Keila Peretto 27/03/2022
Olavo tem razão?
Eis a minha opinião acerca deste livro que, na verdade, é um compilado de textos escritos por Olavo entre os anos de 1997 e 2003, publicados em diversos veículos da imprensa brasileira: se eu tivesse uma visão de mundo compatível com a ideologia de esquerda, também odiaria este livro, pois o autor critica as políticas de esquerda em exatamente todos os seus artigos, e faz isso de forma bastante ácida e sarcástica (não é de graça que tantos o detestem). O que eu quero dizer com isso é que é totalmente compreensível que tantos os critiquem fervorosamente: o homem não tinha papas na língua! Sinceramente? Não vejo problema nenhum nisso (alô, liberdade de expressão).
Segundo ponto: a partir da leitura de todos esses artigos de Olavo, conseguimos entender minimamente o que ele defendia e a sua visão de mundo. Olavo possui um trabalho extenso que engloba desde cursos, aulas, livros e artigos já publicados, portanto, é necessário muito mais estudo do que apenas ler esta obra a fim de compreender suas ideias.
Por fim, eu, que tenho no momento apenas 26 anos de idade e muito pouca experiência de vida ainda, não me sinto preparada para fazer grandes críticas à política mundial, brasileira, à cultura contemporânea, ao que for. Passei a me interessar um pouco por política recentemente (e isso por estar cansada das manifestações da "turma da lacração"), então não tenho um vasto conhecimento dos temas citados por Olavo em seu livro, especialmente quando faz alusões à história de partidos, quando cita nomes de políticos, jornalistas, etc., famosos do século XX, MAS apesar de minha pouca experiência, não me parece absurdo o que ele crítica e o que ele defende no livro quando fala sobre religião, cultura, elite intelectual, políticas de esquerda, mídia, estudos, entre outros. Na verdade, pude me lembrar dos meus anos universitários, dos meus anos de escola, do que eu vejo na mídia, nos jornais, e ele tem razão: a ideologia de esquerda hoje monopoliza os meios universitários e de comunicação. Não vi grande novidade - o que ele já avisava que estava por acontecer e que já acontecia há vinte anos, apenas parece ter se intensificado - o que Brasil tem produzido de riqueza cultural atualmente? Quando ligamos a TV, o que vemos? Quais pautas são defendidas?
Para concluir, sim, parece que o véinho tinha razão. Vale a pena a leitura - aguça a mente e abre os olhos.