Horizonte Perdido

Horizonte Perdido James Hilton




Resenhas - Horizonte Perdido


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William LGZ 17/05/2022

Grande conceito, mediana narrativa
Eu estava com altas expectativas para esse livro e confesso que me decepcionei bastante com a forma que a trama progrediu e se concluiu.

Apesar de uma encantadora premissa e de concepções interessantíssimas, senti todo o resto bem raso e mal-construído, principalmente seus personagens e decisões tomadas por estes em sua reta final que me pareceram sem sentido algum.

É uma obra interessante mas que não pude realmente me conectar por conta dos motivos apresentados acima, até recomendo para quem tenha um interesse em conhecer a enigmática Shangri-La mas que não vão com tanta expectativa como eu fiz!
Mateus 20/07/2023minha estante
Eu gostei da obra, o enredo não é tão descritivo, mas a história é boa e agradável, o final em partes é lamentável, talvez o país de Shangri-Lá pudesse ser melhor descrito, mas mesmo assim não deixa de ser boa a obra




Alan Santiago 22/12/2009

Shangri-Lá continua intacta
Fosse um chinês o criador de Shangri-Lá certamente esse mítico paraíso terreno, escondido em algum lugar do Tibete, não teria tintas tão francamente ocidentais. E, talvez também não tivesse animado tantos espíritos das bandas de cá do globo, desde 1933 quando foi lançado Horizonte Perdido, a embarcar na ideia de uma sociedade erigida sob o julgo benevolente da paz e da sabedoria, apartada do nosso mundo de prazos e horários, voltada para o que há de mais interior no ser humano.

Virou instantaneamente um best-seller. Ainda mais porque o inglês James Hilton teve a felicidade de parir as 248 páginas do romance no momento certo da História: o mundo passava pela maior crise capitalista até então e via emergir, inerte, o nazi-fascismo na Europa - as bases necessárias para eclodir a Segunda Guerra três anos mais tarde. Shangri-Lá convertia-se, assim, em alternativa inevitável para um Ocidente prestes a explodir.

Mas, para ser palatável a esse gosto particular, acabou ganhando padres franceses, alunos de Chopin e nativos dedicados ao estudo da cultura europeia. "Como veem, somos menos bárbaros do que esperavam", diz Tchang, um dos lamas do mosteiro que recepciona os forasteiros, trazidos até Shangri-Lá após terem seu avião sequestrado. Com o tempo, a barbárie de menos deixa de ser simplesmente porque o mosteiro, mesmo a milhares de quilômetros dos grandes centros, tem tantas e tão boas acomodações que impressionam os recém-chegados. Na verdade, a própria lógica de Shangri-Lá é de uma civilidade ocidentalizada, baseada na mediania aristotélica e na dominação das paixões. Não é à toa que o vilarejo tenha adquirido as feições que tem no momento da narrativa pelas mãos de um cristão - não sem a ajuda de budistas.

Acredita-se que o fabuloso romance de Hilton seja uma deturpação ficcional, muito bem urdida, dos textos do expedicionário Joseph Rock, publicados na década de 1930 na revista National Geographic sobre a mesma região chinesa onde supostamente transcorre a ação do livro. A descrição de Rock da montanha Konkaling lembra em muitos pontos o Karakal encantado de Shangri-Lá. Ou quem sabe a inspiração tenha vindo do monte Kawakarpo, de onde ele também pinçou a colonização de padres franceses. Certamente, o mais impressionate vem das semelhanças com o mosteiro de Muli, igualmente dirigido por um governo teocrático, distante do mundo moderno, cujo governante teve encontros reiterados com Rock - como o cônsul inglês Conway, em Shangri-Lá, tem com o Lama Superior.

Mas, se é certo que Shangri-Lá está inteiramente compreendida pela ótica particular do europeu branco e colonizador, é igualmente verdade que Hilton conseguiu enfeixar num único lugar mítico, com vigor, precisão e astúcia, um poço das projeções do Ocidente por encontrar na vida terrena um ambiente possível de paz, tranquilidade e sabedoria, onde o tempo não é mais fruto de preocupações, mas, ao contrário, encarado com serenidade. É ideia fascinante que atravessou o século XX incólume ao tempo. E não dá mostras de esgotamento. Aos desbravadores, resta o aviso: as estradas do Tibete estão abertas. Muli continua intacta. Shangri-Lá também.
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Silvana 21/12/2012

Como eu gostaria que a história fosse real!
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RM1922 21/05/2021

Precisei parar as leituras e releituras que estava fazendo quando Horizonte perdido caiu em minhas mãos. E que livro! A sinopse já é bastante interessante, fala sobre a mítica Shangri-Lá. Sim, você provavelmente já ouviu esse nome, portanto saiba que foi criação deste bom escritor inglês, em 1933.

James Hilton foi descrito como um excelente contador de histórias, e é justamente isso o que encontrará nas páginas de Horizonte perdido. Lembra um pouco a forma de contação de histórias de Malba Tahan, em que um personagem se insinua protagonista e em dado momento passa a palavra para outro. Nisso, Hilton é magistral.

A história, que começa despretensiosa numa reunião de amigos, ganha fôlego com o relato que um deles, escritor, recebeu de um conhecido em comum. E é aqui que começa de fato a busca pela lendária Shangri-Lá. Um inglês em serviço, e toda a tripulação de um pequeno avião, são conduzidos sem saber em direção ao Himalaia. São recolhidos por um monge tibetano e sua comitiva, e assim conduzidos ao misterioso paraíso na terra.

Uma vez em Shangri-Lá, cada um dos quatro personagens tem uma visão diferente do lugar, variando suas percepções em extremos. O que Hilton nos coloca é diante da noção do tempo que damos a nossas vidas, no que jogamos nossas ações no palco do efêmero, sempre preocupados com um amanhã materialista, mas diametralmente ausente de significado. Isso fica bem expresso no contraste do verdadeiro protagonista – Conway – com os demais personagens.

A relação que o tempo tem na trama fica ainda evidente em sua lenta passagem para os que residem lá, em comunhão com algumas das pérolas produzidas pela humanidade, protegidas das futuras guerras e cataclismos.

Horizonte perdido é para mim aquele livro indispensável para os que buscam os maiores tesouros produzidos pela literatura, e com certeza caberia na aquisição dos monges do mosteiro sagrado.

Tenho mais a falar sobre esse livro, mas cometeria a deselegância de revelar muito do enredo. O melhor mesmo é se deliciar com esta história magistral.

site: https://www.instagram.com/p/CEXnd-IDNLn/
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Kl 14/12/2015

Lúdico sonho.
Fugindo do fim da primeira guerra mundial, 4 pessoas se vêem levados à um misterioso lugar.
Novela impecável, deleitoso uso de diversos adjetivos e palavras, como que se formassem formosíssima pintura fronte ao leitor. Os versos de descrição parecem poemas, e sorve-los é enriquecedor e prazeroso.
O romance brinca com a antiga ideia do "Tesouro escondido" -embora não seja disso que se trata- é um sonho de leitura. Posso estar sendo culpado para dizer, porque esse assunto muito me atrai, mas tenho-o para mim como modelo de romance fantástico a seguir.
Único defeito foi ter sido talvez curto demais, gostaria de poder provar de um pouco mais de profundidade, pouco mais de desenvolvimento e poder me aproveitar de mais algumas páginas. Linda estética, páginas cintilantes.

248 páginas, Abril Cultural, 1980, uns 20x15cm, capa com ilustração unicolor, mas bonita e simples.
Ler as últimas páginas me deixou em certo choque e algum tempo depois me entristeceu um pouco.
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M. Lima 03/01/2024

Horizonte Perdido - James Hilton
Quatro viajantes acidentalmente são levados a um lugar paradisíaco chamado Shangri-lá. Uma região nas proximidades das montanhas do Tibet, na qual é povoada por Lamas (Guias Espirituais Lamaístas) e diversos outros moradores de diferentes nacionalidades e idades.
Em Shangri-lá, com a ótima hospitalidade dos residentes, Conway (Nosso protagonista) e seus companheiros (Mallison, um jovem aventureiro amigo de Conway; Miss Brinklow, Uma freira e Bernard, um misterioso Americano que não possui muito histórico) Veem que o lugar é além de tudo, encantador. Um lugar rico em paisagens, alimentação, cordialidades entre a população, com exemplar liderança ?política? e uma vívida saúde que é aproveitada por todos. Além de tudo isso, todos os habitantes vivem muito, alguns com idade superior aos 200 anos, sem ter conhecimento do desgaste e cansaço do tempo.
Nesse ínterim de visitação, percebe-se que cada um dos apresentados têm em Shangri-lá um lugar e uma atividade/função a desenvolver. Eles sentem-se felizes e abraçados como parte do lugar, mas resta saber, a que custo?
Em segundo plano da trama, o autor de modo figurado, demonstra detalhes da natureza humana, em como estes reagem diante de tantas ofertas maravilhosas em troca de suas liberdades, afinal, ?quem deseja chegar em Shangri-lá nunca alcança, porém quem chega, jamais sai?. Conway é tentado pelo poder, Miss Brinklow pela religião, Bernard pelo ouro e riquezas; o jovem Mallison a princípio é inabalável em abrir mão de sua liberdade, e não se considera habitante de Shangri-la, mas prisioneiro.
Diante do exposto, o que cada personagem escolherá para si? Mallison continuará imbatível? Como Conway fará para conciliar o desejo de permanecer em Shangri-lá com o de libertar-se e voltar com seus companheiros para a civilização? Essas são algumas das problemáticas apresentadas que James Hilton convida o leitor a descobrir nas páginas de ?Horizonte Perdido?.
Obs: Há uma adaptação para o cinema baseada neste título: Horizonte Perdido - 1973 do diretor Charles Jarrott
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Marília 27/04/2021

Próxima Parada: Shangri-La
Um avião é sequestrado e seus tripulantes são levados para um mosteiro tibetano chamado Shangri-La. Ao chegarem, entram em contato com uma comunidade secreta de altíssimo nível de espiritualidade e saber, um paraíso mágico escondido do mundo. Quais motivos os levaram até lá? Quais ensinamentos Shangri-La tem para oferecer?
.

Primeiro livro lido em 2020 e foi uma decepção. Achei o livro bastante cansativo e há algumas conveniências bastantes rasas, como o Conway já ser o salsichão o livro inteiro e ser facilmente convencido no fim da história. Todavia, o livro propõe reflexões importantes sobre temas que muitas vezes são menosprezados pela nossa sociedade, provocando um raciocínio crítico no leitor que passa a observar essas questões com um olhar diferente.
O livro em si não é ruim, só não funcionou comigo.

29/01/2021
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Yussif 16/05/2012

Em “Horizonte Perdido”, James Hilton cria uma utópica localidade, um lugar mágico entre as belíssimas e inacessíveis montanhas congeladas do Tibet, onde pessoas de diversas nacionalidades diferentes vivem de forma livre e desabusada, partindo do princípio do uso da moderação em todas as suas atividades e atitudes. Shangri-La é a espécie de Neo-Eden que dá o nome desse sonhado local.
A obra de Hilton reflete perfeitamente toda a instabilidade política e econômica do momento. O mundo vivia um período de forte depressão impulsionada pela quebra da bolsa de Nova York, além da instabilidade político/militar pós primeira grande guerra mundial. Shangri-La seria então, um refúgio, um local onde poucos privilegiados poderiam conhecer. Mas será que o homem está pronto para isso? Essa é uma questão que Hilton de certa forma responde, mas para saber você terá que ler o livro.
Uma obra que todos deveriam conhecer, já que todos nós, mesmo que em apenas alguns determinados momentos da nossa vida, buscamos a tranquilidade e paz de um local como Shangri-La.
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Gleydinha 04/12/2020

Surpreendente
Eu tinha zero espectativas sobre esse livro, mas ele me surpreendeu de uma forma... Achei a história interessantíssima e, por vezes, não conseguia largá-lo!
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Andre 15/08/2014

Abri as páginas empoeiradas do livro de 1970 com cuidado, esperando por uma literatura ultrapassada e extraordinariamente entediante. Surpreendi-me com a destreza de James Hilton.
Conway, Mallisson, Barnard e Ms. Brinklow viajam de avião em meio a uma guerra famosa do século XX. O que não esperavam era que sua viajem já começara predestinada a se extinguir antes que pudessem admirar a linha do horizonte se perdendo sobre as montanhas tibetanas em Karakal. O por do sol revela aos viajantes uma paisagem estonteante, e o mar sem ondas paralisa-os perante tamanha beleza.
É neste momento que o avião em que estão começa a perder altitude, em virtude das ações libertinas do capitão, e os cinco caem nos entremeios dos vales da montanha. O tibetano morre com a queda e deixa os estrangeiros ilhados no meio de muita neve e de desfiladeiros traiçoeiros.
Até aí, uma história qualquer, porém ao chegar do lama Tchang, a história dá reviravoltas como em um redemoinho agitado. Perambulam, perdidos, até que uma construção imponente desponta por entre as montanhas, revelando que poderiam esperar por hora. O que não sabiam os quatro viajantes é que sua viajem estava longe de terminar.
O mosteiro de Shangri-lá era uma dádiva no meio daquele furdúncio, certamente uma ilha de mistérios dentro do Vale da Lua, assim como lhes fora falado. Curiosamente, nenhum lama exceto o próprio Tchang aparecera, mesmo após três dias hospedados com toda a comodidade do lugar.
E já se cogitava estender a estadia dos visitantes.
Repleta de aventuras e segredos escondidos, a história cativou-me de tal forma que viajei junto a Conway para encontrar o lama superior, aventurei-me junto à Ms. Brinklow na biblioteca do mosteiro, e vivi as aflições de Barnard e Harrisson junto ao afastamento total da sociedade. Pude contemplar a vida pós-morte e o Nirvana de forma tão intensa que praticamente me senti um dos lamas daquele incrível lugar.
Principalmente com a previsão assustada e certeira do lama superior, que deixou-me boquiaberto. Transcrevo aqui um trecho desta comovente passagem:
“Ser brando e paciente, velar pelos tesouros do espírito, presidir com sabedoria e sigilo enquanto a tempestade ruge lá fora. [...] Será uma tormenta, meu filho, como jamais o mundo viu outra igual. Não haverá segurança pelas armas, nem auxílio dos poderosos, nem resposta da ciência. Rugirá até que todas as flores da cultura tenham sido empezinhadas e todas as coisas humanas se nivelem num vasto caos. Tal foi a minha visão quando Napoleão era ainda um nome desconhecido. E continuo a vê-la, mais clara a cada hora que passa. Pode dizer que me engano?”
Somente Shangri-lá poderá responder esta pergunta, e quem sabe desenterrar o ferro do meio do Karakal, escondido na neve.
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Heitor.Hissao 21/03/2022

É um livro divertido, não muito mais que isso. Um dos maiores acertos é conseguir focar completamente a narrativa no personagem do Conway, já que ele é o começo e o fim do livro e, em uma construção muito interessante entre os capítulos para ele ir virando o centro da narrativa, a sua falta de vontade para tudo é o que faz ele ir em frente, até se contradizer.

O escritor também sabe nos fazer ficar do lado do protagonista, fazendo nós concordamos de uma coisa completamente diferente a outra apenas pela opinião que o personagem teve no momento.

Essa discussão sobre o conceito de utopia eu achei meio fraca. Porém, é interessante ver que o autor enxerga ela como algo de acomodado.

Também é interessante como ele comenta as questões sobre preconceitos dos personagens, de forma sútil mas muito forte.

Podia ser melhor essa parte do mistério envolto de Shangrilá e do Conway, porém é um livro legal de ler.
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Bah Peruchena 26/05/2020

Pelas montanhas do Tibete
Livro antigo com uma historia muito interessante, de uma aldeia encantada, chamada Shangri-la, localizada nas montanhas do Tibete e de como os personagens principais foram parar lá e com o que se depararam.
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Robert 07/04/2019

Surpreendeu..
Um Livro que surpreendeu bastante, pelas frases ditas, pelo tema nele abordado e que por muitas vezes vc sente a vagareza do tempo em shangri-lá, em algumas resenhas dizem que o livro é chato e que perde o "ritmo" porém discordo, o livro apos a chegada deles em shangri-lá, segue o ritmo do local que pela narrativa demonstra ser um ambiente calmo, sereno e onde as coisas ocorrem sem pressa,mas em todos os momentos consegue te prender e te fazem querer continuar a leitura.

O Tipo de livro que te faz pensar no tempo e deixam questões a se pensar ao fim da leitura, questões como a velocidade que a vida passar pôr nós e mts vezes n notamos dentre outras bastante interessantes..

RECOMENDO !!!
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Zambe 29/01/2010

Cansativo
Está sendo uma dificuldade terminar o livro, a história é encantadora mas a narrativa é muito rebuscada e fica cada vez mais cansativa.
Rahmati 21/09/2011minha estante
Rebuscada? É um dos livros de ficção fantástica com uma das narrativas mais leves que já li! :)


Raquel Holmes 17/08/2012minha estante
É o próximo livro que vou ler. :)




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