Su 28/01/2016
Olavo de Carvalho é um jornalista e, nesse livro encontramos artigos sobre uma infinidade de assuntos dentre eles, juventude, pobreza, democracia, globalismo, entre outros.
“Vocações e equívocos”, publicado no ano 2000, fala sobre o real sentido da vocação que nada tem a ver com prazer ou muito menos dinheiro.
“Vocação vem do verbo latino voco, vocare, que quer dizer “chamar”. Quem faz algo por vocação sente que é chamado a isso pela voz de uma entidade superior — Deus, a humanidade, a história, ou, como diria Viktor Frankl, o sentido da vida.”
“Como ler a Bíblia” publicado no ano de 2008, nos mostra que para ler uma obra de ficção é necessário que haja uma identificação com os personagens.
“Quando você lê um romance ou peça de teatro, não tem como julgar a verossimilhança das situações e dos caracteres se antes não deixar que a trama o impressione e seja revivida interiormente como um sonho. Ficção é isso: um sonho acordado dirigido. Como os personagens não existem fisicamente (mesmo que porventura tenham existido historicamente no passado), você só pode encontrá-los na sua própria alma, como símbolos de possibilidades humanas que estão em você como estão em todo mundo, mas que eles encarnam de maneira mais límpida e exemplar, separada das contingências que podem tornar obscura a experiência de todos os dias. A leitura de ficção é um exercício de autoconhecimento antes de poder ser análise literária, atividade escolar ou mesmo diversão: não é divertido acompanhar uma história opaca, cujos lances não evocam as emoções correspondentes.”
“Espírito e personalidade”, publicado em 2013, tem como objetivo nos fazer enxergar que não é possível compreender a verdade se nos baseamos totalmente na opinião de outros, é necessário questionar.
“A verdade é espírito, mesmo quando apreendida num objeto material. Nossos sentidos podem apreender a presença de um objeto, mas não podem, por si, decidir se essa presença é real ou imaginária. O pensamento tem de intervir, colocando perguntas que completem e corrijam a mera impressão. Ele o faz em busca da verdade do objeto, mas, quando chega a tocar nela, sabe que está não apenas para além dos sentidos, mas para além dele próprio, caso contrário não seria verdade de maneira alguma e sim apenas uma impressão modificada pelo pensamento.”
Gostei muito desse livro. O autor me fez ver as coisas de forma diferente. Mesmo quando achei que não iria concordar com sua forma de pensar, ele me ganhou pelos argumentos.
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