O Poder da Espada

O Poder da Espada Joe Abercrombie




Resenhas - O Poder da Espada


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Milla 26/01/2014

Excelente!
Rico em detalhes, bem escrito, original e fascinante. Isso descreve O poder da espada.

A história une personagens completamente diferentes e extremamente bem criados em uma trama intrincada e arrebatadora. Joe Abercrombie é um ótimo escritor de fantasia, altamente crível e com uma imaginação poderosa.

Jezal dan Luthar é um jovem de sangue nobre que precisa vencer algumas competições de esgrima no Campeonato de Verão para ter honra e fama, mas não está muito disposto a se dedicar aos treinos que são cansativos e humilhantes. Sua vida é cheia de farras, mulheres e futilidades.
Sand dan Glokta é um homem que já foi um respeitado espadachim, mas sofreu durante quase dois anos em celas do Imperador inimigo da sua nação e hoje é um aleijado que trabalha para a Inquisição de Sua Majestade. E vai conquistando a “afeição” do Arquileitor Sult ao conseguir derrubar algumas das suas inimizades políticas através de suas torturas.
Logen Nove Dedos também conhecido como Nove Sangrento, é um cruel guerreiro nórdico que está afastado do seu grupo de Nomeados e possui o dom de falar com espíritos. Numa dessas conversas, os espíritos falam que um mago está a sua procura.
Ferro Maljinn é uma mulher sanguinária que deseja matar a tudo e a todos para saciar sua sede de vingança, mas está sendo buscada por inimigos.

O que esses personagens têm em comum? O suposto Primeiro dos Magos, Bayaz, que após muitos anos distante decidiu partir numa missão misteriosa e precisa das peculiaridades de cada um deles para esse empreendimento...

Narrado em terceira pessoa, o livro fala um pouco de cada um desses personagens principais além de mostrar a vida de muitos outros e transmitir um pouco da cultura e sociedade criada por Joe Abercrombie, que me convenceu e fascinou. Uma trama bem conduzida e encaminhada para os encontros que surgem, nada é por acaso e cada fato tem um resultado e um significado no final.

E, por nos mostrar cada um dos pensamentos dos nossos heróis, o autor nos deixa familiarizados com eles e nos garante boas horas de prazer porque o que cada pessoa pensa é infinitamente melhor do que o que ela faz ou fala e reflete exatamente quem ela é.

Criar muitos personagens não é algo fácil, o autor sempre está correndo o risco de caracterizá-los sem identidade, com características genéricas ou contraditórias e é exatamente aqui que levanto para aplaudir Joe Abercrombie. Amargos, ácidos, são cruéis, irônicos, obsessivos, egoístas, sagazes. Cada personagem é ricamente elaborado e todos têm algo que conquista nosso afeto, é até difícil escolher um favorito, não existem dois personagens iguais e é impossível discernir quem é do bem ou não. Até os personagens secundários são bons (mesmo os maus).

A mitologia da trilogia ainda está sendo revelada neste primeiro volume, mas tenho muita fé nos próximos. Todas as cenas são bem construídas e as de luta são incríveis, o autor tem uma destreza em narrá-las a ponto de deixar o leitor fissurado. Faz muito tempo que não pego um livro tão eletrizante de fantasia. Eu estava acordando às 6h da manhã para ler um pouco mais.

Mas sobre favoritos... como não adorar Sand?? Irônico em cada um dos seus pensamentos e cuidadoso com todas as suas palavras. Espero que o Joe seja diferente do R. R. Martin e não mate ninguém.


Recomendo para quem gosta de fantasia e de tramas políticas bem elaboradas.

site: http://www.amorporclassico.com/2013/10/o-poder-da-espada-trilogia-primeira-lei.html
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Albarus Andreos 07/04/2014

Jezal estraga o livro
Primeiramente, é um grande prazer ler um livro extremamente bem escrito, como O Poder da Espada (Editora Arqueiro, 2013), primeiro volume da trilogia A Primeira Lei. Ótima leitura, depois de uma série de outros livros que deixaram a desejar, seja em muitos ou em apenas alguns pontos perceptíveis, e aí incluo A Dança dos Dragões (Editora Leya, 2012), já resenhado aqui, no Menina. O Poder da Espada, é de autoria do britânico Joe Abercrombie, aclamado e idolatrado por uma legião de fãs mundo afora e volume inicial da trilogia A Primeira Lei.

Um livro de fantasia precisa de um herói? É pergunta que você deve se fazer. Se sim, então temos um (ou mais que um), contanto que você admita que seu herói possa ser um assassino, sanguinário e desonrado, no caso de Logen; ou um sádico, hipócrita e mesquinho, muito bem representado em Glokta. Logen se encaixa no perfil do herói, mas Glokta é muito pior e estaria melhor no segundo grupo, mais para o vilão. Urge, portanto, explicar porquê a fronteira entre o mocinho e o bandido não é tão perceptível em O Poder da Espada.

Nas primeiras páginas já ficamos sabendo que Glokta não é o que é por acaso. Ele foi preso e ficou sob tortura por dois anos, durante a guerra com Gurkhul, um reino do sul e inimigo de longa data da União. Era um exímio espadachim antes disso, um cavalheiro admirado e destemido, mas acabou sendo moldado pelo ferro em brasa e pelas seções de esfolamento e mutilação. Desfigurou-se totalmente. Perdeu metade dos dentes, sente dores inclementes na perna até quando dorme, um aleijado que precisa de sua bengala para tudo e até subir alguns degraus de uma escada é um verdadeiro suplício. Tornou-se um monstro de rancor, uma pessoa temida, de quem os outros se desviam na rua. Glokta é um inquisidor aos serviços da Casa das Perguntas, a sede da Inquisição do Rei, uma espécie de órgão de inteligência policial, dedicado a “obter respostas” de “suspeitos”, com o uso de métodos que lhe são bastante conhecidos. Glokta é um torturador.

Já Logen não é apresentado de forma menos intensa. Num determinado ponto, ele tem um companheiro de viagem moribundo, tremendo de febre e incapaz de andar. Logen se questiona por quê não o abandona, simplesmente. Não seria a primeira vez que o faria. A comida é pouca e ainda restam sessenta quilômetros para chegarem ao seu destino. Ele pergunta para o outro como chegar ao local. Com a resposta, ele então joga a mochila sobre os ombros, se livra de algum peso extra e, quando imaginamos que ele vai largar o outro para morrer, o põe nos ombros e anda os sessenta quilômetros restantes carregando o companheiro. É de arrepiar!

Logen é foda! É o herói, mas já matou, assassinou, mutilou, esquartejou, esfaqueou e queimou incontáveis inimigos, nem sempre homens armados ou aptos a se defender. Não, Logen já matou também mulheres e crianças, tantas vezes que nem se lembra mais, mas é um homem cansado. Alguém que perdeu a mulher e os filhos para a guerra. A matança faz parte dele. Quando encontra o Primeiro Mago Bayaz, recebe comida, banho quente e segurança. Ele quase chora por isso. Então este o presenteia com uma espada admirável, e o guerreiro, ao invés de se sentir honrado, tem uma pontada de nostalgia e tristeza. Dá-se conta de que a perspectiva de viver, a partir dali, sem a necessidade de portar uma arma, é mera ilusão.

E reitero, como Abercrombie escreve bem! Que magia, em cada parágrafo e cada frase. Diálogos curtos e certeiros. Metáforas iluminadas. Comparações inusitadas. Surpresas que nos são apresentadas e que nos contam o ambiente, elucidam o pano de fundo e nos revelam pouco a pouco a história. Ele não escreve apenas, ele burila com genialidade, com paciência e habilidade ímpar, cada trecho. Detalhes são essenciais, inteligentes e bem encadeados. O autor é capaz, de numa única palavras, dar um sentido todo novo a ideia de narrativa. É hilário as vezes, sagaz, poético em outras e na maior parte do tempo, criativo. Tomando para si a responsabilidade de provocar surpresas com as ótimas frases que elabora.

Não posso negar que ainda estou meio confuso com relação ao tempo em que se passa essa história. Sim, é uma obra de fantasia, mas nas passagens dedicadas a Glokta, parece que estamos num período medieval tardio, por volta de 1500 ou até mais. Não temos alusão explícita à pólvora, embora ela seja citada de leve como uma espécie de magia obscura, numa passagem. Mas temos muitos detalhes das mobílias, arquitetura e vestimentas, como casacos, e a instrução universitária, que nos remetem a anos mais recentes. Contudo, com Logen parece que estamos numa época anterior, como os anos 1000, por aí, ou mesmo anterior a isso. Já que as lutas se fazem com machados e espadas. E há feiticeiros e shankas, criaturas do caos, uma espécie semelhante aos orcs, de origem pouco elucidada. Sabe-se apenas que foram criação do Artífice, um deus antigo do mal.

Um terceiro personagem também aparece nesse início, e não posso dizer que é um dos heróis, como também não se caracterizou totalmente como um vilão. Ele se chama Jezal. É um promissor capitão do “Próprio do Rei”. Algo como uma guarda de elite de oficiais bem treinados, integrantes da corte. Ele é inescrupuloso, preconceituoso, falso e interesseiro. Os capítulos dedicados a ele são a parte menos empolgante, para mim, até o momento. Muitas intrigas e picuinhas da nobreza a la Jane Austen, com o oficial se interessando pela mocinha sem sobrenome importante ou status, e martirizando-se por isso. Vive jogando cartas e ganhando inescrupulosamente o dinheiro suado dos colegas, ou treinando para um torneio de esgrima que poderá lhe dar distinção e um futuro promissor. E perde-se capítulo atrás de capítulo com Jezal treinando para o bendito torneio. Uma modorra que me lembra muito os treinos de quadribol em Harry Potter. Mas todo livro tem pontos baixos. Vamos ver até onde Jezal nos leva.

Há de se comentar que alguns autores que se preocupam em dar alguma personalidade aos seus personagens, no caso, criando um personagem antipático como Jezal, acabam conseguindo mais que apenas agregar conteúdo a eles. Nas passagens de Jezal, fiquei até frustrado com o andamento da narrativa. Saíamos de cenas e situações muito interessantes e excitantes, para nos metermos em momentos enfadonhos de pura procrastinação. Fazer um cara chato ser seu protagonista, pode contaminar, com chatice, a própria narrativa. Abercrombie não foi genial ao ponto de conseguir evitar isso. Percebe-se que, no futuro, o personagem pode vir a ser importante, para alguma coisa que o autor tenha planejado. Mas no momento, é de se perguntar se extirpar totalmente sua presença não faria o texto melhorar.

Há um ponto em que parece haver uma mudança de narrativa, onde até mesmo os personagens parecem adquirir novas características. No caso, para pior, em se tratando de Logen. É quando ele finalmente conhece o Primeiro dos Magos, Bayaz.

Bayaz foge um pouco do estereótipo do mago, com barbas brancas, segurando um cajado mágico. Não, ele é corpulento, forte e careca, com uma barba farta sob o queixo. Contudo, a partir desse momento, o grande guerreiro Logen Nove Dedos passa a ser caracterizado como um ajudante simplório e protagonista de cenas cômicas que não me agradou. A história, que ia muito bem, parece ceder a um humor pastelão que impregna a narrativa, até o final. Mesmo quando temos Glokta como personagem principal, um escroto que nos havia sido apresentado como azedo e repulsivo, temos um acréscimo das passagens jocosas, de humor gratuito. Não gostei disso. Não há drama que resista ao humor. Perde-se o clima! Tudo se nivela então ao nível de Jezal.

Temos ainda outras situações que, por alguma razão, se descolam da linha bem urdida e resolvida com que a história evoluía. Na passagem quando Bayaz conhece Ferro Maljinn, por intermédio do mago Yulwei, a credibilidade é muito baixa. Ela dá seus pitís, agride, xinga e arrebenta a casa, e ninguém faz nada. Logen age como um grande cão bobão e dócil. Outro fato é Jezal ter entrado dentro da Torre do Artífice, junto com o Primeiro dos Magos, Logen e Glokta, presenciando várias coisas fantásticas, e depois continuar agindo na história como um idiota pomposo, como se nada tivesse mudado na sua concepção de mundo, sem o mínimo de maravilhamento que qualquer pessoa sentiria. Ainda bem que essas situações são raras, senão não estaria elogiando esse livro, por mais que a escrita do autor me agrade. Não é porque é um livro de fantasia que a lógica, intrínseca ao mundo em que se insere, é menos essencial.

Muitos fatos não são ainda explicados. Mas vamos descobrindo aos poucos que Bayaz precisa de Logen, por alguma razão que não é ainda explicada. No norte, explode a guerra pelas mãos de um chefe guerreiro bárbaro, chamado Bethod. Ele conhece Logen de longa data, que junto com alguns antigos companheiros, o serviram com suas vidas e espadas, algum tempo antes. Esses companheiros nós acabamos por conhecer também, embora eles achem que Logen tenha morrido. Fiquei muito interessado em saber mais sobre esses personagens, coisa que imagino, será realizada nos próximos volumes da série.

Na estadia dos heróis na cidade de Adua, a capital da União, acabamos por nos inteirar um pouco mais sobre a história do mundo de Abercrombie. sim, há um pano de fundo complexo por trás de tudo, com sua própria história e lendas, tendo um enfoque maior na mitologia e nos deuses, já que Bayaz foi protagonista nesses acontecimentos antigos. Esse tipo de coisa é muito legal. A cidade de Adua, contudo, não é bem mostrada. Conhecemos meia dúzia de edifícios e caminhos, mas não tem cor ou substância como faz George Martin, por exemplo, com Porto Real ou Bravos. Falta mais detalhes, mais cheiros e sons, mais pessoas e suas falas, suas crenças e suas manias. Falta mais cotidiano e vida.

De maneira geral, gostei do livro. Ótimas situações, enredo envolvente, na maior parte do tempo, e escrita primorosa, além de uma revisão cuidadosa por parte da Editora Arqueiro. Mas a capa... Talvez tenha sido a pior capa de um livro de fantasia que vi nos últimos tempos, incluindo aí os nacionais. Estranho, tendo-se sem vista que Patrick Hothfuss é autor da casa, e as capas dos livro dele são de autoria de Marc Simonetti, um dos mais badalados ilustradores da atualidade. A Arqueiro, portanto, já deveria saber alguma coisa sobre livros de fantasia e a relação de amor e ódio, dos leitores com as capas.

site: www.meninadabahia.com.br
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Biju 21/05/2014

Então né...
Minha história com esse livro foi um pouco complicada. E talvez por isso eu não consigo dizer que simplesmente não gostei dele.

Tivemos muitos altos e baixos. Ele realmente tem muitos pontos positivos e o autor é brilhante. Os cenários são bem descritos, os personagens são bem feitos e as descrições das torturas e das lutas são arrepiantes.

Mas apesar disso não consegui me ligar a nenhum personagem em especial. Em alguns momentos a leitura se arrastou e isso fez com que eu demorasse muito mais do que o normal para finalizá-lo.

Não sei exatamente o que não gostei nele. Não sei mesmo, de verdade. Gosto do tipo de estória, gosto do gênero de fantasia, gosto de histórias que se passam na Inquisição, enfim, nós tínhamos tudo para darmos certo. Mas não deu. Infelizmente não deu.

Ainda não sei se lerei o próximo. Estou na dúvidas. Talvez eu leia, acho que ele merece uma segunda chance. :)
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Nena 23/05/2016

Introdução
É um livro um pouco cansativo de ler pois é contada a história de várias personagens ao mesmo tempo, tendo um capítulo por vez de cada uma se intercalando, e quando você começa a se empolgar com a leitura de uma personagem/situação mudam o ponto de vista quebrando um pouco o ritmo de leitura. Acho que o primeiro livro é mais introdutório, focando mais na construção do mundo e nos fazendo entender um pouco mais como pensam cada personagem, apesar de não ficar muito claro qual o papel de cada uma na trama. No geral o mundo e as personagens são bem construídos, e a história parece se encaminhar por um caminho interessante.
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Joao Felipe 01/06/2023

Uma Belo Inicio
Quando estou diante de um livro de literatura fantástica ( Adoro usar esse termo, a famosa fantasia ), estou propenso a ser muito mais critico que o comum sou em outros gêneros, porque em fantasia o criador da obra deve me mostrar algo que valha meu tempo, seja por sistemas de magia, historia do mundo, ou personagens, e aqui temos uma boa receita do que faz um bom livro nesse gênero.
Eu li muito rápido, foi prazerosa a jornada, em um momento do livro virei o nariz pra algumas direções que o autor estava tomando, mas segui em frente e gostei como tudo foi conduzido, nenhum personagem foi marcante porém o mundo em si gera curiosidade, a narrativa é fluida e não te deixa sofrer com lentidão, se bem que eu sou muito tolerante e enfrentei muitos livros com narrativas mais lentas, eu aproveito e enfrento a forma que me contam uma historia.
Eu como um leitor que lê muito, me sinto feliz em poder voltar a esse gênero ao qual fui muito feliz quando li "As Crônicas de Gelo e Fogo", "A Torre Negra" e lá no inicio "O Nome do Vento", porém me sinto ainda mais tranquilo em poder ler uma trilogia já concluída, nunca mais cairei no conto do primeiro livro que nem sabemos se o autor estará vivo pra terminar sua historia, enfim aproveite.
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Rodolfo 19/12/2014

Capa e Espada
"O Poder da Espada" é um livro de fantasia divertido, focada muito nos personagens, mas com alguns problemas pontuais. A personalidade de cada herói enriquece o enredo e faz o leitor aguardar ansiosamente pela interação entre eles. Joe Abercrombie descreve bem as cenas de ação, com riqueza de detalhes nas lutas, nas correrias e na violência. Em certos momentos da história, os personagens tendem a estereótipos caricatos, mas nem por isso menos interessantes e profundos. Fiquei um pouco frustado com o final do primeiro livro: considero regular e consistente, porém com poucas respostas e alguns volumes pela frente... A trama ainda não está delineada, as motivações dos personagens são um pouco forçadas, mas mesmo assim uma aventura fácil e agradável de ler.
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Marllon 08/01/2015

O livro de fantasia que eu gostaria de escrever
É impressionante, totalmente imersivo. Abercrombie tem um talento singular. Poucos conseguem narrar cenas de ação tão bem quanto ele. O texto é incrivelmente bem dosado, sem excessos de descrição, sem períodos longos demais. As personagens são únicas, interessantíssimas, muito bem construídas. Embora difícil de ver isto em fantasia, Abercrombie trabalha muito bem a parte psicológica delas, são muito humanas. Talvez a formação em Psicologia do autor tenha contribuído para alcançar essa verossimilhança. O mundo em que se passa a história é muito bem construído também, com elementos de Idade Média e Idade Moderna misturados. Cada capítulo se passa sob o foco narrativo de uma das cinco personagens principais (uma delas só aparece na segunda metade do livro) e todos são bem calculados, não são curtos demais, mas também não são longos ao ponto de deixar o leitor cansado. Enfim, não tenho qualquer coisa ruim para falar desse livro, talvez só da editora, que fez um péssimo trabalho de arte e de marketing em relação a ele. Uma pena, pois essa é uma obra com potencial enorme de mercado. Agora lançaram um novo projeto de arte (que também não é lá essas coisas) para as capas , mas acredito que já seja tarde demais. O livro merecia nada mais do que uma capa do Marc Simonetti, melhor ilustrador de fantasia da atualidade. Termino dizendo que esse é o livro que eu gostaria de escrever. Abercrombie, para mim, é sem dúvida, junto a George R. R. Martin, o melhor autor de fantasia medieval atualmente. E, para quem decidiu ler por causa do podcast do Matando Robôs Gigantes, adianto que Abercrombie nada tem a ver com Affonso Solano, como lá disseram. São níveis totalmente diferentes, o brasileiro ainda terá que trabalhar muito para chegar perto de um gigante da literatura mundial como o autor do livro aqui em questão.
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shaulablack 20/01/2015

Ruim no começo, melhorou muito depois
Confesso que no começo não gostei muito. Não entendi direito o que estava acontecendo, o fato de não ter um mapa me atrapalhou muito (procurei um na internet depois e dei uma lida sobre os continentes desse mundo e tudo ficou extremamente claro. Façam isso até antes de ler o livro), e a Ferro me incomodava bastante. Mas os capítulos do Glokta eram meus favoritos desde o começo.

Depois me apaixonei pela história. O segundo livro é meu favorito. O terceiro quase me matou e eu inicialmente não gostei, mas depois vim a gostar. Agora estou lendo os outros do Abercrombie, completamente apaixonada por esse autor e pelo mundo que ele criou, desejando que os outros livros fossem maiores.
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Jhionan 19/02/2015

Absolutamente um dos meus favoritos
Gostei muito da abordagem humana do livro, é um livro épico, complicado de descrever, mas para jogadores de rpg se resumiria em uma campanha épica, com guerreiros, magos, arqueiros e outros seres.. Mas com personagens reais que tem sentimentos, emoções, capazes de sentir dor, raiva, amor. Personagens humanos que tem medo de enfrentar batalhas, pois uma luta por mais besta que seja pode acarretar a morte. Personagens muito bem desenvolvidos, que você vai conhecendo o background aos poucos e vai se apaixonando por eles. Personagens que evoluem como humanos, como pessoas, como personagens, diferente por exemplo de um senhor dos anéis onde a comitiva é "fodastica" sai batendo em todo mundo sem levar 1 arranhão.
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Vagner46 14/04/2015

Desbravando O Poder da Espada
Joe Abercrombie era um autor desconhecido para mim, até que tive a oportunidade de conhecê-lo ao moderar uma leitura conjunta no grupo Livros de Fantasia e Aventura (recomendo o grupo, pois sempre é cheio de discussões úteis e informações muito bem dadas, sem aquele monte de propagandas e conversa fiada da maioria dos grupos nas redes sociais) no Facebook.

Quanto ao livro, conforme os capítulos vão passando, somos apresentados ao três personagens principais: Logen, Jezal e Glokta. Falarei um pouco de cada um deles.

Logen é um grande guerreiro do Norte que quase morre após entrar em confronto com um grupo de shankas (criaturas parecidas com orcs) num desfiladeiro. Ao escapar da morte, Logen se dispersa do seu antigo grupo de amigos guerreiros e, a partir daí, vaga solitário até encontrar-se com um aprendiz de feiticeiro que o leva diretamente até Bayaz, o Primeiro dos Magos, segundo ele próprio. Muita atenção com esses dois personagens, pois eles nos trarão muitas surpresas no decorrer da narrativa, principalmente o guerreiro Logen, que certamente prenderá toda a sua atenção próximo ao final do livro.

Já o espadachim Jezal dan Luthar é um pé-no-saco de todo mundo e, na minha opinião, mereceria uma surra para aprender a dar valor às coisas simples da vida. Mimado e arrogante, Jezal está prestes a participar de um campeonato de esgrima e precisa vencer para provar o seu valor para os habitantes da capital.

No entanto, o cartão de visitas de Joe Abercrombie se encontra no personagem Glokta, um antigo herói de guerra que, após quase ser morto em uma delas, vira inquisidor do reino a pedido de Sua Majestade. E é aí que ele descobre que tem vocação para esse trabalho, pois seu sarcasmo e inteligência (que lembram muito o personagem Tyrion das Crônicas de Gelo e Fogo) são postos à prova a todo momento.

Gostei bastante das cenas de interrogatório envolvendo Glokta e suas vítimas (geralmente comerciantes corruptos e nobres tentando se aproveitar dos outros). O humor e a irreverência dos seus práticos (ajudantes) Frost e Severard deixa o clima sempre engraçado (ou perturbador) e torna a descrição dos momentos muito mais impactante e realista, pois uma cena de tortura não é composta somente pela dor em si, mas por várias conversas e fatos que acabam acarretando em uma agressão.

Os diálogos são o ponto forte do livro, assim como as descrições dos cenários, que são um show à parte. Masmorras, castelos, becos escuros e palcos de esgrima são bem destrinchados pelo autor e nos passam a impressão de que ele está atento a tudo e todos.

Em dado momento, Glokta, Jezal e Logen acabam se juntando em uma perigosa aventura, aonde só o futuro nos contará o que Bayaz pretende fazer com os nossos três protagonistas. Nada temos a fazer até lá, a não ser esperar pelo lançamento do segundo livro, que está primeiro para o primeiro semestre de 2014.

Pontos fortes: personagens e cenários bem desenvolvidos.
Pontos fracos: muita coisa ficou em aberto para o segundo livro.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2014/03/resenha-o-poder-da-espada-joe.html
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Mariana 22/05/2022

???,5
Eu gostei do livro, por mais que ele tenha sido muito cansativo.
Demorei muito tempo.

Mas o livro é bom, eu recomendo para quem gosta desses tipos de livro, que não tem tanto romance, mais focado na guerra e na política mesmo, porque este não é o meu tipo de livro.
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Ygor.Fortes 10/05/2023

Fugindo de clichês, poder da espada te joga em um mundo com personagens diferentes do habitual, com tons de cinza, e cheios de defeitos. O plot é desenvolvido lentamente, o que ajuda à acustumar com cada narrativa. Cada personagem teu seu estilo de escrita, em alguns pov os cenários são mais descritos, e em outros praticamente sabemos todos os pensamentos do personagem. É uma história que não se fecha em seu próprio livro, criando mais mistérios do que respostas. Um otimo livro, e suas continuações tem muito potencial.
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Jean 29/01/2016

Desafio Literário 2016 - Janeiro
Para o mês de janeiro, a proposta era ler um livro de fantasia.

Apesar de gostar bastante do gênero, eu não leio tantos livros do gênero. O primeiro tema serviu para me relembrar do quão agradável estes livros podem ser. Abercrombie escreve muito bem e compôs alguns personagens realmente agradáveis de se acompanhar (principalmente o inquisidor e seus pensamentos irônicos).
Tão bacana que já adquiri o segundo volume e já tenho a grana para o terceiro!
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Phelipe.Pompilio 08/02/2016

Resenha feita para o blog Bravura Literária.
A Primeira Lei, trilogia escrita por Joe Abercrombie, me foi indicada diversas vezes no decorrer de 2015. Com a Black Friday chegando, resolvi economizar um pouco pra já comprar O Poder da Espada, primeiro livro da trilogia, juntamente de outros que eu vinha desejando.

Logen Nove Dedos é um excelente guerreiro nórdico, conhecido por seu povo como "Nove Sangrento". Logo no início, Logen tem o azar de cruzar seu caminho com o dos terríveis Shankas (Orcs macacos, talvez. Não sei). Logen trava uma luta com as criaturas e despenca desfiladeiro abaixo, mas consegue sobreviver. Após a queda, Logen está sozinho, machucado, longe de seu grupo de guerreiros, mas, pelo menos, está vivo.

Logen possui um dom muito curioso que o ajuda a descobrir que existe um mago à sua procura. Após vagar solitário, Nove Dedos encontra-se com Malacus Quai, um garoto franzino, aprendiz do grande mago que está procurando Logen. Malacus então leva Nove Dedos diretamente para seu mestre, Bayaz, o Primeiro dos Magos.

Sand dan Glokta já foi um esgrimista de primeira e um ótimo soldado. Serviu na guerra contra Gurkhul, onde foi capturado e feito prisioneiro por anos. Durante esses anos preso, Glokta sofreu as mais absurdas torturas, torturas essas que destruíram sua carreira e sua vida. Agora, o antigo campeão da União é um aleijado que trabalha como Inquisidor, a pedido de Sua Majestade. Glokta usa de sua inteligência, sarcasmo e técnicas agonizantes de tortura para arrancar confissões de supostos traidores da Coroa, com a ajuda de Frost e Severard, seus dois práticos.

Jezal dan Luthar é um militar. Ainda garoto, conseguiu chegar onde está graças ao status de sua família e o dinheiro de seu pai. Jezal é arrogante, presunçoso, mesquinho e irritante. Com a aproximação de um novo campeonato de esgrima, Jezal precisa se esforçar para suportar os pesados treinos com o Major West e o Marechal Varuz, ambos antigos campeões da União. Jezal almeja a vitória, para que assim possa mostrar seu valor, conseguir subir de patente e, maiormente, para se vangloriar disso pelo resto da vida.

Em um dado momento, Jezal, Glokta e Logen irão se juntar, conforme os planos de Bayaz, e partir para uma aventura repleta de perigos e surpresas.

Esse livro é merecedor de todas as críticas positivas que eu já tive o prazer de ler. Joe Abercrombie acertou em cheio!

Com uma narrativa em terceira pessoa, que mostra pontos de vista distintos, O Poder da Espada te prende da primeira até a última página. Joe usa e abusa de diálogos inteligentíssimos e de fácil compreensão, sem deixar aquele ar de confusão no leitor.

O mundo criado por Joe Abercrombie é bem curioso e bastante explorado nesse início de trilogia, nos mostrando basicamente todos os lugares mais importantes da trama.

A descrição dos cenários é um dos pontos mais fortes de Joe Abercrombie. Castelos, salas de tortura, torres e muito mais, são descritos com maestria, de um jeito que transporta o leitor para o ambiente narrado.

As cenas de tortura com Glokta e seus práticos são magníficas, muitos realistas, detalhadas e, na maioria das vezes, perturbadoras.

Os personagens são um show à parte. Logen Nove Dedos é um cara bem enigmático, que ostenta um passado obscuro e sangrento. Parte desse passado vem à tona nas páginas finais do livro, nos dando uma ideia do quão selvagem o personagem é.

Glokta é, sem sombra nenhuma de dúvidas, o ás na manga de Joe Abercrombie. Um personagem que tem tudo para ser odiado acaba sendo o mais amado. A inteligência, o sarcasmo e as piadas de Glokta nos lembram muito o anão Tyrion Lannister, personagem das Crônicas de Gelo e Fogo.

Já com Jezal a coisa é diferente. Mesmo sendo perfeito em relação a Glokta, o garoto é nojento. Seus pensamentos são racistas e inúteis. Podemos notar no decorrer da trama uma mudança mínima nas atitudes do personagem, o que, a meu ver, foi o suficiente para que eu não quisesse mais matá-lo.

Claro que existem outros personagens. Alguns tão bons quanto os outros, mas prefiro deixar pra comentar em uma próxima oportunidade, pois se eu for comentar aqui, vou acabar estendendo muito a resenha.

A edição está belíssima, com poucos erros de gramática e ortografia e uma boa diagramação. Só acho que faltou um mapa. Não sei se é a minha edição, mas faltou um mapa.

site: www.bravuraliterariablog.blogspot.com.br
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Clara 24/03/2016

Resenha O Poder da Espada
O poder da espada é o primeiro livro da trilogia A Primeira Lei do autor Joe Abercrombie. A indicação desse livro foi bem inusitada, estava na travessa com uma amiga e ouvimos um dos atendentes mostrando esse livro e contando um pouco da historia. Quando ele falou que um dos personagens era um carrasco na mesma hora aguçou a curiosidade. Por fim acabou sendo uma das minhas melhores aquisições da bienal.

Abercrombie criou um universo muito rico e com personagens muito interessantes. O livro é narrado em terceira pessoa e os capítulos se alternam entre os protagonistas, no momento inicial cada um se encontra em um local diferente, mas em um segundo momento suas historias se misturam.

O primeiro que conhecemos é o Logen Nove Dedos, líder de um grupo questionável de guerreiros do Norte que luta contra os cabeças achatadas (Shankas). Nove dedos é um guerreiro sanguinário e cruel, que já perdeu as contas de quantos matou. Ao escapar da morte, Logen se separa do seu grupo e iniciou uma jornada sozinho e acabou tendo tempo para pensar em muitos aspectos de sua vida até encontrar o aprendiz de feiticeiro, Malacus Quai, que o leva diretamente para Bayaz, o Primeiro dos Magos, segundo ele mesmo.

Sand Dan Glokta é um personagem muito complexo, é um homem na faixa dos seus trinta e poucos anos que era charmoso e habilidoso. Foi um grande soldado da União até ser capturado e torturado pelos inimigos. Voltou um homem quebrado fisicamente e emocionalmente, pois sua vida consiste em sentir dor o tempo inteiro. Seus dentes foram arrancados de uma forma para que ele não consiga morder nada, teve diversos ossos quebrados e triturados dificultando o seu andar. Seu trabalho atual é extremamente peculiar, ele é o Inquisidor (o tal carrasco que me fez ler o livro hehehe) e tem a ajuda de dois práticos o Frost e o Severard. Para conseguir as informações que precisa, ele não tem medo de causar dor, o que o torna um acessório valioso da inquisição, que exerce um cunho político maior do que religioso. Glokta chega a ser divertido em sua desgraça, ele usa muito do humor negro.

Em adua, conhecemos o Capitão Luthar, um jovem espadachim egocêntrico, arrogante e descompromissado que está em busca de títulos e fama, mas sem esforço. Ele está prestes a participar de um campeonato de esgrima e precisa vencê-lo para mostrar o seu valor a União.

São perfis totalmente diferentes né? Sem contar com outros personagens que são tão importantes quanto e dão sentindo a historia, como: o Capitão Collem West, que conquistou seu cargo por mérito e não por nome; o grupo do Nove dedos: Três Arvores, Forley, Cachorrão, Barca Negra, Sinistro e Tul Duru, entre outros. A construção de cada um deles é muito bem feita. Alem das personagens femininas, que mesmo numa sociedade medieval e violenta são fortes e obstinadas. Destaque para a Ferro Maljinn, porradeira demais!

Ao norte, existe uma historia paralela, temos Bethod, o Rei dos Nórdicos, na realidade ele se autoproclamou rei e seus filhos que exigem que a União entregue Angland para eles ou irão começar uma guerra.

A historia é muito boa, cheia de reviravoltas, lutas, magia e conspirações, com uma narrativa coerente. O ponto primordial é conhecer o funcionamento social e político, pois isso influencia a trama inteira. Para quem gosta de literatura fantástica medieval vale muito a pena.

site: http://nomeumundo.com/2016/03/23/resenha-o-poder-da-espada-trilogia-a-primeira-lei/
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