baunilha 26/08/2014Então eu estou desde o dia 17 de novembro de 2014 segurando essa resenha. Isso porque a Bianca estava em negociação com editora Verus e combinamos de não postar nada até o lançamento do livro. E quer saber? Eu ainda não tenho o meu em mãos! Que triste, gente. Estou aqui sofrendo porque só vou ter na sexta-feira, na Bienal.
Aliás, ele é um dos livros mais vendidos no estande da Record!
É engraçado que sempre vejo as pessoas falando sobre este ser o livro de estreia da Bianca, quando para mim ele é o quarto livro. Antes eu li Sonhos de Avalon e Curvas para Cavill. Mas Batidas é seu primeiro livro New Adult, o que me deixa muito feliz porque ultimamente é um dos gêneros que mais gosto. Sim, eu adoro um drama, adoro essa tensão sexual que existe entre os personagens e principalmente, adoro um passado complicado.
Porém, no caso de Rafa e Vivi, eles não tem um passado ruim, eles tem tido dias muito difíceis desde que conseguem se lembrar. Ela acaba de perder o pai e durante sua doença teve que lidar com a depressão da mãe. Ele perdeu tios, primo e sua única irmã e essa nem é sua primeira perda na vida.
Nesse momento, a vida mostra a Viviane e Rafael que ela não escolhe quem vai sofrer. Ser rico ou pobre tanto faz. Uma hora você vai perder alguém na sua vida. E o dinheiro não vai te fazer sofrer menos.
É nesse contexto que o caminho desses dois personagens destroçados se cruza. Cada um está tentando passar por isso a sua maneira e dor em comum acaba os aproximando. Infelizmente, isso é só o começo.
Porque relacionamentos são assim. Você conhece alguém, se apaixona, mas não sabe o que vai passar com aquela pessoa. Nem sempre você sabe tudo sobre o passado dela, o que ela já fez e que demônios ela esconde dentro do armário. E é quando você descobre que precisa decidir o que fazer: correr ou lutar junto. Se corre, perde a chance daquilo que poderia ter sido. E se decide lutar junto Bem, você nunca sabe como é lutar a batalha do outro.
E As Batidas Perdidas do Coração é exatamente sobre escolhas. Sobre o momento de seguir e recuar. Estar ao lado ou estar longe. Enfrentar demônios ou se tornar um deles.
A história de Vivi e Rafa é contada em pontos de vista alternados e é recheada de música que é praticamente um personagem à parte. Cada capítulo começa com uma música que dá ao leitor o ritmo do que vem a seguir, que complementa todo um sentimento do personagem e nos prepara para os próximos acontecimentos. É como quando uma canção começa a tocar em um filme e você não sabe o que vai rolar, mas seu coração já se prepara para a dor, a alegria, o suspense E é justamente pelo suspense que não vou entrar em detalhes musicais. Vou deixar isso para vocês descobrirem sozinhos e se encantarem como eu.
Tá, mentira. Vou dizer que tem três músicas do Bon Jovi e essa sou eu, fangirl máxima dando ataques e faniquitos lendo. E eu juro por tudo que há de mais sagrado que não tive nada a ver com isso.
Estive acompanhando a história de Batidas desde que ele ficou pronto. Acompanhei desde que ele chegou na Verus e torci por dias enquanto esperava resultado. Eu sofri e me emocionei. Eu chorei com a capa. Depois com a revisão. E com o miolo pronto. Eu chorei quando escrevi um blub para a orelha. Então, não é como se eu pudesse dizer simplesmente que eu gostei do livro.
Eu amo esse livro com todas as minhas forças. Eu amo a Vivi e suas contradições de uma menina de 18 anos que cresceu à força e ora se comporta como mulher, ora como adolescente. Uma garota que percebe cedo demais que não pode controlar sua vida e acaba ficando obcecada por controlar tudo aquilo que consegue, como por exemplo, suas roupas. Que teve tudo o que o dinheiro pode comprar, que teve todo amor que alguém pode ter, mas a quem a vida escolheu bater e bater com força.
Eu sou apaixonada pelo Rafael que, com todos os seus esqueletos dentro do armário, se mostra humano, passível de erros e também de acertos. Esse garoto que já perdeu tanto que já não vê mais motivo para fazer a coisa certa, mas que descobre que seu equilíbrio pode estar em coisas que ele jamais imaginou.
Eu sou fascinada por cada um dos personagens secundários da história desde o avô Fernando que tem tudo para ser odiado até Lucas, Rodrigo e Lex, os melhores amigos que um cara como Rafa pode querer na vida. E Branca Bem, eu diria que se um dia você passar por alguma situação na vida, é melhor ter alguém como ela por perto.
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http://leiturinhas.com/2014/08/26/as-batidas-perdidas-do-coracao/