeira, até a que ele recria para o Sr. Tomohiro Okamoto e o Sr. Atsuro Chiba fazendo-os crer que esta nova história é tida como a verdadeira.

Realmente esse drama misturado com romance e aventura, e de bastante fé - independente de religião. Nos cativa de um jeito do qual somos sugados para aquele ambiente, e ficamos na expectativa do que vem a seguir, o que irá acontecer com Pi e com o seu 'fiel' amigo Richard Parker - do qual um não sobreviveria sem o outro.

Só tenho um palavra para descrever esse livro "FASCINANTE".
comentários(0)comente



L F Menezes 19/02/2013

Sem palavras
Entendo como ele tenha ganhado o Man Booker Prize de 2001, mas o que eu não consigo aceitar é como esse livro é desconhecido. Ele deveria ser entregue a toda pessoa viva no mundo.
Mas por que? O livro é um aprendizado. Além de lhe ensinar como passar por situações difíceis, ele também faz uma boa reflexão do papel da religião e da imaginação na vida humana.
A primeira parte do livro é a mais cansativa, mas não deixa de ser interessante. Ela nos apresenta quem é Piscine (e sua diferença religiosa) e, ao mesmo tempo, nos presenteia com um conhecimento básico de zoologia e religião.
A segunda parte é a mais interessante pois conta o naufrágio. Essa já aborda as dificuldades, os medos, as crenças e mostra como uma pessoa pode fazer de tudo para salvar sua vida. Podemos retirar dessa parte o ensinamento de que "Todas as nossas dificuldades, todos os nossos problemas não vem em vão; você sofre hoje pra aproveitar o amanhã".
A terceira parte é a conclusão filosófica do livro. Essa parte é tão sensacional que você se vê em um enigma ("O que é verdade?") que faz o final do livro ser digno de aplausos e urros, como diz a capa do livro.
A vida de Pi nos ensina que a sociedade está cada vez mais afastada da religião e, ao mesmo tempo, nos apresenta como as pessoas não usam a razão, preferindo a fantasia em vez da realidade humana.
Não é nem um dos meus três livros preferidos, mas com certeza é o livro mais sábio e bonito que eu já me deparei.
comentários(0)comente



Izabella Viana 23/02/2013

Estou relutando em conseguir voltar à realidade após a leitura desse livro.

"Acredite no extraordinário".

Sim, eu acredito.
comentários(0)comente



otxjunior 27/02/2013

As Aventuras de Pi, Yann Martel
Tomei uma antipatia do autor desse livro quando fiquei sabendo das acusações de plágio contra ele. Ouvi o depoimento da vítima (o escritor brasileiro, Moacyr Scliar) e fiquei chocado com a declaração ofensiva de que Yann Martel havia lido a premissa do livro, mas com receio de que uma boa história pudesse ser estragada pela falta de talento do escritor brasileiro, decidiu escrever a sua. Portanto, além de plagiador é de uma cara-de-pau surpreendente.
Vencedor do Booker Prize e adaptado com muito sucesso para o cinema, As Aventuras de Pi é principalmente sobre um sobrevivente de um naufrágio que divide o bote salva-vidas com um tigre-de-bengala adulto, por 227 dias em algum lugar do Pacífico. Desde o início, o tom de fábula é sugerido, como por exemplo na justificativa da compleição física do tio do protagonista ou na passagem em que três líderes de diferentes religiões discutem em um restaurante. Portanto quando vemos Pi em alto-mar na companhia de personagens inusitados em um cenário fantástico e passando por provações inimagináveis não estranhamos certas peculiaridades, as quais não entrarei em detalhes para não revelar muito. Vale destacar também o quão visual é a narrativa, o que explica o ótimo filme que o livro originou.
Com um eficiente final que dá outra perceptiva e novos significados ao que seria uma mera história de sobrevivência náutica, As Aventuras de Pi se mostra um excelente entretenimento, um profundo estudo psicológico, um manifesto em defesa da arte, um estudo sobre fé e religião. Lamento apenas a falta de maturidade artística (por sinal, incompatível com a proposta do livro) do autor (plagiador).
comentários(0)comente



PorEssasPáginas 25/03/2013

Resenha As Aventuras de Pi - Por Essas Páginas
Recebi o livro As aventuras de Pi no final de janeiro e não demorou muito para que eu o lesse (infelizmente demorei para resenhar). Por sorte também consegui assistir à adaptação do cinema (que não me decepcionou), embora tenha assistido antes de ler o livro (quando prefiro o contrário).

A história é contada em dois pontos de vista. Um deles, em itálico, é o “autor” do livro (que inclusive agradece ao Moacyr Scliar pela “centelha de vida” da obra, mais detalhes no final). Meio que a narrativa de Yann Martel se mistura à do autor fictício, que está com um bloqueio quanto à criação de uma nova história. Quando ele viaja para a Índia, encontra um homem que o convence a voltar para Toronto e se encontrar com Pi Patel, que passa a narrar a história em primeira pessoa.

O nome original do livro é The life of Pi (A vida de Pi, literalmente) e acho que a tradução do livro poderia ser essa literal, mesmo, porque conta desde a infância de Pi e a explicação sobre a origem de seu nome (Piscine Molitor Patel) e como passa a ser chamado apenas de Pi; sobre sua família, que possui um zoológico, e sobre sua vida religiosa. Além de acrescentar peculiaridades sobre os animais e a vida no zoológico.

Curiosamente, ele é um católico hindu muçulmano. A forma como desenvolveu sua fé em cada religião é dissecada em vários capítulos e confesso que achei fascinante a forma como Pi se identificava com essas religiões, tão distintas uma das outras. Foram quase 200 páginas falando sobre a vida de Pi na Índia. Embora lenta, a leitura não foi cansativa. Então começa a aventura.

Eis que o Sr. Patel, pai de Pi, decide vender os animais do zoológico e se mudar para o Canadá, para uma nova vida. A família Patel inteira embarca em um cargueiro, com vários animais enjaulados. Porém, em uma noite de tempestade, o navio começa a afundar. Por sorte ou azar, Pi é praticamente arremessado em um bote salva-vidas.

Pi então fica feliz ao ver Richard Parker nadando desesperadamente para alcançar o bote. Ele chegou a mencionar Richard Parker antes, no início, mas só nessa parte ele menciona que Richard Parker é um tigre de bengala. Daí ele percebe seu erro ao se alegrar.

Pi consegue sobreviver ao naufrágio e está em um bote, agora com a zebra, um orangotango que chega em cima de uma penca de bananas e uma hiena. E claro, Richard Parker que, aos poucos e conforme as necessidades, fez a tripulação diminuir cinco para dois – Pi e o tigre.

Essa parte da narrativa é mais cansativa, embora a mais importante. Foram aproximadamente sete meses à deriva no Oceano Pacífico, apenas Pi e Richard Parker, ambos lutando para sobreviver. A princípio, Pi pensa em deixar o tigre morrer de fome, mas percebe que a única esperança de se manter vivo é manter Richard Parker vivo também.

“(…) parte de mim estava feliz com a presença de Richard Parker. Parte de mim não queria absolutamente vê-lo morrer porque, se isso acontecesse, eu ficaria sozinho com o desespero, um adversário muito mais assustador que um tigre.”

A luta pela sobrevivência passa a ser uma luta de fé. Pi tem um grande conflito interno, uma vez que se vê obrigado a cometer atos que eram considerados pecados por ele durante sua jornada (por exemplo, ele não poderia matar seres vivos, nem se alimentar deles, mas estando no Oceano, o que há de se fazer?).

Eu gostei da leitura, embora tenha sido algumas vezes repetitiva e, consequentemente, cansativa em alguns pontos. O final é um choque e, cá entre nós, quando Pi é encontrado e conta sua história, prefiro a primeira versão dela. Só lendo para saber.

Eu assisti o filme antes de ler o livro (graças à cortesia da Nova Fronteira, muito obrigada!) e devo dizer que gostei muito – e o final foi surpreendente. Há aquelas diferenças básicas do livro, mas você visualizando o drama de Pi, consegue assimilar bem o sofrimento pelo qual ele passou e passa a ter mais empatia com o personagem.

Sobre Moacyr Scliar x Yann Martel e o plágio. Eu não li o livro Max e os felinos, mas enquanto lia As aventuras de Pi, eu me deparei com a coluna de Luiz Schwarcz, no blog da Companhia das Letras, que fala com mais detalhes sobre o ocorrido. Para qualquer um que tenha dúvidas, recomendo muito a leitura que pode ser acessada aqui.

Uma curiosidade: Patel também é o nome do psiquiatra de Pat Peoples, em O lado bom da vida. Será que o autor se inspirou em Pi para criar o personagem?

Resenha original http://poressaspaginas.com/resenha-promocao-as-aventuras-de-pi
comentários(0)comente



Rodrigo 28/03/2013

As Aventuras de PI
Um dos melhores livros que já li. Uma história concreta, bem escrita, agradável que nos faz querer devorar o livro de uma só vez.
comentários(0)comente



340 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR