Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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tai 17/06/2021

Incrível
Não vou negar que virou um dos meus livros favoritos, a forma como Eva conta a história através das cartas faz a gente compartilhar os mesmos sentimentos que elae se sentir parte da história, a gente sente a tristeza, a agonia e tudo o que ela transmite, sem falar que o final é simplesmente emocionante.
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Nayra 01/03/2022

Genial e perturbador
Esse livro é tão complexo em tantos níveis que nem sei como começar a falar. A primeira impressão que você tem é de um livro muito arrastado, demora para você se envolver com a história mas depois que você lê tudo você entende que tudo que a Eva foi descrevendo era pra você real entender toda a história e ver como ela sofreu e encarou todos os acontecidos, entretanto em alguns momentos a autora se demorava demais nas descrições e o livro só não é 5 estrelas por esse motivo. Esse livro é simplesmente incrível e me fez rever totalmente a maternidade e sobre como a sociedade pressiona as mulheres, sobre como muitas vezes a culpa recai sobre a mãe dentre outras temáticas. Sobre o Kevin, no fim do livro eu já tinha ficado super interessada na mente dele, nos motivos dele, depois com muito ódio dele (por causa da Celia) e no fim já tava sem forças pra entender a complexidade do Kevin.

Se você quer entender melhor a dinâmica de um filho psicopata e ler algo totalmente diferente da nossa bolha comum, leia esse livro!
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Suze 15/04/2022

Realmente precisamos falar sobre o Kevin
Que livraço!! mds eu nem sei o que vou falar sobre esse livro aqui, o tema q ele aborda é incrível e esse final me deixou com vários pensamentos e teorias q mds..
eu pretendo ler esse livro dnv futuramente, para ter uma explicação melhor. Eu tb pretendo assistir o filme. Desde quando eu terminei de ler eu n paro de assistir teoria kkkkk. Eu gostei bastante. O que fez eu demorar e abandonar ele, alem da escola foi pelo fato de no começo ser beem chato. Mas dps quando a gente tá na metade do livro a leitura flui bastante. Se n fosse por conta da escola eu teria terminado bem antes. Recomendo! E acredite, eu n acho q exista um culpado.
Laísla 15/04/2022minha estante
Adorei seu comentário. Vai entrar na minha lista para os próximos que irei ler. Eu vi o filme, ele é bem impactante mesmo. Só vi uma vez, não consegui ver novamente mas pretende. Se o filme me causou inúmeros sentimento imagino o livro


Suze 15/04/2022minha estante
@Laísla - pode ler, certeza q vc n vai se arrepender.




K.G | @kennedy guedes 22/11/2017

PRECISAMOS FALAR SOBRE PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN!
Esse livro é tao..... tao... sla, foda nao é o suficiente pra descrever, incrivel tambem nao, maravilhoso tambem nao, precisa ser inventada uma palavra pra descrever tudo o que esse livro é.

Escrito em formato de cartas, por uma personagem INCRÍVEL, chamada Eva, para o seu marido Franklin, e aqui ela fala sobre sua vida, tanto pessoal, quanto conjugal, e principalmente a vida dela assim que descobriu que estava gravida do seu primeiro filho KEVIN. Kevin um adolescente de 16 anos que matou a flechadas 14 pessoas da escola.

ISSO NAO É SPOILER, ESTA NA CONTRA CAPA, NA ORELHA, EM TODO LUGAR.

Entao um dos primeiros e principais pontos é, O LIVRO NAO É NARRADO PELA PERSPECTIVA DO KEVIN, E SIM DA SUA MAE. e isso torna o
livro absolutamente SENSACIONAL.
A eva é uma mulher obscura, sombria, UMA PERSONAGEM EXTREMAMENTE BEM CONSTRUIDA, muito marcante, daqueles que voce se lembra pra sempre.

Terminei essa historia e ainda nao sei se eu tenho PENA, SE EU TENHO ODIO, SE ELA TEM CULPA OU NAO, EU NAO SEEEEEI SOCORRO

A autora construiu uma historia ABSOLUTAMENTE TRIDIMENCIONAL, muitos aspectos sao abordados.
Não é simplesmente a sociopatia do Kevin, é toda a sua construção, pelo ponto de vista da sua mae, e gente eu nao tenho palavras pra explicar o quanto isso é sensacional, mesmo nao sendo narrado pelo Kevin, o leitor consegue conhece-lo desde o nascimento, e como se vissemos todos esses anos pelos olhos da EVA.

o livro levanta uma questão muito forte que é, O SER HUMANO NASCI BOM OU MAL OU ELE É UM PRODUTO DO MEIO?
É abordada tambem de uma forma MUITO VICERAL A DEPRESSÃO PÓS PARTO, é tao intenso, que a gente tem que parar pra refletir.
O proprio relacionamento da Eva com o Kevin é muito impactante, é muito viceral, sombrio, inquietante.

Seria ela culpada ou vitima?

UM SUSPENSE PSICOLÓGICO PURO.

A escrita desse livro É FENOMENAL, mas NÃO É UMA LEITURA FACIL, é muito densa, descritiva, poucos dialogos, ( MAS QUANDO TEM SAO SENSACIONAIS) É uma leitura que te suga, te consome, NÃO É UM LIVRO PRA LER EM DOIS DIAS, no meu caso, foi quase uma semana, mas, pra mim, fluiu bem, a sensação de ler esse livro, e tipo, SABE AQUELAS FOTOS DE UMA PESSOA SOZINHA NO FUNDO DO OCEANO? E TIPO ISSO, é envolvente, e densa, É QUASE PALPAVEL, E eu achei isso absurdamente incrivel, cada FRASE faz diferença.

SE VOCE ACHAR DIFICIL, VOU ENSINAR O MEU TRUQUE, e de graça!
TAM
TAM
TAM

Intercale a leitura com um livro mais leve, mais divertido, assim, voce nao vai se sentir cansado.

já falei muito E TEM MUITO PRA SER FALADO, e um livro pra ser lido, e relido e discutido, COM CERTEZA SERÁ UM CLASSICO, para as gerações futuras.

Voce sabe o tempo todo como vai ser o final, MAS A FORMA COM QUE É CONTADO, É INCRÍVEL, IMPACTANTE, o ultimo capitulo desse livro é de DESTRUIR O CORAÇÃO.

Não é um livro que me deu vontade de surtar, mas e daqueles que voce vira a ultima pagina, fecha o livro, coloca no colo e fica olhando pro nada e pensando " caralho, pqp, que livrao!" te deixa maravilhado de uma forma diferente.Se eu visse essa autora na minha frente, eu pararia na frente dela e diria " voce é foda"

5 estrelas, favoritadissimo!
Viviane569 11/01/2018minha estante
A melhor resenha que li até agora, parabéns!


Risa 13/01/2018minha estante
Fodastica rs


Camis 25/01/2018minha estante
Não sei se sou só eu, mas quando fica em caixa alta eu imagino a voz gritando então fica bem engraçado ler esses textos


Jenni 19/11/2019minha estante
Que resenha incrível!




Wilker.Dantas 03/04/2020

Realmente precisamos falar sobre o Kevin e sobre esse livro que tem uma fama que eu não tenho certeza se merece, depois de ter lido 50% do livro eu ainda não tinha certeza do por quê eu ainda estava lendo, Precisamos Falar Sobre o Kevin é uma narrativa epistolar, ele é inteiramente narrado pela mãe de Kevin através de cartas para seu ex marido, é um livro que todo mundo já fica sabendo do final logo nas primeiras páginas ou até mesmo uma sinopse qualquer dessas que se lê por aí, mas aí é que está, o final do livro, depois de lidar com todo o sentimento de dor, culpa e a solidão, Eva ainda nos surpreende na última página. A narrativa conta de forma esmiuçada todo o processo da decisão de ter um filho, a gravidez, a vida em família, os conflitos em casa, a desconfiança, a infância e a pré-adolescência de um menino tido como sociopata imutável, e tudo o que levou o menino a matar 11 pessoas, o livro retrata inúmeros fatos de época sobre crianças cometendo atrocidades e virando notícia nos EUA. Precisamos Falar Sobre o Kevin é uma narrativa difícil de engolir, é um livro difícil de se ler, e talvez, todo o processo de criação da narrativa seja para isso, eu quase abandonei o Kevin, mas como Eva, eu não consegui larga-lo.
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Camila.Moura 16/08/2020

Perfeito
Um livro que incrível que nos deixa com várias questões para debater, mas assustador, pois poderia muito bem ser uma história real.
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Jade 15/09/2020

Visceral
?Bem, o Kevin me apresentou a um país realmente estrangeiro. Disso eu posso ter certeza, já que a definição do local verdadeiramente estrangeiro é que ele instiga uma ânsia penetrante e perpétua de voltar pra casa?

Forte, tocante e reflexivo.
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Luiz Amaro 16/02/2020

E AGORA, DE QUEM É A CULPA?
Sim, precisamos falar sobre o Kevin. Porém, também precisamos falar sobre o Franklin, a Celia e principalmente sobre a Eva.

Precisamos falar também em relação ao machismo, a idolatria paternal, a maternidade compulsória, a educação desconjuntada, sobre a pedagogia, sobre a pediatria, a neurociência, os julgamentos da sociedade, sobre a falta de compaixão, empatia e o papel social da mulher. São tantas coisas que este livro nos obriga a falar que chega a explodir a cabeça.

Confesso, já recebi alguns feedbacks de alguns leitores julgando a leitura como arrastada, principalmente no começo. Porém, não posso falar que a narrativa é ?arrastada?, porque eu entendo a necessidade da autora conduzir uma levada mais lenta para emergir o leitor a tamanha profundidade.

E além do mais, esse livro não é apenas para ser lido e pronto, a incompreensibilidade
que a obra traz a tona é de uma desconstrução psicológica inexplicável, de modo que, pós leitura, você há de concordar comigo que precisamos falar sobre o Kevin sim, porém, não é só sobre ele. Mas, principalmente, tudo o que acontece em volta dele. E prontamente, mesmo a você, leitor.
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Natália Tomazeli 27/09/2020

Precisamos Falar Sobre Esse Livro
“A população norte-americana é gorda, inarticulada e ignorante. É exigente, imperiosa e mimada. Considera-se irrepreensível e se sente superior por ter tido uma democracia precoce; é condescendente em relação a outras nacionalidades porque acha que está sempre certa, ainda que metade dos eleitores não vote. Se não bastasse, gosta de contar vantagem. Acredite você ou não, na Europa não é considerado aceitável enfiar pela goela abaixo de pessoas conhecidas recentemente que você fez faculdade em Harvard, que tem uma casa imensa que custou tanto e que janta com várias celebridades. E o americano também não saca que em alguns lugares é considerado grosseria partilhar as preferências por sexo anal com alguém que se conheceu cinco minutos antes num coquetel — já que o conceito todo de privacidade, no país, foi pelos ares. Isso porque a população norte-americana é confiante demais e inocente de um jeito que a torna burra. Pior de tudo, não faz ideia de que o resto do mundo não a suporta.”

Faz um tempo que eu acabei essa leitura e tô vindo escrever uma resenha. Porque até hoje eu não sei como colocar tudo o que eu achei em um espaço tão pequeno. Todas as críticas feitas pela autora não vão poder ser expressadas aqui e talvez até detectadas por mim na leitura. É um livro de uma profundidade tão grande que é até medíocre tentar resumir ele aqui, mas quero deixar um pequeno registro tanto para quem vier ler quanto pra minhas eventuais consultas.

Eu fui procurar essa leitura muito pela temática proposta, que era justamente a questão de Kevin e sua "sociopatia"? Mente criminosa? Enfim, na verdade até hoje não sei muito bem. A controversa que há nessa história é tanta e a profundidade de tantos assuntos abordados é também tanta que esse não podia realmente ser um livro diferente do que ele é.
E o que ele é? Uma leitura densa, penosa, lenta. É quase tão desconfortável ler ela do que imagino "ser" o próprio Kevin. E acho que se essa história não passasse esse clima, talvez o livro perdesse muito da sua substância. É o jeito com que ele "rumina" os assuntos que faz com que a gente fique perplexo de ter que pensar em tanta coisa. Esse é aquele tipo de livro que bota a cabeça pra funcionar. Que é ambíguo. Eu lembro que fiquei uma semana me pegando pensando em vários caminhos e atitudes que os personagens tomaram na história, em como tudo acabou, em como as coisas eram e foram colocadas ali. E o pior era que eu me via em um labirinto de pensamentos. E sim, isso é totalmente proposital! E digo mais, necessário!

Gosto de dizer que esse livro é a materialização da frase: "o ser humano é limitado para compreender o ilimitado" porque ele traz problemas complexos que não podem ser resolvidos de maneira simples. E o leitor que tentar seguir por esse caminho vai ser aquele que justamente vai estar perdendo de aproveitar para pensar sobre toda essa massa de ideias que a autora propõe.

No início eu achava que toda a questão da Eva com a maternidade compulsória era a maior critica que o livro tinha pra oferecer (porque sim, acho que mais da metade desse livro é sobre essa temática, que se você nunca ouviu falar, sugiro que vá procurar sobre. Eu não vou dissertar muito sobre isso nesse espaço porque é pequeno e porque o vídeo da Bel Rodrigues já diz tudo sobre essa parte do livro, então recomendo também que vc de uma procurada no YouTube por ele), mas chegando no fim da leitura vi que na verdade, no meu caso, absorvi muito mais das críticas trazidas sobre uma sociedade toda quebrada e doente que passa sua forma torta de ver o mundo para as crianças, contaminando elas com um monte de coisas das quais nem os adultos sabem direito como lidar. E nunca saberão porque foram questões criadas pelos adultos que vieram antes deles. E ninguém quer quebrar esse teto de vidro porque afinal tudo faz parte de um grande sistema onde todo mundo já perdeu o controle de tudo.

Já adianto, vai ser muito comum que você pessoa que vai ler esse livro, se pegue pensando em como lidaria com as situações. Ou talvez se pegue pensando ainda além, no "será que eu me meteria nessa situação?". Será que a Eva se meteu nas situações ou foi colocada nelas. E o Kevin?
Bom, eu não consegui defender ninguém mas também não consegui ficar contra nenhum dos personagens. Aqui não tem vilão nem mocinho, não é uma história sobre isso. É uma história sobre a mente humana, sobre a complexidade dos ciclos e vínculos sociais.

Pra finalizar eu queria mandar um grande puxão de orelha para a editora que colocou o maior plot twist do livro na SINOPSE dando assim um enorme spoiler pra todos os leitores, nossa sério, tem que dar um prêmio pra pessoa/equipe que fez uma coisa dessas (ou deixou isso passar). Gente, eu li o livro e não li a sinopse então não sabia e fui MUITO surpreendida com o fato que tá escancarado lá e que quebra toda a graça do formato epistolar e de outras mil coisas. Se vc tá lendo aqui com certeza viu esse spoiler e só lamento mesmo porque é o que eu posso fazer huehueheuhe (rindo de nervoso).

"No entanto, se não existe razão para viver sem ter um filho, como poderia haver razão para viver tendo um? Responder uma vida com uma vida sucessiva é apenas transferir o ônus do propósito para a geração seguinte: esse deslocamento nada mais é que um atraso covarde e potencialmente infinito. A resposta dos seus filhos, presume-se, será procriar também, e, ao fazê-lo, empurrar a própria falta de propósito para a prole seguinte."
Craotchky 27/09/2020minha estante
Oi,Natália. Passei para interagir um pouco. Muito legal sua resenha pois expressa bem tuas percepções quanto a leitura. Quando li acho que prestei mais atenção na relação dxs personagens do que nas críticas à sociedade. Nesse sentido, adorei sua frase: "É uma história sobre a mente humana, sobre a complexidade dos ciclos e vínculos sociais." por resumir bem esse aspecto da obra. Por fim, a frase inicial do seu antepenúltimo capítulo me fez pensar que na verdade, eu, pelo que lembre, nunca fiquei matutando sobre o que eu faria em determinada situação descrita em um livro.


Natália Tomazeli 27/09/2020minha estante
Oi, obrigada pela interação! Acho que eu sou meio empática demais e sempre fico me colocando no lugar dos personagens, por isso ficava pensando o que eu faria, principalmente se eu fosse a Eva (em relação ao Kevin). Como que eu agiria com uma criança tão complexa em minha tutela, principalmente. Talvez eu teria reagido até pior do que ela, mas enfim rsrs


Craotchky 27/09/2020minha estante
Pois é, pior ainda que não me coloco no lugar do detetive em romances policiais na medida em que nunca tento descobrir o assassino. Talvez por isso eu não seja fã do gênero. hehe


isadoraS2 28/09/2020minha estante
omg como a editora coloca o plot twist na sinopse?! obrigada por avisar, não vou ler a sinopse então kkkkk
adorei a resenha, deu vontade de ler o livro


Natália Tomazeli 29/09/2020minha estante
Então, acho que é isso aí rsrs
Eu sempre fico igual um Sherlock atrás das pistas em romance policial, já tô até craque heuehue


Natália Tomazeli 29/09/2020minha estante
Então,Isa, mas naquele quadradinho ali já tá a indo do spoiler (aquele abaixo da resenha que fala do livro), desculpa ser estraga prazer :(




Ander 28/07/2012

Apenas um jeito de desabafar! Na real, apenas uma admiração pela autora!
-Resenha terminada em 03/07/2012, fiz uma bagunça aqui e acabei excluindo tudo sem querer, Skoob me "trollando". rsrs

~ Talvez tenha alguns pequenos spoiler, nada tão exagerado... ~


Vamos lá, serei mais um de muitos a fazer mais uma resenha sobre esse incrível e lindo livro, que creio eu, mexeu muito com a cabeça de muitos que puderam apreciar essa obra.

Mais uma vez, digo e repito que é mais fácil fazer uma resenha de um livro que você odiou ao invés de um livro que você se apaixonou! Sinto-me completamente incompetente! Sinto que não consigo passar todo o verdadeiro sentimento que senti ao finalizar esse livro. Uma autora fantástica e sem igual como Lionel Shrivre adoraria saber que ela conseguiu, sim, ela conseguiu deixar mais do que metade de seus leitores com a cabeça louca e com um sentimento que domina nosso ser, domina nosso sentido de pensar, domina tudo que imaginávamos que não seria possível! Realmente não dá simplesmente você não consegue fazer uma resenha perfeita que chegue perto da grande história que esse livro conta! É algo impossível a se fazer, por tamanha é a perfeição do mesmo.

Confesso que demorei muito pra fazer essa resenha, que está mais pra um desabafo, algo que raramente acabo fazendo, mas com esse livro, eu me senti na obrigação de me jogar por completo e conseguir soltar algo que ficou engasgado ao terminar o livro. Estou em um impasse, estou travado, minha cabeça está girando pensando em cada pedaço desse livro, talvez Lionel tenha feito algo surpreendente comigo, sua historia não é apenas um relato de alguma imaginação, mas algo que beira ao realismo, algo que nos toca, que nos faz acordar, que nos deixa extremamente angustiado consigo mesmo!

Não tem como deixar de relatar que esse livro não foi escrito para qualquer pessoa, pois para o ler você precisa estar preparado e ao mesmo tempo, aceitar uma leitura diferente de vários outras!
Sabe, não é uma leitura fácil de início, cheguei a me sentir decepcionado com o mesmo, cheguei a odiar Eva, ainda não sei como isso foi possível, ou quer dizer, acho eu sei sim como foi possível! Mas talvez seja outro ponto que a autora quis passar.

Eva não é uma personagem que se apegamos de cara, ela não é uma protagonista bonitinha, simples e simpática que você encontra por ai, ela é o oposto de tudo que imagina: Egocêntrica, chata, antipática, e vive só pensando no seu mundinho, em suas riquezas e conquistas, nas suas viagens e se gabando de quem se tornou. Isso chega a te deixar doido! Pensando o pq daquilo tudo? Achando que a autora estava desperdiçando tempo, achando que nada daquilo fazia sentido!
Só que não, sinceramente é ai que tudo realmente começa literalmente, onde somos obrigados a conhecer cada detalhe de Eva, tudo pra fazer sentido mais pra frente, então é normal se sentir frustrado com a leitura de inicio, ela realmente parece ser arrastada e cansativa, mas eu te garanto pode ficar sossegado se voce estiver preparado pra ler esse livro tudo vai clarear e fluir muito bem à medida que você vai lendo.

O casamento de Eva é diferente, bonito e confuso de inicio, mas depois do nascimento de Kevin, vira uma bagunça e talvez eu esteja indo além , mas senti que o ódio vai tomando conta do casamento e tudo começa a desandar entre o casal.
Alias, o amor e ódio estão presentes a cada momento do livro, é mais que notável sentir raiva e compaixão a cada passo dado dos personagens, até mesmo sobre o Kevin!

Confesso, eu odiei Eva por vários motivos, eu ficava pensando comigo mesmo, que talvez ela tivesse merecido tudo aquilo, que a humilhação que ela passava era pouco,"ok", eu posso ter feito um julgamento cruel sobre ela, mas creio que não tive escolhas, ela se autodestruía e me fazia pensar diversas coisas, só que depois foi como se o jogo tivesse virado e se apaixonar por Eva foi mais fácil, mais compreensivo, a compaixão sobre todos sentimentos que ela passava me deixava aflito, houve momentos em que eu só queria dar a ela um sorriso ou um pequeno abraço, onde eu poderia confortá-la ou deixá-la se sentir bem, dizer que tudo aquilo ia passar, que o tempo ia curar, mas todos sabemos que isso chega a ser impossível para a personagem, a dor e a culpa que ela carrega chega a dominar seu ser, dominar tudo que ela jamais imaginou.

Fiquei doido com Kevin, a certo momento eu o achava um garotinho forte e ameaçador, isso me deixava vibrado, eu perdi as contas de quantas vezes eu ficava tenso com cada palavra que saia da sua boca, e olha que ele só tinha 6 anos!!! Era algo de se admirar ou não, só que depois as coisas passaram do limite e o ódio tomou conta de mim, era impossível não odiar o personagem! Simplesmente Impossível. E sinceramente não tem como, ele sempre será odiado por mim, ainda não aceito tudo que ele fez, são coisas absurdas e malucas demais, um psicopata por completo.

E finalmente quando começamos a entender quem é realmente a personagem Eva, a leitura te fisga por completo, onde você quer descobrir o porquê de tudo, se questionando em diversos momentos, como se o livro te puxasse, te deixasse desajeitado, como se algo em sua cabeça estivesse faltando, meio doido, mas eu imagino que é essa a intenção da autora, deixar o leitor confuso e maluco ao mesmo tempo.

Todos os momentos de Eva grávida foram importantes pra entender mais a personagem, seus desejos de ao mesmo tempo querer o filho, outros pensamentos tomavam conta de sua cabeça tambem, pensamentos como não querer mais ter o filho, a insegurança tomando conta de si. E ai quando passamos por um parto completamente fora do normal, já sentimos um ar de mudança, tanto na trama como na vida de Eva, e assim de cara vemos Kevin apresenta sua pequena "performance" maquiavélica ao recusar o próprio leite de sua mãe, nao como qualquer bebe normal, mas com um ar de sentir nojo do leite e raiva de Eva! Nos fazendo pensar que talvez Eva tenha parido um `pequeno monstro` e que daqui pra frente só será turbulência atrás de turbulência e é ai que percebemos o quanto estamos certos, agora o bichinho vai mostrar suas garras! E que garras, todo desenvolvimento do Kevin bebezinho já me intrigava, onde ele não parava de berrar e foi ai que Eva começou a sofrer pra valer, ele era um duas caras com apenas alguns anos de vida! Como isso é possível? Perto do pai era uma coisa e sozinha com a mãe era outra completamente diferente!

E ai entra os momentos que eu mais fiquei maluco com Franklin, o pai, o que queria ser o centro de tudo, o impasse de Eva, o motivo dela às vezes não ter feito o que sempre quis! Talvez Franklin tenha sido o abrigo seguro e descarado de Kevin. Ainda fico me perguntando o quanto ele foi cego, o quanto se deixou levar por um simples sorriso falso de seu filho!
Creio eu, que foi ai que a autora começou a trabalhar no realismo, percebemos o quanto existem pais que são cegos e desconhece seu próprio filho, onde o filho pode facilmente manipular seus pais de uma forma simples e traiçoeira! E isso para Kevin era como parte de si, digamos que até um dom, um poder de persuadir seu pai de um jeito sinistro e nos fazendo ficarmos aflitos e com vontade de querer tirar a fenda dos olhos de Franklin, pensando que só assim ele poderia entender que seus atos só iam o levar ao abismo e tudo poderia ser diferente!

Cada momento de Kevin na infância foi pesado, seus movimentos eram imprevisíveis, mas não para Eva, a própria mãe sabia quem era seu filho, ela nunca queria demonstrar que estava contra seu filho, só queria que as outras pessoas entendessem que nada daquilo era o que parecia ser e sim, que tudo tinha seu pequeno lado sombrio e Kevin jamais fora um bom menino. Relatar aqui todos os momentos marcantes de sua infância é demais pra mim, mais só pelo fato dele dominar tudo ao seu redor com poucos anos de vida já me deixava intrigado. Não dá pra não ter um pouco de orgulho por Eva em certo momento que ela perde a paciência com Kevin, não sei como ela conseguiu ter tanta paciência por tantos anos, só que vemos ali pela primeira vez o que Kevin sentia quando sua mãe se descontrolava. Ele se sentia bem, feliz consigo mesmo, era como se fosse mais uma vitoria conquistada! Lamentável. Percebemos também o quanto Kevin era inteligente, e sabia sempre quando e onde falar algo insano, sua maneira de pensar e manipular estava acima de qualquer um, estava à frente de tudo que imaginamos!

E quando eu menos esperava a história me traz a menininha mais linda que jamais esperava ver nessa obra, sim, estou a falar da nova filhinha de Eva, toda sua vontade agora de ter um novo bebê é aceitável e mostra o quanto ela quer se mostrar forte, o quanto ela ainda quer ter esperanças de que as coisas vão mudar para melhor um dia, e não há motivos para não se apegar a uma princesinha linda como Celia, e o medo que temos de Kevin acabar com essa felicidade de Eva é inevitável!
O ciúme de Kevin sobre a Irmã é mais que medonha, é monstruosa! Eu me apeguei tanto em Celia que quando algo de ruim aconteceu, eu só imaginava na vontade de poder enfiar uma faca no olho de Kevin! Ainda não acredito que ele foi capaz de tal atrocidade, brutalidade em certo momento, mais isso não chega a ser pior do que ele faz mais pra frente...

O jeito que o livro é narrado, mostrando o passado e o temido presente dos acontecimentos da historia, foi outro ponto positivo para a escritora, ela soube pegar elementos geniais e trabalhar de um jeito diferente. Onde vemos que apesar de tudo que Kevin aprontou, Eva é a única que ainda consegue visitá-lo na penitenciaria, ainda querendo respostas de tudo aquilo que ele foi capaz de fazer!
O amor de mãe por seu filho é bem realista ai também, quem mais que a mãe para ser forte o bastante e enfrentar essa barreira de frente! E ai onde os dois ficam frente a frente pro outro, que a autora nos recheia de diálogos épicos e bem construídos, nos deixando intrigados com tudo, e desejando momentos assim do começo ao fim!

"Você nunca quis me ter, não é mesmo?"
"Eu achava que sim", falei." E seu pai, ele queria você...desesperadamente."
"Você achava que sim", disse ele. "Depois mudou de ideia"
"Eu achava que precisava de uma mudança. Mas ninguém precisa de uma mudança para pior." (...)
" Alguma vez já lhe ocorreu pensar", disse ele, de um jeito capcioso, "que talvez eu não quisesse ter você?"

Eu estou doido comigo mesmo, por não ter marcado diversas frases como essa no decorrer da leitura, foi tudo tão impactante, a autora não tem medo de escrever, é como se ela quisesse nos torturar, sendo cruel com seu leitor e sem censurar nada, um livro muito mais que adulto!

Sinceramente? Eu não consigo mais achar adjetivos bons para prestigiar esse livro! Ele mexeu tanto comigo que fico perdido na minha resenha mais confusa e desnorteado que cheguei a fazer! A minha vontade é de contar cada detalhe que senti ao ler essa obra, cada momento chocante e maravilhoso que jamais imaginei passar! Precisamos falar sobre o Kevin não é apenas um livro qualquer, é uma obra-prima, que não só me surpreendeu por completo, como também me deixou mais maluco ainda, mas que sim, me tirou do sério de um jeito diferente! Fazendo-me questionar sobre tudo ao meu redor:O valor do amor entre pais e filhos. Onde percebemos até que ponto um ser humano pode ser mau, ou será possível uma mãe odiar seu próprio filho? O pensamento de que pra chamar a atenção de algo que amamos precisamos ser tão cruel e não pensarmos nas conseqüências. Ou talvez o fato de sim, podemos pensar que estamos fazendo algo que achamos que é certo, mas que daqui um tempo, realmente vamos ter a incerteza de que queremos a grande resposta que procuramos!
O sentimento da dor que carregamos por algo que somos julgados sem ter como nos defender.

Eva sofreu muito depois de todas as coisas ruins que Kevin fez, afinal de contas Kevin foi digamos que um "Serial Killer", as pessoas que ele matou tudo de uma vez nos deixa pensar alto!

Sempre pensamos nas mães que perder seus filhos por mortes assim, mas nunca imaginamos pensar na própria mãe que criou o assassino! Outra parte que a autora trabalhou muito bem nesse livro: sobre como a culpa vem tudo em cima da mãe, é algo que Eva sabe que vai carregar para o resto de sua vida, algo que Kevin sempre quis deixar registrado, o prazer dele era atormentar a mãe, a deixar descontrolada, querendo que ela perdesse a força que tinha em si mesma, querendo que ela perdesse tudo o que possuía! E olha, o 'fdp' conseguiu!!!

A vida de Eva depois do ocorrido é completamente uma tortura por completo, ela não tem mais ninguém ao seu lado, e seu único jeito de se consolar é escrevendo as cartas para o marido, onde ela conta tudo que Kevin a fez passar, onde ela consegue contar toda trajetória ate ali, com sua total sinceridade, relatando seus erros, seus medos e sua dor.

E não tem como, toda seqüência final foi completamente de tirar o fôlego, jamais esperava um final surpreendente como esse, fez jus à trajetória do livro.
O melhor livro do ano sem dúvidas! E ainda um dos melhores livros que já li até agora! Magnífico é a palavra certa no momento!

Enfim, ficar aqui relatando sobre todos os momentos terapeutas que esse livro trouxe pra mim, pode chegar a ser clichê demais! Exagerado para muitos, e compreensivo para poucos, juro, serio!Eu juro que tentei escrever um pouco menos ou fazer uma resenha mais explicativa, que desse pra entender o que eu quis passar ao terminar esse livro, mas não da, vai ficar uma resenha que me define: Completamente uma pessoa incompreensiva!

Só ainda acho que falta MUITA, mas MUITA coisas pra falar sobre o Kevin, literalmente! E ainda posso afirmar, que não consegui passar nenhum pouco do que eu queria aqui, queria uma resenha mais digna e forte como o livro, mas nada se compara a uma obra-prima como essa.

Termino essa coisa que podem chamar do que for. Só não sei se encaixaria como uma resenha bonita e bem feita, pq esta longe disso rs... Com essa trecho épica :

"Depois de quase 18 anos...Posso finalmente anunciar que estou exausta demais e confusa demais e sozinha demais para continuar brigando e, nem que seja por desespero, ou até por preguiça, eu amo meu filho."
florcerqueira 03/08/2012minha estante
Ander
Essa foi a resenha mais louca que já li huahuahuua
Mas olha pela sua visão me fez muito querer ler o livro.
Apesar de ter assistido o filme nele ficou algumas lacunas que quero preencher com a leitura.
Obrigado!


Ander 04/08/2012minha estante
hahaha Ah Leka, valeu *-*
Leia sim!!! :D


Ellen Giovanna 20/10/2014minha estante
Ótima resenha, mesmo que não descreva todo o seu sentimento pela obra, adorei
Esse livro é um dos meus favoritos e eu nunca consegui expressar todo o impacto que ele me causou
mas a sua resenha é como se expressasse por mim !
Adoreii *--------*




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Landerson 20/01/2022

PERFEITO!
A escrita da autora é o ponto alto desse livro, se bem que achei ela meio prolixa em algumas partes. Porém, o conjunto da obra é incrível.
História, personagens, enredo... Tudo.
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Jhog 30/04/2022

Tenso!!!
Um livro denso, tenso, pesado, triste... Precisamos MESMO falar sobre os Kevins da vida real. É muito complicado ter uma relação maternal como a desse livro. A mãe tentou mas sem sucesso e desistiu, o pai achei muito relapso em não acreditar em um pingo de verdade no que era dito sobre seu amado filho. Recomendadíssimo mas já vai sabendo que não é nenhum passeio no parque.
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Danielli.Carvalho 02/07/2020

Forte, desconfortável e genial
Esss foi minha primeira leitura de uma obra de Lionel Shriver e estou embasbacada com a autora.
A construção de momentos, situações, e emoções expondo pensamentos e dilemas que as pessoas tem medo de externar ou pensar em voz alta é simplesmente sensacional. Ela aborda, entre outras temáticas, tabus envolvendo a maternidade.
Uma obra forte e com um desenrolar lento e doloroso contando a jornada de uma mãe com seu filho, que possui o teor sarcástico e dolorido de Eva com si mesma ao contar a própria história em formato de cartas.
Me surpreendi com a escrita e sutileza da autora ao desenvolver essa ficção e recomendo aos leitores uma mente aberta para uma visão mais crítica sobre as intenções deste livro e para que de fato possam apreciar o que, acredito eu, foi a intenção da autora ao desenvolver essa obra, que demosntra a tátil e plácida coexistência da bondade e maldade de todo ser humano.
Ao tocar em possibilidades polêmicas e potenciais de qualquer pessoa, Lionel, deixa em aberto a discussão sobre responsabilidades e abdicações envolvendo a maternidade.
Indagando também um tipo de comportamento social, ela nos deixa em aberto pra a discussão de uma grande questão: de quem é a culpa?
Ou, de forma mais profunda, resignificando o próprio questionamento mais conjecturável "de quem é a culpa" para outras possibilidades e outros questionamentos que vão de frente à idealização utópica de lações familiares.
Uma crítica à necessidade da existência de um culpado, ao hábito ou necessidade de isenção de responsabilidades ao estabelecer um culpado para calamidades que saem do nosso raio de interferência e controle de decisão.
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