O menino dos fantoches de Varsóvia

O menino dos fantoches de Varsóvia Eva Weaver




Resenhas - O Menino dos Fantoches de Varsóvia


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Carol 13/09/2015

O menino dos fantoches de Varsóvia
Melhor livro que eu já lí
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Karen Sales 26/09/2015

O melhor livro que já li!
Mika, um idoso morador da cidade de Nova York, está em um passeio com o neto quando vê um poster num pequeno teatro divulgando o espetáculo "O Menino dos Fantoches de Varsóvia" e aquilo o faz entrar em choque. As suas lembranças começam a aflorar. Lembranças de quando tinha 12 anos, da sua mãe carinhosa, do seu avô gentil com seu casaco cheio de bolsos e memórias. Lembranças da cidade de Varsóvia em 1939, na iminência da Segunda Guerra Mundial. Ele então decide contar ao neto a sua história e dos seus fantoches.

Mika inicia narrando a grande batalha que resultou na ocupação nazista a Polônia. Com o passar dos meses, vieram as diretrizes e proibições ao povo judeu. Não andar na calçada, não usar transporte, ter a estrela de Davi costurada as roupas... Até que em 1940 a população judia foi isolada no Gueto de Varsóvia. Em meio aquele ambiente hostil, Mika perde seu avô e herda o seu casaco; no labirinto de bolsos ele encontra um fantoche inacabado e então um mundo de bonecos e histórias que seu avô mantinha escondido se abre para o garoto e lhe dá esperança em meio aquele sofrimento.

Ele se refugia no mundo dos fantoches para fugir da realidade triste em que todos viviam no gueto, com a fome, o medo e a opressão. Faz pequenas apresentações em casa para alegrar a mãe e a família com quem dividi a estalação, mas aos poucos, Mika e seus fantoches ganham fama no gueto e ele passa a ser convidado à realizar pequenas apresentações na vizinhança em troca de um pouco de comida. Na volta de uma delas, ele testemunha uma abordadem de um soldado alemão à uma idosa judia e sem pensar, interfere utilizando um dos bonecos. Surpreso e com medo da sua atitude causar a ira do nazista, ele espera pelo pior, mas algo inesperado acontece: o soldado se impressiona com as suas habilidades e o leva ao quartel general nazista para se apresentar para os soldados e oficiais da SS. Semana após semana, Mika é obrigado a se apresentar para os nazistas, mas com o passar do tempo ele vai ganhando a afeição de Max Meierhauser, e o soldado vai aos poucos se comovendo com o garoto.

Nessa primeira parte da estória, Mika narra para seu neto e para nós a sua luta diária pela sobrevivênvia, dividido na tarefa e entreter os soldados a noite e usar seu talento afim de alegrar e trazer conforto ao seu povo durante o dia. Ele narra de forma comovente os acontecimentos no gueto e o triste destino de milhares de judeus no maior gueto judaico da Polônia ocupada.

Mas o que terá acontecido com Max? Após a derrota da Alemanha, o soldado foi enviado a Sibéria como prisioneiro de guerra. Na segunda parte da estória, narrada em terceira pessoa, conhecemos o dia-a-dia de trabalhos forçados, fome e frio que Max sofreu e a sua jornada pela sobrevivênvia e recomeço. Até que na terceira parte dessa incrível estória, as vidas do garoto judeu e do soldado alemão se cruzam mais uma vez, com acontecimentos carregados de emoção.

Essa é uma estória que mescla realidade e ficção, cheia de dados históricos e menção a pessoas que realmente fizeram a diferença naqueles tempos sombrios. Uma estória comovente sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Conclui a leitura à pleno choro e emoção. Ouso dizer que O Menino dos Fantoches de Varsóvia, escrito pela Eva Weaver e publicado pela Novo Conceito foi o melhor livro que já li até o momento.
eurodrigoalves 26/09/2015minha estante
Oi, td bem? Nós falamos sobre esse livro no instagram, lembra de mim? Eu não sei mexer nisso aqui muito bem! Não consigo te add! Rss. .. Como faz? Bjos


Karen Sales 08/10/2015minha estante
Oi Rodrigo, lembro sim. Como eu praticamente só uso a versão mobile acabei vendo seu comentário só agora. Vou adicionar você. hahaha




Portal JuLund 03/10/2015

O Menino dos Fantoches de Varsóvia, Resenha, @Novo_Conceito
Muitos de vocês podem pensar “mais um livro sobre a segunda guerra mundial”, e acredite muita gente pensa isso, mas O Menino dos Fantoches de Varsóvia é muito mais do que um simples relato histórico. Eu pensei, vai ser uma leitura rápida e fácil, mas não foi bem assim. Então vamos ao livro.
Mika é polonês e judeu, e vivia em Varsóvia, com a sua mãe e seu avô. Seu avô era o melhor de todos, ensinava de tudo para Mika e a sua família era feliz, ênfase para o era, todos os rumores indicavam a guerra e finalmente ela chegou até eles, primeiro a cidade é bombardeada e depois vem as tropas alemãs, com suas regras brutais e violência desnecessária.

Leia a resenha completa em:

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/o-menino-dos-fantoches-de-varsovia-resenha-novo_conceito
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Wlá 10/05/2015

Maravilhoso!
Há muito não lia um livro que mexesse tanto com o meu ser. O Holocausto é uma mancha na história de todos nós, assim como tantos outros episódios envolvendo o ser humano. Como pôde (pode) o homem ir tão baixo? Ser tão desprezível? [...] Sensível, envolvente, aterrorizante... Esse livro é absurdamente belo! Amei!
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Três Leitoras 01/12/2015

Resenha completa no blog
O livro O Menino dos Fantoches de Varsóvia é divido em duas partes principais. Na primeira delas, conhecemos Mika, um menino judeu vivendo no gueto de Varsóvia, um dos países mais devastados pela 2ª Guerra Mundial. Essa primeira parte é devastadora, pois descreve com muitos detalhes como era a vida dos judeus presos no gueto, como foram terrivelmente privados não só de sua liberdade, mas principalmente de sua humanidade. A gente vê um menino se transformando em um rapaz em meio ao mais hostil ambiente, sem nenhum tipo de ilusão, somente a sobrevivência nua e crua, com muita luta, perdas e histórias de solidariedade. A narrativa é bem interessante, pois o livro é muito bem escrito, fica evidente que houve um trabalho de pesquisa muito cuidadoso. Se você se interessa por essa temática esse livro é imprescindível.

A segunda parte pra mim é que foi um pouco problemática, pois ela tenta mostrar o outro lado da moeda, o papel dos povo alemão nessa história. E isso é feito por meio da história do soldado alemão Max, mostrando como ele sofreu depois e como ele sentia culpa. Pra mim isso foi um problema porque ficou meio forçado tentar, de certa forma, redimir os alemães nesse que é o capítulo mais triste da história da humanidade. Mas como eu não sou nenhuma especialista no assunto, não quero ficar discorrendo muito sobre isso para não acabar cometendo algum erro, só estou falando sobre o que eu senti lendo o livro. E depois que eu li eu vi que a autora é alemã, daí fiquei com um pé atrás um pouquinho mais.

Outra coisa que eu também achei é que no final faltou um pouco mais de emoção. A história é grandiosa, poderia ter sido melhor finalizada, para causar um impacto maior, trazer mais comoção para a finalização do enredo.


site: http://www.tresleitoras.com.br/2015/11/resenha-o-menino-dos-fantoches-de.html
Jéssica Maria 17/12/2020minha estante
Camila, concordo com você. Foi essa a sensação que eu tive da leitura. Achei o ritmo complicado, achei que existe uma insistência pra que a gente goste do Max e o perdoe, achei que existe um cobrança de postura dos poloneses mais que dos alemães.
Achei o final bonito, mas achei que podia ter sido fechado melhor. Enfim, não irei reler.




Caroline.Amstalden 16/04/2021

Livros sobre o holocausto nos fazem pensar. Sobre a vida, sobre o nosso passado, presente e futuro. Saber o que as pessoas passaram durante a guerra toca nosso coração.
A última história que li foi O Menino dos Fantoches de Varsóvia. Chorei na sinopse. Envolvendo crianças, a gente já sabe que o coração vai ficar miudinho.
Mika e sua família foram levados para um gueto. Seu avô vivia trancado numa oficina, e sempre vestia um casaco enorme cheio de bolsos. Após uma fatalidade com os guardas do gueto, o avô morre, mas pede para Mika salvar o casaco onde, ele descobriu mais tarde, haviam diversos fantoches.
Com a ajuda de sua prima, Ellie, Mika deu vida aos fantoches, levando alegria ao hospital e ao orfanato do gueto. As crianças o adoravam, era um facho de luz no meio de tanta escuridão.
Certo dia, Mika é convocado por Max, um oficial nazista, a fazer apresentações do outro lado do muro, para os nazis, em troca de comida.
A partir daí, surge uma amizade proibida. Conhecemos a trajetória tanto de Mika, durante a guerra, quanto de Max, quando foi levado para os campos de trabalho na Sibéria.
Que livro incrível, completo e cheio de ensinamentos. Baseado em fatos reais, ele mostra bastante o que as pessoas no gueto faziam por um simples pedaço de pão, a vida precária que tinham e, uma coisa que não tinha visto muito sobre, o que aconteceu com os soldados que foram enviados aos campos após a guerra.
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Ricardo 20/01/2016

Ótima história
O livro conta a história de Mika, um menino judeu que consegue sobreviver ao holocausto, em grande parte, devido às suas habilidades com fantoches. É muito interessante verificar o "efeito" que os fantoches exercem sobre aqueles que os possuem.
Além disso, durante a caminhada dos personagens após o fim da segunda guerra, o livro nos fornece informações sobre os sentimentos do povo alemão sobre os acontecimentos e o sofrimento dos soldados transportados para as prisões da Rússia.
A autora explora muito bem o lado psicológico dos personagens, mostrando com objetidade seus sentimentos e angústias. Entretanto, os personagens, embora decentemente construídos, não são o ponto forte do livro. Mika é o personagem mais forte e melhor construído, os outros personagens principais com Ellie e Max não despertam uma ligação forte com o leitor mas cumprem o seu papel.
O final do livro, embora apresente alguns pontos previsíveis, é muito bom e tocante.
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Wanessa 20/02/2016

Mika é um garoto de 12 anos que mora em Varsóvia com sua mãe e seu avô. Influenciado pelo avô, um reconhecido professor de matemática na Universidade de Varsóvia, Mika sonha em um dia seguir os passos de grandes cientistas e artistas poloneses, como Chopin, Copérnico e Madame Curie. Seu sonho, porém, é interrompido em 1939, quando a Segunda Guerra Mundial começa e Varsóvia é atacada pelas forças alemãs.

Feito inicialmente para comemorar uma promoção recebida por seu avô na universidade, o casaco começa a ganhar novos bolsos secretos, servindo de esconderijo para objetos preciosos. Após a morte de seu avô, Mika descobre os segredos preservados no casaco e, junto com eles, dezenas de fantoches preservados na despensa de sua nova casa no gueto, que o ajudam a sobreviver em meio ao cenário de fome, devastação e desespero causado pela guerra. (...)
Para ler a resenha completa, é só acessar o blog Petite Aquarelle.

site: https://petiteaquarelle.wordpress.com/2016/02/20/livro-o-menino-dos-fantoches-de-varsovia/
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Thalita Branco 29/02/2016

Resenha ~ O Menino dos Fantoches de Varsóvia - Eva Weaver
O livro é dividido em três partes. Na primeira e terceira parte acompanhamos o velho Mika e seu neto Daniel. Agora morando em Nova York, Mika passa mal ao dar de cara com um poster de uma peça de teatro intitulado O Menino dos Fantoches de Varsóvia. Quando volta para casa, resolve contar sua história ao neto e lhe mostra o antigo casaco de seu avô repleto de bolsos e fantoches. Voltamos então ao tempo, onde o livro se torna narrado em primeira pessoa por Mika. Seu avô, Tatus, encomendou o casaco pouco antes de todos serem enviados ao Gueto de Varsóvia.

Mika então narra a dura vida no Gueto, a forma cruel como ele e sua família foram obrigados a abandonar o seu confortável apartamento e se mudar para um infinitamente menor. Sua mãe cozinha o que pode com as parcas rações destinadas aos judeus e seu avô passa a maior parte do tempo trancado em um quartinho fazendo sabe-se lá o que. Só quando ele é tragicamente assassinado Mika descobre que o casaco esconde em seus bolsos fantoches e que era isso que seu avô fazia no quarto. Um feroz crocodilo, um animado bobo da corte, a bela princesa e o precioso príncipe com seu manto de pele de coelho.

Encantado com a descoberta e tentando melhorar os ânimos da casa, MIka e sua prima Ellie passam a manipular os fantoches. Não tarda para os dois ficarem conhecidos e serem convidados para animar festas de aniversário e o orfanato e hospital infantil do Gueto. A vida de Mika, dentro do possível, estava bem, até que cruza com o soldado Max, dono da segunda parte do livro e do ponto de vista de um soldado raso na Segunda Guerra Mundial. Não quero me estender a fim de evitar spoilers, mas a parte de Max foi a minha favorita do livro.

O Menino dos Fantoches de Varsóvia é um relato profundo da vida no Gueto de Varsóvia. Eva Weaver narra a paisagem e os acontecimentos de forma crua e chocante, o que me deixou algumas vezes bastante agoniada só de imaginar a vida em tal lugar. Sua escrita é fluida e a edição da Novo Conceito ficou bastante bonita. A obra só não leva uma nota maior por conta de alguns fatos que, na minha opinião, se estenderam demais enquanto que outros de menos. O bacana é que no final temos um capitulo chamado O Livro dos Heróis de Mika com um pouco sobre os personagens reais que aparecem na história. Realmente gostei bastante do livro. Uma obra indispensável para quem curte romances históricos.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
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Lek 09/03/2016

Recomendo
O Menino dos Fantoches de Varsóvia é uma história muito bem escrita e de leitura fácil que nos mostra um raio-x da maldade humana. A autora nos transporta a uma Varsóvia assolada pela crueldade de Hitler e a um tempo em que um simples gesto, mesmo de bondade, poderia lhe custar a vida. Mika, o garoto dos fantoches é separado de seus conhecidos e jogado num gueto junto com outros judeus onde são privados de liberdade, alimento, remédios...
Algo interessante nessa narrativa é que mesmo vendo todos os horrores que os alemães criaram, nem todos eram a favor do que acontecia ali. E um diferencial é que a história é contada dos dois lados. Podemos ver as sequelas deixadas pela guerra na vida de Max, um soldado alemão.

"? A guerra tirou tudo de mim, até minha vida; estripou-me como a um peixe. Não sei como vou viver com toda essa culpa e raiva que ferve dentro de mim [...]"

Mika vê em seus fantoches algo que serve como combustível para ajudar a seus vizinhos a enfrentar aqueles dias brutais. Algo que ajuda a dar cor a tela cinza a que suas vidas foram transformadas.
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Ana 22/02/2015

Um voto de gratidão
Nunca viajei tanto com um livro. Eva me conduziu brilhantemente de Varsóvia a Nuremberg, dos Estados Unidos à Sibéria. Com o total domínio da autora sobre a temática, aprendi tanto a respeito da Segunda Guerra com a leitura, coisas que professores de História jamais me contaram.
E o melhor de tudo isso é que todos os detalhes não nos são contados da forma fria com que esse assunto NÃO deveria ser tratado: é impossível não pegar afeição por Mika e seus fantoches, chorar com seu avô e seu brilhante casaco, odiar e amar o soldado Max e o dilema conflitante em que se metera.
O livro é uma história de como os encontros inesperados durante a guerra podem mudar irremediavelmente vidas que jamais se cruzariam se não fosse por ela. Em como os judeus sofreram com o holocausto e tiveram suas vidas e as de seus parentes arrasadas quando o nazismo se instalou na Polônia. É também sobre o outro lado, que costuma ser tratado como vilão-os soldados alemães que tanto sofreram: antes, por serem forçados a dizimar populações inteiras, e depois como prisioneiros de guerra, por serem tratados como se não fossem humanos.
É, basicamente, sobre a amizade e a gratidão que surgem em situações extremas, sobre pessoas que são capazes de encontrar e levar a esperança em tempos difíceis. Em como o amor pode surgir em coisas simples, como o fantoche nas mãos de uma criança. E é, sobretudo, sobre os inúmeros heróis que compõem uma guerra-aqueles que conhecemos e admiramos, como Janusz Korczak, e sobre aqueles outros, desconhecidos mas que foram fundamentais para uma vida, ou talvez, para várias delas. É um livro dedicado aos milhares de Mikas que existiram por aí- e apesar de não saber quem são e de não ter vivido essa época, posso dizer com toda a certeza que sou grata. A você, Mika: deixo aqui o meu muito obrigada.
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Andréia 27/09/2016

Me surpreendi
Este livro narra de forma doce e sob o ponto de vista de um menino judeu, parte dos horrores da Segunda Guerra Mundial. É belíssimo... e com um toque de arte explorado pelo mundo dos fantoches. Na minha opinião, a primeira parte do livro é sensacional. Recomendo!
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Alana Homrich 12/01/2015

"(...) Quanto a mim, não tinha nada para mostrar. Meus ferimentos foram entalhados diretamente no coração."
Esta é a história de um casaco. Não, de um menino. Melhor, de uma guerra e seus resquícios. Vou explicar certinho: tudo começou no início de março de 1938, um ano no qual os judeus ainda podiam circular livremente por Varsóvia; o avô de Mika tinha acabado de ser promovido para professor universitário e, como comemoração, fez um casaco sob medida pra si. Quando a guerra atingiu Varsóvia e os alemães conquistaram a cidade, este casaco mostrou ter mais importância para a família de Mika do que pensavam. Com o tempo, os judeus foram perdendo seu espaço e não tendo mais direito a possuir suas lembranças, então o avô de Mika construiu bolsos internos no seu casaco para preservar coisas importantes como livros, fotografias, etc.

“Meu avô acrescentava bolsos e mais bolsos ao sobretudo. Certo dia, ele pensou em criar bolsos menores dentro dos maiores. Assim, mesmo que um bolso fosse revistado, eles não encontrariam aquelas camadas extras. Aos poucos, aquele casaco se tornou um imenso labirinto: este bolso era conectado com aquele, mas não com este aqui; aqui havia uma rota sem saída, e este outro levava da esquerda para a direita.”

Após a morte de seu avô, Mika herdou o casaco e, com ele, as lembranças. Em um bolso interno, começou a descobrir o mundo maravilhoso dos fantoches. Lá ele encontrou uma cabeça de papel machê com cabelos louros e lábios vermelhos e na despensa de sua casa, o local secreto do Vovô, encontrou mais fantoches, estes já prontos para a ação. Enquanto a situação para os judeus piorava, as doenças chegando e a esperança desaparecendo, Mika se envolveu cada vez mais com estes fantoches e trouxe um pouco de alegria para o gueto -local onde os judeus moravam- com o seu teatro. É claro que não é possível esquecer a guerra, mas afastar as mentes das crianças da situação terrível que estavam passando, ao menos por um tempinho, já era algo.

“A companhia dos fantoches nos ajudava a esquecer o mundo adulto por alguns momentos. Um mundo onde as pessoas criavam coisas feias, como um gueto para judeus. Um mundo que não conseguíamos entender.”

Em pouco tempo, todo o gueto já conhecia Mika, o menino dos fantoches, porém ele é abordado por um oficial alemão quando vai assistir a um concerto no gueto e sua vida é transformada para sempre.

Eu gosto muito de livros sobre a segunda guerra mundial, já li vários e esse conseguiu me surpreender. Mika é uma personagem fascinante, com os anseios de um garoto da idade, mas que, por causa da situação, vai se transformando rapidamente em um homem e sua inocência dá lugar à sede de vingança. Apesar de retratar um intervalo da história que foi difícil e cruel, a autora conseguiu escrever com a simplicidade e sutileza necessárias para que fosse uma leitura agradável e gostosa.

"Conheci uma boa quantidade de homens e mulheres que, depois de uma noite de bebedeira, de maneira tímida ou com uma expressão ardente nos olhos, expunham um número azul tatuado em seus braços. Quanto a mim, não tinha nada para mostrar. Meus ferimentos foram entalhados diretamente no coração."

Além de Mika, várias outras personagens (que em uma primeira leitura considerei secundárias) também são interessantes e enriquecem este livro. Na verdade, percebi que Mika não é o protagonista desta história: é a guerra. O menino dos fantoches de Varsóvia aborda o antes, durante e depois de um período devastador e cruel, e transcende muitos livros do gênero, pois detalha as marcas que ficam não somente para as vítimas das potências do Eixo, mas também as que assombram os soldados da Alemanha (e os alemães em geral).

Não vou detalhar muito da história, pois o interessante deste tipo de leitura é degustar vagarosamente cada parágrafo que é lido e se surpreender com as informações que ali estão contidas. O livro é uma ficção, mas, além da imaginação da autora, lemos sobre sentimentos muito verdadeiros, e lugares também. O gueto, Treblinka, o levante, os monumentos... tudo é tão real quanto eu e você.

Um dos meus favoritos.
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Cleyton 25/03/2018

Belo!
Um ótimo livro, achei a leitura um pouco cansativa em certos pontos da história, mas nada que atrapalhe. Muito emocionante, o fim do livro me deixou desidratado de tanto chorar.
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Dayse 03/08/2022

Impactante
Assim como todos os livros que leio sobre o Holocausto, impacta a minha vida de uma forma indescritível.
É terrível e parece tão surreal que coisas tão monstruosas aconteceram à pessoas que não mereciam... Tantos sofrimentos que nem sei de onde arrancaram forças para sobreviver e continuar com suas vidas.
Esse livro é incrível merece ser lido.
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