Hellmouth 26/02/2010
O livro mais debatido do século XIX!
Karl Marx, o "herético economista" - talvez esta rotulação seja falha, devido a sua erudição fora do comum que apreende inúmeras áreas das Ciências Humanas -, conseguiu, através de um "alfarrábio" que lhe rendera mais de 20 anos de intensos estudos, desenvolver uma técnica de análise nunca antes nas ciências humanas: o materialismo dialético.
Através desta nova percepção de enxergar um fenômeno, consegue expor, à sua maneira, teorias antes presentes em vários economistas anteriores, principalmente os "clássicos" e os "vulgares".
O materialismo dialético consiste em enxergar um fenômeno através de várias formas (a "paralaxe") por uma perspectiva em especial: a análise crescente dos fatos. Dessa forma, Karl Marx começa analisando neste primeiro tomo a menor partícula da economia burguesa: a mercadoria.
Porém, ao analisar o caráter das mercadorias, o pensador alemão desenvolve conceitos atrelados a esta partícula: valor de uso, valor de troca, fetichismo da mercadoria, circulação das mercadorias (o próprio afirma que as mercadorias "dançanm" no mercado), acumulação primitiva de capital, mais-valia (absoluta e relativa), taxa de mais-valia, massa de mais-valia, dentre outros conceitos.
Mas, de fato, este primeiro livro não visa a analisar o "capitalismo" em sua fase desenvolvida (adulta); mas a fase anterior, o que ele denominou de fase da "acumulação primitiva de capital".
Sem dúvida este livro moldou toda uma geração de intelectuais, pois instituiu uma nova forma de pensar nas Ciências Humanas.
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PS: Esta versão da Civilização teve como tradutor Reginaldo Sant'anna, que, praticamente, "assassinou" a essência original do livro! Esta versão foi muito, mas muito mal traduzida! Aconselho ao leitor ler a versão da coleção "Os Economistas".