Resenhas - Noite

Renan461 21/04/2024

Noite
Quem sou eu? Para onde vou? São perguntas de uma pessoa pedida que busca um caminha.
Esse livro é muito bom esperem que apreciem a leitura de uma pessoa perdida na noite.

Alcides.Ogaya 19/03/2024

Noite é o segundo livro do Erico que li, o primeiro foi o brilhante" olhai os lírios do campo ", que é um dos meus favoritos da vida. Noite não me causou o mesmo efeito, entendo que a proposta é muito diferente de olhai os lírios do campo, talvez seja mais uma questão de gosto, mas não o considero um livro ruim, de maneira nenhuma. A trama se desenrola a partir deste mistério que é o protagonista e suas dúvidas : quem é ? Onde está ? O que fez ? Por que carrega um sentimento de culpa tão intenso ?
Noite não é uma história escancarada, no sentido de explicar o porquê de cada coisa, o sentimento que tive lendo foi como se mergulhasse na mente do protagonista. A partir de certo ponto, é que temos o vislumbre de memórias do protagonista, de sua infância e traumas. Os quais são narrados como se envolto por uma névoa, não são claros, são fragmentados e dão aquela sensação de sonho misturados com os sentimentos do personagem, proporcionando ao leitor a possibilidade de interpretações.

nobodynocrime 11/02/2024

Esperava mais, muito mais
Decidi refazer minha resenha deste livro porque acredito que fui muito dura, e não sou nenhuma crítica. Bom, não gostei. Achei a história que foi contada chata. Não achei nenhum personagem cativante. Era interessante a ideia do personagem principal, o Desconhecido, ter perdido a memória e não saber o que tinha acontecido, achando que tinha cometido algum crime, mas o desenvolvimento não me convenceu. Entendi muito pouco da parte com a mãe dele e se tinha alguma relação com o seu esquecimento eu não peguei. Se eu entendi corretamente, o motivo da amnésia era a saída da esposa de casa, com razão, diga-se de passagem. E então, se realmente foi só por isso que ele perdeu a memória, é meio ridículo, né? Porque ele é desagradável com a esposa, e depois ela quer ir embora de casa, e ele fica em choque? Traumatizado? Também achei muito sem sentido o Desconhecido continuar com os dois trambiqueiros a noite toda, como se ele não tivesse a opção de simplesmente ir para outro lugar.

naho 12/12/2023

FINAL ABERTO MORRA
Eu amei o livro, amei a construção da história, mas que final é esse?? Não explica muitas coisas, ou eu que fui burra e não entendi ??

Leandra84 08/10/2023

Noite
Erico Veríssimo, muito bom, primeiro que leio dele mas já me apaixonei, recomendo pois é muito bom e o final perfeito

Joao.Gabriel 06/09/2023

Ótimo. Um ótimo livro. Vou tentar fazer uma resenha mais elaboradinha aqui.

Como explicitado na própria edição: Noite é uma viagem para o interior da culpa.
O que quero fazer aqui não é falar, apenas, que o Homem de Gris é culpado. Isso todos sabemos. Vou tentar evidenciar o porquê dessa culpa.
Começamos o livro desnorteados, tal qual o Desconhecido. Não sabemos o que houve, o que aconteceu anteriormente, e por que ele está no estado que está. Ai desenrolar do livro, vamos conhecendo personagens repugnantes, mas interessantes e bem vívidos. Veríssimo traz uma personalidade singular a todos que o Desconhecido encontra, assim como uma própria personalidade complexa para o protagonista.
O Desconhecido carrega essa culpa, desde pequeno. Mas qual a origem dessa culpa, essa que impulsiona toda a narrativa? A infância.
O Homem de Gris, quando criança, sofreu um trauma terrível. Ao ver seus pais, na cama, "lutando bravamente e gemendo", imaginou sua mãe ser assassinada. Mas não era isso. Não preciso dizer o que o pequeno protagonista viu, aquela noite.
E o pequeno ouviu esses gemidos estranhos diversas noites. Esse é o trauma primevo que desencadeia toda a trama.
É por causa dele, que sua mulher o deixa. Ora, cresceu e se tornou impotente no ato do sexo. Ele se pergunta o motivo... É óbvio o motivo, mas nunca para o traumatizado.
E a culpa de não ter "salvado a mãe", na infância, segue com ele e cresce com ele. Cresce até o ponto do casamento, onde adquire ainda mais poder sobre ele, diante da impotência e "fraqueza" que vivencia perante a sociedade e sua mulher.
E é por esse motivo que sente o que sente: o ciúme da mulher, motivado pela sensação de fraqueza; Os pensamentos suicidas a todo momento de melancolia; O ato sexual como a morte. Também por isso pensa fielmente ter matado a sua esposa, ou a Ruiva, posteriormente. Associou o sexo ao assassinato inconscientemente, quando criança, devido ao trauma.
No final, recuperada as memórias, lembra-se que sua mulher o deixou. Um apanhado de acontecimentos (todos ligados à essa culpa) acarretou nisso. Mas anseia pela volta da amada, sonha com isso, é seu último recurso, e num ato desesperado ouve passos no andar de cima e, sem lembrar nem mesmo o nome da própria esposa, balbucia o nome daquela que nunca o deixou, lembrando-o sempre da culpa que ele carrega: Maria! Maria!
Sua mãe.

Elisa Cristina 03/08/2023

Noite-Erico Verissimo
Há muito tempo não lia um livro que me deixou vidrada como este me deixou, que livro meus amigos, que livro.
O livro faz uma crítica as pessoas que não sabem ao certo seu lugar no mundo, e a falta de personalidade própria das pesssoas.
Eu fiquei completamente apaixonada na narrativa e na escrita do autor, senti que ele se perdeu um pouco no meio de toda aquela noite a partir do encontro com os dois caras, mas isso faz parte da confusão mental que o desconhecido está passando, a gente sente junto aquela confusão, sem saber se estamos enlouquecendo também.
Que livro excelente, mas o final eu fiquei bastante confusa, meu cérebro quase derreteu tentando entender as últimas frases, quem diabos era Maria. Precisei até pedir uma ajudinha interpretativa, e acho que o que mais se encaixa é que quando ele chega em casa ele se lembra de tudo que aconteceu aquele dia, e que ele, de fato, matara a esposa. Mas esqueceu de tudo no meio daquela esquizofrenia ou loucura.
Muito bom, verissimo tens meu coração

Luiz 18/07/2023

Atormentador
Você sente a dor do personagem, sente a agonia, a dúvida e o remorso que nem sabe o porquê dele existir.

Cartola de Bigode 17/06/2023

Incrível
A Leitura é ótima, a história flue de uma maneira deliciosa, os diálogos são muito bem feitos(principalmente do O Prisioneiro), a ambientação é maravilhosa, você realmente se sente no local que a estória se passa e cada personagem passa a sensação de ser uma pessoa real, como se fosse realmente uma pessoa com suas vivências e problemas.
Essa foi a minha primeira experiência com Érico Veríssimo e foi ótima, recomendo de mais a leitura, enquanto lia me perguntava como não ouvi falar dele no colégio, simplesmente bom demais.

Poleto 21/05/2023

Uma história psicanalítica de um eu neurótico
Simplesmente o resumo daquela noite de sábado que você bebeu demais, triste após broxar e saiu pela cidade vagando sem rumo

joaocmdn_ 30/04/2023

Interpretativo
Uma alusão a vida noturna, tudo o que nela pode acontecer e a atitude humana.

a história que o erico verissimo criou fazendo todo esse mistério envolvendo o "desconhecido" é bem envolvente contendo seus momentos bizarros e alguns flashbacks e, por mais que enrolei pra terminar, eu só queria saber ate aonde essa noite ia dar, alem de eu estar meio pensativo ainda sobre varias coisas que aconteceram.

Manzke 25/04/2023

Sóbria ele é meio lento, mas depois de uma Taça de vinho ele vai que é uma beleza! gostei mas não sei era o que eu imaginei, o que não é ruim

Ana 07/02/2023

Noite
Nunca tinha lido nada de Erico Verissimo, gostei, embora esse livro seja um pouco confuso.

Um homem aparece no meio da noite, desorientado, sem saber quem é, de onde vem, começa a andar pela cidade, entra num bar, é " acolhido " por um corcunda que se diz desenhista e depois pelo seu amigo, que se diz próximo da equipe da polícia.

Eles dizem que vão ajudar esse homem a descobrir o que houve , mas no fim são trambiqueiros.

Depois ele se lembra quem é e o nome da esposa ( minha teoria: dupla personalidade ?)

Há também uma outra visão. A do homem que pode ter cometido um assassinato é está no limbo( cidade) com a companhia do mal( esses 2 trambiqueiros) e eles são seguidos por um homem de branco tocando gaita que é rodeado por cães e gatos da rua. Esse homem eu diria que seria uma entidade boa, protetora.

Não sei, vou esperar o debate do grupo que eu participo . Só sei que vai render teorias!!

Rê Lima 04/02/2023

Gosto muito do autor e, apesar de não ter me apaixonado pelo livro, a forma como ele escreve me envolve sempre!

Luciana 01/02/2023

Quem é fã de Dostoiévisk vai gostar, é bastante interessante a construção da história que se passa em uma noite, com um personagem sem memória encontrando outros personagens que representam tantas pessoas comuns de grandes cidades.
É um livro para se curtir o percurso sem preocupação com o final, esse aliás é aberto.