Primavera Silenciosa

Primavera Silenciosa Rachel Carson




Resenhas - Primavera Silenciosa


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Daniel Lucca 15/07/2021

Continua um pouco menos silenciosa
O livro é escrito para que todos possam entender o quanto o uso de agrotóxicos hoje conhecidos como "defensivos agrícolas" foram e são prejudiciais à toda cadeia ecológica de uma região, com diversos exemplos Rachel Carson descreve que o uso trás muito mais perdas do que ganhos, sendo o precursor de movimentos ambientais marcando toda uma geração. Necessário de se conhecer.

"Ainda estamos envenenando o ar e a água, e corroendo a biosfera, embora menos do que se Rachel Carson não tivesse escrito"
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Krishna.Nunes 21/05/2021

Pedra fundamental na discussão do ambientalismo e riscos dos pesticidas
A principal sensação que essa obra suscita é de perplexidade. Não apenas pelo quanto ele ensina, o que não é pouco, mas pela percepção do quanto ignoramos.

Eu duvido que uma pessoa educada e bem informada do século XXI, que não seja um pesquisador da área, tenha noção de mais de 10% do que esse livro revela. É claro que imaginamos que agrotóxicos poluem a natureza e provavelmente causam doenças, mas não temos ideia da extensão dos danos já causados nem das possíveis consequências do uso descontrolado. A mídia podia nos bombardear com notícias constantes dos perigos que corremos e mesmo assim não estaríamos precavidos o suficiente. E isso não acontece. Não sabemos quantos trabalhadores rurais são intoxicados, quantas pessoas ou animais são envenenados involuntariamente e que riscos corremos ao ingerir alimentos ou consumir água contaminada.

O livro pode ser lido na sequência ou como uma coletânea de artigos/ensaios independentes. Todos os capítulos têm a mesma estrutura, o que pode dar a impressão de estar sendo repetitivo, mas o conteúdo de cada um trata de um tema diferente: poluição da água, envenenamento do solo, eliminação de fauna, morte de animais domésticos, intoxicação de pessoas, doenças causadas por pesticidas, etc., sempre oferecendo uma alternativa ao uso de venenos para cada situação analisada. E tudo acompanhado de extensa bibliografia científica. Numa época em que o ambientalismo nem sequer era uma questão, Primavera Silenciosa inaugurou o tema e serve de suporte para os debates até hoje.

Dias depois de ter concluído a leitura, as questões ainda voltam à cabeça: hoje estamos melhor ou pior do que na década de 1960? Foram feitos estudos com objetivo de desenvolver agrotóxicos mais seguros ou sua toxicidade continuou aumentando à medida que as "pragas" desenvolveram resistência? As agências reguladoras realmente cumprem seu papel ou se vendem ao lobby? Por que o sistema de saúde nem sequer oferece testes dos níveis de concentração de venenos em pessoas e nos alimentos? E o que chega a nossas mesas, por acaso passa por algum controle ou teste? Qual o papel dos jornalistas e da comunidade científica para manter a população informada?

É uma leitura de importância fundamental, verdadeiramente necessária. Um livro que responde a dezenas de perguntas e nos faz pensar em inúmeras outras.
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romulorocha 17/02/2021

Primavera silenciosa, de Rachel Carson - Nota 10/10.
Já faz um tempo que tinha vontade de ler este livro, principalmente pela curiosidade em saber de perto o porquê de TODOS os livros e artigos que li ano passado sobre meio ambiente citarem a obra. E antes de mais nada, sim, ele é tudo isso mesmo. Rachel Carson prestou um enorme serviço à Ciência, e embora à época de sua publicação, tenha sido chamada de ?desequilibrada e alarmista?, são inegáveis as contribuições deste livro para o mundo, tanto que dois anos depois de sua publicação o uso do DDT foi banido na Suécia e em 1972 nos EUA também. Importante ainda destacar que, de acordo com a Discover Magazine, o livro figura entre os 25 maiores livros de ciência de todos os tempos.
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Em Primavera silenciosa, o cenário da primavera, sinônimo de vida, onde a natureza floresce e desvela suas cores, constrasta com o silêncio provocado pela ação do homem. Se por um lado a natureza é silenciada, por outro, este mesmo homem que a silencia, silencia-se e mantém-se incólume de seus crimes. Ao longo da obra, Carson discorre inúmeros dados, registros históricos e provas científicas dos impactos do uso de pesticidas e ervicidas, entre eles o DDT, no ciclo de vida da natureza. Para tanto, a autora apresenta uma análise minuciosa e esclarecedora sobre como os solos, o ar, os rios, as florestas, os animais e nós, humanos, somos afetados pelo uso indiscriminado de químicos agrícolas.
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Uma das inúmeras reflexões que o livro me trouxe, foi sobre a importância dos estudos e discussões no campo das ciências ambientais para o combate e enfrentamento de políticas destrutivas para o meio ambiente. Hoje, quase seis décadas após sua publicação, Primavera silenciosa ainda ecoa seus sons e alaridos, sendo um poderoso instrumento de mudança aos que almejam um mundo melhor.
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? O "controle da Natureza" é frase concebida em espírito de arrogância, nascida da idade ainda neandertalense da Biologia e da Filosofia, quando se pressupunha que a Natureza existia para a conveniência do Homem. Os conceitos e as práticas da entomologia aplicada datam, em sua maior parte, da Idade da Pedra da ciência. É nossa alarmante infelicidade o fato de uma ciência tão primitiva se haver equipado com as armas mais modernas e terriveis, e de, ao voltar tais armas contra os insetos, havê-las voltado também contra a Terra.
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Daniel 31/01/2021

Uma leitura mais do que necessária
Este é com certeza um dos livros mais difíceis que decidi ler. Não porque seja complicado ou escrito de uma forma rebuscada e enigmática, aliás, bem pelo contrário. É uma leitura difícil pelos sentimentos que desperta. É impossível não se sentir revoltado e apreensível com tantos absurdos cometidos e que continuam a ser cometidos mesmo quase 60 anos após a publicação deste livro.

É muito triste ver como a arrogância e a cobiça do ser humano insiste em tomar atalhos para se obter resultados rápidos, "eficientes" e "lucrativos", passando por cima do delicado e complexo equilíbrio dos ecossistemas. No contexto político atual isso fica muito evidente, desde a política ambiental inexistente do agora ex-presidente dos EUA, Donald Trump, até o nosso -e aqui tomarei emprestadas as palavras do colunista Ricardo Kertzman- "psicopata travestido de presidente da República", que debocha dos cientistas, ignora incêndios ambientais e segue liberando agrotóxicos enquanto a população luta para sobreviver no meio de uma crise sanitária e econômica. Com Primavera Silenciosa, Rachel Carson nos mostra que esses atalhos no fim das contas se tornam mais prejudiciais do que benéficos e que esse equilíbrio apesar de delicado consegue de certa forma de restabelecer sem nossa ajuda. Não conseguimos dominar a natureza e fica claro que nós dependemos dela para sobreviver, mas ela não depende de nós para continuar seu curso.

É inaceitável que as autoridades sigam ignorando fatos que já estão tão bem esclarecidos, exemplificados e documentados, ainda mais quando existem alternativas muito menos prejudiciais para o controle de pragas (e que já são conhecidas a mais de um século!), como é discutido no último capítulo do livro. Até quando aceitaremos essas atitudes suicidas para "salvar a economia"? Será que vale a pena pagar o preço que será cobrado?
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@linãolembroonde 27/01/2021

Primavera silenciosa é extremamente técnico, então não indicaria para àqueles que não forem realmente interessados em meio ambiente e seus problemas. Não é um livro pra passar o tempo, ele é um estudo, uma análise do nosso tempo, da evolução humana, da nossa relação com a natureza, muitas vezes destruidora.O livro é de 1962, ,mas muitas foram às vezes que me senti lendo um artigo científico que acabou de ser publicado. Pesticidas estão sempre na mídia, o governo atual autorizou a utilização de mais de 60 só nós últimos dois anos!!!!! Alguns considerados extremamente tóxicos pelo FDA (A ANVISA dos EUA). E lhes pergunto...sabemos o que eles causam no nosso organismo? A curto e a longo prazo? Aos animais? Ao solo e recursos hídricos??? Eu acho que não.O livro conta uma centena de situações sobre o uso indiscriminado e sem cuidados de vários venenos! As consequências são notadas rapidamente. Uma situação que a Rachel narra foi de uma aplicação de DDT em uma região dos EUA. Um avião passa pulverizando tudo...a área em questão incluía uma universidade com muitas árvores que seriam o abrigo de uma espécie de pássaros migratórios, os pintarroxos. Houve a pulverização, depois a chuva. Dias se passaram, os pintarroxos chegaram. E um belo dia o campus da universidade antes verde, amanheceu com pequenas manchas se você observasse ao longe...chegando mais perto descobriu-se um mar de pássaros mortos ou agonizantes.O veneno que era destinado para áreas de plantio acabou sendo estendido. As árvores da universidade não deveriam ter recebido o veneno, mas receberam. A chuva delicadamente o carregou para o solo, que consequentemente foi ingerido em enormes quantidades pelas minhocas. Elas, por sua vez, compõem o principal alimento dos pintarroxos.  O resultado foi rápido e certeiro. E animais que não eram o foco da pulverização acabaram sofrendo. Foi necessário muitos anos para que a migração desses pássaros fosse normalizada.E os exemplos seguem durante o livro. Ele é  desafiador, levei bastante tempo pra ler, mas preferi ler com calma pra compreender tudo. Ele é pesado e me senti lendo uma tese de doutorado! E não é à toa, li no kindle e quando cheguei nos 80% o livro acabou, todos os outros 20% são de referências bibliográficas!
Mas ele não fala só de problemas, também trata do que podemos mudar e nos dá esperança de um mundo diferente, desde que nós estejamos dispostos a mudar...
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Jennifer 24/01/2021

Revolucionário
Sua pesquisa relatada no livro conseguiu mudar o rumo do desastre ambiental que devido as atividades humanas inconsequente estávamos tomando. Uma leitura objetiva e clara quanto o seu propósito informar a sociedade do risco que toda a natureza estava correndo.
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Bella 21/10/2020

Revelador
Rachel conta de forma simples e clara conceitos bioquímicos fazendo tornar acessível para qualquer leitor o conteúdo apresentado. Revoltante e surpreendente a narrativa da trajetória de agrotóxicos pelos cursos naturais e os fazendo extinguir a vida
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Luana 16/08/2020

Meio ambiente
Rachel Carson faz crítica ao uso indiscriminado de agrotóxicos, do que o homem está disposto a perder para alcançar o que ambiciona. Sua obra trouxe à tona a discussão do desenvolvimento sustentável.
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Thaís Berganton 26/07/2020

Sintéticos
Impossível deixar de citar que esse livro clássico é de extrema importância e o que mais me chamou a atenção foi a visão ampla e clara que a Rachel Caron tinha na época, em 1962. O pós guerra e a necessidade de aumentar a produção na agricultura gerou uma corrida por produtos químicos sintéticos para controlar insetos praga, que foram desenvolvidos e utilizados no ambiente sem nenhum teste prévio de toxicidade, causando efeitos desastrosos e o desequilíbrio ambiental.

Ainda hoje enfrentamos alguns problemas citados por ela, e outros assuntos finalmente passaram a ser pontos de discussão (seletividade, controle biológico, toxicologia, etc). Rachel aborda os efeitos dos produtos químicos na água, no solo e nos organismos, trazendo dados importantes e novos para a época. Nossos comportamentos não mudaram!

Estava com expectativas elevadas quanto a esse livro e posso dizer com toda a certeza que estas foram atingidas! Achei uma obra incrível!!
Eles não deveriam ser chamados de inseticidas, e sim biocidas - Rachel Carson.

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Sarah 28/06/2020

Completo, a ponto de ser exaustivo
Rachel Carson realmente fez um trabalho impressionante ao publicar este livro. Ela levantou dados e depoimentos de pesquisadores de diversos países, e comentou sobre os efeitos das substancias tóxicas nos céus, nas águas, nas vegetais, animais e, por fim, no homem, dando força ao movimento ambientalista, ainda em 1962.
As legislações ambientais foram melhores lapidadas, a pesquisa voltada a conservação biológica avançou, mas, em contrapartida (e infelizmente?), o poder da industria química também.

A leitura é super válida, indispensável aos estudiosos do meio ambiente.
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Fernanda.Fonseca 14/05/2020

Livro atemporal
?Primavera Silenciosa? conta com o relato de diversas histórias sobre o uso de agrotóxicos (que na época ainda não possuem esse nome, mas sim chamados de herbicidas). As histórias mostram a dizimação de milhares de espécies animais que foram contaminadas de forma absurda e sem nenhum estudo prévio para entender quais impactos pudessem ser gerados. Para a época, o essencial era a eliminação de indivíduos que não fossem convencionais ou que trouxessem prejuízo para as plantações. A situação tomou proporções que saíram do controle e mais uma vez observarmos que a preservação da natureza não foi contabilizada nos esforços, pois o que muitos acreditavam eram que a natureza estava a disposição da humanidade apenas para servi-la. É sufocante ler os relatos e tentar sentir na pele a maré de produtos químicos que estavam sendo consumidos. Rachel escreveu um livro atemporal na década de 60 e ao final da leitura me pergunto como estão os locais atualmente. Será que quase 70 ou 80 anos depois, os animais continuam apresentando sinais de bioacumulação por DDT ou dieldrina?
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Inês 24/02/2020

Clássico e atual
Rachell Carson fez história com Primavera Silenciosa, e certamente a forma como hoje se pensa no meio ambiente seria diferente se ela não o tivesse escrito. Apenas pelo seu valor histórico a leitura já vale a pena. Mas também vale por se tratar de um livro muito atual pois as questões apontadas pela autora (infelizmente) ainda são pertinentes mesmo decorridos 60 anos e os riscos e consequências do uso dos agrotóxicos continuam parte de nossa realidade. Além deste valor histórico e informativo a escrita da autora é de muito fácil entendimento o que torna a leitura válida tanto para cientistas quanto para leigos, o que também é um grande feito que merece ser reconhecido. Super recomendo, especialmente no atual contexto de desvalorização das pautas ambientais e liberação de agrotóxicos.
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erfo-99378 17/06/2019

"atual" e fundamental
é um livro escrito na década de 60, que aborda especificamente o uso de pesticidas (herbicidas e inseticidas,) nos EUA entre 1700 e 1960, mais esmiuçadamente entre 1940-1950. Por ser focado na realidade norteamericana as vezes fica tedioso de ler alguns capítulos. Sem contar que tem algumas vezes que ela foi muito redundante. Porém o livro é bem consistente em seus argumentos e fatos, sempre tendo embasamento científico. E como de praxe mesmo escrito a mais de 50 anos atrás algumas questões ainda são muito atuais. Cabe a reflexão de que nesse período ela já contava todos os insucessos do uso dos pesticidas e como os problemas foram fazendo com que o uso desses fosse regulado. Enquanto o Brasil que caminha a passos lerdos tem incentivado e aprovado normas pra que o uso seja intensificado, desconsiderando os cases de insucesso dos outros países.

Como disse a frase do começo do livro: o homem perdeu a capacidade de previr e previnir, vai acabar destruindo a terra. Agora isso por mero interesse CAPITALISTA. tnc
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Clarissa 08/05/2019

Livro atual
Primavera Silenciosa é marcado como um importante livro que revolucionou o século XX. Observando o atual cenário brasileiro, com uma aprovação recorde de 166 agrotóxicos somente em 2019, conseguimos notar que este livro ainda se apresenta como muito contemporâneo.
Através de uma linguagem simples a autora consegue abordar vários termos do meio cientifico de forma precisa e compreensível para quem não é desse meio. Explicações sobre como surgiu a indústria química de agrotóxicos, principais classes dessas substâncias, diferentes formas de contaminações por meio do seu uso entre outras são alguns do exemplos de temas abordados no livro.
O número de ocorrências de contaminações pelo uso de agrotóxicos é algo impressionante. Rachel utiliza de diversos exemplos que nos mostram a gama de prejuízos que essas substâncias podem ocasionar. O mais emblemático é o caso dos pintarroxos, este inclusive que está relacionado com o nome do livro,
Primavera Silenciosa é uma ótima opção de leitura para quem quer ampliar sua visão para as questões ambientais.
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Dudu 01/05/2018

O ser humano perdeu a capacidade de prevenir. Ele acabará destruindo a Terra.
Albert Schweitzer

Sou pessimista quanto à raça humana, porque ela é tão engenhosa que acaba se voltando contra si mesma. Nosso modo de lidar com a natureza é orbigá-la à submissão. Teríamos mais possibilidades de sobrevivência se nos acomodássemos a esse planeta e o encarássemos com apreço, e não de modo cético e ditatorial.
E. B. White
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