neo 27/06/2016(Eu tenho pra mim que a Schwab vendeu a alma pro deus das capas porque todas as capas dela são maravilhosas. É sério.)
Estou me sentindo um verdadeiro ET por não ter gostado desse livro. Pelo que eu vejo o povo falando, Vicious é a melhor obra da Schwab (que também é a autora de A Darker Shade of Magic, que já foi resenhado aqui no blog) e, sinceramente, se essa for a melhor eu meio que prefiro ficar longe dos outros livros dela. Vicious não me convenceu nem um pouco.
Há vários motivos para isso, claro. A amizade e subsequente rivalidade entre Eli e Victor é um deles. Quero dizer, o que me fez querer ler esse livro foi justamente a ideia de amigos gênios que acabam se tornando inimigos depois de descobrirem e adquirirem poderes especiais, mas a execução dessa ideia deixou muito a desejar. Como já disse aqui mil vezes, eu sempre, sempre, preciso ver, entender e interiorizar (lol) que dois (ou mais) personagens são amigos/namorados/whatever. Se eu não me convencer de que a amizade/romance/whatever existe, eu não consigo me importar com as pessoas envolvidas. E foi exatamente isso que aconteceu aqui em Vicious. Como eu não consegui me importar com a amizade entre Eli e Victor justamente por não ver que havia uma amizade entre Eli e Victor, quando eles se tornaram inimigos eu não dei a mínima. E bem, a graça desse livro está justamente na dinâmica entre os dois. Então né, fica difícil.
Vicious também é contado de um jeito interessante. A autora usou muitos flashbacks e flashbacks que não vinham em ordem cronológica. Ou seja, em um momento você poderia estar lendo as coisas que estavam acontecendo agora, em outro as que aconteceram dez anos atrás ou cinco anos atrás ou dois dias atrás, etc. No início foi algo bem legal, mas lá pela metade do livro todo esse vai pra lá, vai pra cá começou a me dar nos nervos.
E, claro, tem o motivo de Eli e Victor terem se tornado inimigos. O leitor não descobre exatamente o que houve dez anos atrás até bem depois da metade do livro, mas até lá tem toda uma expectativa que a autora criou sobre o que realmente aconteceu. E quando é revelado, bem.... não é nada tão épico assim. Nada que, pra mim, teria feito Victor ficar com tanta raiva do Eli. Ficar com raiva sim, claro, mas desse jeito? Com esse drama todo envolvido? Nah.
Por último, tem a própria escrita da Schwab. Como também mencionei em minhas resenhas de A Darker Shade of Magic e A Gathering of Shadows, eu odeio fortemente o jeito como ela caracteriza os personagens e conta a história. Parece que ela está mais tentando impressionar o leitor do que escrever o livro como deveria. É uma escrita que tenta demais e que não me convence nem um pouco.
Enfim, Vicious foi uma decepção, bem o livro que passa batido por você porque não tem nada demais nele mesmo. 2.0 estrelas.
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