O Último dia de um condenado

O Último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Eduardo Mendes 07/01/2022

Reflexões de um condenado
O francês Victor Hugo é conhecido por obras primas como “O Corcunda de Notre Dame” e “Os Miseráveis”, mas eu preferi não encarar um dos calhamaços do autor logo de cara, então escolhi para começar a conhecer sua obra o curtinho “O Último Dia de um Condenado”. Com pouco mais de 164 página de dedo na ferida.

Antes de contar minhas impressões sobre O último Dia de um Condenado, vale a pena relembrar que além de escritor, Victor Hugo foi poeta, dramaturgo e ativista pelos direitos humanos. Portanto, nota-se uma constante preocupação do que vou chamar de uma “tentativa de entender a alma humana”.

Como o título já entrega, O Último Dia de um Condenado conta a história de um homem sem nome que relata seus últimos dias de existência. Narrado em capítulos curtos, confrontamos as reflexões do condenado e junto com ele somos levados às mais diferentes reflexões. Ele pensa em fugir, em tirar a própria vida, pensa na família e força o leitor a raciocinar sobre a morte e seus desdobramentos. Inevitavelmente me vinha à mente o seguinte questionamento: “Qual é o sentido da nossa existência mesmo?”.

O livro descreve muito bem os tormentos e angústias do protagonista, que no começo da trama ainda se vê distante da ideia de morrer, mas conforme a história avança vai tomando consciência da sua inevitável condição de condenado.

Victor Hugo faz duras críticas não apenas sobre a pena de morte (prática comum à época em que o livro foi escrito), mas também sobre o direito de se tirar a vida de outrém.

Gostei bastante do livro, e acho que são dessas leituras pesadas que aprendemos a ver o mundo com outros olhos.


site: https://jornadaliteraria.com.br/o-ultimo-dia-de-um-condenado/
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Paula Horn 05/01/2022

“Em tempo de revolução, cuidado com a primeira cabeça que rola. Ela abre o apetite do povo” VH
É um livro que te deixa angustiado do início ao fim: você não sabe o nome do protagonista – o que não te impede de simpatizar com ele; e nem o que ele fez para ser condenado, o que é genial porque em nenhum momento você pode julgá-lo!

Victor Hugo, de forma (nem tão) sutil, conseguiu defender a abolição da pena da morte de maneira super sensível. Impossível não se colocar no lugar do condenado e pensar em todas as consequências dessa pena de morte – principalmente para a família.

Leitura rápida, fluida e impactante.
Como disse uma outra menina na resenha ali embaixo: o livro é pika kkkkkkk
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Ana Flávia 04/01/2022

O último dia de um condenado - Victor Hugo
A narrativa é em 1 pessoa, o condenado à pena de morte narra os seus últimos dias. Então, acompanhamos o seu julgamento, os seus dias na prisão e por fim o momento em que ele é levado para sua morte.
O livro foi publicado em 1829, época em que a guilhotina ainda era utilizada na França. Ao longo da narrativa, percebemos as críticas ao sistema de condenação da época.
Também, possui o prefácio que o próprio autor escreveu e nele conseguimos ter mais acesso a sua opinião.
Super indicado! A leitura é bem interessante e reflexiva, é até difícil largar o livro.
Ana Flávia 04/01/2022minha estante
*1º pessoa




Thalita234 04/01/2022

Aquela leitura "leve" para começar o ano
Ninguém sabe o nome do condenado, o que ele fez especificamente e porquê e sinceramente isso não importa. É um ser humano, antes de tudo, que foi condenado a morte e que o sistema vai matando lentamente por 6 semanas (período de burocracia pós condenação). Não é fácil de ler, você vai perder o fôlego e morrer com esse condenado no decorrer da leitura, vai criar soluções para ele fugir, vai se desesperar quando ele "aceitar" que é o fim, aliás isso é o que mais me destruiu; o "aceitar" da morte nunca é genuíno vai e volta toda hora durante a leitura, e isso é uma das coisas mais agonizantes que eu já li na minha vida. Claro que foi escrito por Victor Hugor, ninguém além dele teria cacife para isso.
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Allyson Luan 03/01/2022

O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO
- Meu indulto, meu indulto! - repeti. - Ou, por piedade, mais 5 minutos!

Só temos noção da grandiosidade do tempo quando estamos nos segundos finais de vida.

Publicado em 1829 pelo francês Victor Hugo, essa obra traz forte crítica à sentença de morte.

Além disso, num contexto filosófico, nos permite refletir sobre o tempo: sorrateiro, silencioso e fatal!

Boa leitura!
andreiaflores 03/01/2022minha estante
Fiquei com vontade de ler.




Renata Rocha 21/12/2021

Um livro incrível!
Ele te leva a conhecer os medos e as angústias de um condenado à morte. Te causa até um desconforto, mas vale muito a pena.
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juliao.pdf 20/12/2021

esse daqui foi um dos livros mais pikas que já li esse ano e provavelmente na minha vida
a critica eh tão bem construída os relatos são tão transparentes
a gente sente a dor do condenado e meu deus as últimas páginas são incrivelmente pesadas
quando terminei me senti até mal, mas eh um incomodo necessário de se sentir
Paula Horn 05/01/2022minha estante
Nunca pensei que eu veria alguém usar a palavra "pika" para classificar uma obra do Victor Hugo. Amei e concordo 100% hahahaha




Bárbara | @barbaraeoslivros 20/12/2021

Lavar as mãos é bom, impedir o sangue correr é melhor.
Este livro, nas próprias palavras de Victor Hugo, nada mais é do que uma defesa, direta ou indireta, como quiserem, da abolição da pena de morte.

É isso? um verdadeiro protesto em forma de ficção posto para fazer o leitor refletir. Inclusive, Victor Hugo, por algum tempo, deixou no ar se o livro seria de fato uma ficção por ele criada ou se seria um compilado de memórias derradeiras de um condenado a que ele teria tido acesso.

Acompanhamos os últimos momentos de homem fadado a morrer no cadafalso, a ser atingido fatalmente pela guilhotina? vivemos com ele todas as fases do luto (por si mesmo), desde a negação até a aceitação?
O condenado nos conta vagamente sua vida pregressa e não alega inocência, mas também não assume expressamente que crime cometeu, apenas sugere que feriu mortalmente alguém.

O fato de não sabermos por qual crime nosso protagonista fora condenado é proposital, o que Victor Hugo quer é colocar um conflito moral e ético ao seu leitor. O crime cometido não importa, o que importa aqui é refletir sobre a severidade e a irreversibilidade da pena.
A pena, por óbvio, passa da pessoa do condenado e acaba atingindo sua família, fadada a sofrer com a ausência do ente querido, a suportar o preconceito e a hostilidade social.
A questão, portanto, vai muito além da simples punição do indivíduo delinquente. Atinge seus familiares, inclusive crianças; bestializa a sociedade, que assiste ao espetáculo de sangue em praça pública; e coisifica o condenado que se torna mero objeto da vingança estatal.

Hoje, pode parecer infundada a discussão sobre a inadmissibilidade da pena de morte, mas na França de 1829 era um debate jacente, principalmente por acreditarem na eficácia da guilhotina.

[Miserável! Que crime cometi e que crime estou fazendo a sociedade cometer!]
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jonathanrausch 17/12/2021

Victor Hugo é para os próximos séculos
Victor Hugo vem tratar sobre como a sociedade, políticos, funcionários da prisão/galés, e os próprios prisioneiros vêem a condenação.
Há um jogo entre os comportamentos dos funcionários, eles se comportam como se fossem obrigados a exercer aquilo, sendo usado pelo autor a bondade humana frente a um condenado por motivos banais.
A sociedade tem a vivência daquilo como um mero espetáculo, que se é comum por assim ser definido. A condenação à morte não é nada mais do que um evento, estranho seria aquele sujeito não estar com medo, afinal vai morrer, somos só espectadores vendo a justiça sendo feita.
Os políticos são desafiados a pensarem como um condenado que se tem o seu íntimo aberto, poderiam então virem a se sentir frente a tamanha injustiça e às suas últimas semanas de vida, onde tudo os sufoca e oprime, sentir na pele o que um condenado vivência e como merece penas mais brandas.
Sem dúvidas é uma carta aberta de piedade, por um homem que pensa à frente não só do seu tempo, mas de muitos séculos. Como vemos em Os Miseráveis, Victor Hugo não descarta a punição, mas demonstra que ela não deve vir de uma dor como de um inimigo, mas sim de sensatez e misericórdia como se fosse as nossas vidas que estivessem em jogo.
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Giancarlo S. Ceratti 07/12/2021

Envelheceu mau...
É uma leitura interessante, mas não acho que tenha envelhecido de uma forma tão interessante.

É uma história narrada em primeira pessoa por um criminoso condenado a morte por decapitação.

O livro quer passar uma sensação de que o condenado é um pobre coitado que está sofrendo por aguardar o momento da execução, e o quanto é cruel a condenação a morte. Mas não consegue passar isso hoje em dia. Pode ser que na época houvesse algum impacto, as pessoas eram decapitadas por motivos torpes, mas hoje para um cidadão ser condenado a morte (em países que tem a pena), ele tem que ter cometido um crime hediondo e ninguém além da mãe dele vai defender.

No todo é um livro que não deve ser lido no século 21. Vc não vai ser impacto, ele não foi escrito para o mundo do século 21, mas para a França do século 19.
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Maiara.Reinert 19/11/2021

Mazelas do Direito Penal na história....
Sempre me horrorizo com o que a sociedade foi capaz de fazer com os seus irmãos. Como fomos capazes de matar um outro ser humano, julgando os seus atos como se fossemos melhores que o outro.... precisamos refletir mais!!! Esse livro é sobre isso. Recomendo muito.
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Giovanna.Pereti 16/11/2021

Pequeno grande livro
O título do livro já diz tudo, e tu já deduz que será profundo. A obra se passa em primeira pessoa, onde o autor-personagem conta suas angústias com relação à sua pena de morte efetivada em praça pública.

Válido para todos que desejam refletir sobre a pena de morte e seu efeito no psicológico, tanto do condenado quanto dos familiares - embora em menor medida nesse último.
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roberta | @robertabooks 15/11/2021

li faz tempo mas to pensando nele até agora
Em O último Dia de um Condenado, o autor nos apresenta pensamentos sobre o quão justa é a pena de morte, se ela realmente traz justiça e como ela poderia ser substituída, melhorada ou extinta (essa última sendo o principal objetivo do autor com toda essa obra). Em um momento histórico que a pena de morte era realmente relevante, que o "dente por dente, olho por olho" ainda era bem visto, mesmo a sociedade estando quase no período da pré-modernidade, Victor Hugo se coloca no lugar de um condenado à morte para questionar que tipo de sociedade é esta que se diz desenvolvida, mas continua presa a pensamentos muito antigos.

Durante o texto, o personagem vai relembrando momentos dele antes da prisão, com sua família, sua filha, os pais, amigos e demais conhecidos, como eles influenciaram sua história, seu modo de viver, e como tudo isso de alguma forma se liga ao momento que ele se encontra agora, à beira da morte por meio da guilhotina. Ainda, há ponderações sobre os homens que aplicam a pena, que se consideram homens da lei, cumpridores da justiça, analisando se eles estão apenas cumprindo com seu trabalho ou se são tão criminosos quanto os homens que estão sendo julgados; analisando até que ponto o homem é capaz de realmente julgar outro, onde que acaba a integridade de um homem e começa a do semelhante, bem como se essas capazes de coexistir, mesmo um sendo considerado digno de viver e o outro não.

Isso pode ser visto em vários momentos, como, por exemplo, o fato de ele ser bem tratado na prisão, ter uma cama, um teto, comida, um médico e um padre à disposição, para então morrer "com dignidade", mas enquanto era um homem livre, sem antecedentes, não tivera acesso à nenhuma condição digna de vida, lhe faltando coisas básicas como acesso à saúde e um emprego estável e capaz de lhe dar o que comer e à sua família.

O livro fala que o homem não nasce ruim, ele se torna. Não que não haja homens ruins de nascença, mas que é preciso analisar todo o histórico do sujeito, não cabendo a ninguém fazer um julgamento definitivo num primeiro momento. É necessário que, para evitar que tais tipos de crime sejam novamente praticados, que novos criminosos nasçam, a raiz do problema seja tratada, melhorada, cuidada e que políticas públicas voltadas para isso sejam postas em prática.

O livro é do século XIX, mas é absurdamente atual.

A escrita é bem formal, com a linguagem típica da época, mas ainda assim não é muito difícil de ler e entender. O texto não é cansativo, de modo que a leitura flui bem.
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Gezinha 12/11/2021

Leitura rápida de muitas reflexões
Difícil criar empatia ao ler os dramas, sentimentos e dores do personagem pelo fato dele ter cometido um crime e não se arrepender? Não necessariamente.
Muitos falam sobre essa dificuldade. Mas, não sabemos porque ele cometeu o crime, e porque não se arrependeu. E se foi para salvar sua vida? A vida de alguém? Nunca vamos saber.

Fato é, que esse pequeno livrinho nos traz muitas reflexões sobre a pena de morte.

Inocentes ou culpados, melhor não seria condenar um ser humano ao trabalho perpétuo até que Deus tire a vida dele?

Saber sobre a inocência do condenado, muda a perspectiva da crueldade da sentença de morte?

Enfim. Um livrinho poderoso, de leitura muito fluída, rápida e proveitosa.
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