Alex Lerman 01/02/2024
Cada Ascenção Há Um Risco De Queda
A Queda Dos Cinco, como o próprio nome diz, é um Despencar Brutal de expectativas, é amargo e é dolorido.
A Garde está reunida, Sektrus Ra foi confrontado, os Mogadorianos reconhecem a ameaça dos Lorienos. É uma continuação direta de A Ascenção Dos Nove. E... Vemos tudo o que construímos ruir...
A narrativa se constrói de maneira impecável considerando a quantidade de personagens e histórias que temos e claramente que as páginas são poucas para detalhar tudo o que gostaríamos, mas somos presenteados com diversas surpresas página após página! Legados Incríveis e Poderosos. Centopéias Gigantes, Sentimento de Pertencimento. Um Renascer de Lorien. E, provavelmente o Melhor Jogo de Roba Bandeira de Nossas Vidas.
A determinação de Sam, o conhecimento de Malcom, a atitude de Sarah, a coragem de Adam, a companhia de BK, a liderança de Quatro, a negligência de Cinco, a força de Seis, o desenvolvimento de Sete, o perecer de Oito, a prepotência de Nove e a dor de Ella... A Garde é... Humana. E esse é, talvez, o maior silogismo desse universo tão vasto. Eles possuem todo o poder que os Legados lhes permitirem. Mas são um grupo de jovens, inexperientes, experimentando... E terão concordâncias, discordâncias e relutâncias. Serão gente. Como a gente.
E com um reflexo de qualquer vida, ou reflexo de qualquer aventura, ou reflexo de qualquer momento, temos um ponto de Ascenção. E um ponto de Queda. Pittacus Lore não se importa de arriscar. Foi uma escrita que nos deu tudo para então poder nos retirar... É taciturno, afinal.
O destaque da vez é Marina, a Número Sete. E Cinco, o Famigerado, Número Cinco. É belo e simples assistir o desenvolvimento dos Legados mais simplórios num poder descomunal capaz de mudar destinos. E é amedrontador assistir a aparição de Cinco se tornar um pesadelo.
E em complemento, acompanhamos o segredo revolucionário de Ella, que ainda há muito para nos contar.
Só há uma coisa que resta após a última linha lida: Torcer por prosperidade. Esperar que os próximos riscos da Garde sejam benéficos. Desejar que eles encontrem algum conforto na tristeza, desesperança e adrenalina que é a vida dos Lorienos. E, acima de tudo, esperar que a visão (ou devemos chamar de premonição?) de Quatro e Ella seja apenas um mal presságio.
Nós caímos para nos levantar. Apenas para cair novamente. E quem sabe, tentar se levantar mais uma vez...