Limonov

Limonov Emmanuel Carrère
Emmanuel Carrère




Resenhas - Limonov


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José Carlos 03/07/2021

Excelente!
Não só uma ótima biografia, mas um ótimo resumo sobre a história da Rússia no final do século XX e início do século XXI!!!
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Rafael 27/05/2021

O livro das contradições
Talvez o título dessa resenha fosse um bom título para esse livro. Não que a obra em si seja contraditória, mas, tanto Limonov, como a própria Rússia, são, intrinsecamente, controversos e, por isso, pode-se atribuir tal predicado(?) ao livro. Limonov é uma figura indefinível e, a despeito do autor considerá-lo um "heroi", o que para mim é um exagero, só se pode conhecê-lo e, quem sabe, entendê-lo, por meio dessa biografia às avessas. Limonov é tão único e, ao mesmo tempo, múltiplo, que ele mais se parece com uma "contradição" ambulante. E, para mim, é justamente isso que o torna tão interessante e que motiva a leitura de sua tresloucada biografia não autorizada. Inobstante, conhecer as entranhas da Rússia por conta da vida e dos feitos de Limonov é, igualmente, um convite à leitura. Isso porque, pelo menos para nós ocidentais, aquele país é, no mínimo, uma contradição em si mesmo. Você seria capaz de imaginar jovens que viveram sob um regime ditatorial socialista e que se destacavam socialmente, à época, por conta de disputas de poéticas, ou seja, ao invés de competirem musicalmente, por exemplo, sua ascensão social se dava por sua capacidade de criar poesias? Você já imaginou um país tomado por neuras e eternas conspirações à cargo da antiga KGB? Já pensou que pode existir um lugar que sustenta, ao mesmo tempo, uma ditadura "democrática"? Essas são apenas algumas das contradições da Rússia que o livro nos revela ao contar a vida de Limonov.
A despeito da visão, por vezes, enviesada do autor, a obra representa uma viagem ao desconhecido. Não só por retratar um escritor, ativista, aventureiro, preso, político, fracassado e bissexual como Limonov, mas, também, por desnudar um país em que socialismo e totalitarismo, bem como democracia e ditadura, conseguem a proeza de andar juntos ?. Enfim, seria uma contradições de nossa parte deixar de conhecer essas duas figuras tão controvertidas, por isso a leitura vale a pena.
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J^! 15/04/2021

Limonov
O personagem é interessante. Dá pra entender por que Carrère o destaca. Mas confesso que tem momentos que é difícil acompanhar.

De toda forma é um bom retrato da União Soviética e sua dissolução.
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Emmanuel 03/08/2020

Mais ou menos
O livro todo é uma grande apologia a um fascista, eu não sei se na Rússia pós-soviética isso tem um teor menos negativo do que no Brasil bolsonarista mas são capítulos e capítulos intermináveis sobre como ele se indispunha e o capitalismo mas ao mesmo tempo gostava dos luxos.
Puxado pra terminar.
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Yara 31/05/2020

Limonov
Tal hora me peguei torcendo por Eduard. Daqueles livros que bandido e mocinho se confundem, e você se vê querendo que os planos de um ou outro deem certo. Uma grata surpresa, esse livro. Por vezes os detalhes são um pouco cansativos e os sobrenomes difíceis de pronunciar, mas muito importantes pra entendermos o funcionamento da URSS e o que ela causou.
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Admirável Mundo Literário 25/05/2020

Resenha n°8 - Limonov - Emmanuel Carrère
Limonov não é apenas um "romance de não ficção" como o próprio autor classifica este livro, mas sim o nome de um homem, que apesar de todos os defeitos, viveu a vida de forma intensa. A obra, narrada pelo próprio Carrère, alterna-se em 1° e 3° pessoa, uma vez que este participa demasiado da obra, com suas opiniões, lembranças e até mesmo com um pouco da história de sua vida e da construção do livro.

Para mim, este livro é muito mais do que a biografia conturbada que Limonov teve como operário, exilado, mendigo, escritor, mordomo, guerrilheiro, político - é uma extraordinária aula de história da União Soviética e da Rússia. O livro vai apresentar de maneira detalhada o governo totalitário de Stálin e suas consequências; irá mencionar diversos clássicos da literatura que foram censurados em grande parte do poderio soviético, como o Arquipélago Gulag de Alexander Soljenítsin, ganhador do prêmio nobel da literatura em 1970, que foi inspirado nos Gulags (campos de trabalho forçado para todos os criminosos e opositores do regime vigente) e 1984 de George Orwell, ambos os livros e autores odiados por Limonov; irá expor o importante governo de Mikhail Gorbachev que dará início às políticas de democratização da União Soviética, com a Glasnot e Perestroika, que precederão a dissolução da URSS em 1991.

Limonov, sendo uma pessoa extremamente controversa, se opôs à democratização da Rússia, fundou o Partido Nacional Bolchevique em 1993, no qual inspirou diversos jovens a lutar contra o governo de Bóris Iéltisin e Vladimir Putin. Limonov foi preso, acusado de incitação ao terrorismo, compra ilegal de arma e formação de guerrilha. Foi sentenciado a quatro anos de prisão e, nesse tempo, escreveu 8 livros, dando credibilidade a sua carreira como escritor. Bom, a "continuação" do livro, nós sabemos: Eduard Limonov morreu em março de 2020, vítima de câncer.

Para quem gosta de história, esse livro não poderia ser melhor.

▪️Citação: "Nenhum castigo pode me atingir, saberei transformá-lo em felicidade. Alguém como eu é capaz de extrair gozo da morte. Não retornarei às emoções do homem comum"

Nota: 8/10

site: https://www.instagram.com/p/CAoQMO3DTm8/
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Nicolle 02/04/2020

Um personagem detestável
Sob vários aspectos Limonov é detestável. Ocorre que sua história acontece em.paralelo com a história da Rússia e da URSS, sendo essa a costura perfeita para esse romance biográfico e nos faz refletir o quanto detestável podemos ser e assim mesmo sermos objetos mediante perspectivas distintas. O próprio Carrère diz que chegou a abandonar a escrita por um ano, até encontrar motivos para retornar.

Uma excelente edição e uma escrita viva que te faz parar a todo momento para pesquisar na internet. Aguçada fica a sua curiosidade em relação a história da Rússia. Magnífico!!!!
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Ladyce 22/07/2019

"Limonov", de Emmanuel Carrère, foi best-seller na França e recipiente do Prêmio Renaudot da Língua Francesa e do Prix des Prix, em 2011. Traduzido por André Telles e publicado pela Alfaguara em 2013, não fez marolas por aqui, até ser indicado por Marcelo Rubens Paiva para uma editora que publica livros por assinatura em 2017. Não é leitura fácil, em parte porque o biografado, Eduard Limonov, é uma pessoa desprezível, canalha, ordinário e sem-vergonha. Mas que descrito pelo autor parece uma pessoa fascinante. "Limonov não é um personagem de ficção. Ele existe. Eu o conheço. Ele foi delinquente na Ucrânia, ídolo do underground soviético; mendigo, depois mordomo de um bilionário em Manhattan; escritor da moda em Paris, soldado perdido nas guerras dos Balcãs e agora no imenso caos do pós comunismo na Rússia, velho chefe carismático de um partido de jovens desesperados..." Com essa introdução por Carrère é natural que se espere mais de Eduard Limonov do que o repelente marginal, personalidade secundária, um ser asqueroso, cuja vida seguimos em grande detalhe.

"Limonov" é descrito como biografia. Mas premiado como romance. Como? Por que? Em parte porque Carrère só entrevistou Eduard Limonov uma vez por duas semanas e a esta altura com o livro quase pronto. Por outro lado, porque a vida do biografado e a do biógrafo se intercalam e aos poucos descobrimos a paixão, ou até mesmo a inveja de Carrère, não pelo homem Limonov, (Carrère para de escrever o livro por mais ou menos um ano, duvidando da própria razão deste trabalho) mas pela sedução que a vida de aventuras de seu biografado parece ter acendido. Passei, então, a ver o livro não como uma biografia, mas como um interlóquio entre o escritor e Limonov.

São dois homens que pararam emocionalmente na adolescência. Basta dizer que para ambos os livros que mais marcaram suas vidas foram os de aventuras de Alexandre Dumas e obras do americano Jack London. Eduard Limonov (né Eduard Savenko) nasceu na Ucrânia (portanto cidadão de segunda classe na hierarquia soviética) e passou a vida como rebelde. Pobre, sem respeito por mãe ou pai, Limonov se rebela contra o status quo de qualquer situação. Seu verdadeiro objetivo é ser do contra. Mesmo quando o que advoga, por anos, acontece, ele rapidamente muda de posição e torna-se um insurgente, um do contra, já que o que defendia tornou-se norma. Revolta, seu nome é Limonov. E sua maneira de revoltar-se não passa de grandes gestos juvenis, sem esteio ou fundamento. Tanto que no frigir dos ovos Limonov não consegue nada, não passa de um energúmeno, machista, inepto e idiota.

Emmanuel Carrère, por outro lado, desfrutou de uma família bem estruturada: pai executivo, mãe historiadora e professora universitária. Cresceu e continuou como adulto a se beneficiar das benesses da vida burguesa parisiense. Não se revoltou contra o estabelecimento. É o verdadeiro oposto de Limonov. E, ainda que pudesse ter interesse intelectual sobre os revolucionários russos, a mim, escapa a fascinação do autor por um membro tão desnorteado da cosmografia russa. Não posso deixar de pensar numa pequena revolta contra sua própria mãe, especialista em história russa. Será que Carrère, deveria ter dedicado tanto de seu tempo e indústria construindo um altar ao anti-herói? Talvez sua mãe, se assim quisesse, pudesse nos dar valor mais acertado do verdadeiro papel de Limonov na resistência, se relevante, contra a abertura do sistema soviético do final do século XX. E ainda, a fascinação com o "revolucionário" lembra-me defensores do comunismo severo, do stalinismo ou seguidores de Trotsky, que, aqui no ocidente, dormindo em camas macias com lençóis de seda, dirigindo carros do ano, comendo e bebendo á vontade, abrigando-se em belas e espaçosas casas, continuam achando que uma revolução ou um sistema semelhante ao que se estabeleceu na antiga URSS seria a solução para as desigualdades no mundo. É uma visão idealista, sem qualquer pé na realidade e primária. E, nós mesmos, leitores de "Limonov" testemunhamos a falácia do sistema através da própria narrativa de Carrère.

Há duas grandes qualidades nesta obra. A primeira é a habilidade de Carrère de nos manter atentos ao texto, de tal modo que mesmo execrando as ações de Eduard Limonov, o que nos é contado, de maneira muitas vezes rude ou crua, nos faz continuar página após página a seguir o fanático e imbecil personagem que o autor nos impôs. A segunda qualidade é o retrato da Rússia sob o governo comunista e sob a abertura iniciada por Gorbachev e da Rússia que conhecemos hoje, a Rússia de Putin, que mais do que nunca aparece como cidadão bastante perigoso. Poucas vezes temos a oportunidade de ler uma obra que nos traz ações tão contemporâneas, referências a momentos históricos que vimos na televisão ou lemos nos jornais. Essa parte política, tenho certeza, foi de grande valia para que o livro se tornasse best seller na França. Para os franceses o que acontece em Moscou é de grande importância. Eles estão muito próximos, apesar dos diversos países que os separam: Bélgica, Alemanha, Polônia, Bielorrússia. A título de curiosidade procurei a distância entre Paris e Moscou. É um pouco mais de 2.800 km. Colocando em nossos termos é menor do que a distância entre Porto Alegre e Palmas, esta é superior a 2.900 km. Assim, tudo que acontece na Rússia é de muito maior interesse para os franceses do que para nós, aqui em outro continente separados por mar e terra imensos.

Não sei para quem devo recomendar este livro. Li. Não gostei. Mas apreciei as informações que me foram dadas. E apreciei a habilidade de Carrère. Mas de cinco estrelas, três estão de bom tamanho.
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Vanessa Ferreira 14/11/2018

Uma experiência surrealista
surrealismo.
Exatamente por isso acredito em cada palavra.
Um personagem realmente extraordinario, que não poderia de forma alguma ser inventado. Apenas a realidade é capaz de criar as circunstâncias, os sentimentos e as experiências as quais Limonov se submeteu. Apenas uma pessoa real pode carregar tantos sentimentos conflituosos e tanta vontade de viver! A imaginação humana não seria capaz de tantas contradições para criar um personagem assim, mas a vivencia humana sim, criando um caráter como o de Limonov.
Limonov era sim uma péssima pessoa, indefensável. Mas era real. Era transparente. Era decente.
Carrère tem uma escrita fabulosa, envolvente, profunda e leve. Acredito que uma biografia de alguém tão no sense não poderia ser feita de outra maneira. Adorei tudo, necessito de mais leituras como esta!
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Sanoli 02/09/2018

http://surteipostei.blogspot.com/2018/09/limonov.html
http://surteipostei.blogspot.com/2018/09/limonov.html

site: http://surteipostei.blogspot.com/2018/09/limonov.html
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Ilmar 21/08/2018

Fim do calhamaço. Comecei fluindo bem mas lá pro meio o livro deu uma esfriada. Acaba ficando difícil de acompanhar por causa da densidade da política de lá. No final tive a impressão do jornalista e do protagonista. Foi uma vida de aventuras e uma vida de merda, com ele sempre do lado oposto de quem está no poder.
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Fabio Shiva 12/06/2018

carrascos e vítimas
Uma obra envolvente sobre um personagem real e muito polêmico, que reflete com muita propriedade as contradições e complexidades do mundo contemporâneo. Em “Limonov”, Emmanuel Carrère intenta com muita propriedade sua versão do chamado “romance de não ficção” (que teve em “A Sangue Frio”, de Truman Capote, o seu marco inicial), contando de forma irresistível a inacreditável história de Eduard Limonov, de quem se pode dizer que fez de tudo um pouco na vida:

“Ele foi delinquente na Ucrânia, ídolo do underground soviético; mendigo, depois mordomo de um bilionário em Manhattan; escritor da moda em Paris; soldado perdido nas guerras dos Balcãs; e agora, no imenso caos do pós-comunismo na Rússia, velho chefe carismático de um partido de jovens desesperados. Ele mesmo se vê como um herói, podemos considerá-lo um tratante.”

A história de Limonov é tão louca que levei até mais ou menos a página 100 achando que no fundo ele era uma invenção do autor, uma sacada genial para falar da loucura dos tempos modernos. Até que não resisti e fui pesquisar na Internet. Não é que o cara existe mesmo!

Limonov na Wikipedia:
https://en.wikipedia.org/wiki/Eduard_Limonov

Vídeos:
https://youtu.be/JQFXkVY3-cs

https://youtu.be/CBE7wFe99qY

https://youtu.be/tH_v6aL1D84

A partir dessa confirmação, comecei a apreciar melhor o talento narrativo e a originalidade de Carrère, capaz de contar essa incrível biografia na primeira pessoa, colocando-se com muita propriedade sobre como episódios da vida de Limonov o fazem refletir sobre si mesmo e o mundo. Achei simplesmente magistral!

Muito marcante também foi o fato de ter lido esse livro paralelamente ao tijolo sombrio de “Arquipélago Gulag”, de Alexander Soljenítsin, que é citado inúmeras vezes em contraponto as peripécias de Limonov. Os livros conversam entre si, é um fato. É fascinante e perigoso escutar essas conversas... Falar sobre os cochichos que esses dois livros trocaram não cabe aqui, resta-me apenas torcer para que os ETs cheguem para nos salvar antes que a insensatez humana queira repetir o Gulag em escala global.

“Limonov” foi publicado no Brasil em edição primorosa da TAG – Alfaguara, com direito a dois bônus: um livreto com um contexto social e histórico dos eventos narrados no livro e uma espécie de dossiê fotográfico de Limonov, que por si só já mostram como ele é realmente uma figura impagável! Sou muito grato ao carinho lindo da querida amiga Maria Inês Menezes, que me presenteou com a enriquecedora oportunidade desta leitura!

***
“É uma regra sinistra, porém raramente desmentida: os papéis se invertem entre carrascos e vítimas.”

http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2018/06/limonov-emmanuel-carrere.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Cinti 28/04/2018

Personagem irritante, mas interessante!
Comecei a leitura desse livro um pouco com um pé atrás. Não tinha ideia do que iria encontrar. Carrère tem uma boa prosa, mas o personagem do livro, Limonov, primeiro me estarreceu, depois me irritou, me causou estranheza e ao final uma certa pena! Mas teve uma vida bem atribulada!
Apesar de não ser o tipo de leitura preferida, foi bastante instigante ter uma ideia da vida na antiga União Soviética e na atual Rússia e países ao redor. Teve vários trechos do livro que achei o Limonov detestável, mas compreendo suas ideias e atitudes levando-se em conta o tipo de vida que teve. Como diz no livro: As coisas não são tão simples, tão fáceis...
Gustavo 09/07/2018minha estante
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