A Costureira

A Costureira Kate Alcott




Resenhas - A Costureira


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Flavia 28/04/2013

Recomendo muuito muito!
A Costureira traz a história de Tess Collins, uma empregada com talento pra alta costura e que queria ser reconhecida e crescer na vida, e de Lady Duff Gordon, uma estilista da elite renomada e muito famosa. A vida dessas duas se cruza quando Tess, por sorte, consegue um emprego como ajudante de Lady Duff, e tem a esperança de que seu grande sonho, enfim, poderia se realizar. Elas embarcam numa viagem rumo aos Estados Unidos, a terra das oportunidades, a bordo do majestoso, imponente e "inafundável" Titanic...
Porém, a tragédia que todos conhecem e que dá fim a história do navio é somente o ponto de partida e um excelente pano de fundo para que possamos acompanhar o que o destino reservou para Tess e Lady Duff.
Após a colisão, Lady Duff passa a comandar o acesso ao bote salva-vidas número 1, que teria capacidade para comportar aproximadamente 50 pessoas, porém, ele levava apenas 12. Horas depois, os sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, e lá, Pinky, uma jornalista do New York Times, que na época era um jornal iniciante, começa a investigar os acontecimentos a fim de saber o que aconteceu e por que houve pouco mais de 700 sobreviventes em meio a mais de 2 mil, principalmente sobre o bote número 1.
Ao chegar nos Estados Unidos, se dá início a um complexo julgamento para que todas as falhas pudessem ser apontadas, e Lady Duff se vê enrascada, pois teria que explicar as acusações que envolveram até suborno para que os marinheiros não voltassem para resgatar quem estava na água. Tess, que idolatrava e tinha Lady Duff como exemplo de pessoa a quem seguir e ser no futuro, percebe como essa mulher é gananciosa, mesquinha, manipuladora e não mede esforços pra manter as aparências, o que faz com que se questione se é isso que quer pra si mesma. Tess ainda se vê em meio a dois homens, Jim, que só pode oferecer seu amor, e Jack, que faz promessas de uma vida confortável e de um grande futuro para ela...

Quando soube que o livro abordaria o Titanic, imaginei que fosse algo batido e previsível já que é quase impossível não lembrar de Jack e Rose e a história de amor deles no meio de toda aquela confusão, porém, em A Costureira, apesar de trazer detalhes do naufrágio que foram reais e facilmente identificáveis para quem assistiu o filme de James Cameron, a trama trata de questões morais, baseadas nas escolhas dos sobreviventes, principalmente os da primeira classe que tinham alguma influência e importância na sociedade, e nas consequências que tiveram que enfrentar por conta delas, e por isso, fiquei bastante surpresa e empolgada com essa leitura.
A narrativa é super envolvente e fluída, e é feita em terceira pessoa, o que abrange várias atitudes dos personagens, mas sem um aprofundamento maior para que pudéssemos entender por que alguns tomaram certos tipos de decisão. São personagens que despertam vários tipos de sentimentos na gente. Acusar os outros que estão em uma posição completamente delicada é fácil, independente de estarem certos ou errados, mas o que ninguém sabe, é o que se passa na cabeça de cada um e o que é possível fazer num momento em que a própria vida está em risco...
A autora procurou escrever a história baseada em fatos e transcrições dos julgamentos realizados, o que tornou a história muito mais real, principalmente quando lemos uma nota ao final do livro onde ela diz que Lady Duff existiu.

A capa é linda e a roupa pomposa que a mulher veste retrata bem o estilo da época e ao mesmo tempo o requinte da costura, grande paixão de Tess e Lady Duff. A diagramação é simples, as folhas são amareladas e os capítulos apesar de longos, não são cansativos, justamente pela ótima narrativa. O único problema que tive com esse livro foram os inúmeros erros de revisão. Encontrei frases mal revisadas e incompreensíveis, palavras juntas numa frase inteira, erros de digitação em que até um número zero apareceu do nada no meio da palavra, dentre outros erros parecidos, e esse tipo de coisa me tira a concentração.
Mas no geral, A Costureira nos faz embarcar, literalmente, numa história maravilhosa que levanta diversos questionamentos morais e éticos, e nos faz refletir sobre o que faríamos se estivéssemos naquela terrível situação.
Giovana 31/03/2014minha estante
Adorei sua resenha! Estou lendo o livro, e assim como você, ele me chamou atenção por se tratar de uma história que envolve o Titanic, como sou fã pra caramba tive que comprar...
Sempre leio e pesquiso tudo que posso sobre o naufrágio real, tenho livros, dvds e um amor enorme pela época e tudo que envolveu a tragédia!!! Sua resenha me deu mais gás ainda para continuar lendo :))
Ah, só uma coisinha, a questão da foto de capa. Na verdade a roupa da capa me deixou completamente desnorteada quando vi. A roupa que aparece na foto na verdade não é, em nada, parecida com o estilo da época, fiquei até bravinha com a editora e pretendo mandar um e-mail assim que terminar o livro, hahaha. Não faço moda, mas sou uma pesquisadora e amante assídua desse meio, e posso dizer que esta roupa não é da época retratada (1912).
As roupas da década de 1910 eram completamente diferentes, não se usavam colares de pérola desse jeito, com várias voltas e apertado no pescoço, os colares eram curtos e simples ou bem longos e fininhos. O vestido também é totalmente oposto. Não se usava mangas "bocas de sino" pois seria muito extravagante.. usava-se mangas bordadas, rendadas ou decoradas, mas apenas com babadinhos, não larga como na foto. Com certeza a roupa também se mostra, não só errada para 1912, mas também inadequada, já que em abril (época do naufrágio) estava extremamente frio, o que não permitiria nenhuma pessoa, principalmente mulheres (e de alta classe), de usar roupas de mangas curtas ou mesmo médias, sem jaquetas e blusões, ou casacos e estolas de pele. Jamais usaria-se uma roupa como a da foto com o frio que estava (para se ter uma noção, uma das hipóteses que pode ter ajudado no náufrago do navio foi a baixíssima temperatura da água do oceano Atlântico Norte que fragilizou os ribetes de ferro e aço do navio, piorando a situação quando ele bateu contra o iceberg). E o ponto que tira completamente qualquer ideia que se refira a 1912 é a parte mais visível do vestuário da foto: o colo e a cintura do vestido. Os vestidos de 1910 (e de alguns anos seguintes, até 1918 mais especificamente) eram apertados na cintura ou logo abaixo dos seios, quase não possuíam decotes quadrados, e definitivamente não tão decotados assim. Uma mulher só usaria esse decote quadrado cavado com alguma renda ou tecido nobre cobrindo até o pescoço ou com alguma gola por dentro, jamais a mostra.. Poderiam até usar uma gola quadrada, mas não cavada assim, e provavelmente usadas só por mulheres respeitadas, de dia e em tons claros, não no tom da foto que é escuro, e provavelmente um vestido de festa ou de saída (e de noite!).. Mulheres que mostravam o colo com decotes grandes assim não eram comuns, e se existiam não eram nada bem vistas (foi muito mais usado em meados e até o fim de 1700, não 1900), sem contar que o decote cheio, para frente e a mostra remete à silhueta em S, típica de 1700 até o início somente de 1900 (depois de 1910 a silhueta bonita era a reta e fina. A parte do corset também difere da moda da época. Nesta época não se usava mais essa parte do vestido (cintura) como se fosse um corset a mostra, e também não esse trançado de fitas como mostra. Os espartilhos eram usados por dentro da roupa, e por fora não podiam fazer menção de estarem sendo usados de jeito nenhum, eram cobertos totalmente com a roupa e a pessoa parecia magra naturalmente e não por ter algum corpete apertando-a; a foto, mais uma vez mostra um item da moda de 1780, onde, na cintura, era feito uma menção ao uso do espartilho usado por dentro, ou seja, era como um corset por fora, posto em cima do vestido, o vestido era todo largo, cheio e bufante e na parte da cintura usava-se um material mais duro para apertar mais ainda e mostrar o tronco justo e acinturado inteiro (dos seios até o quadril), diferente de 1910 que se usava o espartilho somente por baixo e o vestido era apenas apertado em uma linha do tronco e não nele inteiro. Como se não bastasse a quantidade de elementos errôneos a foto provavelmente faz menção à personagem principal, a Tess, e Tess não era rica e muito menos da nobreza, logo, nunca usaria uma roupa dessas da capa (a não ser quando Lucile emprestava). Uma pessoa de sua "casta" usaria somente as roupas que são descritas para ela. Mesmo que a foto fosse fiel à época (o que não é) estaria errado pô-la como capa por se tratar da personagem principal que é pobre. Ela jamais usaria pérolas (que na época só existiam jóias verdadeiras, e, logo: caras!), chapéu decorado (eram caríssimos na época, eram ornados com flores, tecidos nobres, pedras preciosas e até frutas, e somente pessoas nobres ou muito ricas tinham), e roupas com renda, fitas de cetim, pedras e veludo como mostra, e muito menos no carmesim (bordô), que era bem mais caro nesse tempo por ser um pigmento bem caro para se tingir e usar em tecidos.
Bom, como viu sou muito chata e certinha com essas coisas, e vou acabar mandando um texto gigantesco para a editora também, hahaha. Mas enfim, se pareci arrogante, me perdoe, não foi em absoluto minha intenção, talvez cutucar um pouco esse grande erro da editora na execução da capa, mas não a você! Como disse, amei sua resenha e quero muito terminar o livro. Um último ponto que gostaria de levantar, e que com certeza irei fazê-lo também para a editora é o fato incrível de existirem tantos erros no livro!!! Concordo com você! Fiquei espantada com a quantidade erros gramaticais, erros de concordância, palavras digitadas repetidas, frases digitadas inteiras em caixa alta e sem espaço nenhum entre as palavras e pior: frases sem nexo algum; não conseguia entender a frase, e eram coisas que até prejudicavam o entendimento do parágrafo!! Em vários lugares li coisas como "você fui gosto ontem" (exemplo fictício para ilustrar). Péssima edição; Sério, precisam ver e rever muito mais antes de publicarem um livro assim.. achei bem vergonhoso isso que reparei! Enfim, para ilustrar mais facilmente as afirmações que fiz sugiro que assista algum episódio da série "Downton Abbey" que retrata perfeitamente a moda do começo dos anos 1910 (veja as primeiras temporadas, pois a moda muda no decorrer dos episódios), e veja o filme "A Duquesa" (que retrata a época de meados de 1700). São produções maravilhosas, que sou extremamente fã e que você pode comparar e confirmar tudo que eu disse (ou simplesmente dê uma olhadinha na internet também.. Um beijo e obrigada pela atenção!!!




Fernanda 03/04/2014

Resenha: A Costureira
Resenha: “A Costureira” de Kate Alcott (pseudônimo de Patricia O’Brien), é carregado de ideais grandiosos, analíticos, densos e emoções contraditórias. É um livro complexo e enriquecido por narrativas fortes e realistas. Além da própria história da protagonista, os eventos descrevem momentos de prepotência, medo, ansiedade e discordâncias em meio à tragédia marítima.

Quem nunca ouviu falar do transatlântico RMS Titanic, em toda sua inicial grandiosidade e posterior tristeza?! Este enredo se torna peculiar e comovente justamente pela junção da realidade e ficção, valorizando pontos densos e cheios de expectativas.




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site: http://www.segredosemlivros.com/2014/04/resenha-costureira-kate-alcott.html
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Ana Brison 13/08/2021

Titanic: vive mais aquele que pode mais.
O Titanic afundou e mesmo quem sobreviveu àquele naufrágio permanece preso ao episódio pelo resto de suas vidas.
A sobrevivência ao tráfico acidente esteve muito mais ligada à uma questão social do que sorte, a maioria dos sobreviventes pertenciam à classe A do navio.
Com a chegada dos sobreviventes à NY, um inquérito é aberto para que haja a discussão sobre as causas e também responsáveis pela tragédia.
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alinicorrea 22/04/2023

Leitura leve
Apesar de toda a tragédia do Titanic, a história é leve e sem muitas reviravoltas. A personagem Tess me encantou por sua coragem, ética e determinação.
É um livro prazeroso de se ler.
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Manuzinha 25/03/2021

AMEI ESSE LIVRO
No início é uma leitura um pouco difícil por conta dos nomes , mas depois , o livro torna-se bem fluido e mágico , com muitos detalhes históricos , incrivelmente bem escrito , amei !! Para os amantes do Titanic , essa obra é perfeita !!
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Sueli 02/04/2013

A Costureira Antes de Channel
Comecei a ler A Costureira muito animada e disposta, já que adoro romances ambientados no começo do século XX, inclusive, além de estar acompanhando Parade’s End, aguardo ansiosa a estreia de Downton Abbey, no começo de abril, para rever as duas primeiras temporadas. Porém, a dor foi minha companheira constante durante a leitura desse livro. Diferentemente daquilo que faço em outros, não li o final logo de cara, achando que seria óbvio demais. Sendo de família de imigrantes, o desastre do Titanic sempre esteve muito presente no meu cotidiano. Apenas, duas décadas separaram uma das maiores tragédias marítimas, da travessia do Atlântico por parte da minha família. Além de ter assistido várias vezes Titanic, O Filme.
Foi um livro que não permitiu que eu me afastasse, cheio de informações e detalhes precisos. Detalhes precisos demais para apenas uma romancista. Sim, leitor, esse livro não é um romance tradicional, inclusive o aspecto ficcional não é tão atraente quanto a parte política e histórica.
Você tinha ideia que no Titanic não havia nem um binóculo a bordo? Que não havia botes, e nem equipamentos suficientes? Sobre o número insuficiente de botes eu sabia, afinal, assisti ao filme, mas binóculos? Pelamor, né?
Antes, de A Costureira eu jamais havia pensado sobre os detalhes legais e jurídicos do naufrágio do Titanic. Onde apenas setecentos e seis, de um total de duas mil, duzentos e vinte três pessoas conseguiram sobreviver. Sessenta por cento delas, viajantes da primeira classe, e mulheres, na maior parte.
Pois é, A Costureira é o primeiro romance de Kate Alcott, uma ex jornalista e, talvez, por isso mesmo, o aspecto romântico tenha ficado um pouco aquém da minha expectativa. Faltou uma pitadinha de entusiasmo nos relacionamentos de Tess, tanto com Jim, como com Jack.
Vamos combinar que depois de lermos tantos livros da Nora Roberts, Julie Garwood, Judith McNaught, Susan Wiggs, Amanda Quick e outras não menos queridas, nem menos importantes, nós nos tornamos muito exigentes nas cenas amorosas, não é mesmo?
Mas, fora isso, é um livro que dialoga com você o tempo todo.
Vários aspectos são discutidos, inclusive sobre a questão política entre a Inglaterra e os Estados Unidos, onde um inquérito foi instaurado para se saber o que havia acontecido, já que muitos arquimilionários estavam a bordo desse navio, até então, tido como o mais veloz e seguro do mundo. Inclusive Isidor Straus, dono da Macy’s, famosa loja de departamentos!
É provável que você leitor, possa imaginar o que aconteceu em seguida, e o livro nos conduz de maneira soberba ao cenário de histeria e loucura, onde os culpados, passageiros ou não, eram caçados ferozmente por jornalistas e autoridades. E, onde muitas vezes a verdade, ou o que parecia ser a verdade, por um motivo ou outro, perdia-se em um mar de informações desencontradas, e até mesmo fabricadas para que atos deploráveis pudessem ser acobertados.
Através da aventura de uma jovem, fugindo de um país com uma divisão sangrenta de classes, somos apresentados a pessoas detestáveis, cuja arrogância e incompetência fizeram desse episódio mais um exemplo do que alguns cientistas costumam dizer: “ O homem é o único animal que não aprende com e experiência.”
Quem discordar – algumas amigas psicólogas discordam – é só olharmos com mais atenção para a história da humanidade. Só para exemplificar, temos o caso da boate Kiss, em Santa Maria. Só o tempo nos dirá se haverá justiça para os jovens que morreram vítimas da ganância, da imprudência e da inconsequência.
Não posso afirmar, mas talvez Kate Alcott tivesse nos traçando um paralelo entre o naufrágio do Titanic e da sociedade da época. Ou, quem sabe, até mesmo da sociedade atual, ao nos mostrar, com tanta propriedade, a fragilidade do caráter humano diante das tragédias. Sem, contudo satisfazer o nosso desejo de termos um culpado. Afinal, a impulsividade de nossas ações em momentos críticos é surpreendente.
Como cenário para amenizar o solo árduo dessa tragédia, temos Tess ( a costureira) e Lucile, uma dama refinada e que possuía a fama de ser uma das maiores estilistas da época, e a figura principal no citado inquérito. E, nessa hora, eu senti nitidamente um perfume de “O Diabo Veste Prada” no ar. Eu sinto muito Kate Alcott, mas não tive como não deixar de notar. Mas, nem como consolo essa correlação serviu, pois também me fez pensar sobre como podemos ser manipulados quando estamos em busca de um sonho. E, como atualmente, nada é mais branco ou preto, podemos dizer que existe uma variedade enorme de cinza entre a verdade e a mentira.
Um romance excelente, baseado em fatos reais, com figurantes reais, mas com pouquíssimas cenas de amor. Nesse aspecto Kate Alcott foi muito econômica.
Sandra99 16/03/2017minha estante
Ótima resenha Sueli , acabei de ler este livro e realmente ,também senti falta de um pouco mais de entusiasmo no romance , mas acho que a própria Tess já era um pouco fria quanto a isso ela me parecia ser uma pessoa pratica e nada romantica , mas adorei a leitura e saber que a maioria das pessoas citadas existiram realmente ... dá um tom a mais na historia .




Clara624 14/01/2024

Fascinante
Eu simplesmente amei! Sempre tive curiosidade de saber mais sobre a verdadeira história do Titanic e esse livro (por mais que não seja totalmente um não-ficção) esclareceu muitas das minhas dúvidas. Fiquei encantada pelo cenário e pelos personagens (por mais que sentir uma raivinha deles de vez em quando seja de lei né migos kkk). No final fiquei meio estressada achando que a autora iria finalizar de um jeito 'x' que não apetecia meu lado romântico, mas acabou dando tudo certo rsrs
Foi uma leitura meio lenta pra mim, mas isso não significa que não consegui me envolver.
Com certeza, recomendo!
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Yasmin 15/04/2013

Trama interessante, ambientação rica e bons personagens

Quando vi o livro entre os lançamentos da Geração fiquei bastante curiosa com o fato de a trama girar em torno do naufrágio do Titanic, mas o que me levou a querer ler foi a sorte que tenho sempre que leio algo que se passa no fim do século XIX e começo do XX. São sempre livros bons. E com o romance de Kate Alcott não foi diferente. Uma protagonista forte, um sonho e a triste história que abalou o mundo em 1912. Uma bela reconstrução do que veio após o naufrágio.

A história começa com Tess Collins decida a deixar sua vida de empregada doméstica. Sonhando em se tornar estilista de alta-costura a garota larga o emprego, junto o pouco que tem e parte para o porto em busca de empregos no famoso maior navio do mundo que partirá no mesmo dia para a América. Tess não acredita em sua sorte e ousadia quando consegue emprego com Lady Duff Gordon, a famosa estilista. Embarcando no suntuoso navio e deslumbrada com tudo o que a madame faz Tess consegue se distrair nos poucos momentos que tem para si. É quando conhece Jim, um simpático marinheiro que a ajudou em uma situação embaraçosa no dia anterior e também o milionário americano Jack Bremerton, que a fascina pelo universo em que vive. Mas Tess não tem tempo de ficar em dúvida entre eles e nem aprender nada com a patroa. O navio colide com um iceberg e o inferno se instala. Lady Duff que não tem a menor intenção de morrer suborna o capitão para descer seu bote com apenas doze pessoas. Tess segue no bote final já que ficou ajudando a embarcar crianças e mulheres. Ao chegar em Nova York com os jornais famintos em busca de notícias uma verdade incomoda começa a vir à tona quando os boatos do que aconteceu no bote de Lady Duff surgem. Eles poderiam ter salvado muito mais pessoas, mas não o fizeram. Por que?

A premissa é essa e é a partir daí que a história se desenvolve. Tess se vê em meio a um conflito, sem saber em quem acreditar e com medo de prejudicar seu início nesse mundo fabuloso de luxos. As perguntas, de Pinky, repórter do Times continuam ecoando em sua mente. A narrativa segue dividida em três pontos, construindo pouco a pouco o mistério acerca do bote de lady Duff. Com descrições belas e precisas do início do século Kate Alcott imprime um ritmo agradável mesclando com habilidade o romance e o fundo histórico. Ela conseguiu descrever sem exageros o momento em que o inafundável Titanic naufragou e viver aquilo tudo através dos olhos de Tess foi angustiante. Aliás, o tema sempre é. E é por isso que a trama funciona bem.

Ao recontar a história do bote dos milionários, como ficou conhecido o bote da estilista Duff Gordon a autora traz de volta as sensações que o acidente causa até os dias atuais. Do outro lado da trama temos a história de Tess. Uma personagem bem construída, que soa crível e conquista o leitor com seu jeito deslumbrado, mas quase falha ao não conseguir distinguir amor e encanto. Sua amizade com o marinheiro Jim deu um tom ótimo a toda a trama triste do Titanic, assim como as outras personagens secundárias, Sra. Brown, Pinky e até mesmo Eleanor e lady Duff. O final satisfaz em partes, mas eu gostaria de ter visto um final romântico mais claro, com menos entrelinhas ou então um epílogo.

Leitura rápida, fluida e que transporta o leitor a uma época de grandes contrastes e tumultos. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/04/resenha-costureira.html

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Ana Luiza 10/11/2021

Uma história fascinante em torno de um grande desastre
Reler essa história me deu ideias que, na primeira leitura, tinham passado. Eu só lembrava da parte mais básica do livro: uma jovem querendo mudar de vida, disposta a tudo para ir para o outro lado do mundo dela e aturando uma "patroa" difícil.

Reler me mostrou a realidade dura, apesar dos floreios, que essa classe do proletariado vivia, sobre a pergunta que baseou toda a história da autora "por que não tinha mais pessoas no bote 1?" e mostrou uma sociedade que estava próxima a sofrer o declínio: a nobreza.

Fascinante e romântico, o fundo histórico foi bem pesquisado e admiro muito a forma fluída que a autora conseguiu recontar essa história. Não tão dramático como o filme do Titanic, porém apaixonante igual. Queria que mais livros dela tivessem sido traduzidos...
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Lavinia.Mari 18/04/2021

Podemos falar sobre Pinky??
Pinky com certeza absoluta é a minha personagem favorita da trama, apesar de ser secundária! Quanta sensibilidade, quanta coragem, e quanta independência em plena NY de 1912!

Quanto à história principal, eu gostei principalmente das questões que são levantadas sobre a questão humana, e a forma como é difícil (quase impossível) julgar a moral de alguém baseando-se em atos resultantes de uma situação de pânico e medo.

A escrita da autora é maravilhosa, com profundidade em todas as suas entrelinhas ??
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GreiceG 25/07/2020

Interessante
O livro tinha vários elementos interessantes, mas não me empolgou. É bem escrito, a pesquisa da autora foi bem feita mas pessoalmente o ritmo não me prendeu. Mas para quem gosta de ficção misturada com fatos reais, recomendo.
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Joyce 14/12/2021

Uau
Olha eu não sei oq estava esperando quando comecei a leitura, mas foi uma experiência única para mim. Eu vi o acidente do Titanic de outra forma, e ai, foi outro envolvimento. A cena do acidente me tirou várias lágrimas, tive até que parar de lavar vasilha e me mexer para ter a sensação de que não era eu a presa naquela situação. E depois, não houve heroísmos e etc, a gente vê as consequências sendo absorvidas de acordo com as perspectivas de cada um, e acho que nisso que ta a riqueza desse romance.

A forma como os relacionamentos se desenvolvem também, de início não gostei muito da protagonista pq eu, como costureira, queria muito a ?sorte de ser contratada pela melhor estilista do mundo?. Mas depois a gente vê que sorte sorte mesmo não tem nada, parece mais é castigo. E ela vai amadurecendo dentro dessas relações e realmente tem coragem de colocar seus valores em jogo e investir nas coisas que está aprendendo a acreditar. Bom também que no final, ela se escolhe, dentre tudo. Adorei a narração do audiolivro também, e amei a Pink, diga-se de passagem.


Não é o livro mais fantástico que já li, mas me envolveu muito e aprendi bastante sobre os contextos da época. Com certeza lembrarei dele por bastante tempo.
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Virgílio César 14/10/2014

Excelente livro. Um drama que prende a atenção do início ao fim. Quem esperar por romance pode se decepcionar. A trama é mais focada nos acontecimentos e consequências na vida das pessoas que sobreviveram ao desastre do Titanic. Em nenhum momento a leitura fica pesada ou cansativa.
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Nat Nat 27/04/2022

A costureira
Tess não queria mais levar a vida miserável que tinha, lavando banheiros, tomando bronca e ainda aguentando as mãos bobas do filho de sua patroa. Tess queria mais. Queria os holofotes, uma vida boa, ela sabia costurar e queria ser estilista!

É com esse pensamento que ela vai até o Titanic atrás de uma oportunidade, e por obra do destino consegue uma vaga de secretaria de um casal famoso, do qual, adivinhem só: a esposa do cara era uma estilista famosíssima.

Um iceberg durante a noite atinge o navio e ele afunda, são poucos os sobreviventes, entre eles: Tess, seus patrões e alguns amigos.

Quando chegam em terra firme é que o verdadeiro inferno começa.

Quem é o verdadeiro culpado, pq num bote que cabiam 50 pessoas, só tinham 12, sendo todas elas da primeira classe???

Perguntas e mais perguntas, quem está mentindo?


O livro é bom, mas é cansativo, acho que se perde muito em detalhes que não acrescentam muito a estória. Diferente do filme que é todo focado no romance do casal, aqui temos a parte burocrática investigativa e jornalistica. Um romance que mistura ficção com não ficção.
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