Infiel

Infiel Ayaan Hirsi Ali




Resenhas - Infiel


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Aegla.Benevides 10/02/2022

Ayaan, que morou em vários países muçulmanos ao longo da vida, encontrou a liberdade somente na vida adulta, quando fugiu para a Holanda após ser obrigada pela família a se casar com um homem de quem não gostava.

O livro é dividido em duas partes: na primeira, a autora narra sua infância e adolescência nessa peregrinação muçulmana em busca de um lugar seguro para sua família. É nessa parte que conhecemos, na prática, como o islã afeta a vida de milhares de pessoas ao redor do mundo. Já a segunda parte inicia com a chegada de Ayaan na Holanda, onde ela inicia verdadeiramente sua jornada rumo à liberdade, conquista seus objetivos acadêmicos e torna-se crítica da religião que a aprisionou durante anos.

É um livro difícil, pois a realidade de Ayaan é muito diferente da realidade das mulheres ocidentais - contraste que é bem descrito no livro. Mas é reconfortante e inspirador saber que ela conseguiu, enfim, sair dessa gaiola e dar voz a tantas mulheres que permanecem presas.
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Lucas.Barbosa 07/02/2022

Impecável! Leitura perfeita para sair da bolha ocidental.
O livro começa com uma linguagem bem difícil e eu concordo que é preciso de um tempo pra se situar. De primeira, biografias sempre foram algo fora do meu interesse mas a maneira que Ayaan conseguiu contar sua história foi espetacular. Confesso que a leitura foi difícil e dolorosa no início mas entendo que ao se deparar com o desconhecido, o impacto é ainda maior.
Leila267 27/05/2023minha estante
Nossa uma leitura muito difícil mesmo, confesso que estou pensando em desistir de lê-lo.




Nathalia 06/02/2022

..."há ocasiões em que o silêncio é cúmplice da injustiça".
Infiel é a biografia de Ayaan Hirsi Ali, originária da Somália, país da África Oriental, criada sobre os preceitos da religião islâmica. Corajosamente Ayaan decide tomar as rédeas da própria vida, foge de um casamento arranjado, se muda pra um país europeu do qual não domina a língua, se capacidade, estuda, chega ao parlamento e luta pelos direitos dos exilados e por difundir as barbáries que ocorrem às mulheres maometanas.
É um livro que retrata violência. Violência da qual muitas vezes é difícil assimilar que ocorra, mas que se faz presente na realidade e que, infelizmente, ainda é cotidiana por fatores culturais e religiosos.
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Malu 24/12/2021

Infiel
Que livro absurdo! Recomendo demais, o tanto que ele abre a mente é inexplicável, só lendo mesmo. A história dela é densa mas sensacional. Reflexões profundas, um livro repleto de honestidade. A Ayaan é uma mulher fascinante, que inteligência, que coragem, que exemplo. Eu tive acesso a realidade africana que eu nunca soube, aprofundar o entendimento dessa lógica completamente contrária da ocidental é uma experiência conturbada mas muito positiva. Foi um livro que me tirou da zona de conforto e me ensinou MUITO. Leiam!!!
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alê 07/11/2021

Eu não tenho palavras pra descrever o quanto esse livro é um verdadeiro choque de realidade.
Ayaan mostra como, em seu país natal e em vários outros países, a violência em geral, principalmente contra a mulher, era algo comum, a lei, pois foi imposto por Alá no Alcorão. Ela nos permite abrir a mente e questionar nossas crenças e tudo mais o que absorvermos, e isso é um grande divisor de mares.
Sua vida mostra como podemos sim enfrentar essas "leis" e que podemos sim ter uma voz.
Recomendo muito!

"Já me disseram que Submission é um filme por demais agressivo. Aparentemente, a sua crítica ao islã é muito dolorosa para que um muçulmano a suporte. Diga, não é muito mais doloroso ser uma mulher presa naquela gaiola?"
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Christiane 24/07/2021

Ayaan escreveu esta autobiografia para falar de sua infância na África num mundo muçulmano e depois sobre sua fuga para o Ocidente onde passa por uma transformação em seu modo de ver a vida, fazendo uma análise lúcida e objetiva do que a religião traz para a vida de uma pessoa quando ela impõe a maneira de viver,pensar e agir como regras a serem seguidas, pois do contrário é o inferno.

Acompanhamos Ayaan por todo seu percurso de vida até seu exílio nos Estados Unidos, após a morte de seu amigo e cineasta Theo Van Gogh, morto na Holanda por um fanático, por ter feito o filme Submissão, sobre as mulheres no Islã, junto com Ayaan, quando deixam um recado em seu peito espetado com uma faca que ela seria a próxima. A comoção gerada na Holanda por este ato e as consequências de um relativismo e tolerância com uma outra cultura em um país livre, levam a cassação da cidadania holandesa dela, porém, com o apoio de seus colegas no parlamento, será revogado, e ela consegue obter o visto americano.

Há algum tempo venho me questionando sobre o relativismo. Até que ponto devemos ou não aceitar certos atos em nome da cultura? e do respeito a outro povo? quando estes atos e comportamentos são violentos, causam a morte e a mutilação de outros? Por mais que a extirpação do clitóris seja considerado cultural e praticado por várias culturas, é correto fechar os olhos à isto em nome do respeito à cultura? Não seria o respeito ao ser humano mais importante? A dor, o trauma, a falta de higiene que causa infecções que podem matar estas crianças, e a mutilação não são coisas para serem relativizadas. E sempre procuro me fazer uma pergunta: este ato traz algo de bom para todos? ou alguém está sofrendo ali?

Ayaan é criada e educada num mundo islâmico seguindo todas as suas regras, ou seja, como mulher, passou pela extirpação do clitóris, foi obrigada a casar com um homem que não conhecia, devia total obediência ao pai e depois ao marido, sem liberdade, sem poder pensar, sem escolha. Ela mesma o diz, teve sorte, muita sorte, conseguiu fugir para a Holanda logo após seu casamento enquanto esperava o visto para o Canadá na Alemanha para ir viver com o marido, conseguiu a cidadania holandesa, estudou, se formou, foi deputada, posição que lhe permitiu lutar cada vez mais pelos direitos das mulheres e por sua liberdade.

Ela irá lutar para que as mulheres não sejam mais espancadas, o que é um direito do marido no islã, para que moças e mulheres não sejam mais mortas em caso de desonrar a família, também um direito pelo islã, para que possam escolher seus companheiros, trabalhar, estudar. Não é fácil, as muçulmanas tem medo, e mais, elas acreditam que está correto, acreditam que se agirem diferente serão punidas e irão para o inferno.

Ao ler este livro mergulhei num mundo diferente do meu de uma forma que um livro didático ou acadêmico não o permitiria, vivi o dia a dia de Ayaan, na Somália, na Etiópia, no Quênia, suas angústias, dores, os espancamentos a que era sujeita pela mãe, e até pelo professor do Alcorão que a surrou ao ponto de lhe causar uma fratura no cérebro. A morte de sua irmã, que não aguentou todos os traumas que trazia em si, e termina doente mentalmente. Aprendi a olhar este mundo e o meu de outra forma.

Acompanhei todo o processo extremamente difícil de passar do aceitar, do fatalismo, do não pensar para uma posição de raciocínio, de acreditar que se pode escolher e mudar sua vida.

"Estava empreendendo a missão psicológica de aceitar viver sem Deus, o que significava aceitar dar sentido próprio à minha vida." (...) Comportar-me bem por temor ao inferno; não ter ética pessoal."

Um livro que vale a pena ler, tanto pela história de vida de Ayaan como para conhecer um pouco mais este mundo diferente do nosso, onde sem radicalismo também há seres humanos e sua maneira de viver e ver a vida, apesar de que concordo com a autora, há coisas que são necessárias mudar. Ela teve a coragem de enfrentar o Islã e por isto foi ameaçada de morte, mas como ela mesma diz, ela nasceu num país onde a ameaça de morte é constante, seja por espancamentos, seja porque a família mata para manter sua honra, seja por doenças, pela pobreza e falta de alimentos e higiene, seja pelas guerras.

É interessante também pelo lado da cultura, da questão dos nomes, dos clãs, hábitos, comidas, destes países, que apesar de quase tudo estar baseado na religião, ainda assim há os resquícios tribais e as diferenças locais, que infelizmente também acabaram sendo motivos para guerras entre clãs e tribos.

Não posso deixar de observar o quanto é triste ver algumas culturas mutilarem suas mulheres em função do homem e do erótico. No Islã temos a mutilação genital e encobrimento da mulher para não excitar o homem, e garantir a virgindade da moça, já na China havia o enfaixamento dos pés, que era um processo de anos extremamente doloroso, que começava aos dois anos, pois pés enfaixados provocavam um andar que era erótico e atraia os homens, e isto era bom.
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Camila.Poleci 08/07/2021

Chocante e necessário!
Complexo, difícil de entender os termos e as crenças, com cenas chocantes que me embrulharam o estômago e me abriram os olhos pra uma realidade que é muito cruel pra pensarmos em aceitar que existe.
Virei fã de Ayaan e tenho imenso respeito pela sua história - e por qualquer pessoa que cresça sob essas condições, culturas e crenças.
Vale cada página!
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Mariana 30/06/2021

Impactada
Uma biografia que te catapulta para as paginas seguintes sobre uma mulher que se recusou a aceitar as circuntâncias de opressão cultural e ganhou o mundo fazendo a diferença!
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Lari 18/06/2021

Autobiografia impactante
Uma curiosidade: Comecei a ler a autobiografia de Malala quase ao mesmo tempo que esse livro. Na verdade comecei Malala antes. Geralmente, não leio autobiografias. Parando para pensar, acho que não cheguei nem a ler 10 em toda minha vida, e olha que eu gosto muito de ler e leio muita coisa. As duas autobiografias que li quase que simultaneamente?, são bem diferentes. Eu ainda não terminei Malala, mas não conseguia parar de ler infiel. Acho que isso resume bem o que eu achei dos dois livros. Para mim, foi muito prazeroso ver o despertar de uma mulher, a sua jornada de vida saindo de um mundo completamente diferente para outro, e o seu poder de?? questionar o mundo e valores do qual vinha, enfrentando a todos pelo seu conceito de verdade e de justo. Simplesmente amei. É o livro que certamente recomendarei.
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Ercilia 16/05/2021

Uma mulher extraordinária
A autobiografia de Ayaan Hirsi Ali, essa mulher que, em março de 2005, foi escolhida pela revista Time como uma das cem "pessoas mais influentes do mundo atual", desperta o interesse do leitor por inúmeros motivos. Esse livro é o relato de uma travessia. Um relato que nos apresenta suas perguntas sobre os ensinamentos do Alcorão que reserva à mulher maometana a docilidade e a submissão. No labirinto de seus questionamentos, a autora buscou respostas nas reuniões da Fraternidade Mulçumana, a precursora do fundamentalismo islâmico contemporâneo, nos romances devorados que comprava nas bancas de revista, nos apelos que fazia à mãe e à avó, na fuga de um casamento arranjado pelo pai. Fugiu para a Europa e se estabeleceu na Holanda, onde dedicou-se aos estudos, ao trabalho e à prática da política no parlamento Holandês. Ela se tornou uma porta voz da mulher maometana e sofre perseguições por isso.


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Erika 21/04/2021

Uma biografia repleta de tristeza e busca da liberdade e lutar para conquistar mais espaço para as mulheres.
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nakaty 02/04/2021

Incrível
Esse é com certeza um daqueles livros que quando começamos a ler não queremos mais abandonar. A história da Ayaan é de uma mulher forte que conseguiu vencer barreiras e traumas impostos pela religião.
Confesso que não tinha um conhecimento aprofundado do Islã e me chocou ler diversos relatos feitos por ela.
Ayaan conta como foi sua infância, sua adolescência e a vida adulta como uma refugiada na Holanda.
É muito interessante ver como o conhecimento e a leitura a libertaram de um futuro limitado a ser somente uma mãe e esposa.
Certamente foi um dos melhores livros bibliográficos que já li.
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Estante do Papai 28/03/2021

Uma bela biografia.
Ótima história para se ter na mamória e nos fazer crescer por dentro. Um exemplo de mulher que o mundo atual necessita.
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Carolina.Gomes 14/03/2021

Ayaan: uma mulher inspiradora
Essa é a autobiografia de uma mulher que ousou romper com os padrões: ir contra sua família, os princípios religiosos que lhe foram incutidos ao longo de gerações para ser ela mesma.

Trata-se de uma leitura árdua, uma vez que há relatos das crueldades a que eram submetidas as mulheres somalis. Todas justificadas em nome da fé.

Ayaan é uma mulher que, a despeito dos inúmeros nãos que a vida lhe impôs, enfrentou seus medos, fugiu para Europa onde descobriu que, sim, ela tinha voz e seria ouvida. Sim, ela usaria essa voz para denunciar o sofrimento das mulheres maometanas.

Sua coragem e obstinação a tornaram alvo de ameaças de morte, por parte do islã.

Hoje ela é uma das personalidades mais importantes do mundo.

Leitura mais que recomendada. Obrigatória!
Thamiris.Treigher 14/03/2021minha estante
Uau!!! Já quero ler também!


Carolina.Gomes 14/03/2021minha estante
Vale muito a pena, Thami.




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