Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Réka 10/03/2015

E-Book
Obra de domínio público mas, por isto mesmo, difícil de se encontrar em boa versão digital. Eis uma, da Samba Books: http://www.sambabooks.com/os_sertoes_euclides_da_cunha.epub
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José Vítor 27/11/2012

Canudos- Realidade Histórica
Para começar, gostaria de dizer que Euclides da Cunha era um cara muito, mas muuuuito inteligente. Um jornalista que é destinado á acompanhar o movimento anti republicano em Canudos, dirigido por Antônio Conselheiro, que no caminho ao arraial, faz reparações e explicações minuciosas sobre tudo que diz respeito ao sertão nordestino. Relevo, clima, vegetação, fauna, análise sobre o povo, o modo de vida dos mesmos, etc.
O livro começa com uma descrição profunda sobre os aspectos físicos do nordeste, onde Euclides faz explicações sobre tudo aquilo que ele presenciou, e não deixa de fazer citações e comparações entre os aspectos nordestinos, comparando- os com outros biomas e países. Confesso que no início, o livro é chato. Muita descrição. Mas, ao chegar na parte do "Povo", onde ele narra a história de Antônio Conselheiro, você se prende á narrativa.
Suas citações com bases em estudos já existentes de grandes pesquisadores (onde ele não deixa de dizer o nome de cada um deles), me fez pensar no quanto que "Os Sertões" ensinou ao povo sobre a vida nordestina e quanto ensinou ás pessoas assuntos relacionados á Geologia, Geografia, Sociologia, Antropologia, entre outras coisas mais.
Acredito que na época da sua publicação, foi um livro muito impactante para o "novo Brasil" que acabava de se formar com a instauração da República. Ensinou àqueles que não conheciam o nordeste, os aspectos já citados e mostrou como verdadeiramente foi a Guerra de Canudos.
Para mim que sou baiano nordestino, é empolgante conhecer mais profundamente um fato que realmente aconteceu perto da minha cidade, e orgulhar- me mais uma vez da valentia e resistência do povo nordestino, que além de aguentar as agruras do sertão, tiveram que resistir aos inúmeros levantes contra sua terra.
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Felipe 21/09/2012

"A história do homem é a história da dor" (Nabokov)
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Leo 07/03/2012

Clássico dos clássicos
Euclides da Cunha consegue ser jornalista e escritor ao mesmo tempo. O relato é impressionante. A riqueza de detalhes é minuciosa sem tornar a leitura formal, cansativa ou monótona. Demorei tanto tempo para ler esse livro e não imaginava que fosse tão marcante.
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BelaBelli 15/11/2011


É uma leitura complicada: vocabulário incomum, assuntos áridos e temas científicos.

A história se passa no Sertão de Canudos, trata-se da guerra.

O livro mostra uma panorâmica da cidade onde se passa, vegetação, animais, etc. De um lado, o ar extremamente seco faz com que o calor se evapore tão logo o sol se põe. De dia, portanto, temperaturas elevadíssimas que, à noite, despencam ao frio gelado. De outro lado, as chuvas torrenciais que, sem aviso prévio, acabam com o ciclo da seca mortal. Este é o cenário em Os Sertões. Duas estações no ano, e as duas de certa forma destroem a vida no serão.

No sertão o tempo é tão seco que os corpos de um homem ou de um cavalo, não se deterioram, apenas murcham.

Lá encontramos os negros, indígenas e o português e Euclides da Cunha diz que no Brasil não temos uma raça definida. Ele estuda o povoado das cidades – os sertanejos – e concluí que o sul foi povoado pelos bandeirantes; a região média, pelos vaqueiros, e no norte seco, pelas missões jesuíticas. A mistura das raças foi prejudicial no sertão. O mestiço tem a qualificação de um decaído, sem energia física e sem intelectualidade. O jagunço é mais resistente, perigoso, forte e duro. O gaúcho é valente e luta despreocupado.
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Paulyne 25/04/2011

Achei a primeira parte péssima pra ler. É tão científico e detalhado... e chato. Até porque não entendi boa parte do que o autor estava falando, "mas eu sabia do que ele estava falando." A partir da segunda parte, a leitura ficou melhor. Legal o autor retratar a Guerra de Canudos, mas é um tipo de livro que eu não recomendaria.
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Habibks 11/01/2011


"Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.

Forremo-nos à tarefa de descrever os seus últimos momentos. Nem poderíamos fazê-lo. Esta página, imaginamo-la sempre profundamente emocionante e trágica; mas cerramo-la vacilante e sem brilhos..."


Pra galera que ta querendo ler esse livro recomendo pular logo pra parte 3: "A guerra".

E fique por ali mesmo, porque a primeira("A terra) e a segunda("O homem") parte beiram o insurportavel. Nunca vi um escritor ser tão bom e ruim ao mesmo tempo, uma grande historia que tem alguns dos momentos mais bonitos da literatura brasileira(Como esse que eu citei). Uma pena que Euclides não tenha tentando construir um livro mais acessivel pro grande publico.

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Paulo 04/05/2010

Anotações
A TERRA — Nesta primeira parte, EC descreve o palco da epopéia impressionante. Ocupa-se da geografia, da geologia e das intervenções naturais nos processos de ocupação humana do sertão. Em sua proposta científica de análise naturalista, ainda que nos envolva esporadicamente com sentenças hábeis ("Nem um verme — o mais vulgar dos trágicos analistas da matéria — lhe maculara os tecidos"), chega a complementar a classificação climática de Hegel, julgando a caatinga um modelo particular de ambiente.

O HOMEM — A ocupação do solo. A distribuição do povo pelo Brasil. A formação do sertanejo ("antes de tudo um forte", "Hércules-Quasímodo") justifica sua índole. Sua rudeza. Traços históricos; explicações perspicazes. [Reler como história do Brasil.] Sua opinião sobre a mistura de raças ("prejudicial", p. 77). O gaúcho do sul e o vaqueiro do norte: antítese. Antecedentes biográficos de Antônio Conselheiro, "um gnóstico bronco", cuja sombra "condensava o obscurantismo de três raças" (p. 102...). O início da marcha do profeta, cujos ditos, pela natureza, conjugam-se no "permanente refluxo do cristianismo para o seu berço judaico". "Viu a República com maus olhos e pregou, coerente, a rebeldia contra as novas leis." Instalado em Canudos, recebe o afluxo incentivador de turbas deslumbradas. Na paradoxal cadeia de Canudos: "presos pelos que haviam cometido a leve falta de alguns homicídios os que haviam perpetrado o crime abominável de faltar às rezas". Um movimento político? Segundo o autor, o antagonismo à República era só "um derivativo à exacerbação mística", indicando o "triunfo efêmero do Anti-Cristo" antes do iminente "reino de delícias prometido".

A LUTA — A primeira força partiu incauta: diminuta e despreparada ("seguiu a 12, ao anoitecer, para não seguir a 13, dia aziago. E ia combater o fanatismo"). "A natureza toda protege o sertanejo", que vence as primeiras batalhas contra equipes policiais não treinadas para a guerra.

TRAVESSIA DO CAMBAIO — A primeira expedição regular, em janeiro (1897): quase 600 homens e dois Krupps. Massacrada nas trincheiras do Cambaio e em outras refregas. Finalmente, o major Febrônio retira-se. Em Monte Santo, que previra a vitória sobre Canudos, "a população recebeu-os em silêncio".

EXPEDIÇÃO MOREIRA CÉSAR — O triunfo estufou Canudos de novos homens empolgados. Em fevereiro parte expedição com quase 1300 homens. Chegam confiantes ao alto da Favela, já à vista do arraial insurreto. Apesar da grande força, o erro estratégico: "acometendo a um tempo por dous lados, os batalhões, de um e outro extremo, carregando convergentes para objetivo único, fronteavam-se a breve trecho, trocando entre si a bala destinada aos jagunços" (p. 227). Apesar do duro assalto, os sertanejos defendiam com a vida sua terra. Após novos erros (pp. 230-1), Moreira César é mortalmente ferido e o coronel Tamarindo o substitui. Perdidos no arraial, os soldados lutavam cada um a seu modo. Após recuo, decide-se pela completa retirada. Moreira César, pouco antes de falecer, é contra. Sufocada pelos jagunços, a retirada se fez debandada — o próprio corpo do chefe foi abandonado para a fuga! O coronel Tamarindo também morre. Seu corpo será estendido pelos sertanejos, como exemplo, em companhia de dezenas de caveiras, nas proximidades de Canudos.

QUARTA EXPEDIÇÃO — Comoção nacional. "Era preciso salvar a República." Comentário: "Aquele afloramento originalíssimo do passado, patenteando todas as falhas da nossa evolução, era um belo ensejo para estudarmo-la(...). Os patriotas satisfizeram-se com o auto-de-fé de alguns jornais adversos, e o governo começou a agir. Agir era isto — agremiar batalhões". O general Savaget só partiu três meses depois. Uma falha: soldados metiam-se nas caatingas e seus espinheirais vestidos de pano, não do couro apropriado do sertanejo. Mas agora eram cerca de 3000 combatentes, com aparato e organização mais sérios. Só que os sertanejos armaram-se com mais astúcia para a retaliação: entrincheirados, atacavam no escuro e baratinavam a ofensiva. Surpreenderam as forças do governo com "fuzilaria cerrada e ininterrupta". A esperança de Savaget era a convergência de brigadas projetada para o dia 27. Contudo, já em 28, a 1.º Brigada não aparece, mandando, em contrário, pedidos de socorro. O assalto afigurou-se penoso: não havia um alvo rigoroso, e os tiros vinham de todos os lados. Em meio às exíguas possibilidades de novos ataques, fazia-se a debandada dos homens, que, sem mantimentos, não tinham como se refazer. E foram cruelmente acompanhados pelos jagunços, que, à espreita, somavam-se à sede e à fome como algozes daqueles curiosos retirantes. Mas a brigada do general Artur Oscar resistiu. Conquistada a posição, ficou. E novo batalhão surgiu como reforço. Mas um novo assalto não se faria sem novas baixas e excessivos retardamentos, culminando, muitos dias depois, na escassez de provisões e na urgência do socorro aos feridos. Nesse meio tempo, chamou-se o marechal Carlos Machado de Bittencourt, estrategista impassível que percebeu a necessidade de vencer o deserto antes de sitiar o jagunço. Ainda havia algum trabalho e muito heroísmo em Canudos, por parte dos remanescentes da última investida. Mas então já "avançava pelos caminhos a Divisão salvadora".

NOVA FASE DA LUTA — Finalmente "terminara o encanto do inimigo" (p. 355). Derrubam a torre da igreja de Canudos (trincheira valiosa), além de abaterem um líder importante da resistência de Canudos. Os novos vão chegando e encontrando os antigos combatentes numa situação em que o antagonista parecia fragilizado. Atiravam com regularidade, mas das mais de cinco mil vivendas de Canudos (!) também advinham os prantos das mulheres e das crianças... Abatido, o Conselheiro morre em 22 de agosto. (Obs.: mais tarde, à p. 401, diz-se 22 de setembro, o que deve ser o real.) Alguns crentes chegaram a fugir antes que a situação mudasse, a 24 (pp. 366-7). O cerco se procede. "A insurreição estava morta" (p. 370).

ÚLTIMOS DIAS — O imprevisto: "o inimigo desairado revivesceu com vigor incrível" (p. 375). Assim mesmo começaram a cair os prisioneiros, inicialmente em especial mulheres, crianças velhos, quase todos famintos e doentes. Teve então vez a covardia dos vencedores (p. 378...). 28 de setembro: era o fim. Mas Euclides da Cunha anuncia inúmeras vezes o fim — mas anuncia o que seria o fim militar evidente. Contudo os jagunços não eram militares, e não se rendiam, a não ser com a morte. E seu heroísmo sempre impunha a confusão na formação dos assaltantes. Desta forma, conseguiam ainda matar muitos oficiais após o momento em que a "lógica" os deveria ter rendido. Mas Canudos nunca se rendeu. Restavam quatro exíguos combatentes, que pelejaram com ferocidade até sucumbirem, entregando a vida. O final de Euclides é magistral: relata e comenta a busca que se faz do cadáver de Conselheiro, e a transformação de sua cabeça em troféu último da Guerra de Canudos.
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Elyana 11/03/2010

Fatigante
Por ser um clássico exige do leitor uma quantidade enorme de paciência para lê-lo e entende-lo. Além de ser muito detalhista.
Talvez por isso eu o tenha abandonado. Espero não precisar ler depois, seria muito cansativo.
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Inlectus 19/02/2010

Obra excelênte.
Um panorama da realidade social do Brasil, que já daqueles tempos tem deixado a desejar, também um belo romance histórico, que envolve como poucos. Obra recomendavel.
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Anelize; 15/10/2010

É uma obra que apresenta uma mistura de tendências literárias, e também é ligada ao Naturalismo (eu acreditava que era naturalista ._. – desculpe a ignorância Sr. Euclides!).

O livro vai muito além da história da guerra de Canudos, o autor escreve de uma forma digamos científica sobre tudo o que há no sertão e o povo sertanejo. Ainda nem cheguei perto da parte em que o autor retrata a guerra. É com certeza muito interessante, mas requer muita força de vontade.

Pretendo terminar de ler um dia, por mais que a leitura seja cansativa por ser muito detalhada, vale à pena, pois é um pedaço muito importante da nossa história.
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ciliane.ogg 18/04/2024

É inacreditável que eu tenha demorado uma meia vida para ler esse livro. Euclides da Cunha escreve um livro tão bom que num primeiro momento as pessoas liam como um romance e só depois perceberam que ele escrevia sobre o passado do Brasil.
Passado esse que está muito presente, onde uma indignação, uma forma de se estruturar enquanto sociedade, quando as elites econômicas perceberem um mínimo de autonomia da população, virão armas, fogo e uma ideologia bonita dizendo que salvamos os brasileiros novamente.
Nessa época, quando por um golpe de Estado, foi promulgada a República, o povo ficou alheio à esse processo, pois como sempre estava preocupado com o básico da vida (alimentação, moradia, vestuário). E como sempre, o governo não fez sua parte que era proporcionar o bem estar da população.
Então, os brasileiros fizeram aquilo em que são bons: tentaram promover esse bem estar sem o governo, com suas próprias forças. E como diz Euclides, "foi um crime". Mataram a maior parte das pessoas de Canudos, degolaram seus pescoços e resolveram o problema do país apresentando um amontado de corpos esquálidos, mulheres, crianças e jovens sem muita força no corpo.
Canudos assusta , pois lembra aos governantes desse país que o brasileiro sem saída, arranca na unha uma outra possibilidade de vivência, orgulhoso, coluna ereta, com brio para poder encarar seus filhos nos olhos e não sentir vergonha.
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Sudan 11/07/2009

Os Sertões
Relato da luta dos sertanejos liderados pelo beato Antônio Conselheiro contra as forças militares enviadas para destruir o arraial de Canudos, na Bahia, no final do século XIX.
Edição crítica, com apresentação e notas de Walnice Nogueira Galvão, uma das mais conceituadas especialistas na obra de Euclides da Cunha.
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Sonia Pires 01/05/2009

è um clássico da literatura. Um livro difícil de ler, exige paciência, mas muito bem escrito e relata a luta e a desigualdade social que até hoje continua sendo o mal da humanidade.
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