A menina sem palavra

A menina sem palavra Mia Couto




Resenhas - A menina sem palavra


47 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Karina 29/07/2015

Este Mia Couto é muito bom!!!
comentários(0)comente



jyan.kruger 21/03/2020

Primeiro livro que li do autor.
A escrita como diz a sinopse é quase poética, a gente se acostuma com o decorrer da leitura e os contos são muitos bons e instigantes.
comentários(0)comente



Rebeca_Moledo 20/03/2020

Todos os contos desse livro são apaixonantes e instigantes, uma história inteira poderia ser criado a partir de cada um deles.
comentários(0)comente



KAtia255 19/11/2015

Literatura Africana
Literatura africana, em particular de Moçambique. Delicada, tênue...relata mazelas, mas também muitos sonhos e esperanças.
comentários(0)comente



Emi 02/01/2020

Contos curtos, em que apesar do uso de palavras estrangeiras ou não habituais, nos prendem. Reviravoltas, finais surpreendentes. Achei bem interessante a leitura.
comentários(0)comente



Aline221 14/04/2024

Eu odiei ?
É muito ruim!. eu peguei esse livro na escola peguei porque achei o titulo interessante mas me arrependo de ter pego, achei que eu iria gostar mas só perdi meu tempo lendo esse livro, o motivo de eu não ter gostado é porque achei a história meio sem sal, tauvez só não seja muito do meu gosto para livros, o livro prometeu tudo e não entregou nada!, obrigada por ter perdido tempo vendo minha resenha, tchau beijocas ?
comentários(0)comente



isa.dantas 07/08/2015

Lindo!
Essa reunião de 17 contos (alguns, já presentes nos outros dois livros de contos que li dele) é maravilhosa. Difícil é não se emocionar com as histórias de Mia Couto, que surpreendem, falam sobre vida e sobre morte, e sobre a sua África. Lindo demais!!!
comentários(0)comente



Mayara945 12/07/2017

Cativante
Os contos deste livro são extraordinários. Mia Couto consegue usar as palavras para descrever, de forma terna e sensível, os sentimentos humanos mais profundos. Cada conto nos faz parar para refletir nossa própria existência e nossos valores. A escrita do autor é completamente poética e cheia de simbolismo, o que nos faz ler e reler, de forma a nos deliciarmos com o texto. Recomendo fortemente.
comentários(0)comente



Mariana - @escreve.mariana 29/09/2015

O encanto da literatura africana.
Logo que terminei o primeiro conto, me perguntei como ainda não havia lido Mia Couto. É um autor de uma delicadeza que transmite a cruel realidade que o povo moçambicano teve que enfrentar e atualmente ainda enfrenta. As histórias mostram a complexidade que move as relações familiares, a orfandade em um país que viveu por anos em guerra, a realidade das crianças submetidas ao trabalho infantil e impedidas de estudar – como pode ser lido e sentido no conto ‘’O Dia em Que Explodiu Mabata-Bata’’ – e os resquícios da luta pela independência, simbolizados pelas minas, que continuam ativas e matando as crianças da região.

Difícil definir qual é o conto mais doloroso do livro, mas também difícil definir aquele que mais aumentou meu já desenvolvido interesse pela cultura e tradições africanas. O escritor é de extrema sensibilidade às adversidades da vida e as evidencia na maioria dos seus contos, os quais mesclam o contexto histórico de Moçambique com o cotidiano de personagens comuns, bem construídos e com uma pesada carga emocional.

O universo infantil é amplamente abordado, porém alguns personagens já maduros nos chocam igualmente com suas histórias. Apesar de ser uma obra ficcional, saber que a guerra civil moçambicana ocorreu em um período tão atual (de 1976 a 1992), e que perdurou por tanto tempo, nos faz pensar que as consequências ainda estão sendo vividas pela população e que muitos foram obrigados a participar de milícias, que refreavam o movimento e aterrorizavam sua própria população, apenas como uma forma de sobrevivência – como nos é mostrado em ‘’O Apocalipse Privado do Tio Geguê’’.

''Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da nuvem e a prisão do charco. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem dispara.'' (pág. 19)

A temática da mulher também ganha destaque no livro, infelizmente com a ênfase de que a mulher era vista como a coitada, aquela de que todos têm piedade por ver seu sofrimento diário, porém ninguém toma providência alguma – como pode ser visto no conto ‘’A Rosa Caramela’’.

''Mesmo os olhos lhe eram escassos, dessa magreza de quererem, um dia, ser olhados, com esse redondo cansaço de terem sonhado.'' (pág. 21)

Apesar dessa ênfase, a admiração do autor pela mulher se deixa transparecer no conto já citado, ‘’O Apocalipse Privado do Tio Geguê’’, ainda que a personagem feminina tenha recebido um desfecho miserável.

''A redondura das ilhas, dizia, é o mar que faz. A beleza dessa menina, meu sobrinho, é você que lhe põe. As mulheres que são muito extensas, a gente viaja-lhes, a gente sempre se perde.'' (pág. 48)

A ambiguidade do desfecho de alguns contos também é explorada por Mia Couto, deixando para o leitor interpretar como desejar, levando muitas vezes à reflexão e fazendo-nos ter a súbita vontade de ler o conto novamente, logo após o ter finalizado. Um dos contos – o qual entrou para a minha lista de contos preferidos da vida –, cujo título é ‘’A Filha da Solidão’’, iniciou-se como uma história comum de patriarcalismo e preconceito enraizado profundamente em uma família de brancos portugueses e finalizou-se com uma dúbia interpretação, a qual desperta a vontade no leitor de que aquele conto fosse transformado em um livro e nos fossem dadas todas as explicações e nuances por trás daquele desfecho. O primeiro trecho do conto resume sua essência e nos faz refletir sobre as consequências das amarras que eram impostas sobre as mulheres no século XX e que ainda estão presentes na nossa sociedade atual.

''Na vida tudo chega de súbito. O resto, o que desperta tranquilo, é aquilo que, sem darmos conta, já tinha acontecido. Uns deixam a acontecência emergir, sem medo. Esses são os vivos. Os outros se vão adiando. Sorte a destes últimos se vão a tempo de ressuscitar antes de morrerem.'' (pág. 93)

Sem dúvidas, Mia Couto entrou para os meus autores favoritos da língua portuguesa.

site: http://ourivesdaspalavras.blogspot.com.br/2015/08/a-menina-sem-palavra.html
comentários(0)comente



Edna 09/02/2017

Um olhar
Um livro de contos, onde Mia Couto narra vários fatos de anônimos esquecidos pela maioria e suas complexidades.
Contos interessantes mas vou evidenciar um que me cahamou muita atenção, uma criança de Moçambique que perdeu a família para a guerra emesmo raquítico enfrenta a dura jornada como Pastor de Gado. Em um determinado momento vê um Boi explodir tão violentamente que sequer deixa vestígios, mas ele se vê em um terrível desespero por saber que o Tio com quem mora não vai acreditar e decide fugir.
Envolve tristeza, desalento, abandono mas lições para toda a vida, nos alerta para que passamos a enxergar aquelas pessoas que encontramos todos os dias mas por mêdo, por não querer se envolver, por não ter muito a dividir e achar que o pouco que podemos fazer não fará diferença na vida delas, esquecemos que são humanas, como nós, que por uma guerra, um abandono como a menina que foi abandonada do altar pelo noivo, e pirou, como os pais que tiveram uma filha que não fala e entra em paranóia, um erro lhes foi roubado a dignidade,e na maioria dos casos as mínimas condições humanas. Um olhar para dentro de nós.
comentários(0)comente



hanny.saraiva 07/12/2016

E então Mia Couto me cativou...
Há tempos não lia contos que me abraçavam e sussurravam "Senta aqui, te contarei palavras encantadas". Brincando com o fantástico, esses contos inspiram sutileza e dor disfarçada em magia, coisa que poucos sabem fazer. É uma ótima leitura para qualquer dia de vento leve.

Frases preferidas:

- Não tenho onde, avó.
- Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da nuvem e a prisão do charco. Afinal, somos caçadores que a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem dispara.
- Ela queria curar a cicatriz das pedras?
- Ela se condizia sozinha, despovoada. Fez-se irmã das pedras, de tanto nelas se encostar. Paredes, chão, teto: só pedra lhe dava tamanho.
- Quando lembrava as palavras, ela esquecia o pensamento.
- Pai, ensina-me a existência. – Não posso. Eu só conheço um conselho. – E é qual? – É o medo, meu filho.
- Realidade não me dava hospedagem.
-
comentários(0)comente



Leitora eclética 31/05/2016

Maio- Desafio literário Skoob 2016, IDY 2016 e Desafio literário premiado 2016 do grupo Obverso Books
Para o mês de maio, o livro encaixa na categoria de autor(a) africano(a), desafio literário Skoob 2016, no gênero recomendado, do desafio I Dare You 2016, e no tema de um livro de contos ou crônicas, do desafio literário 2016 do Grupo Obverso Books.
O livro é dividido em dezessete contos. As histórias são de abandono, a vida sofrida de uma pessoa, a pobreza, sua morte, sua excitação sem explicação, o preconceito evidente, a rejeição, a guerra envolvida, os bandidos aproveitando da miséria das pessoas, tráfico de armas, as doenças etc. O escritor conseguiu fantasiar situações complicadas e torná-las mais maleáveis. Isso é evidente na questão das minas terrestres, o transporte de armas no submarino e outras situações relatadas.
Não gostei muito do livro, mas acredito que seja pelo simples fato de não está acostumada a ler contos. Espero um dia dar oportunidade a releitura.
comentários(0)comente



Eric 06/02/2016

Espetacular
Há muito tempo que eu tinha curiosidade para conhecer os trabalhos do Mia Couto. Logo, resolvi começar por essa coletânea de contos A Menina Sem Palavras e de cara percebi que tinha em frente aos meus olhos algo totalmente diferente do que eu imaginava.

Nesta obra, Mia Couto retrata Moçambique pós-guerra civil carregada de pobreza, miséria, violência e desigualdades. Porém, em meio de tantas desgraças sociais, Mia descreve tudo isso nas visões inocentes, cheias de fé e esperanças carregado de lirismo e uma estética textual impecável. Com isso, o peso de tantos problemas da comunidade moçambicana é apresentado de forma mais leve e bonita ao leitor.

A Menina Sem Palavras é uma coletânea onde o leitor se surpreenderá com a qualidade estonteante dos contos. Em cada historia, somos lançados de corpo e alma para dentro das vidas de um povo que convive com a desordem causada pela guerra. Contudo, com a inocência de alguns e a fé de outros, percebemos beleza dentro da degradação. Dessa forma, Mia constrói contos de variados temas, com desenvolvimento de deixar arrepios e finais tanto esperançosos quanto de partir em milhares de pedaços o coração do leitor.

Enfim, posso confirmar que meu primeiro contato com o autor foi de sucesso. Sendo assim, Mia Couto será sempre uma presença confirmada em minha vida literária. Recomendo muito essa coletânea, principalmente para quem deseja conhecer e passar a dar mais valor para aqueles que vivem, quase em eterna, desgraça social. Mia nos promove a possibilidade de ver beleza em um país que é visto como terra de sofrimento.
comentários(0)comente



Paulo Henrique 05/02/2016

Uma Viajem
É uma coletânea de contos, alguns muito bonitos e outros um tanto quanto viajantes. A obra em geral é muito bonita e traz a marca desse brilhante escritor.
comentários(0)comente



Wagner 14/12/2015

O ADIADO AVÕ

(...) Primeiro não fomos nós porque éramos filhos. Depois adiamos o ser porque fomos pais. Agora querem nos substituir pelo sermos avós. (...)

In: COUTO, Mia. A menina sem palavra. São Paulo: Boa Companhia, 2013.
comentários(0)comente



47 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR