Vanessa Meiser 29/09/2013balaiodelivros.blogspot.com.brAna se considerava uma garota extremamente normal, vivendo sua vida normal, até que do dia para a noite e graças a esta maravilhosa ferramenta moderna chamada facebook, se descobre princesa de um país que ela nem conhecia chamado Krósvia Imaginem qual não é a sua surpresa ao se deparar com uma mensagem no mínimo bizarra de um cara estrangeiro dizendo acreditar ser seu pai.
Ana marca um encontro com o tal cara (Andrej) para averiguar de onde saiu esta loucura toda e eis que ele conta que é rei num pequeno país denominado Krósvia e que a cerca de 20 anos atrás morou um tempo nos Estados Unidos onde conheceu Olívia, a mãe de Ana, que na época também estava passando uma temporada pelo país. Os dois tiveram um namoro e segundo ele, sem muitas explicações, depois de um tempo ela o dispensou e voltou para o Brasil. Andrej nunca entendeu esta súbita mudança em Olívia já que eles pareciam se entender muito bem, mas também não questionou muito e acabou por esquecê-la com o passar do tempo. Andrej voltou para seu país, tornou-se rei e casou-se com uma jovem viúva e que já era mãe de um menino, Alexander.
Conforme Ana foi crescendo, Olívia lhe dizia que seu pai era um simples namorado e que ele as havia abandonado não querendo assumir mãe e filha, quando que na verdade foi ela que o abandonou sem nem lhe contar que estava grávida. Porém, mesmo com estas revelações bombásticas, graças à linda relação que sempre existiu entre Ana e Olívia, a menina soube compreender e aceitar os motivos que levaram sua mãe a agir assim já que o objetivo maior sempre foi proteger a filha da possível família tirana de Andrej que provavelmente não aceitariam o relacionamento entre um príncipe/futuro rei e uma jovem universitária brasileira.
Bem, eu comecei a leitura de Simplesmente Ana com a empolgação lá nas alturas, mas também não era para menos né, com esta capa maravilhosa e toda a propaganda que foi feita em cima dele e também por ser de autora nacional, eu só poderia esperar um Best Seller. Eu definitivamente gostei do que encontrei nas páginas do livro, acho que o classifico como ‘fofo’, mas faltaram alguns ingredientes para que ele entrasse na minha lista de favoritos, como por exemplo: Achei muito repentina e fácil o processo do descobrimento da paternidade, ou seja, Andrej está no Brasil para uma reunião com a nossa ‘presidenta’ quando sem entender uma só palavra de português ele liga a TV do quarto do Hotel e se depara com uma antiga namorada cozinhando num programa de variedades, esta namorada quando indagada sobre sua vida diz ter uma filha de 20 anos. Andrej com a ajuda de um interprete compreende tudo o que a mulher disse e chega à rápida conclusão de que esta filha é sua e pronto. Daí ele parte para o facebook, procura a menina lá e deixa um recado para quem quisesse ver, simples assim, um rei com perfil em rede social e que pelo visto não se preocupava com sua vida pública, já que não exitou em abordar uma moça que nunca viu na vida e chamá-la de filha.
Além deste fato que ficou no mínimo ‘forçado’, teve outro episódio que me deixou meio encucada: lá no meio da trama, um morador específico da Krósvia que obviamente não falava e nem entendia nada de português, diz à Ana que acessou seu perfil do Face e leu tudo o que lá dizia, sendo que as mensagens eram de pessoas aqui do Brasil....fiquei um bom tempo pensando nisto e só posso imaginar que o tradutor do Google tenha dado uma forcinha para o personagem Krosviano.
Ah, e não posso deixar de mencionar que Ana só se comunicava em inglês com os moradores de seu novo país, ao que tudo indica, lá as pessoas levam à sério as aulas de inglês e se empenham para aprender direitinho...
Bom, mas claro que eu preciso levar em conta que se trata de um conto de fadas e que eu preciso fechar os olhos para algumas coisas, e foi exatamente por este motivo que eu gostei do livro. Como conto de fadas ele cumpre seu papel que é o de encantar, divertir e emocionar. A narrativa da autora é uma delícia, daquelas que te levam quase pensar que está dentro da história. O casal protagonista da trama é perfeito e nos deixa torcendo a cada página pra que eles tenham um final feliz, seja em que país for. Simplesmente Ana não foi escrito para nos proporcionar grandes reflexões e sim para nos deixar com a alma leve e feliz. Como eu disse lá no início, a capa é lindíssima e ela com certeza foi o motivo maior por eu ter tido vontade de ler o livro que não é exatamente um cinco estrelas, mas é de uma doçura tamanha que quando você vê já está no final da leitura e nem viu o tempo passar.
Recomendo para todos que gostam de livros leves e envolventes.