O Lobo do Mar

O Lobo do Mar Jack London




Resenhas - O Lobo do Mar


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Rafael 01/12/2018

"... Isso mesmo - disse Larsen - eles me chamam de lobo."
Um bom livro. Continuo ainda preferindo Caninos brancos como o melhor do autor, mas não se enganem, pois essa escolha é puramente pessoal. A narrativa marítima dessa obra em nada perde, em questão de construção de acontecimentos e personagens.
Sofro sempre um insight quando termino de ler Jack London, como se ele não nos fizesse esquecer a brutalidade e a natureza da sobrevivência dentro da alma humana.
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Gabriel Oliveira 25/01/2010

Dois livros em um
A história é boa, brutal, filosófica, aventureira, onde ñ há espaço para coisas previsíveis e morais; porém do nada Jack London, pra mim, erra a mão e começa a narrar uma tosca história de amor com final feliz...onde a refutada e simplória questão do "bem e mal" é levada a cabo.
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Thalita Branco 21/02/2018

Resenha ~ O Lobo do Mar - Jack London
O intelectual Humphrey Van Weyden naufraga pouco depois de sua saída de São Francisco. É resgatado pela escuna de caça a foca Ghost, e tão logo se recupera pede para falar com o responsável pelo navio. Ao ter a solicitação atendida, dá de cara com o capitão Wolf Larsen aos berros com um defunto. O homem estava colérico com a morte do seu imediato logo após a saída do porto.

Quando resolve lhe dedicar alguma atenção, Wolf Larsen olha Humphrey de cima a baixo, desdenha de sua posição como cavalheiro e, ao invés de retornar ao porto que ainda estava próximo, decide levá-lo consigo na longa viagem, prometendo transforma-lo em um homem que trabalha por si só.

Humphrey então vira ajudante de cozinha e fica horrorizado tão logo passa a conhecer a vida tirana dentro do Ghost. Wolf Larsen gere a escuna com mãos de ferro e assustadora agressividade tal qual um homem primitivo. Mas não demora para Humphrey se aproximar do capitão, e após um pouco de conversa descobrir que ele é na realidade um autoditada extremamente inteligente e apreciador de variadas leituras filosóficas. Eis que passam a conversar cada vez mais e os ideais civilizados de Humphrey entram em conflito com os princípios brutais de Wolf Larsen.

Jack London por si só se mostrou uma surpresa para mim. É um autor que eu sempre quis ler, mas nunca pensei que gostaria tanto da sua forma de escrita. London insere experiências pessoais em suas histórias, trazendo uma imensa realidade a seus personagens ficcionais e nos fazendo pensar se eles são tão ficcionais assim. De suas obras que já li, O Lobo do Mar que me fisgou como poucos livros conseguiram fazer.

A construção de personagens é incrível. Humphrey é um cara bacana e que você torce do início ao fim. Conforme as páginas avançam vamos percebendo sua evolução e a concretização da vontade do seu raptor. Mas o grande destaque aqui vai para Wolf Larsen. Apesar de toda sua crueldade, as descrições do capitão são cada vez mais surpreendentes e aliadas a sua presença em cena e altas doses de carisma tornam-o um personagem que você quer detestar, mas não consegue. O cuidado do autor se estende até aos personagens secundários, fazendo com que o leitor se preocupe com vários deles ainda que apareçam pouco.

Fui ficando cada vez mais curiosa para saber como Humphrey sairia dessa enrascada e se sobreviveria a Wolf Larsen. O livro perde um pouquinho o ritmo com a inserção de um personagem na metade da história e os termos náuticos algumas vezes me confundiram, mas ainda assim ele flui extremamente bem. Temi que talvez as discussões entre Humphrey e Wolf Larsen se tornassem enfadonhas, mas muito pelo contrário. Elas são muito interessantes e nos fazem refletir a todo momento.

A edição da Zahar é uma graça. Sou completamente apaixonada por suas edições de bolso de luxo que além de lindas são resistentes e fáceis de transportar e ler. Adoraria que eles lançassem Caninos Brancos e O Chamado da Selva, também do Jack London, nessas edições tão lindas.

Comecei O Lobo do Mar procurando apenas uma grande aventura marítima. Encontrei isso e muito mais. O ano só começou, mas a saga de Humphrey com certeza é uma das melhores leituras de 2018. Um livro que se tornou um dos meus favoritos.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Mr. Jonas 03/02/2018

O Lobo do Mar
Resgatado pela escuna Ghost, o náufrago Humphrey van Weyden logo descobre que seu pesadelo estava apenas começando: o capitão por quem foi salvo, Wolf Larsen, em vez de deixá-lo no porto mais próximo o obriga a integrar a tripulação de seu navio, onde impõe uma estranha forma de ordem, na qual a violência ganha ares de filosofia e conhecimento do mundo. No peculiar embate entre os dois homens - entre a concepção de mundo primitiva do capitão e a civilidade e o moralismo de seu refém -, Jack London ultrapassa o romance de aventura, fazendo de O lobo do mar uma reflexão sobre o bem e o mal, sobre os determinismos darwinianos da vida e a condição humana. Essa Edição Comentada traz o texto integral em tradução de Daniel Galera, apresentação de Joca Reiners Terron e notas de Bruno Costa. Inclui ainda cronologia de vida e obra do autor.
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Wueslle Thibes 11/09/2017

Uma ode à filosofia
“Somente então a crueldade do mar, sua inclemência e seu horror se revelaram para mim. A vida tinha se tornado reles e descartável, uma coisa bestial e desarticulada, um frêmito desalmado no lodo.”

“Acredito que a vida é uma confusão - ele respondeu de imediato. É como um levedo, um fermento, uma coisa que se move e pode continuar se movendo por um minuto, uma hora, um ano ou cem anos, mas que no fim vai parar de se mover. Os grandes devoram os pequenos para que possam seguir se movendo, os fortes devoram os fracos para manter sua força. E quem tem sorte devora mais e se move por mais tempo. Isso é tudo.”

Senti extrema necessidade de redigir algo a respeito dessa obra pra me ajudar a elaborar-la. Jack London, o autor de O Lobo do Mar foi um homem de muitas aventuras, desde operário numa linha de produção até pirata em uma escuna de caça, vivenciou muitas desventuras, e delas tirava suas idéias para suas obras.

O Lobo do Mar trata-se de uma ode à natureza humana, aborda de forma magistral um dos mais antigos questionamentos filosóficos, idealismo ou materialismo? O que predomina, a matéria ou as idéias? Como dois opostos, Humphrey Van Weyden é a tese com seu idealismo alemão, Wolf Larsen é a antítese com seu materialismo pessimista e por fim, Maud Brewster foi o caminho para uma síntese.

Humphrey Van Weyden era um burguês, no sentido clássico do termo, um crítico literário envolto nas mais altas elites sociais da época, sempre tivera as coisas a mão. Ao se envolver em um acidente com o navio que o levava para São Francisco, acaba sendo resgatado pela escuna de caça a focas Ghost. E aqui nos é apresentado o, à primeira vista, irascível Wolf Larsen. Homem robusto, aparentava num primeiro momento uma crueldade irracional, uma agressividade primal tais quais os nossos ancestrais.

A bordo do Ghost, toda a filosofia idealista de Hump é colocada a prova. A moral destoante do “povo civilizado” agredia-o, e a percepção constante de que sua psyche ia cedendo a esses comportamentos primitivos gradativamente começava a lhe perturbar. Não só pela perda da sua inocência, mas pela naturalidade em que ele estava recebendo tudo aquilo. As brutalidades de Wolf Larsen deixaram de lhe incomodar no momento em que Hump percebeu que o Lobo não era imoral, e por isso fazia coisas consideradas erradas por um contexto, como um louco que sente prazer ao pecar contra a sociedade. Larsen não cometia crimes contra o outro porque lhe faltava a moral que lhe diria o que é crime. Criatura amoral, o super homem nietzscheniano.

Ao passo que o protagonista precisa lidar no campo das idéias com essas asserções, desventuras circundam a vida marítima daquela escuna.

A magistralidade dessa obra aparece justamente na capacidade de trazer a tona o essencial do ser diante de debates intrinsecamente filosóficos em meio a um ambiente caótico e que por si, como uma entidade, inspira o materialismo.
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Letra Capitular 25/07/2017

O lobo do mar (Jack London): O humanismo versus o pragmatismo darwinista
Jack London é o pseudônimo do jornalista e escritor John Griffith Chaney que apesar do sobrenome adotado é na verdade norte-americano nascido na Califórnia. Sua história de vida é tão interessante quanto sua ficção produzida. Teve uma infância pobre, foi operário, marinheiro, cruzou os Estados Unidos de trem com andarilhos e mendigos, esteve na corrida pelo ouro, visitou os mares do sul do pacífico e se tornou um famoso militante da causa socialista. Sua forma de escrever – fortemente influenciada pelas próprias experiências pessoais – em que ficção e realidade se confundem inspirou uma gama de importantes escritores posteriores como George Orwel e Ernest Hemingway.

Ele é um dos percursores do escritor/aventureiro, aquele que imerge na realidade na qual pretende retratar e que coloca em sua ficção um tom autobiográfico muito forte. O ambiente no qual se passa a história de ‘O lobo do mar’ é um barco de pesca de focas que viaja para o oceano pacífico – muito parecido com os barcos em que ele trabalhou como marinheiro durante sua juventude.

É um dos casos de escritor “bem sucedido em vida”, suas obras se tornaram muito populares e ele ganhou fama e prestígio muito rapidamente, apesar de não possuir uma educação formal, já que abandonou os estudos quando ainda era garoto para trabalhar como operário em uma fábrica de enlatado (trabalhava de 12 a 18 horas por dia). Contou também com a sorte de se tornar escritor em um período no qual as inovações tecnológicas permitiram um barateamento da produção gráfica. Neste período surgiram inúmeras revistas a preço barato que popularizam a leitura de contos e romances.

O Lobo do Mar foi publicado originalmente em 1904 e se tornou uma de suas obras mais populares. A história toda transcorre a bordo do navio de caça às focas, intitulado Ghost, e tem início quando o personagem principal Humphrey Van Weyden, um jovem intelectual humanista naufraga durante uma viagem em um navio a vapor enquanto ia de Suasalito a São Francisco e é resgatado pelo capitão Wolf[1] Larsen. Ele imagina que o capitão seguiria as “normas institucionais de navegação” e o desembarcaria na próxima parada possível no porto mais perto dali (Ainda estavam nos Estados Unidos), contudo não foi isso que aconteceu.

O antagonista da história – capitão do navio que o resgata – é um homem “embrutecido e formado na solidão e no autodidatismo”, um darwinista incurável, acredita que a única lei que rege as relações sociais é a lei do mais forte, se valendo de sua vantagem física e autoridade estabelecida dentro do navio comanda a todos com punhos de ferro exercendo uma enorme tirania. Wolf Larsen simplesmente obriga o protagonista a assumir uma função no navio começando com o cargo de mais baixa hierarquia no navio: ajudante de cozinheiro. Todo o apelo retórico de Van Weyden evocando as leis e obrigações perante o resgate de um náufrago de nada adiantam perante o pragmatismo do capitão que o trata como um subalterno independente de sua origem aristocrática.

Em seu primeiro momento a bordo do navio, Van Weyden tem logo um choque de realidade e começa a entender o funcionamento de um mundo bem diferente do seu: ele presencia uma morte de um marujo realizando uma tarefa cotidiana. A frieza com que os outros marinheiros tratam aquele corpo estirado no convés e a passividade de todos perante a morte o deixa estarrecido (todos passam pelo corpo e o ignoram até que o capitão o descarta no mar sem muitas cerimônias), sua trajetória no mundo das letras e da poesia não o preparam para a “brutalidade do mundo real”.

O livro todo é marcado por um embate filosófico entre o velho capitão e o jovem humanista, Wolf Larsen tenta fazer da viagem um ensinamento ao “jovem poeta que vivia de renda” mostrando a ele o funcionamento da “vida real”, um lugar onde toda a retórica humanista sobre ética, honra, nobreza e virtudes não tem espaço. No final de tudo é a força bruta que determina as ações, para demonstra isto ele sempre dizia: “aqui mesmo neste barco quem me obrigaria a te desembarcar em algum lugar?”. O personagem principal diante da desvantagem física em relação ao capitão somente podia acatar as ordens e se adaptar a esta nova rotina de vida.

O primeiro diálogo entre eles é bem elucidativo sobre como funcionava esta relação; o capitão ao ouvir de Weyden que este vivia de renda respondeu: “E de onde vem essa renda, hein? Como pensei. Do seu pai. Você se mantêm em pé com ajuda dos mortos. Jamais ganhou o seu. Seria incapaz de caminhar entre duas alvoradas ou arranjar carne para três refeições por conta própria” (…) Graças as mãos dos mortos as suas ficaram macias.

A jornada no navio serve como um período de aprendizagem para o jovem humanista, seguidamente ele presencia situações em que de nada seu conhecimento das letras e da literatura lhe adiantam. Aos poucos se adapta ao ambiente do navio e vai subindo na hierarquia de comando, chegando mesmo a se tornar o imediato – aquele que ocupa um posto abaixo na hierarquia náutica – o primeiro substituto ao capitão do navio. A viagem é longa, afinal visitam as longínquas aguas do pacífico, até as proximidades da costa do Japão, para caçar focas a fim de obter as preciosas peles (a brutalidade no trato com os animais também o assusta).

Aos poucos a visão moralista e a noção de civilidade do protagonista vão se transformando, a viagem toda se torna um enorme aprendizado. Ao conhecer profundamente o capitão do navio, percebe como que, apesar da aparente brutalidade e ignorância Wolf Larsen é um intelectual autodidata – nunca teve uma formação na escola ou na universidade -, mas é um leitor assíduo de grandes e importantes filósofos. E nos constantes debates travados entre os dois demonstra esse conhecimento que articula duas esferas (o saber das letras e da filosofia – e da vivência e do cotidiano).

A leitura desta obra remete a uma profunda discussão filosófica entre uma visão de mundo idealista (onde as ideias controlam o mundo material – “penso, logo existo”) e materialista (onde o mundo material é que determina as ideias – “existo, por isto penso”) e é uma leitura extremamente agradável, pois apresenta este debate a partir de uma aventura cheia de personagens marcantes, lugares inóspitos e reviravoltas no enredo. É possível interpretar este romance também como um debate interno e psicológico entre duas partes da personalidade de Jack London: o filosofo humanista versus o darwinista pragmático. Cada um compondo parte da vida de um autor tão interessante quanto sua própria obra.

site: https://letracapitularblog.wordpress.com/category/jack-london/
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Literatura com M 04/10/2016

Resenha: O Lobo do Mar
Humphrey van Weyden é um homem de 35 anos que vive de herança e o único trabalho que faz é escrever artigos literários para um importante jornal. Ele é delicado, tanto na personalidade quanto no físico. Era, inclusive, chamado de Humphrey "Florzinha", ou seja, a masculinidade propriamente dita não foi pensada como característica para esse personagem. Ele é uma pessoa que podemos considerar como boa: suas ideias são pautadas no coletivismo, no respeito, na consideração pelo próximo. Ele acredita que somos imortais, ou seja, temos uma alma imortal que, quando falecemos encontra outro corpo e a vida recomeça.
Quando voltava de um fim de semana na casa de um amigo, o navio que o transportava colide com um outro e naufraga. Mas, por sorte ou azar ele é encontrado pela escuna Ghost, cujo capitão é ninguém menos que Wolf Larsen. Totalmente oposto ao Hump, ele é a masculinidade em si, na maneira mais crua: o homem que tem uma força que ultrapassa os limites físicos e exala, intimidando quem está por perto. O homem violento, com físico perfeito, que domina, controla. Como clara consequência, é uma pessoa solitária, tanto porque não tem com quem conversar quanto porque ninguém quer fazer isso.

"Devia medir quase um metro e oitenta, mas a primeira impressão ou sentimento que me passou foi força" - Humphrey sobre Larsen.

Wolf vê todos como levedos - fungos- que apenas vivem para sobreviver, sendo que a vida, de modo geral, não é significante para ninguém além dela mesma. Por exemplo, a vida de um marinheiro só importa para ele, se ele morrer, será apenas um monte de massa. A visão da vida e do mundo de Wolf é completamente desprezível, mas ele é um autodidata, seu quarto é repleto por livros das mais variadas áreas, ele tem gosto pela matemática e sempre quer aprender. Então todos os seus argumentos têm fundamento, embora que mal interpretados. Tanto que o Hump o apresenta a poemas, a personagens, filósofos e etc. para tentar mostrar que a ideia dele é errada, mas Wolf sempre consegue articular a seu favor.
Entre esses personagens há um "climão" gerado pela relação de forte-fraco explícita e pela tensão sexual. Jack London, em suas viagens, presenciou relações entre os marinheiros, o que o deixou impressionado. Mas essa tensão é aliviada quando chega uma mulher que também estava perdida no meio do oceano pacífico. Maud Brewster é inspirada na segunda esposa de Jack, Charmian, que era feminista, embora na época não houvesse esse termo. Então, não esperem aquela mulher frágil que vive para ser salva: ainda que, sim, tenha partes que isso está um pouco presente é nítido que Maud é uma mulher a frente do seu tempo, bem como Charmian.
Sem dúvida os diálogos entre Hump e Wolf são a melhor parte do livro, seguidos de perto pelos outros integrantes do Ghost. Sério gente, eles são incríveis e têm tanta importância quanto os protagonistas porque eles também vivem um embate com o capitão. E quem não viveria, certo? Wolf é marcante não só por causa das opiniões excessivamente materialistas e individualistas, mas porque, acreditem ou não, ele é amoral. Mas é compreensível, Wolf é o super-homem nietzschiano. Além disso, a história de vida dele também influencia na ideia que ele tem do darwinismo social, porque foi, de certa forma, graças a essa ideia que, para Larsen, ele chegou onde chegou. É um personagem interessantíssimo, confesso que várias vezes eu pensei que o Hump conseguiria mudar a forma que ele via o mundo, porque o Wolf é inteligente, ele têm conhecimento e é inevitável torcer para ele. Só que ao mesmo tempo que temos esperanças temos tanta raiva dele quanto os outros personagens. Wolf tem uma profunda relação de amor e ódio com o leitor.

"...Psiu! Que fique entre nós dois e aquela escora ali, esse Wolf Larsen é o diabo escarrado e o Ghost vai ser a barca do inferno que tem sido desde que ele pisou nesse convés. Wolf Larsen é a besta, a grande besta mencionada no livro do apocalipse".

O Lobo do Mar é um daqueles que você não sai a mesma pessoa juntamente pela carga filosófica e reflexiva, está, portanto, mais que recomendado.

Veja a resenha completa no blog!

site: http://literaturacomm.blogspot.com.br/2016/10/resenha-o-lobo-do-mar.html
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Valerya insta @leslivres_ 07/02/2020

A imortalidade...
Trata-se de um livro perfeito. Bom para todos os gostos.
Nele temos divagações filosóficas sobre a vida, terror, aventura e romance.
Uma obra escrita em sua perfeição!
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Ricardo1z 01/04/2016

Clássicos da literatura 2
Van Weyden é um crítico de literatura com cerca de trinta anos. O navio em que estava naufragou e ele foi resgatado pelo navio Ghost com seu brutal capital Lobo Larsen. Lobo Larsen é um homem de personalidade forte, um materialista, alguém que enxerga a vida como uma eterna batalha a ser conquistada enquanto que Van Weyden é um idealista moralista e crente em Deus, na imortalidade da alma. Embora não seja citado, percebe-se que Lobo Larsen é um adepto de Nietzche, alguém que colocou o conceito de "super homem" em prática. Mas ele também gosta de literatura, e os dois confrontam suas ideias e ideais. Os diálogos e as cenas na Ghost estão entre os mais belos que já vi, e as reflexões de Lobo Larsen nos levam a enxergar o mundo a nossa volta de uma maneira diferente. Sem dúvida um dos livros que mais me levam a devaneios.
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Balvss_Leiturinhas 18/04/2024

É um romance clássico que retrata a vida dura e desafiadora dos pescadores de focas no mar de Bering. A narrativa é rica em detalhes e oferece uma visão fascinante da vida marítima da época. No entanto, alguns leitores podem achar a história um pouco arrastada e densa em certos momentos, o que pode dificultar a leitura. Além disso, a caracterização dos personagens principais pode parecer um pouco rasa. A leitura é interessante para quem gosta de aventuras em alto mar.
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Blog MDL 27/07/2015

Uma história cativante e deveras reflexiva, O Lobo do Mar nos faz viajar não apenas por mares revoltos, mas por uma análise a respeito do ser humanos e de como a vida e pessoas podem ser fascinantes e únicas.

Tendo o autor, Jack London, estado a bordo diversas vezes em escunas de caça, a história, assim como o Ateneu, traz um cunho biográfico onde o autor pôde relatar toda a sua aventura portando não apenas do estudo, mas de um extenso conhecimento empírico.

Começamos a história conhecendo nosso protagonista. Humphrey Van Weyden é um acadêmico que vive com sua mãe e irmãs e à custa do dinheiro do pai. Nunca tendo tido qualquer contato com trabalho físico, os únicos confrontos que já teve na vida foram discussões entre aqueles iguais a ele, onde uma língua afiada era a arma que definia o embate.

A história se passa inicialmente na cidade de São Francisco. Após uma visita a um amigo, Humphrey está retornando para casa, sendo necessário atravessar a baía de São Francisco em uma balsa. Infelizmente, para nosso caro narrador, a balsa sofre um acidente, que leva a embarcação a naufrágio e a todos os passageiros para o mar.

Humphrey, devido a correntezas, acaba se afastando dos demais passageiros, e após horas lutando pela sobrevivência, é regatado por uma escuna de caça e cai inconsciente. Após retornar a si, ele descobre que a escuna Ghost, nome da embarcação que se encontra, está com destino para o Japão, para a temporada de caça às focas. Hump, logicamente, vai de encontro ao capitão do navio, almejando que o mesmo possa voltar e deixá-lo de volta em São Francisco.

O capitão da escuna, Wolf Larsen, é um homem frio, bruto e cruel, que força Humphrey a ficar na escuna, fazendo com que o mesmo, que sempre teve uma vida pacata e regada de mimos, passe a fazer trabalhos manuais dos mais diversos, sendo totalmente exposto a situações de brutalidade extrema e desprovido de todas as regalias de sua vida.

Com seu trabalho pesado e convivência com os outros marinheiros, Hump descobre que, apesar de toda sua brutalidade maquiavélica e predestinação à maldade, Wolf Larsen é um autodidata letrado, que tem como hobby ler as mais diversas obras dos mais diversos pensadores, o que faz com que o marinheiro de primeira viagem e o cruel capitão formem um laço através de suas discussões sobre o bem e o mal, a existência da alma e a busca pela felicidade.

O livro é incrível não apenas pelo porte autobiográfico que carrega, mas pelos personagens carismáticos que tem. Humphrey, estudioso como é, não consegue parar de notar todas as diversas nuances de personalidades dos demais trabalhadores do navio e suas descrições não apenas enriquecem o texto, como traz notas bastante interessantes. É deveras intrigante quando paramos para perceber que a escuna e sua tripulação formam uma mini sociedade, onde a hierarquia por vezes é definida não apenas pela força bruta, mas pelas habilidades e cada tripulante. Porém, apesar de ser um personagem carismático, o protagonista consegue, a meu ver, ser totalmente ofuscado por seu antagonista.

Wolf Larsen é um homem que é muito mais do que aparenta ser. Por trás de uma beleza rústica (todo o momento descrita pelo Hump, vale ressaltar), bom porte físico e falta de escolaridade, ele é um homem que procurou educar-se por conta própria e sofre por não ter com quem compartilhar aquilo que aprendeu, pois em sua tripulação, mesmo entre os poucos que tem alguma noção de alfabetização, não há ninguém que tenha remoto interesse pelos livros e discussões do capitão.

Temos então um personagem que é bruto e fisicamente forte, mas que, ao mesmo tempo, tem um conhecimento intelectual invejável e opinião forte e formada a respeito dos mais diversos e polêmicos temas da humanidade. Sua maldade e brutalidade são justificadas por sua inclinação às teorias de Darwin. Para ele, a seleção natural é o que move o mundo. Então sim, o capitão irá te atacar, e se você não aguentar é porque não era forte o suficiente.

As discussões entre os personagens são extremamente edificantes. Trazem referências a diversos autores, filósofos e pensadores do século XVIII e nos dão uma visão panorâmica e densa de cada um deles, fazendo com que eles tomem uma forma por terem pensamento, opinião e ideologias.

Infelizmente, nem tudo é maravilha neste livro.

Jack London nunca enganou ninguém, ele gostava de escrever, mas mais do que isso, gostava de receber pelo que escrevia. Para isso, o autor precisava colocar elementos em seu livro que interessasse os leitores para que eles viessem a “consumir” seu produto final. E o que é de conhecimento geral que move a grande massa de pessoas? Um romance.

O clima tenso e magnético entre Humphrey e Wolf Larsen tornou-se quase palpável, creio que devido a ambos os personagens serem, apesar de opostos, baseados no próprio autor. Então, optando por evitar um envolvimento maior entre eles e para atrair mais compradores, ele introduz, próximo ao fim da história, a Srta. Maud Brewster.

O propósito da personagem foi cumprido. O livro vendeu bastante e tornou-se Best-seller, porém a história sofreu e muito com isso.

A dinâmica dos personagens foi totalmente alterada, perdemos todo o brilhantismo do Hump, que passou a ficar páginas e páginas ansiando por sua amada e mesmo Wolf Larsen, que tinha seus atos justificados por suas ideologias, passou a agir brutalmente por pura maldade.

O livro tinha um potencial incrível e, se continuasse na mesma linha que vinha por dois terços da história, teria provavelmente se tornado um épico. Esse é um dos maiores exemplos de como um romance pode arruinar uma história.

Porém, mesmo com esse final que deixa a desejar, afirmo com total convicção que "O Lobo do Mar" está na minha lista de livros favoritos da vida. É uma leitura de fácil entendimento, que faz o leitor refletir todo momento sobre os mais diversos temas e confronta tudo aquilo que carregamos como verdade absoluta dentro de nós.

site: http://www.mundodoslivros.com/2015/07/resenha-especial-o-lobo-do-mar-por-jack.html
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Egídio Pizarro 09/06/2015

Excelente livro
O ponto forte aqui é a filosofia. Mas isso é permeado com boas doses de aventura, drama e romance. Valeu muito a pena.
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SakuraUchiha 22/03/2015

Indicação de amigo sempre é bom!
Este livro é um dos mais nostálgicos que li, porque ele foi um livro indicado na época por um amigo meu que hoje já não está entre nós. Eu amava livros baseados em viagens marítimas durante a idade da vela, e não parava de filosofar esta estória e o quanto ele queria ser como o capitão.
Ele fala de um jovem, de vida mansa, que fica impressionado em cima do navio de um capitão tirano. O jovem luta para sobreviver e crescer e por fim descobre do que ele é capaz. A estória é plausível e tem o caráter de um jogo de moralidade com o capitão Wolf Larson como uma espécie de super-homem, vivendo além das restrições da lei convencional. Há algumas belas passagens sobre a vida em embarcações e sobre o funcionamento do navio. A dura realidade da vida desses homens decorre em um prosa brilhante e enérgica.
Este livro é excelente, divertido e rápido. Eu gostei muito.
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GustoPratt 21/09/2009

Jack London
Um ótimo livro de aventura de um dos nossos maiores escritores da literatura universal.
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