De pernas pro ar

De pernas pro ar Eduardo Galeano




Resenhas - De pernas pro ar


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Filib Jurj 07/01/2009

Eu quero descer!
O livro, finalizado em 1998, reúne uma série de fatos que comprovam que vivemos em um mundo ao avesso, onde empresas que fabricam minas terrestres para guerras também lucram horrores com o desarmamento das minas que elas mesmo fabricaram e ditadores continuam com cargos altos e respeitáveis após serem depostos.

Apesar do livro ter sido escrito há 10 anos, continua atual e serve para refrescar a nossa memória (você lembra do Ricúpero?). Galeano também tomou o cuidado de listar, ao final de cada capítulo, a bibliografia consultada para escrevê-lo.

E só para citar algo que não gostei, achei um tanto chata a antipatia do autor por videogames, um entretenimento que eu não considero nocivo.

Cla Motta 07/01/2009minha estante
O autor me deixou surpreendida, o livro me deixou concentrada do começo ao fim, fiz um resumo imenso dele. Realmente, um livro para se ter ao lado da cabeçeira.

beijo


Cla Motta 07/01/2009minha estante
O autor me deixou surpreendida, o livro me deixou concentrada do começo ao fim, fiz um resumo imenso dele. Realmente, um livro para se ter ao lado da cabeçeira.

beijo




Arthur 12/03/2023

Está tudo errado.
Nos acostumamos a ler e assistir diversas obras distópicas que em muito se propunham a, diante da surrealidade do mundo, imaginar que caminho mais desvairado a humanidade seguiria.
Talvez para aplacar a angústia de viver em um mundo injusto, imaginar o mundo ainda pior nos acalente - no sentido de pensar que "poderia ser pior". Mas é inegável que do jeito que está, não está nada bom!
Eduardo Galeano, com a sua escrita peculiar, nos prova por "A + B" (como se precisasse), que o mundo está todo errado, ou, como ele mesmo diz, "ao avesso".
Elementos do nosso mundo de cabeça para baixo como o sistema de produção que acentua as desigualdades, a divisão do trabalho, o conflito de classes e o Estado burguês que tendem a reforçar a ideia de que a corda só rompe no lado mais fraco, as inversões de valores, a violência e sua indústria, a adoração ao consumo em detrimento ao cuidado com a natureza, dentre outros, são comentados com a ironia e a criticidade típica do escritor Uruguaio, defensor do sul do mundo, em especial da América Latina.
Mas para quem está cansado das lamúrias (inevitáveis), Galeano se permite sonhar no final com o que poderia ser um mundo mais justo. E como geógrafo, amei o final com uma referência a cartografia e a sua carga ideológica. Se o mundo como tal está de cabeça para baixo, que tal nos inspirarmos nas antigas representações cartográficas e invertermos o norte e o sul?
Mas se quiser seguir a distopia, "ouça ou leia as notícias do dia a dia".
Kamyla.Maciel 12/03/2023minha estante
Muito boa a resenha! Me deu muita vontade de começar esse.


Arthur 12/03/2023minha estante
Você não vai se arrepender, Kamyla.




Feint 11/02/2009

Na minha opinião, este livro deveria ser leitura obrigatório no 2º grau e mesmo em faculdades. Você fica abismado ao saber como sua vida é controlada por tudo que vê,ouve,compra. Escritor incrível!!
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Somazz 20/08/2009

Todos deveriam ler
Ótimo, uma realidade que esta na cara de todos.
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Coolerman 03/01/2011

Melhor crítica socio-politica-economica mundial, com bastante ironia e sarcasmos. Melhor livro do Galeano!
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André Goeldner 28/04/2011

RARO
Raros autores dão vontade de reler. Eduardo Galeano é um deles.
Com uma percepção ímpar da realidade e uma escolha perfeita das palavras, ele mostra que o hoje é o ontem travestido.
Dono de um humor ácido e um deboche destruidor ele extermina quase todos a quem depositamos nossas esperanças.
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Carla 06/08/2012

De pernas pro ar – A escola do mundo ao avesso, Eduardo Galeano
Tenho que ficar feliz quando esse tipo de livro ‘cai do céu’. Eu nunca tinha ouvido falar do senhor Galeano, nem de suas ideias, foi numa noite trabalhando como recepcionista num hotel que meu colega numa troca de turno me disse que tinha esse livro para me emprestar.
Sempre fico com um ‘pé atrás’ mas fui em frente, adorei!!!

Não sei como esse tipo de livro não está em nossas leituras obrigatórias do colégio, tá certo ele é de 1998, e eu terminei o Ensino Médio em 1999, mas ainda assim. Eu sempre bato nesta tecla, eu queria ter lido esses livros antes. Já vou dizer o porque.

Eduardo Galeano é provavelmente comunista, se não for, leva todo o jeito (não eu não fiz o tema de casa, ainda não pesquisei o autor na internet. O motivo? Preguiça, sim eu assumo meus erros). Ele não é daqueles ‘marxistas violentos’... nossa como é difícil ser politicamente correta nos dias de hoje.
O autor fez um apanhado geral do retrato politico da américa latina, juntou fatos com poesia e nos apresenta tudo que encontrou para comparar e mostrar que sim, nós américa-latina estamos sempre baixando a cabeça para as grandes potências econômicas, e ele não soa como um antiamericano, sua escrita parece bem objetiva.
Ai você vai pensar, - “bah a Carla é comunista!” - mas não.
Eu gostaria que o Comunismo fosse algo bom, assim como o Capitalismo também poderia ser, mas os ‘ismos’ normalmente só são bons para aquela mesma ‘meia-dúzia’ que está no poder. Figuras como Hugo Chavez que é a favor de todos receberem o mesmo salário de fome, mas ele pode ter uma comitiva de 40 empregados, desde o engraxate, até seu cabelereiro pessoal. Mas talvez e só talvez essa seja a ideia dele de gerar emprego, e não, de forma nenhum na Venezuela alguém mais deveria viver como ele, pois em seu próprio discurso isso é absurdo.
É assim que a massa acaba ficando no limbo, enquanto os grandes assumem a nossa conta bancária.

De pernas pro ar fala da crise econômica que quebrou a Argentina, do único presidente comunista eleito pelo povo, assassinado pelo exercito (e não isso eles não assumem que ocorreu no Chile em 1973 - falei disso na resenha do livro da Isabel Alende, Meu país inventado), quanto ao Brasil ele conta sobre nossa politica de assassinar crianças de rua, quando poderíamos gastar algum dinheiro para ensinar a prevenir a gravidez, ou ainda como último recurso ensinar e criar esses pequenos para serem humanos.
Creio que tudo nos remete a educação, sempre que leio um livro sobre politica isso vem, está lá. Como seria lindo ter educação, ler por prazer, entender que a televisão sim nos dá as opiniões prontas, e fim de papo, quando nos dão a notícia verdadeira, é bem desgastante prestar atenção na TV e ver que cada canal da a sua versão de um mesmo acontecimento. Claro que não há porque ser extremista gosto de acreditar que ainda há meios de comunicação livres para se expressarem, a internet é atualmente o melhor deles.
Ler esse livro mesmo que seja para dizer que odiou e discorda de absolutamente tudo já é um ato de ousadia, e ousadia para pensar é algo que sinto falta quase todos os dias.

Recomendadíssimo, e parabéns a L&PM por publicar os impublicáveis.

http://www.concentrofoba.com.br
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Fátima 07/03/2012

De pernas pro ar
Galeano descreve que toda forma de vida se encontra em desordem total. As influencias do capitalismo,a falsa liberdade, o comodismo e tudo que venha a nos distanciar de nós mesmos, é retratado do inicio ao fim do livro. Coisas também saturadas, seja por naturalização ou pela insistencia do autor.
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Tõe Chico 03/10/2013

Galeano e as contradições da sociedade capitalista
Em “De pernas pro ar – a escola do mundo ao avesso”, Eduardo Galeano expõe as contradições da sociedade capitalista. Através de dados e do empirismo mostra como os poderosos, os “donos do mundo” controlam o planeta em favor de seus interesses, dominam as informações e constroem paradigmas e conceitos para justificar suas imposições. Um mundo triste com pingos de esperança.
O livro foi finalizado em 1998 e traz consigo uma análise do mundo às vésperas do terceiro milênio da Era Cristã. Diversos temas são colocados em debate: hegemonia capitalista, sociedade do consumo, imparcialidade e não democratização dos meios de comunicação, racismo, machismo, exploração do trabalho, militarização da vida, violência do Estado, devastação da natureza, entre outros. Galeano utiliza o sarcasmo e a ironia para apresentar e questionar esses temas de forma envolvente e bem crítica e se aprofunda mais nos problemas latino-americanos e dos países periféricos. O mundo, como vem sido gerido pelo capital, não agrada ao autor e está distante da justiça social e da democracia de fato.
Galeano se mostra preocupado com o futuro incerto do planeta. Do jeito que as coisas se apresentavam em 1998 (e permanecem da mesma forma até hoje), não havia muitos motivos para vislumbrar mudanças estruturais que possibilitassem a melhoria de vida da grande parte da população mundial e diminuíssem a degradação do meio ambiente. O consumismo cada vez mais impiedoso, os venenos nas comidas, a precarização dos serviços públicos básicos, a imposição de ideias, o não direito ao próprio corpo eram problemas destacados pelo autor que continuam latentes na sociedade. Os grandes empresários ao redor do mundo ditam as regras da vida social, os países ricos (as potências do Norte) detêm o controle financeiro, econômico e até cultural do mundo, empurrando seus produtos e serviços goela abaixo nos países do sul (os subdesenvolvidos).
É esse cenário mundial recheado de contradições e injustiças, que só se justificam através do poder, desenhado por Galeano ao longo do seu livro. Por vezes parece pessimista, apocalíptico e desesperançoso, mas é a análise da realidade cruel dessa sociedade irracional. Os poucos momentos de esperança são vistos ao expressar a resistência dos povos explorados ao longo dos anos e no descrever dos movimentos sociais aguerridos que lutam contra essa lógica aniquiladora do capital.
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Reinaldo Rodrig 27/07/2016

Um mundo saqueado e consumido
Curso básico de injustiça, racismo e machismo; aulas de corte e costura: como fazer inimigos sob medida; a impunidade dos exterminadores do planeta; curso intensivo de incomunicação.

Eduardo Galeano nos apresenta A Escola do Mundo ao Avesso, que costumamos chamar de planeta Terra. Esta sagrada instituição é dirigida pelos detentores do poder: potências mundiais do norte que financiam as guerras com o mercado de armas e invadem os países africanos e latino americanos para sugar suas poucas riquezas e transforma-los na lixeira do mundo; e megacorporações que instauram o mercado capitalista socializando o terror, doa a quem doer, fabricando seus produtos a partir das fontes esgotáveis e vendendo-os a nós, esgotados pelo consumismo. As aulas são ministradas pelos ditadores militares, que fabricam os inimigos a ferro e fogo e infectam o povo com medo e ódio.

Galeano utiliza-se da única arma que dispõe, a Literatura, para denunciar os crimes legais cometidos pelos poderosos e a impunidade que lhes é cúmplice. Diante de todo este mal, existe alguma esperança à qual podemos nos agarrar? Sobre isto, o autor deixa pistas, como o grafite encontrado em um muro qualquer, que diz: "existe um país melhor, em algum lugar".
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Naiara 03/01/2017

'A verdade está na viagem, não no porto'
Eduardo Galeano reflete, nesta obra, acontecimentos de seu tempo, nos incitando a pensar criticamente sobre os mais variados assuntos - o cenário político, econômico, social e cultural. Observamos como o mundo está ao avesso quando valores como justiça são vistos apenas em telenovelas fantasiosas, válvulas de escape desta sociedade tão desigual e punitiva.
O livro é de 1998 e relembra vários episódios, às vezes manchetes dos telejornais de países diversos, em caixas de texto do tipo complementares. Dividido em vários sessões temáticas - A escola do mundo ao avesso, Cátedras do medo, Seminário de ética, Aulas magistrais de impunidade, Pedagogia da solidão e A Contraescola. Por vezes, noto um tom bastante pessimista em suas análises acerca do mundo e das transformações dos valores e ideias desse mundo moderno, mais preocupado com os cuidados dos seus automóveis e em deixar a TV no centro da caso como um membro participante inclusive das refeições, substituindo os seres viventes que outrora dialogam entre si. Este livro apresente um panorama real acerca do mundo de sua época e como o próprio autor o lia e refletia.
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eneida 29/01/2017

Escrito há quase 20 anos atrás mas impressionantemente atual. O tema central é a dominação dos países pobres pelos países ricos, a supremacia dos EUA e Europa ocidental em relação ao resto do mundo, e cada capítulo é destinado a um tema diferente, como educação, comunicação, indústria armamentista, ecologia, saúde e assim por diante. Muito intenso, amargo ( apesar das tentativas de humor, o gosto final é amargo), mas muito necessário. Livros assim são para mim uma espécie de chacoalhão, uma sacudida no meu pensamento comodista que me faz pensar, e olhar um pouco para os lados e questionar o real valor de tudo.
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And 14/10/2020

Genial e dolorido
Com uma construção textual sarcástica Eduardo Galeano nos mostra as contradições sociais pútridas mantidas pelo status quo. A leitura é fluida e penetrante
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juliajunq 28/02/2021

galeano e sua capacidade de mostrar a realidade de fato
Nesse livro o autor descreve eventos desastrosos que ocorrem ao redor do mundo em razão do sistema regente, destacando as consequências do imperialismo, da exploração ambiental e, principalmente, do capitalismo. A leitura é fácil e envolvente, além de que não é necessário lembrar dos capítulos anteriores para entender o próximo. Recomendo muito para quem quer uma leitura fácil durante a qual se possa também aprender.
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