Caçando carneiros

Caçando carneiros Haruki Murakami




Resenhas - Caçando Carneiros


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Hime 17/05/2015

Perdida na aventura "estranha e misteriosa"
Já faz um tempo que li o livro e quero falar sobre ele. O problema é que descobri que tenho uma real dificuldade pra resenhar livros, então tudo que eu escrevia jogava fora. Resultado: me rebelei e vou simplesmente falar sobre o livro, ponto. Se parecer esteticamente feio, malz. Isso vai ser uma postagem “terapêutica”(sim, amo um drama xD).

Esse foi o terceiro livro escrito pelo Haruki Murakami. O último de uma trilogia independente(trilogia do “Rato”), para quem já leu os livros mais recentes do Murakami vai notar drasticamente uma dureza quanto a escrita. É tão diferente que se não fosse pela forma que ele gosta de desenvolver mistérios somado ao universo fantástico que só ele faz como ele, não imaginaria que fosse dele. Não sei se eu coloco como ponto positivo ou negativo, porque ao mesmo tempo que corri para ler um recente(comprei o livro das cores, vamos dizer amém?), acho que estou com medo de ler qualquer coisa dele que vá de Norwegian Wood para baixo. Mas enfim, quando eu acabar o das cores e do 1Q84 vou dar uma parada de ler Murakami, preciso de coisas novas e urgente.

Como primeiro livro resenhado sobre ele – sim, pretendo resenhar outros -, vou criar um tópico só para esse escritor, já que pretendo fazer um tipo de “Maratona Murakami”. Se ficar traumatizado com a resenha desse livro, não se assuste, é apenas um experimento.

Agora chega de falar, e vamos a obra.

Inicialmente, o protagonista cujo o nome não é revelado se depara com uma sequência não lógica de fatos em períodos de tempos ora distantes ora bem próximos, mas sempre aparentando ter uma ligação(como um quebra-cabeça).

Começa com o personagem lendo no jornal sobre o óbito de uma garota da faculdade que era ao mesmo tempo que íntima, distante. Em um capítulo curto descreve muito rapidamente, mas satisfatoriamente o relacionamento que tinham e quem é esse personagem e com quem ele costuma se envolver. Em seguida, passando por um divórcio com sua secretária, uma sequência rápida de fatos passam a acontecer na vida do mesmo: conhece uma mulher médium com orelhas atraentes, recebe uma carta misteriosa de um amigo da faculdade com uma foto estranha insistindo para que o mesmo publique em seus negócios de publicidade e um cara triplamente estranho e misterioso(sim, só consigo dizer esses dois adjetivos para expressar o que sinto xD) da máfia pedindo para que ele retire essa foto do material – independente de já estar impresso ou não – e que vá em busca do elemento da foto, nada mais nada menos que um carneiro com uma estranha e – advinha – misteriosa estrela de cinco pontas na testa. Movido por um motivo secret(não posso dar spoil aqui), o personagem larga tudo, seus negócios de publicidade que construiu com seu melhor amigo alcoólatra com síndrome de quarenta anos, para procurar esse carneiros seguindo pistas que personagens estranhos e misteriosos que vão aparecendo no decorrer da história dão. A mocinha das orelhas insiste em ir com ele, e ele aceita e por aí vai. A partir daí a história fica bem da bagunçada e louca, pior que os cenários de Hora de Aventura. Quando ele chega no lugar que ele precisava chegar – finalmente – ele passa a descrever o local todo, e isso me matou de tédio. Só no final deu pra entender o porque de ele ter feito isso. Enfim, vou parar de contar, porque já falei a base da narrativa.



site: https://metadoisdolares.wordpress.com/2015/05/17/cacando-carneiros/
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luizavidal 30/05/2020

Carneiros
Esse livro é muito instigante, do início ao fim, a forma como o autor consegue conduzir a narrativa sem expor quase nome nenhum dos personagens e ao mesmo tempo não faz com que você tente descobrir qual era justamente por trazer uma fluidez na leitura.
Além disso, o que me fez observar muito também é como o personagem principal é detalhado, descrito e posto dentro da trama. A forma como o autor passa os sentimentos e atitudes dele, mas ao mesmo tempo, como essas perspectivas vão colaborando e mudando ao decorrer da narrativa.
O final do livro também é surpreendente e admito ter me deixado um pouco confusa e ao mesmo tempo reflexiva sobre alguns relatos. Ótimo livro, indico super a leitura.
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Túlio 25/06/2023

"...a vida tem de ser uma busca contínua "
Esse é o tipo de livro que deixa você desnorteado. No bom sentido da coisa. Poderia ficar aqui apontando isso, e aquilo. Esse diálogo, ou aquele trecho. Mas para não dar spoilers prefiro falar sobre o caráter geral da obra:

1 - Acabei de ler. Soltei meu exemplar faz 2 minutos. Então tudo que vou escrever é a sensação mais "fresca". As impressões mais fortes.

2 - Apesar de já ter lido vários outros livros do Murakami, e conhecer seu estilo, lá pela metade deste aqui, eu estava acreditando que seria na melhor das hipóteses uma leitura mediana (inocente!)

3 - Na segunda metade uns "estalos" aconteceram, e tudo fez sentido para mim. Todo o livro ganhou um novo "verniz", e uma nova perspectiva. Acho que isso foi propositadamente, e brilhantemente planejado pelo autor

4 - os eventos/acontecimentos iniciais do livro partem de questões mais normais, para ocorrências muitas vezes que beiram o surreal, o inexplicável, o non-sense, etc. Em meu humilde entendimento, essa sucessão caótica (Caos puro!) de eventos está entrelaçada ao momento/situação que o protagonista está atravessando. Seu pensamento é caótico, porque sua vida, e seus sentimentos estão igualmente uma bagunça

5 - assim como vários outros personagens do Murakami, o protagonista está em busca de algo, em uma espécie de missão, mesmo que as razões para essa determinada "busca/missão" sejam do ponto de vista racional estupidamente questionáveis. O que me leva a acreditar com grande força que este é sem dúvida nenhuma um livro, também, de caráter existencial

6 - a meu ver, este livro tem como ponto central a Depressão (não posso falar muito mais para não dar spoilers)

7 - principalmente na segunda metade há trechos, passagens e diálogos belíssimos! Recheados de simbolismo, mas também repleto de ternura, contemplação, tristeza, melancolia

8 - escrevi na última página do meu exemplar: "Que inveja! Como escreve bem esse 🤬 #$%!& !". Acredite. Isso é o maior elogio que eu poderia fazer. Escritores que dão invejas entranháveis são como "deuses do Olimpo" na minha humilde consideração/classificação

9 - adoraria discutir esse livro com outros leitores
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Christian.Tharlen 22/03/2021

Por um momento acreditei fielmente ser o Carneiro.
Acho que não existe outro termo a não ser "Viajado", uma loucura tão grande toda essa história mas que nos pega pelas mãos e seguimos a procura desse carneiro.
Murakami é mestre do surrealismo literário, seus personagens são cativantes e sua escrita nos prende do início ao fim.
É tantas situações loucas e imagináveis que nos pegamos rindo e no final ganhamos uma pedrada. O que me restou ao fim dessa viajem foi uma leve melancolia e depressão.
Segundo livro do Murakami que leio e se tornou preferido também, no entanto, confesso que não mais do que Kafka a Beira Mar.
Porém, Caçando Carneiros não deixa de ser incrível. Só não indico realmente pra quem ainda não leu nada do autor começar por essa obra.
5 🌟
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Luiz.Goulart 01/08/2022

Caçando Carneiros não me laçou
Este foi o sexto livro que li do badaladíssimo escritor japonês Haruki Murakami e já havia escrito aqui sobre o único livro dele do qual não gostei: “Kafka à Beira-Mar”. Agora, junto a essa seleta lista “Caçando Carneiros”, que se não chega a ser tão ruim, está anos luz distante da qualidade dos outros que li: "Norwegian Wood, Minha Querida Sputnik, Sono e O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação".

Reconheço, porém, o potencial de Caçando Carneiros para se igualar Kafka à Beira-Mar em ruindade porque Kafka tem insuperáveis 576 páginas da mais pura chatice, enquanto Caçando Carneiros conseguiu parar em 336 páginas. Ficaria melhor com um corte de 25%.

Aqui temos um personagem jovem e sem nome (e sem qualquer carisma), publicitário dos mais banais, que recebe uma incumbência estranha de encontrar um misterioso carneiro desaparecido no interior do Japão. E mais não digo, pois não há qualquer necessidade já que é tudo uma enrolação.

Apesar de ainda faltar uma imensidão de livros do autor para ler, percebo nele os mesmos maneirismos, como o uso recorrente de diálogos desnecessários e criação de expectativas na narrativa que não se concretizam em desfechos satisfatórios, chegando a gastar dúzias de páginas e capítulos inteiros em descrições detalhistas sem sentido para a trama ou narrações de atividades banais como o que os personagens comem ou bebem. São verdadeiros inventários de mastigação e deglutição que desrespeitam por completo o conceito da “Arma de Thekhov”, princípio dramático mais do que clássico que define que todos os elementos presentes em uma história devem ser necessários sendo que os irrelevantes devem ser removidos para não produzir falsas promessas.

Este livro, que foi responsável pela grande divulgação do autor pelo mundo e o transformou num fenômeno literário, foi escrito em 1982, quando Murakami ainda não tinha 30 anos, e fica claro sua atmosfera juvenil, que difere dos seus trabalhos seguintes mais amadurecidos, já que, felizmente, ele é um escritor muito prolífico.

A presença desse elemento niilista blasé soa bastante datado no estilo que se convencionou chamar de ficção pós-moderna, conceito ele próprio também datado e que consiste basicamente em atirar meio aleatoriamente nas páginas da obra imagens e falas sem muito sentido, confiando que o leitor por si só dará alguma coesão a tudo. Seria ótimo se a narrativa não passasse de uma sucessão de banalidades.

Na internet circula uma imagem conhecida como “Bingo de Murakami” (recomendo dar uma olhada) em que bem humoradamente (ou não) vemos aquelas ideias que são obsessões do autor e aparecem frequentemente em suas obras como gatos, telefonemas misteriosos, longas viagens de trem, um milionário enigmático, sexo estranho, cabana isolada, comida, solidão, música pop, jazz e suicídio.

Murakami todo ano entra na lista dos candidatos ao Nobel de Literatura e arrasta uma multidão de fãs pelo mundo inteiro, sendo o autor japonês mais celebrado pelo planeta. Curiosamente, no próprio Japão seus conterrâneos não entendem esse sucesso comentando que há no país muitos autores tão bons quanto e que não têm tanta repercussão. Mas não há o que se fazer. O jeito é ler os outros livros do autor para tentar encontrar o mesmo prazer de ter lido O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação e Minha Querida Sputnik. Por sorte, há muitos ainda nas prateleiras.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/3081340555672296629
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Nana 10/05/2021

Gostei
Estou me perguntando se eu capacidade intelectual para entender esse livro... Criei tantas teorias mirabolantes que no final tive mais dúvidas que respostas.
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Barbara857 28/08/2021

O que rolou aqui?
Esse livro me deixou numa zona de desconforto do começo ao fim. É normal levar um tempo pra entender exatamente do que se trata a história de um livro, mas esse me deixou confusa, perdida, até o final! Não é uma crítica negativa, é algo impressionante, porque o livro é legal e a história prende, mesmo você não fazendo ideia do que está acontecendo, parece piada... Como assim não consigo largar um livro cuja história não faz o menor sentido? Você sabe o que o personagem está procurando, mas não compreende nem o porquê e nem a relevância de achar o tal carneiro esquisito. No final (surpreendente e creepy), você "entende", mas ainda assim... O enredo é cheio de fantasia, nonsense, absurdo e, pasme, regado à realidade.
Fazer resenha desse livro é fracassar na missão, pelo menos pra mim... muito difícil conseguir exprimir sensações contraditórias. Estou me sentindo tão sem sentido quanto a história.
Por fim: recomendo a leitura. Foi meu primeiro livro do autor, pretendo ler outros com certeza.
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Elaine cris 06/07/2023

Viagem
Li primeiro o livro " Dance Dance Dance" que é a continuação ou tem uma relação com este.

Neste livro tem a história da origem do Homem Carneiro, é para se ler com a mente aberta e compreender as nuances.
Existem partes da história que eu achei que não havia necessidade ou que poderia ser resumida, como a parte onde o personagem principal lê um livro sobre a história da cidade, ai são escolhas do autor.

Resumindo gostei e gostei mais do " Dance Dance"
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Karina Paidosz 09/01/2023

Ainda aqui buscando palavras para descrever o que absorvi desse livro;

Após já ter lido uns 4 ou 5 livros de Murakami, resolvi fazer a de forma cronológica, a fim de não perder nenhuma obra dele.

E como pretendo ler todos independente do nome, esse se quer busquei saber do que se tratava, e para minha surpresa me deparei com o realismo mágico no decorrer da leitura que acabei lendo na descrição desse livro. Na minha concepção essa descrição dos personagens não deveriam fazer parte da descrição. A surpresa é muito melhor.

Não vim aqui dar a minha resenha, não digeri ainda esse final. Conforme li algumas resenhas por aqui, falam muito do Murakami como os japoneses o vêem. E de como ele é um escritor super bem avaliado de fora . Acredito que o escritor traz muito da cultura dos japoneses em suas estórias, o que nos deixam tão íntimos de seus costumes.

Vou pesquisar mais a respeito, parece me que esse livro têm algumas sequências ou já é de algum outro, enfim, estou aqui só para jogar palavras, queria desabafar mais uma leitura desse cara.
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eliabxanca 01/02/2024

A leitura de Caçando Carneiros teve um início um tanto hesitante, mas uma vez que me cativou, tornou-se impossível largar, deixando-me ansiosa para descobrir como a história se desdobraria. Haruki Murakami demonstra maestria, evocando sensações peculiares através de sua escrita. Nesta obra, a estranheza e a confusão inicial se destacam, mas à medida que a história se desenrola, a clareza gradualmente emerge, ainda que isso não signifique uma conclusão totalmente lógica. O constante sentimento de solidão carregado pelo protagonista e as dinâmicas relacionais me impactaram profundamente. No universo de Murakami, é essencial liberar a necessidade de lógica ou significado absoluto e simplesmente apreciar a extraordinária experiência proporcionada por sua escrita.
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Gilzão 03/11/2021

Surreal e instigante
Sou suspeito para comentar o Murakami, pois gosto do estilo dele de maneira excessiva. Uma excelente obra, que inclusive chegou a deixar-me tenso em um determinado momento, devido ao desenrolar dos acontecimentos...
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LaAs183 16/09/2022

Murakami é rei
Uma trama envolvente sobre as mudanças, medos, incertezas e nostalgias, que pairam sobre as pessoas quando se aproximam dos 30.
O estilo, a imaginação e o poder de criar histórias com teor fantástico de maneira extraordinária é o ponto alto desse autor que se tornou um dos meus favoritos da vida.
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Leh 12/04/2021

Murakami e sua genialidade
uau o que dizer desse livro??! achei muito bom com partes em que ficamos tentando descobrir o desfecho da história e nos é dado mais informações e pontos que podemos ligar,assim formando um grande e fantástico livro!!
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Willian 25/06/2022

Interessante e Fantástico
No meu caso foi uma leitura marcante, desde a forma como a história é apresentada até a sua conclusão você se sente parte da história. Tenho um carinho especial pelas obras do Murakami e principalmente como ele desenvolve seus personagens.
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