José Sizenando D. 24/04/2022Uma (re)leitura obrigatória para qualquer fã dos X-MenAlgumas histórias dos X-Men já tocavam no assunto preconceito antes de Chris Claremont e Brent E. Anderson produzirem a Graphic Novel [aqui o formato] "Deus Ama, O Homem Mata", mas acredito eu, considerando as histórias que li até aqui, que nenhuma delas encarou o preconceito de forma tão explícita e urgente como essa história.
Deus Ama, o Homem Mata é o que considero como um quadrinho ADULTO. Não porque tem cenas de sexo, violência, palavrões e sangue, muito sangue, até tem mais violência que as revistas de linha dos mutantes, mas não a violência gratuita que colocam em qualquer obra para justificar a classificação etária. O adulto aqui é muito mais pelo tema da história: um fanático religioso perseguindo um grupo minoritário, justificando seus atos na fé cristã... [ONDE SERÁ QUE EU JÁ VI ISSO ANTES?] E a maneira como o gibi é denso, não só pela história, mas também pela arte. Algo que considero fundamental seja a leitura das histórias anteriores dos filhos do átomo antes de se chegar em Deus Ama, o Homem Mata, não só para o entendimento e o conhecimento dos personagens, mas para entender o impacto dessa obra no cenário da época.
Talvez essa história devesse figurar no panteão de grandes HQs dos anos 80, ao lado de obras como Watchmen, O Cavaleiro das Trevas e A Piada Mortal.
Após a minha resenha anterior, Dias de Um Futuro Esquecido, ainda li algumas histórias de 1981. Como o embate contra o Dr. Destino, onde Tempestade mostra, ainda que acidentalmente, a extensão de seu poder. "Eu, Magneto" onde Magneto se arrepende de seus atos, após ferir Kitty e pensar que poderia tê-la matado e Ciclope retorna a equipe. E a história onde Emma Frost e O Clube do Inferno retornam e a vilã troca de corpo com Tempestade. Embora Deus Ama, O Homem Mata não fosse considerada cronológica na época de seu lançamento (hoje já é e tem continuação), eu acredito que a história se encaixa quase perfeitamente após Eu, Magneto, porque são histórias que iniciam o arco de redenção de Erik como maior vilão dos X-Men até então.
A minha Grande Leitura Cronológica dos X-Men continua com algumas edições da Coleção Histórica Marvel X-Men n° 05 e depois a Saga da Ninhada no n° 06.