Corações Sujos

Corações Sujos Fernando Morais




Resenhas - Corações Sujos


55 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Soslaio 14/01/2009

Corações extremistas
Mostra a face extermista e insensata do que deveria ser apenas lealdade ao país e honra pessoal. Não nos cabe aqui julgar a submissão de pessoas à figura de seus líderes, já que cultura não se discute.
comentários(0)comente



rsouza 05/08/2009

Daria um bom filme
É uma narrativa dos fatos apurados, nao é um romance. Mas creio que daria uma excelente adaptação para nosso Cinema Brasileiro.

Conta a historia da Shindo Renmei, uma sociedade de imigrantes japoneses no Brasil que acreditavam que a notícia de que o Japão saiu perdedor da 2ª Guerra Mundial era uma mentira contada pelos Aliados com o intuito de desmoralizar a colônia japonesa fora do Japão. Essa sociedade se envolveu em assassinatos de outros imigrantes japoneses que aceitavam a rendição do imperador do Japão, tratando-os como traidores e indignos.
Um relato interessante nao somente dos fanáticos nacionalistas, mas da sociedade nipônica no Brasil.
Karen Pereira 23/07/2012minha estante
Vai estrear agora em agosto nos cinemas.




Mosiah1 12/03/2023

Um livro excelente para entender uma situação tão negligenciada na época e em nosso país ajuda a entender o momento que vivemos e podermos entender o cenário passado quase que cinematográfico
comentários(0)comente



Sandra 15/04/2012

Japoneses no Brasil
Relata a história dos japoneses no Brasil, na época da 2a Guerra. Muito interessante conhecer como a notícia da derrota do Japão foi recebida pelos imigrantes no Brasil, como as versões podem ser distorcidas e como cada um percebe a informação de acordo com suas convicções e desejos.
comentários(0)comente



André 21/01/2013

Os Samurais e Ronins da Colônia
Impressionante como F Morais escolhe temas interessantes para seus livros, Chatô, Olga e Corações Sujos... Conhecer melhor peculiaridades da cultura japonesa, sua disciplina inquebrável, seu fanatismo pela divindade, o imperador, causa espanto. Tudo isso no conturbado período da II Guerra e do Estado Novo brasileiro. Organização secreta japonesa na colônia brasileira matava os patrícios que acreditavam na rendição japonesa, num fundamentalismo dos mais ferrenhos já visto.
comentários(0)comente



Hester1 02/03/2013

muito bom. Parte da nossa história que eu desconheci completamente.
comentários(0)comente



Kizzy 29/01/2019

Mais que o radicalismo, um documento sobre a imigração japonesa no Brasil
O objetivo da narrativa é contar a história da Shindo Remmei (Liga dos Caminhos dos Súditos), organização formada por imigrantes japoneses residentes em São Paulo. Radical Nacionalista, a “seita” pregava que as notícias internacionais que davam conta da derrota do Japão na Guerra e a consequente rendição do imperador japonês às forças Estadunidenses, eram falsas e não passavam de uma trama orquestrada para desacreditar a população japonesa que residia fora da sua terra natal. Baseada nesta premissa, o objetivo da Shindo Remmei era assassinar os próprios colonos japoneses que acreditavam nas versões oficiais, denominados pela seita de Corações Sujos.

O Livro, enquanto obra jornalística, traz um panorama extremamente didático e instigante sobre a situação que essa premissa (hoje absurda aos nossos olhos), provocou na colônia nipônica brasileira, reportando dados comprovados de acontecimentos, prisões, documentos de formação e gestão da seita, nomes oficiais, fotos originais e o número confirmado de 23 imigrantes mortos e cerca de 150 feridos em apenas um ano de ação. A descrição do radicalismo e da negação dos integrantes aos fatos e provas documentais é assustadora, principalmente se correlacionada com acontecimentos atuais.

Fernando Morais, como sempre, faz os acontecimentos parecerem vivos e instigantes através de um texto rápido, jornalístico, coeso, ilustrado e vigoroso. Mais do que retratar a atuação da seita, Morais produz um importante, abrangente e coeso histórico da imigração japonesa no Brasil.

A obra aborda o contexto dos primeiros japoneses que chegaram ao Brasil no início do século XX, como as especificidades culturais sempre foram marcantes na colônia que tinha fortes restrições em se miscigenar aos brasileiros em todos aspectos, sua contribuição à agricultura e a forte influência na capital paulista e em cidades do interior de São Paulo como Tupã, Bastos e Marília, que chegaram a ter mais de 75% de população japonês em meados de século citado, tendo o Brasil atualmente, a maior concentração de japoneses fora do Japão em todo mundo.

A história brasileira é fascinante e cheia de movimentos e acontecimentos aventurescos, mitológicos e conceitualmente amplos, é uma pena que bebamos tão pouco dessa fonte e falhemos em passar esse conhecimento de forma viva e entusiástica nas escolas. “Corações Sujos” é uma ótima oportunidade para isso!

“Não assinaremos nada que fale de rendição do Japão! Nossa pátria está nessa guerra por ordem divina. Nós acreditamos piamente na vitória do Japão! O Japão é um país divino, dono de uma gloriosa história de 3 mil anos.”
comentários(0)comente



CooltureNews 01/02/2014

Coolture News
Em meio a tantas histórias de ficção, sempre encontramos histórias reais que poderiam ser tiradas da mente de algum escritor, não fosse seus personagens terem respirado e vivido em nosso meio. Uma dessas histórias é contada no livro “Corações Sujos” do Fernando Morais, que deu origem ao filme de mesmo nome, este sim ficcional.

Através de uma ótima pesquisa, Fernando Morais reconstruiu os antecedentes, fatos e consequências de um episódio da história desconhecida de muitos: a história da Shindo Renmei e de seu poder dentro da colônia japonesa no Brasil no pós-guerra.

A estrutura narrativa do livro te prende logo no inicio, com a história dos “sete heróis” de Tupã, que pode ser considerado o estopim dos conflitos entre os imigrantes japoneses e os brasileiros. Logo após, é traçado o caminho que levou a isso: preconceito.

O preconceito acaba sendo a base de toda a discórdia, já que durante o período da Segunda Guerra Mundial, foram os japoneses a sofrerem mais com a repressão do governo brasileiro. Foram impostas a eles diversas restrições, como a proibição do uso de sua língua materna, o fechamento de escola nas colônias, congelamento de contas bancárias, recolhido de bens materiais como carros e rádios, entre outras restrições que não foram impostas aos imigrantes alemães ou italianos.

Diante disso, a revolta mostrou-se o caminho natural tanto para se libertarem do preconceito e desconfiança, como para terem a liberdade de seguir o Yamatodamashii – o modo de vida japonês ou o espírito japonês – que grande parte dos imigrantes mantinham mesmo em terras estrangeiras.

Essa revolta se materializou-se no nascimento de diversas associações nipônicas, entre elas, a Shindo Renmei. Essa associação passou a usar de propaganda ideológica e ataques terroristas para “combater” as notícias sobre a rendição japonesa no final da guerra. Aos poucos, foi sendo conhecida e temida pelos imigrantes, mas principalmente pela policia nacional, que promoveu uma verdadeira caça aos dirigentes e matadores da Shindo.

Tudo isso é contado em detalhes ao longo do livro, que contou com entrevistas aos personagens que vivenciaram a história, bem como com arquivos da época, para montar este retrato sangrento e impactante, que levou a máxima a ideia de causa e consequência.

Ao ler o livro, somos conduzidos de maneira imparcial pelas desventuras de toda uma colônia e podemos olhar admirados para o passado ao perceber que apesar de tudo, e ainda que parte deles tenham agido de maneira errada, esses imigrantes apenas lutaram pelo reconhecimento de seus direitos dentro da sociedade brasileira.

Não há como definir lados nesse momento, cada qual teve sua parcela de culpa, tanto o governo como os associados da Shindo, e ambos envolveram pessoas inocentes, disseminaram preconceitos e agiram sem medir consequências. Ao final, fica apenas a certeza de que todos os fatos foram um reflexo histórico dos acontecimentos globais da época, e de que a força dos japoneses em reconstruir suas vidas após grandes perdas ou desastres nunca se extinguira.

O livro certo para quem gosta de conhecer os episódios mais obscuros da história brasileira, sem maquiagem ou pré-julgamentos. Com certeza deveria constar no currículo de todas as escolas do Brasil.

site: www.coolturenews.com.br
comentários(0)comente



Julio 04/07/2014

Obrigatório.
A palavra obrigatório parece ser o último e desagradável adjetivo quando alguém quer forçar o outro a ler uma obra. Não é esse o meu caso.
Além da prosa ser leve e equilibrada, agradando a leitores regulares e a leitores iniciantes, o tema em si já instiga a curiosidade do leitor. Por se tratar da narração de fatos verdadeiros, e que não estão nos livros de história, exercem um fascínio todo especial. Além disso, a obra conta um pouco da história da colônia japonesa aqui no país. Desde a foto da capa ao fim do texto, tudo impele o leitor a prosseguir e a querer saber mais. É uma obra que caiu em minhas mãos por obra do acaso, mas que pretendo comprar para reler em breve.
comentários(0)comente



Carpe Libri 23/02/2015

“Corações sujos” ou “derrotistas” eram todos aqueles que propagavam ou acreditavam na derrota do Japão em 1946. No Brasil pós-guerra, após os países do eixo (Alemanha e Japão) terem perdido a guerra para os aliados, os japoneses imigrantes do Brasil não acreditavam que o Japão tinha perdido, pois “o Japão está nessa guerra por ordem divina”, era o que diziam, não podia perder uma só guerra, e que toda e qualquer informação que afirmasse o contrário, seria mera propaganda dos americanos, mesmo que o imperador do Japão Hiroíto, tido como uma divindade para os japoneses tenha declarado a derrota, os japoneses nacionalistas não acreditavam naquilo.
Segunda guerra mundial, com o Brasil do lado dos aliados (americanos), os imigrantes que aqui residiam, aqueles pertencentes aos países do eixo, sofreram graves perdas e danos apenas por pertencerem aos países que lutavam contra os aliados. Nos anos que seguiram a guerra e o pós-guerra, os japoneses foram os que mais sofreram aqui, e é essa parte deste mundo que o livro relata.
São Paulo de 1946 a 1947 foi palco de um grande massacre, japoneses contra japoneses e brasileiros contra japoneses. Nunca se tinha ouvido falar em tamanha cena de violência no em meio aos sentimentos de guerra aqui no Brasil, e foi aqui em 1946, após a segunda guerra mundial ter chegado ao fim que surge o grupo terrorista Shindo Renmei.
A Shindo Renmei era composta por japoneses tomados de grandes sentimentos nacionalistas, sua missão era eliminar qualquer japonês que acreditasse que o Japão havia perdido a guerra e propagasse isso. E é esse o cenário de horror que o país viveu em plena segunda guerra mundial e nos anos que se seguiram.
Corações sujos foi publicado pela Companhia das Letras, é fruto de mais de cinco anos de pesquisa, é uma obra de grande impacto, pois nela contém informações jamais publicadas sobre o período de guerra no Brasil, nunca se imaginou tamanho cenário sangrento num país que sempre se disse tão permissivo, antes dessa obra, muitos acreditavam que no Brasil durante a guerra, houve uma neutralidade, que mesmo entrando na guerra do lado dos americanos, nunca se houve tamanhas cenas de horror no país, grande engano. Não só durante a segunda guerra mundial, mas no pós-guerra continuou os massacres, cenas terríveis de serem vistas.
Corações sujos é um livro reportagem, publicado pela Companhia das Letras, com ele Fernando Morais recebeu o prêmio Jabuti de livro do ano de não ficção em 2001, escrevendo uma brilhante obra, de personagens reais que morreram, mataram em nome do grande amor que sentiam por sua pátria. Quem se interessa por segunda guerra mundial, história tanto geral quanto brasileira e informações que te deixam de boca aberta, corações sujos é ideal, com um tema que além de ser extremamente importante, impactante, esclarecedor, é bastante atraente, como um imã que atrai o aço, corações sujos atrai seu leitor.
comentários(0)comente



Nat 05/11/2015

Esse é um livro reportagem sobre os japoneses no Brasil após a rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial. Os japoneses daqui simplesmente não aceitavam que o Japão havia perdido, devido sua cultura eles simplesmente não podiam acreditar. Diante disso, um grupo muito radical se formou; chamados de Shindô Remmei, saíam em busca de todos os corações sujos – os que aceitavam que a derrota. Eram matadores, e depois de um tempo o clima de “guerra” acabou tomando conta de todos, e japoneses ficaram contra brasileiros e vice versa. Gostei bastante do livro, apresentou muitos detalhes de uma época do Brasil que eu achei que conhecia. Fiquei interessada em ver o filme.
comentários(0)comente



Heron 19/04/2016

Indispensável
Um recorte da história brasileira que não se aprende em escolas. A impressionante saga de um grupo de fanáticos que, em nome da pátria e da "raça", perdem a razão e se transformam em uma seita de japoneses impiedosa, corrupta e homicida.
comentários(0)comente



mauriciocz 08/01/2009

Triste relato do espírito japonês de submissão à figura do "Imperador Deus", chama a atenção a imcompetência da "organização terrorista", com seus atentatos mal elaborados e mal sucedidos.
Um excelente livro para conhecer melhor a vida e a história dos imigrantes japoneses no Brasil.
comentários(0)comente



Gustavo M.D. 30/05/2017

Um pedaço do Brasil.
Corações Sujos é um livro jornalístico de Fernando Morais publicado originalmente em 2000.

A obra fala principalmente sobre a Shindo Renmei, um grupo rebelde de japoneses que moravam no Brasil durante o fim da Segunda Guerra Mudial e não acreditavam na derrota do Japão. As ações do grupo incluía propaganda falsa dentro das colônias japonesas no Brasil, invertendo os vencedores da Guerra, assim como ataques aos japoneses e descendentes de japoneses que falavam publicamente que o Japão havia sido derrotado (chamados de makegumi, “corações sujos”). O livro também trata de outros temas relativos ao central, como a imigração japonesa e o tratamento dispensado aos imigrantes no Brasil.

Esse movimento ocorreu especificamente no Brasil justamente pelo Brasil ser o segundo país com a maior concentração de japoneses, atrás apenas do… Japão, é claro.

O livro foi escrito por Fernando Morais após uma intensa pesquisa, possuindo um estilo de escrita quase literário, o que facilita muito na exposição dos acontecimentos, e traz um grande prazer à leitura.

A história da Shindo Renmei é uma história muito interessante, não só pelas suas ações, mas sobre como eles são um estilo de próprio de insurgente, totalmente caraterizados com a cultura japonesa. Para todos os efeitos a Shindo Renmei pode ser considerada hoje em dia uma organização terrorista, principalmente por sua técnica de calar os que discordam dela com técnicas de aplicação de medo e violência pontual como forma de exemplo. O Japão nunca havia sido derrotado em guerra até o advento da Segunda Guerra Mundial, e a Shindo Remnei acreditava que era impossível ele ser derrotado e, portanto, as histórias da derrota eram falsa propaganda dos Aliados.

Mas apesar do terror que causavam, a Shindo Renmei não era concentrada em lutar contra brasileiros (apesar de algumas refregas contra autoridades policiais) mas sim contra japoneses e niseis que não tinham um espírito nipônico de confiança na invencibilidade do Japão.

Isso tudo me lembra da história de Hiroo Onoda, que continuou uma guerra de um homem só nas selvas das Filipinas até 1972, incapaz de acreditar que o Japão havia sucumbido, e se recusando à abandonar suas ordens de ocupar a ilha em que estava. Hiroo só voltou à uma vida normal depois de receber uma delegação militar do Japão, que o dispensou de seu serviço e lhe deu um prêmio pela tenacidade e lealdade. Adivinha onde Hiroo foi morar depois disso? Sim, no Brasil.

Na verdade, o que se torna central no livro é essa ideia do ufanismo e dedicação dos japoneses, e como os filhos de japoneses no Brasil sempre aprendiam a ser japonês antes de ser brasileiro ou qualquer outra coisa.

Uma das minhas partes prediletas do livro é quando é descrito uma rádio pirata que enviava falsas notícias para as colônias japonesas, entre elas:

“MacArthur suicidou-se”

“O boato de que o Japão perdeu a guerra vem dos judeus do Rio de Janeiro, que estão fugindo para São Paulo, porque o povo do Rio sabe da vitória certa do Japão.”

Enfim, Corações Sujos é uma história das mais interessantes, com um foco histórico e sociológico sobre um grupo de imigrantes tão singular dentro do Brasil.

Edição que eu li: Editora Companhia das Letras, 2011. Terceira Edição.

site: http://www.grifonosso.com/2016/02/coracoes-sujos/
comentários(0)comente



AIL 27/08/2012

Resenha no AIL
http://www.apenasimpressoesliterarias.com.br/2012/06/resenha-coracoes-sujos-de-fernando.html
comentários(0)comente



55 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR