Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


1616 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



cah 19/07/2010

Qualquer coisa que eu diga é insuficiente
Por várias vezes me deparei com uma breve resenha do livro em alguma revista do tipo 'Veja'; digamos que o Kevin me perseguia até que eu soubesse da sua história.
A capa e o título sempre me chamaram atenção, a história em si nem tanto, achei que fosse um livro de relatos e análises psicológicas a respeito de 'o que leva um jovem a matar?'.
Fui ler o livro depois que uma amiga me emprestou e fiquei encantada.
Precisamos falar sobre o Kevin é um livro maravilhoso, com uma narrativa envolvente, personagens e diálogos interessantíssimos. Ah, o que falar dos diálogos entre a Eva e o Kevin? Sentirei falta deles, foram os momentos mais prazerosos da leitura.
Terminei o livro com pesar. O desfecho foi perfeito, mas já acabou? Não terei mais as cartas da Eva, a irônia do Kevin, a doçura da Celia e até mesmo a ingenuidade do Franklin?
Mais um livro no qual criei uma afeição particular por cada um dos personagens.
Precisamos falar sobre o Kevin é, sem dúvida, um dos melhores livros de todos os tempos, mal posso esperar pelo filme.
Bruna 26/09/2010minha estante
Ah, o que falar dos diálogos entre a Eva e o Kevin? Sentirei falta deles, foram os momentos mais prazerosos da leitura.[2]

Sempre ansiava pelo próximo...


Nívia 29/12/2010minha estante
"Mais um livro no qual criei uma afeição particular por cada um dos personagens." [2]

Sem falso exagero, um dos melhores livros que já li na vida!




Cris 18/04/2020

Um livro deprimente porém impecável!
Nascemos ou nos tornarmos um psicopata? Esse era meu principal questionamento pois acreditava que tudo cooperava para a criança ao longo de seu crescimento vir a desenvolver a psicopatia. E se, e se ... nascemos? Mas por quê? Tirei um dia para ler e assistir à entrevistas de vários médicos e cheguei à conclusão de que nada sei rs, e de que nunca posso olhar alguma situação baseada no que acho ou em como enxergo a vida.
O que muitos profissionais atestam é que nascemos! O tal do córtex-frontal que é responsável por qualquer emoção contida em nós é danoso nesses indivíduos. É genético. No mais, quando não se há o diagnóstico nos resta os sociopatas.

"Precisamos falar sobre o Kevin" foi uma leitura penosa, deprimente e, embora bem articulada, é carente de emoções por n motivos, dentre eles, os próprios traços de desvio de conduta da protagonista, Eva, a mãe de Kevin. Tinha em mente que entenderia a mente de seu filho que beirando os 16 anos matou a flechadas colegas de seu colégio!!! Ao final de tudo não se tratava de entender nada, não era essa a mensagem... se fosse, o título do livro ganharia outro nome. Eva apenas queria falar sobre o Kevin, queria mostrar como o adolescente agia. Tudo poderia ser diferente se houvesse um acompanhamento clínico lá no passado? Sim, poderia. Se a Eva tivesse conversado com algum psicólogo expondo seus traumas de infância as coisas poderiam ser diferentes? Sim, poderiam. Se ela e o inútil do marido tivessem o MÍNIMO exigido do diálogo algumas situações teriam tomado outro rumo? Sim, teriam. Mas nada disso aconteceu e, infelizmente, tudo se colapsou em uma tragédia que o menos afetado veio a ser o percursor de tudo.

Daria para eu ficar até amanhã falando das muitas reflexões que a leitura traz. Não é de se espantar que o livro já fez parte da grade de alguns colégios no passado e que serviu de material para psiquiatras em suas teses. Os assuntos levantados ali precisam ser discutidos unicamente por afetar não apenas uma pessoa, e sim todos ao redor e derredor.
O livro é muito mais do que indicado!! Que livro!!! E nunca, nunca se deixem levar apenas pela adaptação, ela é boa... mas não chega aos pés do que o Kevin é.

(...) É sempre culpa da mãe, não é verdade?, disse ela. bem baixinho, pegando o casaco. Aquele menino deu errado porque a mãe dele bebia, ou se drogava. Ela deixava o garoto solto na rua; ela não ensinou a ele o que é certo e o que é errado. Nunca estava em casa quando ele voltava da escola. Ninguém nunca diz que o pai era um bêbado, ou que o pai nunca estava em casa quando o garoto voltava da escola. E ninguém jamais diz que alguns desses garotos não prestam e pronto. Não vá você acreditar nessa balela. Não deixe que eles ponham nas suas costas essa matança toda.
comentários(0)comente



Cláudia 16/05/2011

Desabafo...
“Perturbador” talvez seja o termo que melhor defina esse romance. Trata-se de um consenso. Todos que conheço, ainda que apenas no mundo virtual, compartilham desse sentimento: perturbação.

Kevin é um menino-monstro que com 15 anos decide “solucionar” seus problemas matando. Simples assim. O livro não é sanguinolento e nem dá destaque a matança em si. Sua característica praticamente unânime de “perturbador” provém das cartas de Eva, mãe de Kevin. Todas as cartas são dirigidas ao seu ex-marido, Franklin. Suas cartas deixam explícito seu amor e devoção ao ex-marido, sua culpa pelo fato do filho ser um assassino convicto e orgulhoso e, principalmente, o fato de que a relação mãe-filho sempre fora bizarra!

Apesar da culpa, Eva busca – e encontra – coragem para relatar seus sentimentos em relação ao filho, rememora episódios incomuns desde a mais tenra idade até o dia em que Kevin comete seus crimes. Eva não apenas reitera que nunca teve vontade de ter filhos, mas confidencia que o sentimento de amor incondicional que todos atribuem “natural” e “intrínseco” a todas as mamães, simplesmente não veio. Nem no momento do parto, nem em momento algum. Eva sempre conseguiu manter uma distância adequada do filho para enxergá-lo de forma objetiva, reconhecer suas falhas, suas dissimulações. Enquanto o pai de Kevin atribuía às bizarrices do pequeno, uma “coisa de criança”, Eva sabia perfeitamente que tudo era ardilosamente arquitetado. Onde Franklin via espontaneidade, Eva via gestos ensaiados. Por mais que algumas coisas possam, de fato, serem consideradas “coisas de crianças” e por mais que possa parecer horrível que uma mãe enxergue maldades nas atitudes do filho, os fatos que estavam por vir confirmariam que Eva não estava conspirando contra o filho, mas que estava sim, absoluta e amargamente certa.

Por ser o livro uma narrativa, é possível duvidar do relato de Eva, considerá-lo equivocado e/ou exagerado. Contudo, há episódios que falam por si só, que dispensam os comentários de Eva sobre determinada situação. E isso mais uma vez é culpa do consenso. Algumas atitudes de Kevin não precisam de tradução, são auto-reveladoras.

As cartas de Eva recheiam o livro com sua culpa, sua tristeza. Apesar dos inúmeros “incidentes” de crueldade de Kevin, ao contrário do que se espera, nada é respondido. Aliás, se o livro tem um propósito além do entretenimento, creio que seja a reflexão sem fim. Mesmo ao terminar a última página, não se obtém nenhuma resposta, nenhuma explicação, menos ainda justificativa para o imenso tédio que Kevin parece ter sentido desde o dia em que nasceu. Só o que ficam são dúvidas. Será que uma pessoa pode ser genuinamente má? Quem começou com o processo de rejeição, Eva ou Kevin? Será que Eva nunca conseguiu amar o filho porque ele jamais permitiu (acredite, jamais!) ou Kevin queria punir sua mãe por nunca tê-lo desejado? Será que é possível um filho “já nascer desalmado”, conforme Eva refere? Por que alguém ama o seu filho? Pelo fato de considerá-lo uma espécie de extensão do próprio corpo? Uma continuidade? Laços de sangue? Se for por esses motivos, então não importa no quê ou em quem o filho acabe se tornando?

Enfim, inúmeras perguntas surgiram na minha cabeça depois de ler a última página... Depois de considerar lida e relida a última página. Embora não seja deliberado, sei que continuarei pensando nessas perguntas, mesmo sabendo que jamais serei capaz de respondê-las com plena convicção. Ainda assim, continuo pensando...
Isabella 16/05/2011minha estante
Perfeito!!!! Vamos passar muito tempo ainda com os "porquês" na cabeça... e como nem a Eva obteve as respostas...


Fernando 25/05/2011minha estante
Comecei a ler sua resenha, Cláudia, mas parei. Como ainda não li o livro, fiquei com medo de descobrir coisas que não deveria. Mas o pouco que li já foi suficiente para aumentar minha curiosidade e meu desejo de ler o livro. Bj.


Nathalia 21/08/2013minha estante
Eu não concordo. Acho que Kevin era uma criança em busca de limites. Ele queria limites como demonstração de amor, e queria esses limites vindos da mãe. Ele queria que a mãe batesse nele, brigasse com ele.


Renata CCS 24/10/2013minha estante
Parece uma leitura densa e perturbadora.
Boa resenha!


Cláudia 24/10/2013minha estante
Obrigada, Renata! É sim, perturbadora... mas ótima!




CarambolaJubs 27/10/2022

esse livro me impactou bastante, por mais que a história seja um absurdo, logo que eu terminei eu tive q para sentar e absorver tudo q eu li, mas foi uma ótima experiência!
comentários(0)comente



Mah Mac Dowell 23/08/2021

Esse livro me destruiu ?
Em especial o final.
Narrado de forma epistolar, em cartas enviadas por uma mãe ao pai ausente, relatando a história do casal, intercalando entre o passado e o presente, momento em que o filho de dezesseis anos encontra-se preso após promover uma chacina em uma escola.
Um relato sincero, pelo ponto de vista de uma mãe que expõe as dificuldades da maternidade e os medos de toda mãe. Confesso que me fez repensar esse desejo de ser mãe hahaha
Várias passagens que apontam a influência do machismo sobre a sociedade e como os pais são taxados como responsáveis pelos atos de seu filho. Ficando aquela questão: onde foi que ela errou?
Além disso, a todo momento apresenta questões políticas e sociais com críticas ao preconceito, bullying, sociedade e política, colocadas sutilmente na história.
Eu adorei o livro. Me prendeu muito. E quando não estava lendo, estava pensando na história. Fora isso, como disse anteriormente, esse livro acabou comigo. Eu já estava imaginando o desfecho na metade do livro, vinha preparando a emoção na minha cabeça, mas ainda assim, quando acontece.. difícil.. que aperto no coração.?
Contudo, achei um livro genial, não sei como demorei tanto tempo para conhecer a história.
Me interessei tanto, que me deu vontade de assistir ao filme.
Super recomendo!
Larissa.Giorgetti 23/08/2021minha estante
Uau que resenha da hora Mah, agora deu curiosidade
Vai para os desejado
Obrigada


Ana Paula 26/08/2021minha estante
Baita livro né?! O filme é bem decepcionante em parte, na minha opinião, pelos atores.


Mah Mac Dowell 26/08/2021minha estante
Também achei bem ruim o filme Ana




Aline 20/03/2020

Doloroso
O livro é muito doloroso, por assim dizer, e carrega uma carga emocional muito grande. O início foi um tanto arrastado para mim, mas depois do nascimento do Kevin a história começa a ficar mais interessante e com um ritmo melhor. Ainda assim, foi apenas depois dos cinquenta porcento que ela fluiu de uma forma incrível e eu finalizei tão rápido ao ponto de nem perceber. Essa primeira parte, mesmo que arrastada, é de extrema importância para a construção da trama e claro, do massacre. Outro detalhe que colabora para se acostumar com o ritmo de leitura é o fato dele haver muitos poucos diálogos, sendo a sua maior parte descritiva, com muitas palavras difíceis e metáforas.

Conhecer a relação de amor e ódio entre Eva e Kevin foi uma experiencia incrível, e por conta de sua indecisão em querer ou não ter um filho, muitas vezes foi necessário pausar a leitura e respirar fundo. Incontáveis capítulos e trechos segurei a vontade de chorar, pensando o quanto tudo poderia ser diferente, o quanto eu queria que ela tivesse sido feliz.

Por se tratar de cartas ele é narrado em primeira pessoa, mostrando o ponto de vista de Eva onde, as vezes de forma não tão linear mas de fácil ligação e associação do tempo, ela nos conta vários aspectos de sua vida além de Kevin, como a acusação de negligência por conta do assassinato, suas visitas a prisão onde ele está, como ele já não era uma boa pessoa desde criança e como isso gerou problemas em seu casamento.

Além do aprofundamento de Eva, a qual me senti muito próxima no final da leitura e com vontade de abraça-la, achei Kevin muito mais desenvolvido, considerando que o foco da história é ele, mas não unicamente ele. Desse modo, por acabar conhecendo o personagem, seus pensamentos e personalidade de uma forma tão profunda e toda sua trajetória até ao massacre fica perceptível, sem precisar concordar com o mesmo, que para ele tal acontecimento fazia total sentindo, e não apenas isso, era necessário.

Lionel Shriver faz um trabalho muito bom no desenvolvimento familiar. Não apenas na relação de Kevin e Eva, mas de Eva e seu marido, os conflitos que as crueldades e a falta de demonstração de amor dela pelo filho causou no seu casamento e é claro, no próprio filho. Nos levando a pensar como a maternidade é uma escolha importante e se decidimos por ela devemos deseja-la de verdade, para não causar sofrimentos em nós mesmo e em pessoas que não tem culpa de nossas escolhas.

Eu já havia assistido o filme, qual é o meu favorito da vida, e havia um certo receio que uma experiência estragasse a outra, porém eu estava enganada. Iniciamos o livro sabendo que o Kevin assassinou tais pessoas e o marido de Eva não está mais presente. Como no filme, os detalhes desses acontecimentos, como o massacre, só são apresentados no final. Entretanto é claro que eu já sabia o que aconteceria e como aconteceria e isso não atrapalhou em nada a minha experiência e mesmo assim consegui me surpreender com o plot final.

Apesar das metáforas e palavras difíceis, que comentei no inicio da resenha, tirarem um pouco o ritmo da leitura, também é um ponto positivo. Isso faz da escrita da autora muito trabalhada, e muitas vezes um tanto poética, deixando o peso do livro cravado. Essa escolha de narrativa ajudou para que o livro tivesse um impacto maior sobre mim.

O filme não nos apresenta tantos detalhes da quinta-feira como o livro, que relata todos os acontecimentos daquele dia e como Kevin o realizou. Já o plot que comentei acima, com a sinopse e desenrolar do livro, achei que fosse algo acrescentado ao filme para causar mais impacto ao espectador (já que tais artes funcionam de formas diferentes). Mas, ao lê-lo no livro, o choque foi tão grande e tão, tão doloroso que foi inevitável derramar algumas lagrimas ao digerir tal cena/acontecimento.

No filme também há outro acontecimento que suponhamos ser culpa de Kevin, mas não sabemos exatamente o que aconteceu. Isso está presente no livro, e também não ficamos sabendo a forma exata dos detalhes. Quando o filme apenas mostra o resultado, o livro entra em muitos mais detalhes, mostrando o que dizem ter acontecidos (e como), mas também deixando subtendido a verdade sobre tal.

Mas, como eu já disse, literatura e cinema são artes diferentes que agradam seus admiradores de formas diferentes. Então, eu recomendo ambos, desde que vocês os veja como artes independentes (e não apenas com essa adaptação, mesmo com qualquer outra), já que eu vi o filme como um filme e me apaixonei por isso. Amando-o tão intensamente, não poderia ter escolhido outra edição a não ser a com capa de sua adaptação. Para mim, ambas as obras são maravilhosas dentro de sua forma, porém devo destacar que o livro contém um aprofundamento maior. O livro pode ser mais apreciado por quem gosta de tramas familiares, crimes, dramas e thrillers.

Resenha desenvolvida para o blog Resenhando Sonhos

site: https://resenhandosonhos.com/precisamos-falar-sobre-o-kevin-lionel-shriver/
comentários(0)comente



Eduardo1304 03/03/2022

Falar sobre o Kevin.
Precisamos falar sobre o Kevin é o conjunto de cartas que Eva escreve para o ex marido.
São cartas sinceras, beirando o doentio, onde ela confessa coisas que nunca teve coragem de falar.
Tudo aquilo que a maioria de nós guarda no lugar mais profundo e horrível de nossas cabeças.
Através das cartas, conhecemos mais sobre Eva, seus desejos e sua história de vida.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Michel 02/08/2012

O Fim que quase salvou o livro.
Ao terminar de ler Precisamos Falar Sobre o Kevin, Lionel Shriver. Senti a necessidade extrema de escrever uma resenha sobre o mesmo. Não sei ao certo que me motivou escrever essa resenha, se foram as expectativas não atingidas, ou realmente de "despejar" tudo que foi lido.
Quer titulo mas atrativo que esse? Começou justamente pelo titulo a vontade imensa de ler este livro. Talvez seja um dos títulos que eu tive mais prazer de falar para todos o que eu estava lendo no momento. Uma pena que ficou no titulo apenas.

O livro traz a historia de Eva, uma mulher independente, muito bem sucedida, e tinha um casamento estável, porem estava cansada de sua vida monótona e decidiu ter um filho para sair do tédio. (Eva Khatchadourian aparenta ser uma pessoa fútil. No decorrer do livro mudei completamente a opinião sobre ela).
Nasceu Kevin, uma criança que nos primeiros instintos fraternal, recusa o leite da própria mãe, cujo sabor não suportara, e colo não o bastava.
Chorava de forma exacerbada exclusivamente para Eva. Pois o choro, e melancolia cessavam no instante em que Franklyn, o pai, entrava em casa. Eva entendeu que era apenas o começo de uma rivalidade, com seu próprio e único filho.
Kevin se recusou conversar, fez com que seus pais acreditassem que ele pudesse ser autista. E ate os 6 anos de idade ainda fazia as necessidades na calça só para humilhar a mãe, que deixara o emprego 6 vezes por dia para trocar Kevin na escolinha.
Na adolescência, arquitetou uma carnificina na sua própria escola que matara 11 pessoas.

O GRANDE problema do livro - desculpe aos que gostaram - é a escrita, extremamente chata, cansativa, maçante, repetitiva, monótona. O livro começa muito lento, devagar, sem historia propriamente dita.
Eva, que é narradora, fala demais, e traz atona todas suas memorias incomodas, e a grande maioria desnecessárias (ex. sua opinião sobre politica local). Eva é extramente chata, teve horas que eu não aguentava mais ler, eu parava constantemente, dava muito sono.
Tenho que confessar que li o livro por orgulho, não aceitava desistir. Demorei 3\4 do mês para ler essas 463 paginas.
Faltando apenas 90 paginas para o final, eu ainda não estava engrenado, motivado. Finalmente, o fim tão esperado chegou, e para minha grata surpresa foi um fim legal.

Dou 3 estrelas, porque mesmo com fim bacana, não pagou meu sofrimento lendo o livro.

Mateus 11/08/2012minha estante
Que pena você não ter gostado tanto do livro, Michel. Mas entendi seu ponto de vista. Assisti ao filme e imagino que nas telas a história tenha ficado melhor, pois tudo ficou mais objetivo, e ao mesmo tempo com um grande tom de mistério.
Bem, eu gosto muito de pequenos detalhes, então continuo com uma grande vontade de ler o livro. Sem contar que, pelo que você disse, o filme não explicou tão bem a relação entre a Eva e o Kevin.
Ótima resenha, você escreve super bem :D


Catarina 10/09/2013minha estante
Concordo plenamente com vc, Michel.
Mas, diferente de vc, eu ñ sou uma pessoa tão orgulhosa... (rs)




Lili Costa 18/04/2020

Culpamos quem?
Perturbador.
Esta é a palavra certa para descrever esta obra de Lionel Shriver.
Este livro não é recomendado para pessoas sensíveis. Há gatilhos durante todo o enredo.

#LeituraQuarentena

18 de Abril de 2020


Eva,

"Eu achava que sabia"


Ao iniciar o processo da leitura das suas cartas, ansiava pelos porquês que levaram Kevin a matar onze pessoas incluindo o seu pai e irmã numa quinta-feira que poderia ter corrido bem como qualquer outra.
Durante todo o tempo, questionei-me sobre quem de fato Kevin era. No princípio a sua aversão pela gravidez, seu relato pesado sobre o dia do nascimento do seu primogênito e todas as cenas sobre a infância do Kevin contada de forma macabra e sombria levaram-me por um segundo a julgar que o seu filho tinha sido "agraciado" com um espírito perverso, destruidor, na verdade, maligno.
Ao passo que lia, meu coração ficou encharcado de sentimentos revoltos como a tinta impregnada nas paredes de mapas em seu escritório. Aquele seria mais um dos atos cruéis e desumano do Kevin ainda com quatro anos de idade.
Tentei colocar-me no lugar dele. Enxergar além do seu sorriso perverso e os seus seguidos nã nã nã nã como forma de protesto. Quando em uma das suas cartas salientou que Kevin não era louco, era triste cheguei a pensar que finalmente entenderia de uma vez por toda a sua mente misteriosa.
Todavia, estávamos mais uma vez a tentar decifrar algo humanamente impossível.
Devo confessar que ao longo das cartas estive num intenso conflito interno sobre os meus sentimentos. Ora tinha pena, ora tinha raiva do seu filho.
A cada nova carta sentia como estivesse lendo uma desconstrução do amor materno. Não me leve a mal, Eva. Por mais que tenha sentido que tentaste ser uma boa mãe para o Kevin, senti também que todos os seus esforços tenham sido em vão. Talvez Kevin nunca entenderia o que é o amor, mesmo que tivesse sido desejado desde o ventre.
Entender a mente dele é pedir muito.
É perturbador.
Angustiante.
E muito provavelmente, incompreensível.
Talvez Kevin seja uma eterna incógnita.
Talvez Kevin nunca quis ser amado e visto como alguém digno de amor.
Talvez, ele tenha sido o resultado de um compilado de fatores que envolve o seu próprio passado, o seu casamento com Franklin, as suas opiniões diferentes sobre a criação do vosso primeiro filho...
E para além de tudo que possa imaginar para explicar tais comportamentos, chego a pensar que muito possivelmente Kevin era um psicopata. Que não haveria outro caminho, que sua vida já havia sentenciada desde os seus primeiros segundos de vida
dentro do seu ventre.
Agora, culpamos quem?
O universo, Deus, o seu organismo, as inúmeras tentativas de justificações do Franklin para o comportamento bárbaro do Kevin ou culpamos o próprio Kevin?
Estes questionamentos deixam-me angustiada.
Como bem disseste em uma das suas cartas "Você só consegue afetar quem tem consciência. Só pode punir quem tem esperanças para serem frustradas ou laços a serem cortados; quem se preocupa com a opinião dos outros. Você, na verdade, só consegue punir quem já é pelo menos um pouquinho bom.?
Kevin Khatchadourian não poderia ser afetado, Eva.
Para entendermos mais sobre Kevin, precisaríamos de um psicólogo ou psiquiatra para desvendar a fundo a sua mente, o seu ódio pela vida. Possivelmente, chegaríamos a um acordo de quem realmente era KK.
Ficaria em paz se lhe dissesse que não precisamos mais falar sobre Kevin, mas
continuarei a pensar no seu filho por muitos dias, meses e quem sabe anos.
Falar sobre Kevin sempre será doloroso.
Para muitos, um mistério.
Para outros, uma aberração.
Um erro.
Entretanto, acho eu, que Kevin nunca quis de fato ter nascido.
No mais, falhei miseravelmente ao tentar entendê-lo.
"Acho que ele estava fora dessa escala, ele odiava completamente estar aqui."
Odiava, Eva.
Neste
Momento
Não
Sei
...
?Agora, não tenho tanta certeza."
Carla.Zuqueti 18/04/2020minha estante
Um dos livros mais impactantes que li. Amei.


Jesca 18/04/2020minha estante
Eu amei esse livro. Realmente não é para pessoas sensíveis.




CaioEdu 08/12/2021

O livro mais difícil de se ler.
É um livro muito denso, tem personagens insuportáveis, mas esse era a intenção da autora, não consigo considerar esse livro um favorito e ele ao meu ver tem alguns problemas, as vezes a autora estende demais, se aprofunda demais em algo que não acrescenta na história, diferente do mestre king, mas ok. O livro é complicado, mas é bom ao mesmo tempo, o que mais me atrapalhou foram os capítulos extensos demais, capítulos com 1h de duração? Muito cansativo... Enfim, Kevin é alguém importante de ser estudado, é um livro necessário pra quem está na área da psicologia, enfim, é muito bom, mas poderia ter sido melhor.
comentários(0)comente



Isabele.Souza 26/01/2021

Simplesmente perfeito
Foi minha primeira experiência nessa temática, mas simplesmente me apaixonei. É muito pesado e muito sentimental. Um tema complicado de abordar, mas que a autora fez com muita inteligência. Durante o livro são colocados muitos questionamentos intrínsecos a história, que me fizeram parar a leitura para pensar sobre.
Recomendo muito, mas se você for uma pessoa mais sensível à assuntos que envolvam maternidade e relação difícil familiar talvez não seja a melhor pedida.
comentários(0)comente



Mari Sync 23/05/2021

Precisamos falar sobre Eva
A história é contada pela mãe (Eva) por meio de cartas para o pai (Franklin) desde a gestação do Kevin até o incidente na escola.
Como eu queria que tivesse alguns trechos na perspectiva do Kevin... Não que ele seja um coitado, mas é difícil acreditar que uma mãe rejeite e pense tão mal do filho.

Só que no decorrer do meio pro final do livro eu fui pensando:" ela é a pessoa que mais conhece o Kevin, se ela está sentindo isso é pq deve ser verdade..."

Decidi aceitar que tanto Eva quanto Kevin tinham defeitos e no final aceitaram os mesmos e suas consequências...

Recomendo demais o livro pra quem gosta de ler sobre psicopatas.
Minha nota de 4 estrelas foi pelo simples motivo de eu não conseguir aceitar algumas decisões e ações da Eva, acho que se ela fosse uma mãe mais amorosa as coisas poderiam ser diferentes, ou não né?!
comentários(0)comente



1616 encontrados | exibindo 166 a 181
12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 |